quinta-feira, 24 de abril de 2014

A nutrição é essencial para a vida saudável do gado de corte, gerando crescimento e ganho de peso regular

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Para obter eficiência na produção de gado de corte é necessário uma alimentação na qual os animais produzam o seu máximo de forma economicamente viável. Proteínas, gordura, açúcares, cálcio, minerais, vitaminas e água são elementos que devem compor a dieta, em diferentes quantidades e combinações, com um balanceamento que varia com a categoria animal.
Para que haja um bom aproveitamento dos nutrientes, o produtor precisa conhecer a fundo os principais conceitos de nutrição animal, desde as características nutricionais dos alimentos mais utilizados até o balanceamento de uma dieta. É preciso saber as especificidades  dos  volumosos e concentrados, em suas diferentes alternativas, em termos nutricionais e econômicos. É também muito importante saber o que pode ser feito para melhorar a performance dos animais nas pastagens e no confinamento, sem contar que os custos devem sempre serem levados em consideração.
As pastagens constituem a principal fonte de alimentos para ruminantes, principalmente em nossas condições, de clima tropical, altamente favorável ao desenvolvimento das forrageiras. No Brasil, o ano apresenta pelo menos duas estações definidas, em termos de crescimento e qualidade de forragem; uma com crescimento intenso, quando, geralmente, a qualidade é adequada; e outra, com crescimento baixo ou nulo, quando a qualidade é inadequada para o desempenho animal.
Nessa época, além da menor oferta no pasto, o animal dispõe de uma forragem pobre em proteína, com maior teor de fibra e altamente lignificada. A consequência é que em sistemas de produção baseados somente em pastagens o ano todo, os ganhos de peso são baixos ou há perda de peso.
Suplementar os animais na época da seca é importante, pois nesse período ocorre redução do crescimento das forrageiras e, devido ao avançado estado fisiológico das mesmas, elas se apresentam com baixo valor nutritivo. O objetivo básico dessa suplementação é fornecer proteínas, energia e minerais aos animais; nutrientes que podem ser considerados como os pilares da suplementação no período de estiagem. Os bovinos também podem ser semi-confinados ou confinados, recebendo volumosos conservados e alimentos concentrados.

A influência da alimentação é muito grande em todo os processos produtivos da pecuária de corte. A escolha de diferentes sistemas de produção é diretamente dependente dos custos e da disponibilidade dos alimentos a serem fornecidos ao rebanho.

Dicas para um churrasco perfeito | 10 dicas para assar um bom churrasco

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1) Antes de assar as carnes, certifique-se que o fogo esteja estabilizado. Nada de labaredas ou fumaça em excesso! 

2) Preste atenção na temperatura da carne antes de levá-la à churrasqueira. Se ela foi congelada, deve ser descongelada antes e estar em temperatura ambiente ao ir para o fogo.

3) Distribua o sal grosso por todo o corte, retirando o excesso enquanto a carne estiver assando. Lembrando que o sal não deve estar úmido.

4) Evite os "temperos especiais". Basta sal para a carne ficar deliciosa.
5) O espeto deve estar a 40cm do fogo, para proteger a carne das altas temperaturas das churrasqueiras e evitar que fique seca.

6) As labaredas não devem estar altas para não entrar em contato com a carne, não secá-la demais e nem carbonizar a superfície. Para conter as labaredas, nunca jogue água, caso contrário a churrasqueira perde muito calor.

7) Para abaixar as labaredas, jogue um pouco de cinza de churrascos anteriores ou até mesmo um punhado de areia.

8) Quando achar que a carne está pronta, retire-a do fogo e corte um pedaço para ver o corte internamente.

9) Fatias finas aumentam o sabor do churrasco.

10) Não tenha pressa. É preciso respeitar o tempo de preparo de cada corte, evitando-se acelerar ou retardar o processo.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A IMPORTÂNCIA DA RAÇA NELORE PARA O DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA DO BRASIL


Detentor do maior rebanho comercial de bovinos do mundo, o Brasil ocupa lugar de destaque no cenário internacional do mercado da carne bovina desde que se tornou o maior exportador deste produto.
Seu rebanho ultrapassa 204,512 milhões de animais segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - (IBGE), Mato Grosso do Sul tem destaque na pecuária nacional mas agora é o detentor do segundo maior rebanho bovino do país que foi superado a pouco tempo por Mato Grosso, isso devido a um aumento significativo no abate de matrizes, onde com a crise na pecuária estadual a pouco tempo atrás a vaca de descarte contribuía com grande parte da receita das propriedades de cria.

A introdução do Zebu no País é descritas por historiadores já por D. Pedro I onde uma raça especifica denominada como ZEBU do Nilo foi introduzida no Palácio Real de Santa Cruz, o Barão do Paraná Henrique Hermeto Carneiro Leão também contribuiu muito para o desenvolvimento dos zebuínos e podemos citar que foi um dos pioneiros no cruzamento industrial. Outro grande contribuinte para a implantação do zebu foi o Cel. Manoel Ubelhard Lemgruber que trabalhou também para a contribuição e melhoramento da raça Nelore, Já Joaquim Carlos Travassos foi um dos percussores da raça e descreveu a importância da raça zebuína para o Brasil, uma vez que descreve os primeiros estudos sobre climatologia zootécnia no país defendendo a adaptação da raça zebuína ao clima brasileiro.
Outros nomes se destacam na contribuição para a introdução do Nelore e a expansão dele para o território nacional, mas entre todos os que mais se destacam seriam o Agrônomo e Zootecnista Durval Garcia de Menezes, e o casal Sr. Vicente Rodrigues da Cunha e Da. Olinda Arantes Cunha onde estes eram detentores dos touros que contribuíram significativamente para a expansão da raça nelore ou meio sangue na época, que eram os touros Karvadi, Bima, Golias, Rastan, Brahmini, Akazamu, Godar.

Segundo Santiago (1970), relata que o total de bovinos importados da raça nelore até 1970 ultrapassavam 6 mil animais. O Gado zebuíno, principalmente a raça Ongole que foi batizada no país por Nelore, teve uma grande entrada no Brasil nos anos de 1919, 1920, 1930, 1955 e 1962, onde seus principais núcleos foram estados do Rio de Janeiro, Bahia e depois, Minas Gerais e São Paulo, nos primórdios tempos da criação de animais   de origem zebuína os produtores não destacavam a importância de melhoramento e seleção da raça, Fins do século passado os produtores já passam a dar importância para o melhoramento genético no país um dos fatores que alavancou o desenvolvimento da raça, uma outra questão relevantes à adaptação e resistência do zebuíno a climas quentes e a alimentação precária,o gado indiano possui características que o tornam resistente ao ambiente tropical pois sua superfície corporal é muito bem irrigada por vasos capilares sanguíneos além de ter uma ampla irrigação em sua barbela, sua pelagem curta e de coloração branca concorrem para a eliminação do calor, também o zebuíno possui um baixo nível de metabolismo comparado com outras raças ele se alimenta menos e gera menos calor e por isso apresenta boa produtividade, possui cerca de 1.300 glândulas sudoríparas por centímetro   quadrado contra 994 de alguns taurinos, esta glândula que contribui para o suor, é também um animal muito resistente a ectoparasitos (parasitas externos), pois a pelagem fina e curta contribui para o difícil acesso para a penetração de parasitas e a sua coloração branca contribui também uma vez que estes parasitas em pelagens brancas estão submissos a ser predados por isso procuram animais de pelagens negras, também possui secreção oleosa de cor amarela que atua como fator repelente, mas o que vem a ser muito apreciado no zebuíno é a questão da nutrição, pois estes animais em sua origem local (Índia) são alimentados com resíduos de lavouras e resistem muito bem, estes animais possuem gordura subcutânea que é muito apreciada na Europa. No Brasil  notamos que durante o período seco temos grande indisponibilidade de forragem para estes animais e as forragens disponíveis se tornam altamente  fibrosas,  com as condições precárias durante o período seco a raça nelore suporta bem este momento critico, e isso fez com que está raça tenha recebido uma atenção especial dos produtores rurais.

Estima-se que hoje mais de 100 milhões de cabeças de gado bovino no Brasil são nelore ou anelorados (com sangue nelore), fazendo o nelore ser um dos alicerces da pecuária de corte do Brasil, para verificarmos a importância eis uns aspectos descritos, No ano de 2001, cerca de 1,56 Milhões de doses de sêmen da raça nelore foram comercializados sendo líder em vendas, segundo o anuário de uma revista bem conhecida no agronegócio 3 de cada 4 embriões ofertados eram da raça nelore, a raça contribui com cerca de 80% da produção de carne no Brasil, alem disso a raça aquece a economia de algumas regiões durante um evento denominado Expoinel, para termos idéia em um evento no ano de 2005 arrecadou cerca de mais de 36 milhões de reais,  alguns pecuaristas descrevem um termo onde relatam '' onde passa o nelore, passa o dinheiro´.

O nelore é uma raça que ainda contribui muito para a pecuária nacional, a raça  leva a geração de economia em muitos municípios do Brasil onde a pecuária ainda é a maior renda da região, o Brasil mesmo ainda sendo o maior exportador de carne bovina do mundo ainda abate animais muito tardiamente, isto é um fator que se procurar ser melhorado com nutrição e genética levará o Brasil ainda mais a frente do que já é na pecuária mundial, e o nelore com certeza participará beneficamente para que isso aconteça.

História da Raça: Nelore

Origem do Nelore
O Nelore é uma raça indiana, oriunda da antiga província Madras, do Estado de Andra, trazido pelas tribos arianas cinco mil anos antes de Cristo, sendo que a raça é fruto do cruzamento do Ongole com mais de 14 raças diferentes.

Na índia, por não se destinar à produção de carne (por questões culturais e religiosas), o Nelore não sofreu grandes melhoramentos, sendo utilizado mais nos transportes pesados e na produção de leite.

Nelore no Brasil
A raça chegou à costa brasileira no ano de 1868, em Salvador/BA. Dez anos depois, um criador suíço, com propriedade no Rio de Janeiro, o senhor Manoel Ubelhal Lemgruber, importou um casal Nelore, aumentando o volume de aquisição em 1883.
Expoagro 2010, Rebanho, NeloreApós Bahia e Rio de Janeiro, o Nelore alcançou a região central do país: Minas Gerais e São Paulo .
Os primeiros registros genealógicos da raça ocorreram em 1938. Em 1970, dados da ABCZ já revelam importação de 6,262 mil zebuínos.
Hoje, o animal é considerado o alicerce da cadeia produtiva no país, uma vez que ocupa mais de 80% do efetivo nacional.

Linhagens
As linhagens podem ser:  importada ou nacional. Dentro disso, as importadas são animais trazidos ao Brasil a partir de 1960. As linhagens são dividas por características fenotípicas.
As principais linhagens importadas são:  Karvadi (maior destaque),  Taj Mahal, Golias, Godhavari, Rastan, Akasamu e Padhu.

Curiosidades
Informações da Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial) mostram que em 2011, foram comercializadas 3 milhões de doses de sêmen da raça Nelore no Brasil, 43,04% do total negociado no período (7 milhões de doses).
É da raça Nelore o primeiro clone gerado no Brasil a partir da célula de um animal adulto, o que os cientistas chamam de "clonagem verdadeira" - o mesmo método usado para criar a ovelha Dolly.

Raça Nelore: Características
Entre as principais, a adaptabilidade é uma das mais destacáveis, enfrentando bem períodos de seca e alagamento de várias regiões brasileiras, principalmente no Centro-oeste onde há maior concentração.
Além disso, as fêmeas têm facilidade de parto, boa habilidade materna. Animal rústico, fértil, prolífero, longa vida reprodutiva e resistente às doenças comuns nessa região.
Apresenta precocidade sexual, os bezerros a campo nascem com 30kg em média e são desmamados entre 190 e 200 kg. Apresenta ótima conversão alimentar e a porção comestível do animal alcança 705. Por registrar uma parte traseira maior que a dianteira, gera maior quantidade de cortes nobres.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Agronegócio do boi: “comercialização de animais para abate”


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A comercialização de animais para abate envolve o conceito de carcaça, que é o produto final do abate do bovino, descartada cabeça, mocotós, cauda, couro, vísceras e sangue. Portanto, pecuaristas vendem animais vivos e os frigoríficos compram carcaça. Herança da cultura britânica representada pelos primeiros frigoríficos no Brasil, a arroba (medida de peso), representa unidade de 15 kg de carcaça, sendo que boi gordo é definido como um animal com peso igual ou superior a 15 arrobas.
O bovino destinado ao abate é atordoado, sangrado, esfolado, eviscerado e desprovido das extremidades citadas (cabeça, mocotó e cauda). O produto final restante (carcaça) é constituído de massa muscular, estrutura óssea e gordura e é pesada individualmente. O conjunto de carcaças pesadas produz o Romaneio que fornece o total (somatória) de todas as peças referentes aos animais de cada produtor.
Essa pesagem final é convertida em arrobas e o preço a ser pago refere-se à cotação do dia. Normalmente o pagamento é realizado 30 dias depois, aplicando-se um índice deflacionado da ordem de 3% para pagamento a vista. Há diferenças de preços pagos entre a arroba do boi gordo e da vaca, havendo também diferenças locais para cotações de bois inteiros x castrados, rastreados ou não e com diferentes graus de terminação (gordura).
Outra forma de comercialização é a venda combinada, em que o rendimento da carcaça é previamente acordado entre as partes pecuarista x frigorífico (Tabela 1). Somente uma pequena parcela de produtores é agraciada pelos frigoríficos para executar a venda combinada. Esse privilégio explica-se pelo volume, qualidade, disponibilidade dos bovinos produzidos e localização da propriedade. A grande maioria dos produtores, entretanto, realiza a modalidade de comercialização descrita no início desse artigo “venda no gancho”.
Em alguns lugares do Brasil, como o Rio Grande do Sul, a venda se processa por quilograma de peso vivo do animal, ou seja, não se aplica o conceito de arroba. O animal, é portanto avaliado pelo seu peso em kg.
Tabela 1. Rendimentos pré-combinados, em que se aplicam os percentuais sobre o peso vivo do animal.


Embora haja distinção de preços entre a arroba da vaca e do boi, em boa parte do Brasil o consumidor adquire carne bovina, sem distinção de sexo, idade ou tipo racial. Honrosas exceções ficam por conta de “boutiques de carne”, gôndolas especiais em supermercados, etc, onde a rotulagem caracteriza o produto de forma mais específica. Em linhas gerais, quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a exigência em qualidade da carne.

É hora de planejar a alimentação do gado na seca

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É no inverno que o boi sanfona - aquele que engorda nas chuvas e emagrece na seca - aparece, mas é agora que o produtor deve trabalhar para evitá-lo. Planejamento é a palavra-chave para que o pecuarista consiga minimizar o impacto da sazonalidade de chuvas. 
 
Na seca, principalmente em fazendas onde não há forragem específica para o inverno, o gado costuma se alimentar dos brotos de pasto, prejudicando o desempenho tanto dos animais quanto da própria pastagem. Com uma estimativa do rebanho e da capacidade de produção de forragem dos pastos, é possível, por exemplo, separar um pasto na época de chuvas para que o gado possa se alimentar dele na seca. É um método barato, mas exige do produtor um mínimo de planejamento para que o pasto fechado não faça falta antes e que o capim seja suficiente para alimentar o rebanho na ausência das chuvas.
 
Se isso não for possível, e para não precisar comprar alimento produzido fora da propriedade, o pecuarista pode plantar cana, fazer silagem ou feno na própria fazenda. Esse procedimento também deve ser planejado com antecedência para que o alimento esteja pronto na época e na quantidade certas.
 
O produtor precisa saber quantos animais alimentará na seca, qual seu peso aproximado para essa época e por quanto tempo deverá ficar sem chuvas, lembrando que cada UA (unidade animal, 450 kg de peso vivo) come cerca de 10 kg de matéria seca por dia. Com esses dados, o pecuarista poderá avaliar se é melhor reduzir o rebanho ou optar por uma das alternativas para produzir alimento.
 
Centro-Oeste
 
No Centro-Oeste a integração lavoura pecuária é, sem dúvida, uma alternativa bastante interessante. A técnica é de fácil aplicação e gera resultados importantes na produção de alimentos para o período de seca. Mesmo não sendo uma atividade de escolha do pecuarista, é possível trabalhar com parcerias, que se mostram um bom caminho de solução, possibilitando, além de alimento com alta qualidade na seca, um retorno financeiro e a recuperação da fertilidade da terra. 
 
O confinamento também pode ser usado como uma boa ferramenta para se ter comida no período da seca, com a produção de silagem de milho no período das águas. O pecuarista que utiliza a reserva de feno em pé é o perfil ideal para o confinamento estratégico, pois no confinamento estariam animais em terminação em período de entressafra. O confinamento possibilita melhor distribuição da renda, garantindo a entrada de dinheiro em período que normalmente não entra.
 
Vedação escalonada de pastagens
 
Uma outra técnica para se preparar para a seca é realizar a vedação de parte das pastagens no início de fevereiro, permitindo que o alimento cresça até a época das secas, deixando uma reserva para o gado se alimentar quando os pastos estiverem fracos. A vedação realizada nos meses de fevereiro e março garante que o volumoso seja o mais nutritivo possível durante os meses de seca. A técnica do feno-em-pé consiste em deixar o capim alto desidratar naturalmente no campo. O pasto é vedado em duas ocasiões para evitar que chegue muito fibroso com baixa qualidade nutricional em julho. O escalonamento - uma vedação em fevereiro e outra em março – permite que se combine quantidade e qualidade do volumoso, garantindo pelo menos a manutenção dos animais na seca.
 
Antes da vedação, é preciso fazer um pastejo pesado na área separada. O fechamento da pastagem deve ser feito com solo úmido e adubado com ureia (100 kg/ha). O terço fechado em fevereiro deverá ser aberto em maio e pastejado por 75 dias até o final de julho. Os dois terços restantes deverão ficar também por 75 dias, a partir do fim de julho, até o fim das secas. Para essa técnica, deve-se usar braquiária decumbens, xaraés, marandu, piatã e tifton. Já os capins mombaça, tanzânia e andropogon devem ser evitados porque formam muito talos, que não são comidos pelo gado.
 
Pastejamento em excesso
 
Sem um planejamento, a propriedade acaba sofrendo durante todo o ano porque assim que as chuvas recomeçam surge o problema de pastejamento em excesso. Com fome, o gado come o capim assim que ele nasce, logo nos primeiros brotos. O capim enfraquece e o gado deixa de aproveitar todos os nutrientes que ele poderia oferecer. Fraco, o capim demora para nascer novamente e perde espaço para ervas daninhas e para a degradação do solo. 
 
Com planejamento, o produtor mantém o valor nutritivo do pasto durante as chuvas, o gado aproveita o pasto sem degradá-lo e, na próxima estação da seca, consegue-se evitar o efeito boi-sanfona na propriedade, evitando perdas econômicas.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Boi gordo segue em alta na região de Presidente Prudente

Pouca oferta do animal e boas pastagens mantém bons preços

Boi gordo segue em alta na região de Presidente Prudente devido a pouca oferta do animal. Os pecuaristas ficam animados com os valores que têm aumentado desde o fim do ano passado.

No Sítio São Manoel, em Indiana, o proprietário, Mauro de Sanção Lopes, investe cerca de R$ 10 mil por mês em insumos para os animais de recria e para aqueles que irão para o abate. São aproximadamente 400 cabeças de gado. E ele garante, que as vendas nunca estiveram tão vantajosas como neste ano.

“Melhorou. Os outros anos a gente vinha com um custo alto, contínuo, e a arroba bem desvalorizada. Já neste ano, teve o aumento e podemos respirar melhor”, contou.
Em janeiro do ano passado, o produtor recebia R$ 98 pela arroba, já neste ano, o valor subiu para R$ 114, um aumento de 16%. A valorização é considerada pela pecuarista a melhor desde o ano de 2008.
Para o analista de mercado, Caio Junqueira, essa valorização é associada aos fatores da natureza e da lei de oferta e procura.
“São sucessivos acontecimentos que tivemos ao longo de 2013, como geadas e menor número de animais confinados. Agora há disponibilidade de bons pastos”, disse.
Mas, quem também sente esse aumento são os consumidores e não é de forma positiva. Nos açougues a alta é percebida desde o ano passado e a tendência é a carne ficar ainda mais cara. O gerente de mercado, Joelson Tonietti, fala sobre as expectativas desse aumento.

“Se pegarmos desde novembro do ano passado até janeiro deste ano, o aumento foi de 10%. Agora tem uma previsão de aumento novamente até o final deste mês”, informou.

Leilões


O presidente da Faive, Edimilson Scalon, e Marcos Soriano, proprietário da Leilosul, confirmaram a realização de sete grandes leilões no evento. Marcos Soriano frisa que “este ano os leilões prometem superar, em termos de negócio, os anteriores. A pecuária passa por um bom momento o que afeta, positivamente, os leilões”.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A IMPORTÂNCIA DA RAÇA NELORE PARA O DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA DO BRASIL

Detentor do maior rebanho comercial de bovinos do mundo, o Brasil ocupa lugar de destaque no cenário internacional do mercado da carne bovina desde que se tornou o maior exportador deste produto.
Seu rebanho ultrapassa 204,512 milhões de animais segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - (IBGE), Mato Grosso do Sul tem destaque na pecuária nacional mas agora é o detentor do segundo maior rebanho bovino do país que foi superado a pouco tempo por Mato Grosso, isso devido a um aumento significativo no abate de matrizes, onde com a crise na pecuária estadual a pouco tempo atrás a vaca de descarte contribuía com grande parte da receita das propriedades de cria.

A introdução do Zebu no País é descritas por historiadores já por D. Pedro I onde uma raça especifica denominada como ZEBU do Nilo foi introduzida no Palácio Real de Santa Cruz, o Barão do Paraná Henrique Hermeto Carneiro Leão também contribuiu muito para o desenvolvimento dos zebuínos e podemos citar que foi um dos pioneiros no cruzamento industrial. Outro grande contribuinte para a implantação do zebu foi o Cel. Manoel Ubelhard Lemgruber que trabalhou também para a contribuição e melhoramento da raça Nelore, Já Joaquim Carlos Travassos foi um dos percussores da raça e descreveu a importância da raça zebuína para o Brasil, uma vez que descreve os primeiros estudos sobre climatologia zootécnia no país defendendo a adaptação da raça zebuína ao clima brasileiro.
Outros nomes se destacam na contribuição para a introdução do Nelore e a expansão dele para o território nacional, mas entre todos os que mais se destacam seriam o Agrônomo e Zootecnista Durval Garcia de Menezes, e o casal Sr. Vicente Rodrigues da Cunha e Da. Olinda Arantes Cunha onde estes eram detentores dos touros que contribuíram significativamente para a expansão da raça nelore ou meio sangue na época, que eram os touros Karvadi, Bima, Golias, Rastan, Brahmini, Akazamu, Godar.

Segundo Santiago (1970), relata que o total de bovinos importados da raça nelore até 1970 ultrapassavam 6 mil animais. O Gado zebuíno, principalmente a raça Ongole que foi batizada no país por Nelore, teve uma grande entrada no Brasil nos anos de 1919, 1920, 1930, 1955 e 1962, onde seus principais núcleos foram estados do Rio de Janeiro, Bahia e depois, Minas Gerais e São Paulo, nos primórdios tempos da criação de animais de origem zebuína os produtores não destacavam a importância de melhoramento e seleção da raça, Fins do século passado os produtores já passam a dar importância para o melhoramento genético no país um dos fatores que alavancou o desenvolvimento da raça, uma outra questão relevantes à adaptação e resistência do zebuíno a climas quentes e a alimentação precária,o gado indiano possui características que o tornam resistente ao ambiente tropical pois sua superfície corporal é muito bem irrigada por vasos capilares sanguíneos além de ter uma ampla irrigação em sua barbela, sua pelagem curta e de coloração branca concorrem para a eliminação do calor, também o zebuíno possui um baixo nível de metabolismo comparado com outras raças ele se alimenta menos e gera menos calor e por isso apresenta boa produtividade, possui cerca de 1.300 glândulas sudoríparas por centímetro   quadrado contra 994 de alguns taurinos, esta glândula que contribui para o suor, é também um animal muito resistente a ectoparasitos (parasitas externos), pois a pelagem fina e curta contribui para o difícil acesso para a penetração de parasitas e a sua coloração branca contribui também uma vez que estes parasitas em pelagens brancas estão submissos a ser predados por isso procuram animais de pelagens negras, também possui secreção oleosa de cor amarela que atua como fator repelente, mas o que vem a ser muito apreciado no zebuíno é a questão da nutrição, pois estes animais em sua origem local (Índia) são alimentados com resíduos de lavouras e resistem muito bem, estes animais possuem gordura subcutânea que é muito apreciada na Europa. No Brasil  notamos que durante o período seco temos grande indisponibilidade de forragem para estes animais e as forragens disponíveis se tornam altamente  fibrosas,  com as condições precárias durante o período seco a raça nelore suporta bem este momento critico, e isso fez com que está raça tenha recebido uma atenção especial dos produtores rurais.

Estima-se que hoje mais de 100 milhões de cabeças de gado bovino no Brasil são nelore ou anelorados (com sangue nelore), fazendo o nelore ser um dos alicerces da pecuária de corte do Brasil, para verificarmos a importância eis uns aspectos descritos, No ano de 2001, cerca de 1,56 Milhões de doses de sêmen da raça nelore foram comercializados sendo líder em vendas, segundo o anuário de uma revista bem conhecida no agronegócio 3 de cada 4 embriões ofertados eram da raça nelore, a raça contribui com cerca de 80% da produção de carne no Brasil, alem disso a raça aquece a economia de algumas regiões durante um evento denominado Expoinel, para termos idéia em um evento no ano de 2005 arrecadou cerca de mais de 36 milhões de reais, alguns pecuaristas descrevem um termo onde relatam ''onde passa o nelore, passa o dinheiro´.

O nelore é uma raça que ainda contribui muito para a pecuária nacional, a raça  leva a geração de economia em muitos municípios do Brasil onde a pecuária ainda é a maior renda da região, o Brasil mesmo ainda sendo o maior exportador de carne bovina do mundo ainda abate animais muito tardiamente, isto é um fator que se procurar ser melhorado com nutrição e genética levará o Brasil ainda mais a frente do que já é na pecuária mundial, e o nelore com certeza participará beneficamente para que isso aconteça.

Edir Rocha - Zootecnista, Pós Graduando em Bovinocultura com ênfase em Bovinos de Corte, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).
Odilon de Oliveira Junior - Advogado, Consultor da Assembléia legislativa de Mato Grosso do Sul.