domingo, 28 de fevereiro de 2016

Exportações de carne bovina subiram 29%

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De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em fevereiro, até a terceira semana, as exportações brasileiras de carne bovina in natura totalizaram 70,87 mil toneladas, uma média diária de 5,45 mil toneladas. Na comparação com janeiro deste ano, o volume média embarcado por dia aumentou 39,7%. O resultado também é positivo se comparado ao ano passado. Em relação a fevereiro de 2015, os embarques diários aumentaram 29,1%. Este incremento nos embarques tem colaborado com o controle dos estoques de carne bovina e limitado as quedas de preços em momentos de recuo do consumo interno. Este ano é esperado que haja alguma recuperação nas vendas externas de carne bovina devido abertura de mercados para o produto brasileiro. Com informações da Scot Consultoria.

Arroba: frigoríficos pagam mais para conseguir boi

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A referência de preço da arroba do boi gordo para a região de Araçatuba­-SP subiu na última quinta­feira (25/2). A arroba ficou cotada em R$156,00/@, à vista. Existiram negócios acima deste valor. A concorrência entre as indústrias está acirrada. O cenário de redução de margens nas últimas semanas ainda não limita as valorizações para o boi. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Porém, a margem de comercialização dos frigoríficos que trabalham somente no mercado interno está atingindo patamares que inspiram cautela. A diferença entre o preço pago pelo boi gordo e o recebido pelo Equivalente Scot Desossa está em 14,7%. No mesmo período do ano passado, estava em 15,5%. No mercado atacadista de carne bovina com osso, preços estáveis. A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$9,70/kg. Com informações da Scot Consultoria.

Produtores querem derrubar taxação em Goiás

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O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil (Aprosoja), Almir Dalpasquale, criticou a mudança na tributação de milho e soja em Goiás, que permite a cobrança de ICMS sobre a exportação de grãos, e disse esperar reverter essa alteração em breve. Segundo ele, a associação teve uma reunião com o senador Ronaldo Caiado (DEM­GO) e deve se encontrar também com o governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB­GO), para discutir o tema. "Aquilo que está sendo feito em Goiás realmente fere a lei Kandir. Acho bem passível reverter isso judicialmente se não houver acordo político", disse Dalpasquale, durante o 2º Seminário sobre Previsão de Safra da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), em São Paulo. Segundo o advogado do escritório Demarest Douglas Mota, que também deu sua avaliação sobre o tema durante o seminário, "o Estado de Goiás está, sim, cobrando ICMS sobre exportação". Conforme Mota, a mudança representa um descumprimento não só da Lei Kandir como da Constituição. Com informações do Canal Rural.

Taxação pode derrubar exportações de milho

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A exportação de milho do Brasil, segundo exportador global do cereal após os Estados Unidos, deverá recuar para 28 milhões de toneladas em 2016, ante recorde de 30,75 milhões em 2015, disse nesta quinta-­feira o diretor ­geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes. Ele citou entre os fatores para a queda nos embarques uma maior competitividade da Argentina, após mudanças na tributação das exportações no país vizinho, importante produtor do cereal. Além disso, ele disse à Reuters que a adoção da cobrança de ICMS nas exportações agrícolas em Goiás, importante produtor, pode limitar embarques brasileiros. Com informações da Reuters.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Desmama precoce melhora concepção das primíparas

Estudo trouxe resultados de prenhez de 91% 

 

No Pantanal, a pecuária extensiva ainda se faz presente, e uma vez que os animais estão soltos em grandes áreas fica mais difícil fazer seu manejo. Na contramão dos longos ciclos para produção de bezerros – que, em geral, são desmamados tardiamente – surgem iniciativas que almejam mudar o rumo dessa história. Exemplo disso é uma pesquisa da Embrapa Pantanal que já leva cinco anos e estimula a desmama precoce (DP), principalmente entre primíparas.
Na estação de monta de 2014/2015, a taxa de prenhez entre esse grupo foi de 91% na Fazenda São Bento, em Miranda (MS), local onde está sendo conduzido o estudo. “Esse é um índice considerado muito bom em qualquer sistema de cria. Para o Pantanal, é excepcional”, afirma Ériklis Nogueira, pesquisador da Embrapa Pantanal. Normalmente, a taxa de prenhez entre as primíparas costuma ficar na casa de 30 a 40%.
Segundo resultados obtidos com os experimentos, a taxa de prenhez do rebanho precisa aumentar pelo menos 15% para a técnica ser economicamente viável. “Nos trabalhos avaliados, o  aumento foi maior, de 16 a 21%, o que proporcionou ganhos expressivos”, completa. A taxa de prenhez do rebanho da fazenda foi de 78% na última estação de monta. 
Conhecidas por derrubar a taxa de concepção nas propriedades, as primíparas são animais em fase de desenvolvimento que enfrentam um grande desafio para emprenhar pela segunda vez. Isso acontece porque precisam canalizar a energia adquirida com a alimentação para a sua mantença, incremento de peso e aleitamento do bezerro fruto de sua primeira gestação. Com a desmama precoce, a recuperação delas para a estação de monta seguinte é facilitada. Sem a necessidade de aleitar, apresentam melhora nas taxas reprodutivas e na condição corporal, permitindo alcançar um cio pós-parto mais rápido.
Além de aumentar a taxa de prenhez, o mais importante é que a DP não afete o peso do bezerro à desmama. Bezerro esse que fica sem leite mais cedo e, por isso, recebe trato em creep feeding. “Na última safra, o peso dos bezerros desmamados precocemente (aos 107 dias) chegou a 171 kg quando atingiram a idade de sete meses”, afirma Ériklis. O custo da suplementação da desmama precoce, dos 90-100 dias até os 205 dias, foi de R$ 150/ animal. “Assim, os bezerros submetidos à DP tiveram desempenho equivalente aos bezerros desmamados convencionalmente”, diz.
De acordo com Ériklis, nos experimentos, o retorno sobre o investimento foi de 1.70. Ou seja, para cada R$ 1 investido, o sistema intensificado proporcionou retorno de R$ 1,70. Não foram considerados custos com infraestrutura. 
Abaixo, a tabela traz um programa alimentar para bezerros submetidos à desmama precoce considerando seus primeiros 365 dias de vida:

Fase Condição Período Idade Produto  Consumo/animal
Amamentação - 45 dias
45 dias - -
Estímulo opcional 55 dias 110 dias Ração com estimulantes de consumo¹ 0,150 a 0,300 kg
Desmama obrigatória 15 dias 125 dias Ração com aditivos anti-stress² 0,300 a 0,800 kg
Pós desmama obrigatória 120 dias 245 dias Ração 0,800 a 1,600 kg ³
Seca recomendável 120 dias 365 dias Mistura proteica e energética 0,600 a 0,900 kg
¹Ração com estimuladores de consumo – esta é uma fase de difícil consumo, principalmente se a oferta de leite da vaca for suficiente, sendo necessária a adição de palatabilizantes para estimular o consumo. Produtos apresentados na forma extrusada e/ou peletizada podem proporcionar melhores resultados.
²Ração com aditivos anti-stress – compostos minerais orgânicos (quelatados) como o cromo, o zinco e o selênio, assim como de vitaminas, podem ajudar na redução do stress e da melhoria das condições imunológicas do animal.
³Consumo – dependente de fatores como a qualidade da forragem disponível, a composição e indicação do fabricante.

 
Balanço dos resultados
De 2011 para cá, a pesquisa trouxe algumas conclusões. Em artigo publicado sobre o assunto, Ériklis e a equipe responsável pelo estudo apontam que o maior benefício da desmama precoce é o aumento dos índices de concepção e gestação das matrizes. “Nesse sentido é necessária a solução da equação entre a idade mínima/ideal de desmama na propriedade, a data de parto e o tempo de duração da estação de monta. Nem sempre a desmama precoce é a melhor opção para vacas com parto no final da estação, em virtude do pequeno intervalo de resposta para elevação dos índices de concepção, sendo alternativas como o controle de mamadas e a melhoria do [escore de condição corporal] ECC ao parto, mais interessantes para esta classe de matrizes”, diz o documento. Outro aspecto importante de avaliar é a qualidade das pastagens, pré-requisito para o sucesso da estratégia, segundo o grupo. 
Feita de forma planejada, na Fazenda São Bento a desmama precoce também não é direcionada a todas as matrizes. “Trabalhamos a técnica em lotes de primíparas, vacas de ECC mais baixo e em vacas vazias após IATF, ressincronização ou repasse de touros”, afirma o pesquisador. 
 
Fonte: Portal DBO

 

Custo da pecuária de corte subiu 11% em 2015

Aumento foi puxado pela alta dos animais de reposição, valorização do dólar frente ao real e seca prolongada no Centro-Sul e Norte/Nordeste

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Os pecuaristas de corte dos 11 principais Estados criadores de bovinos do País reduziram seus ganhos no ano passado, conforme pesquisa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgada nesta sexta-feira, 19, em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). As praças em questão são  Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
Na média desses Estados, enquanto os custos de produção subiram 10,97%, a arroba do boi gordo avançou apenas 2%. Só em Tocantins os ganhos com a arroba do boi gordo (8,79%) superaram a alta de custos (6,84%) para o período analisado. Os custos subiram mais no Pará, onde a alta foi de 21,13%, ante aumento de 6,36% na arroba do boi gordo.
Em São Paulo, praça pecuária referência para o País, o custo operacional total (COT) aumentou 13,27%, enquanto os ganhos com a arroba avançaram 3,13% entre janeiro e dezembro do ano passado. O indicador Cepea/Esalq-USP do boi gordo na praça São Paulo subiu 3,7% em igual período.
Entre os motivos apontados pelo estudo da CNA/Cepea para o aumento dos custos de produção aos pecuaristas estão a alta do dólar frente o real, o encarecimento dos animais de reposição (bois magros e bezerros) e seca prolongada no Centro-Sul e no Norte e Nordeste, o que obrigou muitos pecuaristas a suplementarem o rebanho com ração.
O maior impacto sobre os custos, segundo o estudo, veio do bezerro, cujo preço médio aumentou 9,67% em 2015. A lista de principais influências segue com os insumos, que têm componentes importados, como o fosfato bicálcico, cotado em dólar. Neste grupo, estão o sal mineral (+17,76% em 2015), fertilizantes e corretivos (20,3%), defensivos aplicados às pastagens (10,65%) e medicamentos (11,91%). A mão de obra também contribuiu para a alta do custo, com os salários reajustados em 8,84%.
Apesar da margem mais apertada, houve ganho de produtividade. A quantidade de arrobas vendidas por funcionário aumentou, em média, 117%, indicando melhor aproveitamento do trabalho e redução no custo por animal produzido.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

Frigorífico reduz abates e atrasa pagamentos


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Cerca de 250 funcionários do frigorífico Total S/A, instalado em Paranaíba, a 422 quilômetros de Campo Grande, ainda não receberam o salário referente ao mês de janeiro. A empresa passa por dificuldades financeiras e funciona com número mínimo de trabalhadores. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Frigoríficos de Paranaíba e Região, Lúcio Clei de Souza, a Total S/A não está realizando serviço de desossa, nem de abate porque suspendeu contratos de exportação. "Então eles diminuíram a mão de obra na área fria da planta. Na área quente tem gente trabalhando, mas o número está reduzido. Alguns foram dispensados e também não tiveram a rescisão paga", afirma Lúcio. Segundo comunicado da unidade aos funcionários, o pagamento de salários e rescisões que estão em atraso será feito ainda hoje até às 17h. Os prejuízos não se restringem aos trabalhadores da empresa. Conforme o presidente do Sindicato Rural da cidade, Wilberto Amaral, pecuaristas também estão sem receber pela venda de gado ao frigorífico. "Temos um grande impasse aqui na região. Tenho uma empresa de contabilidade que atende alguns desses produtores e vários deles estão sem receber há 8, 10 dias", conta. Amaral também afirma que a unidade suspendeu a compra de gado momentaneamente. No dia 11 deste mês, funcionários se reuniram na frente do frigorífico para protestar contra os atrasos e falta de informações da empresa. O Campo Grande News entrou contato com a Total S/A, mas nenhum membro da administração da unidade conversou com a equipe, apenas prometeram retornar a ligação. A empresa, que pertencia ao Grupo Margem, em 2008 tinha sido arrendada ao grupo Marfrig, mas acabou fechando no ano passado devido à "questões mercadológicas e falta de bovinos na região para abate". Todos os funcionários foram demitidos e a Total S/A entrou com pedido de retomada da planta. No entanto, agora, a Total S/A enfrenta novos problemas financeiros. Com informações do Campo Grande News.

Arroba mantém trajetória de alta

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A frequência de negócios a valores maiores vem aumentando em todo o país, levando a sucessivas altas no preço da arroba. Ainda que o consumo de carne tenha recuado na última semana e haja resistência em valorizações para a arroba, os frigoríficos aumentaram as ofertas de compra pela dificuldade em adquirir os animais, principalmente em lotes maiores. Os pastos estão melhorando, o que dá condições de alguns pecuaristas manterem os animais na fazenda por mais tempo. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Os preços da carne bovina caíram, tanto no mercado atacadista quanto na ponta final da cadeia, o varejo. Isto sinaliza a dificuldade de escoamento da produção. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,70/kg, frente a R$9,90/kg na semana anterior. Com a arroba em alta e a carne bovina em queda, encolheu a margem de comercialização dos frigoríficos, atualmente em 12,2%, considerando a venda de carne com osso. Para carne sem osso a margem está em 17,9%. Com informações da Scot Consultoria.

PIB da pecuária caiu no início de 2016

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O valor bruto da produção agropecuária (VBP) brasileira começa o ano estimado em R$ 501,4 bilhões. O número foi divulgado nesta quinta-­feira (18) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Por se tratar de uma avaliação preliminar, baseada em informações insuficientes para traçar um quadro mais completo, a expectativa é que possa haver alterações ao longo de 2016. Segundo a Coordenação ­Geral de Estudos e Análises da SPA, o VBP de R$ 501,4 bilhões indica um recuo de 1,2% em relação ao de 2015, de R$ 507,4 bilhões. As lavouras representam 65% desse montante e registraram redução de 0,3% em comparação ao VBP de 2015. A pecuária significa 35% do total, com retração de 2,8% quando cotejada com o ano passado. Entre os produtos com melhor desempenho, destacam-­se o amendoim (16,2 %); banana (14,2 %); cacau (10%); café (17,8 %); mamona (19,8 %); soja (11,8%); trigo (17,1%) e maçã (33,5%). A soja contribui com 37,5% do VBP das lavouras do país e representa um valor da produção estimado em R$ 122,2 bilhões. Vários produtos tiveram queda do valor da produção. Entre eles, os que apresentam maior redução, até o momento, são algodão herbáceo (­7,4 %); arroz (­10,2%); cana­ de ­açúcar (­11,3%); fumo (­15,7%); milho (­7,8%); laranja (­7,4%); tomate (­49,6%) e uva (­13,3%). As informações regionais confirmam a predominância do Sul na formação do VBP nacional, com um valor de R$ 148,0 bilhões, seguida do Centro­ Oeste (R$ 134 bilhões), Sudeste (R$ 127,2 bilhões), Nordeste (R$ 49,4 bilhões) e Norte (R$ 29,8 bilhões). De acordo com a SPA, a análise do VBP mostra também a importância crescente da soja no Norte do país, com destaque para Tocantins, Rondônia e Pará. O estudo indica ainda que este ano se apresenta favorável para a maioria dos estados brasileiros em termos de faturamento. Isso pode ser atribuído à soja e ao café em estados como Minas Gerais e Espírito Santo. Com informações do MAPA.

Frigoríficos investem com mudança na Argentina

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O fim da tarifa cobrada pela Argentina nas exportações de carne bovina caiu como uma luva para a JBS. Maior frigorífico instalado no país, a empresa brasileira já havia investido US$ 50 milhões nos últimos dois anos para elevar a capacidade de abate na Argentina. Agora, sem as restrições, prevê não apenas atingir já em 2016 a plena capacidade do abatedouro ampliado, mas também reabrir gradualmente as plantas fechadas. "Nos antecipamos ao que aconteceu, melhorando a produtividade com a concentração dos abates em uma planta só", disse ao Valor o presidente da JBS Mercosul, Miguel Gularte. Durante o período de restrições, a JBS fechou quatro unidades no país, mantendo operações apenas na planta de Rosário, na Província de Santa Fé. É a partir dessa unidade que a empresa pretende ampliar sua produção na Argentina. De acordo com Gustavo Kahl, executivo que comanda as operações da JBS na Argentina, o frigorífico de Rosário vai aumentar o nível de abates diários em quase 70% até o fim deste ano, dos atuais 1,3 mil bovinos para 2,2 mil. Neste ano, as exportações totais do país deverão crescer 50%, estimou Kahl. Uma vez atingida a meta, a JBS trabalhará na reabertura dos outros quatro frigoríficos, possivelmente em 2017. O cronograma da empresa para a ampliação de abates está vinculado à adaptação da pecuária argentina ao momento mais favorável, explicou Kahl. Conforme o executivo, a recuperação da produção de carne do país se dará em duas etapas. Segundo ele, no curto prazo os pecuaristas argentinos precisam aumentar o peso médio dos bovinos abatidos. A questão é que o mercado local argentino e o mercado externo preferem perfis diferentes de boi. "Como o animal era para o mercado interno, ele tinha peso de 300 a 340 quilos", disse. Nas exportações, porém, os bovinos preferidos têm mais de 500 quilos. Na avaliação de Kahl, esse processo não é complexo e deverá ser solucionado até 2017, lastreando o expansão da JBS no país. A segunda etapa, de mais longo prazo (ver texto ao lado), envolve a recomposição do rebanho. Na avaliação do executivo, esse processo deverá, ao todo, levar quatro anos. Apesar do evidente foco nas exportações ­ especialmente porque o câmbio deixou de ser fixo ­, a JBS sustenta que o mercado doméstico continuará a ser relevante. Segundo Kahl, o período de restrições imposto pelo governo também serviu como um aprendizado do mercado local. "Não queremos abandonar tudo o que aprendemos", acrescentou Gularte. Segundo ele, há dez anos, a JBS exportava 80% da produção. Hoje, quase 85% fica no mercado local. Também presente na Argentina, a brasileira Marfrig decidiu trilhar um caminho oposto ao da JBS. A empresa já anunciou que seus ativos no país estão à venda. A avaliação é que a necessária recomposição do rebanho argentino ainda levará anos. Como tem outras prioridades financeiras ­ redução das dívidas ­, a companhia decidiu não aguardar. Por outro lado, a Minerva pretende entrar na Argentina neste ano. A empresa ainda não definiu o alvo, mas quer prospectar negócios logo que concluir o processo de aumento de capital, em março. Com informações do Valor.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Morre Backup, touro nelore produtor de 1 milhão de doses de sêmen

Reprodutor registra mais de 450 mil filhos nascidos. Fizemos reportagens com ele


 
 Backup deixa 17 filhos e 7 netos em centrais de inseminação (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

A CRV Lagoa, empresa de inseminação artificial de Sertãozinho (SP), acaba de dar a notícia. Morreu, aos 15 anos, o touro Backup, recordista imbatível de produção de sêmen no Brasil, com 1 milhão de doses vendidas. Ícone do nelore selecionado no país, Backup registra mais de 460 mil filhos nascidos.

Segundo a CRV Lagoa, o reprodutor famoso é proveniente do núcleo PO da seleção da Agro-Pecuária CFM, de São José do Rio Preto (SP). A CRV informa também que ele pertencia a um condomínio formado pela CRV Lagoa em conjunto com Ricardo de Castro Merola, João Roberto Françolin, Pedro Novis e Iporanga Agropecuária. Backup produzia sêmen desde 2002.

“Backup foi o divisor de águas do nelore moderno, sendo referência nas características econômicas de produção com eficiência. Além de todos os recordes atingidos, ele é considerado como o grande avô materno da atualidade. Suas filhas são de elevada habilidade materna. Na crescente necessidade por fêmeas de reposição, a linhagem Backup é a fonte confiável para todos os rebanhos. Seu nome ficará gravado na história da pecuária nacional”, afirma Ricardo Abreu, gerente da CRV Lagoa.

Eu fiz muitas reportagens com Backup para a revista Globo Rural. Realmente, o touro impressionava por seu porte e capacidade de transmitir seus atributos aos filhos. Ele, sem dúvida, foi um divisor de águas na saga do nelore forjado no Brasil.

Falei minutos atrás com o pessoal da CRV. Em outubro passado, a empresa promoveu uma venda promocional de doses de sêmen de Backup. Num piscar de olho, em um só dia daquele mês, foram comercializadas 80 mil doses. “É recorde”.

A CRV informa que Backup deixa 17 filhos e 7 netos em centrais de inseminação.

Arroba: frigoríficos precisam de boi gordo

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Com o feriado do Carnaval, as indústrias voltaram às compras mais desabastecidas, tanto pela recente diminuição dos dias de abate quanto pelo maior giro dos estoques. O consumo não está acima da expectativa para o período, mas a movimentação das vendas está melhor em relação às semanas anteriores. Além disso, a dificuldade de compra de lotes grande de animais nos últimos dias deu condições de que a carne valorizasse. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php No mercado atacadista, a carcaça de bovinos castrados subiu para R$9,90/kg, uma alta de R$0,10/kg em uma semana. Na tentativa de regulagem dos estoques, algumas indústrias optam por abater um menor volume de animais ou pular dias de abate em vez de pagar mais pela arroba. De qualquer maneira, as cotações da arroba do boi

Analista prevê leve baixa para o boi

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Os preços do boi gordo no mercado brasileiro deverão arrefecer até março, após uma máxima histórica no início de fevereiro, com um relativo aumento de oferta de animais e um menor consumo interno no país, mas os patamares deverão continuar elevados, pressionando as margens de frigoríficos e desestimulando a demanda dos consumidores. O indicador Esalq/BM&FBovespa, que serve de referência para o mercado e que registra a média ponderada do boi gordo no Estado de São Paulo, tocou na semana passada um recorde nominal histórico de 152,97 reais por arroba. A tendência, segundo analistas, é de que até o fim do próximo mês as compras dos frigoríficos sejam relativamente mais fáceis, devido à chegada de mais animais prontos para o abate. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php "Em fevereiro e março pode ter pressão para baixo (nos preços). Há limites para o pecuarista segurar o boi no pasto", disse o diretor da consultoria Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz. Os meses de verão 2015/16 têm sido relativamente mais chuvosos em muitas áreas de criação de bovinos, especialmente na comparação com os dois últimos anos, nos quais períodos de seca prejudicaram a qualidade das pastagens. "Quanto à recuperação de pastagens, a gente precisa analisar que às vezes pode favorecer a retenção do boi no pasto. O pecuarista tem uma engorda muito barata", lembrou Ferraz. Contudo, com muitos animais já atingindo peso adequado e com a aproximação do período seco ­­no qual é inviável manter os animais em regime de engorda­­, a tendência é de maior oferta para os frigoríficos. O movimento de maiores abates no fim do primeiro trimestre não é incomum. É o encerramento da chamada "safra" do boi gordo, mas que neste ano não terá baixas acentuadas, devido ao cenário ­­que já se prolonga há alguns anos­­ de oferta restrita de animais. "Já vínhamos de oferta bastante restrita de garrote e boi magro (em 2015), que seriam os animais abatidos este ano... Esse efeito sazonal na virada de safra talvez não seja muito acentuado", destacou o analista da Scot Consultoria Alex Lopes. A restrita oferta de animais se reflete no número de cabeças abatidas pela indústria. Em 2015, foram 24,66 milhões de bovinos no país, queda de cerca de 8 por cento ante 2014, segundo dados do Ministério da Agricultura. O alívio momentâneo nos preços do boi gordo não deverá levar benefícios relevantes para frigoríficos, principalmente para os de menor porte, uma vez que os gastos com aquisição de animais não voltará a patamares vistos em anos anteriores. "A maior parte dos frigoríficos que atuam no mercado interno, vendendo carne com osso, deverão continuar tendo dificuldades. A matéria­prima vai se manter cara", afirmou Lopes. Segundo os especialistas, existe um gargalo histórico na atividade de cria (a manutenção de fêmeas reprodutoras e a produção de bezerros), considerada uma atividade mais complexa e menos lucrativa, o que mantém os preços num patamar historicamente elevados. Segundo Lopes, não se pode descartar mais casos de pequenos frigoríficos fechando portas ao longo de 2016, inclusive porque são empresas que necessitam tomar dinheiro emprestado para compor seu capital de giro, e essas operações estão mais caras atualmente. "Na hora de passar esses custos maiores para o consumidor, os frigoríficos menores têm maiores dificuldades", disse. A principal dificuldade está na competição com proteínas substitutas. A diferença de preços do dianteiro bovino em relação ao frango inteiro resfriado e à carcaça especial suína atingiu no mês passado o maior patamar para um mês de janeiro de toda a série do Cepea, centro de pesquisas ligado à Universidade de São Paulo. "O sentimento, conversando com o mercado, é de que houve queda expressiva de consumo interno de carne bovina. Isso se deve à renda dos consumidores e ao fato da carne bovina ser na sensação do público, a mais cara. Isso faz o consumidor optar por carnes que julga mais baratas", disse Ferraz, da FNP. Na avaliação da Scot Consultoria, os grandes frigoríficos, que têm acesso às exportações, deverão conseguir aproveitar a desvalorização do real, equilibrando melhor suas contas em meio a um mercado doméstico apertado. O Minerva, por exemplo, tem 76 por cento de sua receita com carne in natura proveniente de exportações. Com informações da Reuters.

Frigoríficos vão à Rússia mesmo com recessão

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Os produtores de carne do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai deixaram de lado a perda de mercado na Rússia em um ano de grave recessão com uma destacada presença na feira agroalimentar Prodexpo realizada em Moscou. Brasil e Paraguai, por um lado, são dois dos principais exportadores de carne à Rússia e embora seu ingressos neste mercado tenham caído por conta da crise, os produtores resistem ao mau momento, sobretudo porque boa parte de sua produção concorre em um segmento de preços acessíveis. À grave recessão sofrida pela Rússia desde há um ano e meio se soma à forte desvalorização do rublo, que perdeu mais da metade de seu valor. "Há um sério problema com a taxa de câmbio do rublo, que prejudica os exportadores ao obrigar os russos a reduzirem seu consumo de carnes importadas que são pagas em moeda estrangeira", segundo o presidente da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carnes, Antonio Jorge Camardelli. O Paraguai, um dos produtores mais importantes do mundo, vende mais da metade de todas suas exportações de carne bovina à Rússia, revelou à Agência Efe o presidente da câmara Paraguaia de Carnes, Korni Pauls. As exportações de carne paraguaia, acrescentou Pauls, caíram no ano passado, "porque os russos, em meio à crise, buscam preços muito baixos, e nós tratamos de resolver o problema com saídas a novos mercados em melhor situação econômica". Argentina e Uruguai, por outro lado, comercializam algumas das carnes de maior qualidade do mundo, de preço elevado, por isso que a recessão os condenou a uma presença muito reduzida nos restaurantes e supermercados da Rússia, dirigida aos consumidores mais exclusivos. "A Rússia chegou a ser um mercado muito importante para o Uruguai e agora já não é. Mas acreditamos neste mercado e temos certeza de que nossa carne, que é muito especial, tem espaço para nichos de grande qualidade", disse à Agência Efe a gerente de marketing do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai, Silvana Bonsignore. O Uruguai, que vendia há poucos anos a décima parte de todas suas exportações de carne à Rússia, exporta atualimente apenas 2% a este país. O mesmo ocorre com a Argentina, que segundo reconheceu à Efe o diretor­geral do Instituto de Promoção da Carne Bovina da Argentina, Carlos Alberto Vuegen, perdeu grande parte de seu mercado na Rússia, até o ponto de apenas três empresas do país austral viajarem para esta edição da Prodexpo. Cerca de 2 mil companhias de 64 países de todo o mundo participam da Prodexpo 2016, a feira agroalimentar mais importantee da Rússia e todo leste europeu, desdobrada sobre uma superfície de 10 mil metros quadrados. Com informações da Agência EFE.

Agro responde por 66% das exportações do RS

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O agronegócio no Rio Grande do Sul exportou U$ 11,6 bilhões em 2015 e registrou um recuo de quase quatro mil postos de empregos formais. Os dados foram divulgados nessa quinta­feira (11.02) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) no lançamento dos Indicadores Econômicos do Agronegócio, que apresenta estatísticas do emprego formal e das exportações do agronegócio do Brasil e do Rio Grande do Sul. A produção destas estatísticas foi viabilizada com o desenvolvimento de metodologias próprias pelo Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE. Exportações As exportações gaúchas do agronegócio totalizam US$ 11,6 bilhões, valor que representa 66,6% das exportações do estado. Comparativamente ao ano de 2014, o volume exportado cresceu (27,6%), mas houve retração do valor em dólares (­6,1%), sobretudo pela queda nos preços. Mesmo assim, para o exportador gaúcho, isso não representou uma queda nos valores recebidos em reais devido à desvalorização cambial. Dentre os setores responsáveis pela queda no valor exportado destaca­se o setor de máquinas e implementos agrícolas (­40,6%). Esta queda resulta, principalmente, da diminuição das remessas para Paraguai, Argentina e Uruguai. Contrariando a tendência de queda, o setor de Produtos Florestais registrou crescimento de 70,9%, devido à ampliação da capacidade produtiva no Estado, e houve também aumento nas exportações de Lácteos (133,3%). Neste caso, o expressivo crescimento no valor exportado em 2015 deve­se ao aumento de exportações para a Venezuela. A China permanece como o principal comprador das mercadorias do agronegócio gaúcho (US$ 4,2 bilhões em 2015). Com relação ao ano de 2016, para o economista da FEE Sergio Leusin Jr, ainda que seja cedo para afirmar, os dados de janeiro indicam para uma provável queda do valor exportado ao longo do ano. Isso tanto em “função da aparente tendência de continuidade da queda dos preços internacionais, quanto pela limitada capacidade de crescimento da produção agropecuária gaúcha no curto prazo” . Emprego formal do agronegócio Em 2015, o saldo do emprego formal no agronegócio foi negativo no Rio Grande do Sul. No ano, houve uma perda de 3.983 postos de trabalho. O agronegócio representa cerca de 12% do emprego celetista total do estado. Apesar da queda, o Rio Grande do Sul manteve a 4ª posição no ranking nacional das unidades da federação com mais empregos no setor (7,5% do total). Em termos regionais, a distribuição do emprego é desigual e reflete a especialização produtiva do território gaúcho. A mesorregião Noroeste é a que concentra a maior parte dos empregos do setor (28,%), seguida da Metropolitana de Porto Alegre (24,3%). Com informações do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Qual a tendência para a arroba do boi?

 

Os preços do boi gordo apresentam tendência sustentável de alta, em boa parte das praças do País, para os próximos meses, devido à oferta restrita de animais e à retomada das chuvas em regiões que estavam sofrendo por falta de pastos. É o que aponta estimativa da Parallaxis. Segundo a previsão, em função da melhora nos pastos, a tendência é que os produtores segurem as vendas à espera de melhores preços. No entanto, a dificuldade de escoamento por parte dos frigoríficos pode se tornar um fator limitante para a alta. Outros itens agropecuários também tiveram as expectativas de preços divulgadas. Veja abaixo: boi Grãos No que diz respeito aos grãos, apesar da desaceleração chinesa e do início da colheita na América do Sul, a expectativa é as cotações se mantenham em patamares estáveis durante fevereiro e março. Porém, a projeção ressalva que a colheita na Argentina pode impactar negativamente os preços, em razão da desvalorização do Peso argentino e da queda nas tarifas de exportações no país vizinho. De maneira geral, de acordo com a análise, os preços das principais commodities agropecuárias apresentaram, em janeiro, alta em relação ao mesmo mês do ano passado, tendo como mais significativos fatores de sustentação, a demanda externa positiva, a desvalorização do Real em comparação ao Dólar e as condições climáticas adversas relacionadas ao fenômeno “El Niño”. Com informações do Datagro. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Arroba: venda de carne melhora e sustenta o boi

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Com a aproximação do feriado houve um impulso nas vendas no atacado. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a arroba ficou cotada em R$152,00, à vista, em ambas as praças de São Paulo (4/2). Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve valorizações em três. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Em Tocantins, na região Norte, algumas indústrias de maior porte, que possuem escalas mais alongadas, pressionam negativamente as cotações. Houve alta no mercado atacadista de carne com osso, em função do melhor escoamento. O boi casado de bovinos castrados ficou cotado em R$9,80/kg, alta de R$0,30/kg em relação ao começo da semana. Para o curto prazo, fica a expectativa quanto à manutenção dos preços da carne após o feriado. Com informações da Scot Consultoria.

Reposição lenta com a proximidade do Carnaval

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A proximidade do Carnaval trouxe mais lentidão às negociações no mercado de reposição em Mato Grosso do Sul. No entanto, a demanda mais calma não foi suficiente para retirar a firmeza do mercado. O estado é um dos que mais têm recebido chuvas ultimamente, com melhora da situação dos pastos, na comparação com outros estados, principalmente os que ficam mais ao norte do país. Assim, há possibilidade de reposição atualmente, considerando a condição das pastagens. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Além disso, a falta de oferta de animais é o que tem ditado o ritmo dos preços. Considerando os machos anelorados, os preços médios estão 1,5% maiores do que em janeiro e 4,3% superiores frente ao mesmo período do ano passado. Os recriadores/invernistas estão pagando mais pela reposição e as cotações dos animais terminados não acompanharam a valorização das categorias jovens. Em relação a fevereiro de 2015, a arroba do boi gordo teve queda de 0,2% na cotação. O poder de compra do pecuarista diminuiu 5,4% em relação ao garrote (9,5@). Hoje, com a venda de um boi gordo no estado, é possível adquirir 1,35 garrote, frente a 1,42 em fevereiro do ano passado. Não estão descartadas valorizações, no entanto, limitadas pela resistência dos compradores devido à perda do poder de compra. Com informações da Scot Consultoria.

Omã: Brasil pode ampliar exportações em US$ 100 mi

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Uma missão com 50 empresários e autoridades de Omã esteve em Brasília nesta quinta­feira, dia 4, no Ministério das Relações Exteriores, e acertou a realização de uma feira de alimentos brasileiros no país árabe em outubro. O Brasil exporta anualmente para Omã o equivalente a US$ 590 milhões em carnes, açúcar e minério. O potencial de aumento de embarques de carne bovina e de frango é de US$ 100 milhões. O ministro de Indústria e Comércio do país árabe, Masoud Al Sunaidy, teve um encontro no Itamaraty com o embaixador Sérgio França Danese. Foram assinados protocolos de intenções de facilitação e promoção de comércio e investimentos. Omã pretende investir no Brasil nas áreas de infraestrutura portuária e segurança alimentar. O secretário­geral da Câmara de Comércio Árabe­Brasileira, Michel Alaby, explica que, no segmento de carnes, o Brasil vende a Omã o equivalente a US$ 50 milhões, mas o valor pode dobrar em até um ano e meio. Omã é o quinto maior destino das exportações brasileiras entre os 22 membros da liga árabe. Alaby lembra que o destino é porto de entrada para os países vizinhos, que são mercados consumidores de mais de dois bilhões de pessoas. “Eles precisam de alimentos, porque têm escassez de água”, diz o secretário­geral. Com informações do Canal Rural.

Arroba: está difícil achar boi

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Apesar da dificuldade no escoamento de carne, mesmo com o início do mês e a proximidade do Carnaval, as cotações estão firmes. Esse cenário é possível devido à dificuldade de compra de animais terminados e a consequente diminuição das escalas. Em São Paulo, as programações de abate atendem, em média, de três a quatro dias. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Além disso, a melhora gradativa das pastagens em algumas regiões e a expectativa de alta no preço da arroba influenciam o terminador a segurar o gado. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Barretos­SP, a arroba subiu 1,3% nos últimos sete dias e ficou cotada em R$152,00, à vista, na última quarta­feira (3/2). Por outro lado, em Pelotas­RS, a melhora na oferta e escalas possibilitou a queda no preço pago ao produtor. Atualmente o boi está cotado em R$5,30/kg, à vista, frente a R$5,40/kg no início da semana. Com informações da Scot Consultoria.

Agro terá ano positivo em meio à recessão

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Único setor a mostrar desempenho positivo em 2015, a agropecuária caminha para continuar crescendo neste ano mesmo durante a pior recessão brasileira desde 1931. A agropecuária deve ter encerrado 2015 com alta de 1,90% no PIB e tende a avançar 1,80% neste ano, enquanto a economia do país encolheu 3,80% no ano passado e afundará mais 3% neste ano, conforme projeções do Boletim Focus mais recente. O Brasil atravessa o pior biênio desde 1930/31, mas a agropecuária continuará sendo uma ilha de resultados positivos, apesar dos ventos contrários. De acordo com a pesquisadora do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia/Fundação Getulio Vargas) Daniela Rocha, o segredo do setor foi o investimento em tecnologia ao longo das últimas décadas. “O agronegócio tem um diferencial que é o uso intensivo de tecnologia que culminou em elevadas taxas de produtividade”, explica. Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) mostram que a produtividade da soja, por exemplo, cresceu 27,6% nos últimos 10 anos­safra e a oleaginosa caminha para nova safra recorde neste ano. Nem tudo são flores. Amaryllis Romano, economista da Tendências Consultoria, lembra que a recessão deve pressionar o crescimento da atividade, que três anos atrás ostentava expansão de 7,9%. Câmbio aliado O grande trunfo da agropecuária, especialmente em tempos de crise doméstica, é a exportação. O setor representou 46,2% de toda a venda brasileira ao exterior em 2015, alcançando a maior fatia em quase duas décadas, segundo o Ministério da Agricultura. A conjuntura econômica desfavorável até colabora. Se de um lado os dados crescentes de desemprego e de inflação pressionam a demanda interna, as exportações devem ser ajudadas por um dos vilões do ambiente doméstico, o câmbio. “O dólar valorizado estimula as exportações e o agronegócio ainda está com fôlego porque a produção está sendo exportada. O dinamismo que o setor ainda tem é por conta disso”, afirma Daniela Rocha. A soja é um dos produtos beneficiados pela desvalorização do real, que tornou o produto brasileiro mais competitivo. Milho, boi, carne de frango e suína - itens tradicionalmente exportados - também ganham fôlego extra com o dólar acima de R$ 4. O outro lado da moeda é que parte dos insumos da agropecuária é importada, ou seja, negociada em dólar e isso tem pesado no bolso de alguns produtores, como no caso do algodão. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) calcula que os gastos com insumos para a produção de algodão no Mato Grosso, maior produtor brasileiro, cresceu 22% no ano passado, enquanto os ganhos com a exportação prevista para o segundo semestre de 2016 são bem inferiores, de 3,7%. “O câmbio favorece o agronegócio, a exportação, mas complica em termos de custo, mas até o começo de 2017 os insumos em dólar estão com os preços caindo lá fora. Ou seja, com o efeito na transformação do câmbio, o preço fica, no máximo, estabilizado”, pondera Amaryllis. Mesmo com os insumos mais caros, a maior parte dos produtores brasileiros sai ganhando. O Cepea calcula rentabilidade média de 17,2% sobre o custo total da soja, levando em consideração os preços dos insumos e de venda em novembro. Com esses parâmetros em mente, os produtores apressaram os negócios e já venderam cerca de 40% da produção de soja estimada. Carne em alta O setor de carne vermelha vive um período especialmente favorável devido ao fim dos embargos ao produto em todos os países que ainda colocavam esse empecilho em dezembro de 2015. Esse time inclui a China, que antes do embargo que durou três anos já foi o segundo principal importador de carne do Brasil. Com a compra de carne brasileira liberada, a Abiec (Associação Brasileira das indústrias Exportadoras de Carne) prevê o envio de 200 mil toneladas para a China neste ano. “Por outro lado, dificuldades enfrentadas por compradores tradicionais, como Rússia e Venezuela, devido aos baixos preços do petróleo [base de suas economias], podem restringir os volumes exportados pelo Brasil”, observa o Cepea em relatório sobre o setor. Os produtores de carne suína também veem na exportação a saída para a elevada oferta do produto em meio à recessão brasileira. O dólar acima de R$ 4 também beneficia esse setor. A relação entre o Brasil e a Rússia, principal compradora da carne suína brasileira, segue estável e acordos comerciais firmados desde 2014 estabelecem perspectivas positivas no médio prazo, de acordo com o Cepea, que aponta a China como a grande aposta também para o mercado de carne suína. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima aumento de 2,7% das exportações brasileiras de carne suína. No caso das aves, a boa notícia vem da crise doméstica. Além da exportação para Estados Unidos e China, os salários corroídos pela inflação e o preço elevado da carne vermelha - impulsionado também pelo valor atrativo do produto no mercado internacional - levam os consumidores a trocarem a carne vermelha pelo frango. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos prevê aumento de 3,7% das exportações brasileiras de frango neste ano. Parte desse incremento deve vir das compras do México e da China, que habilitaram novos frigoríficos brasileiros a exportar carne de frango ao longo deste ano. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) conta que também há expectativa da abertura dos mercados de Taiwan e Camboja. Atualmente, o Brasil é responsável por cerca de 40% do mercado de aves, exportando para mais de 150 países. Por outro lado, a produção das aves está mais cara devido ao dólar valorizado e aos preços elevados do milho e do farelo de soja, usados na alimentação dos animais. Argentina em foco Um parceiro importante do Brasil volta ao radar com mais força a partir de 2016: a Argentina. Entre vantagens e desvantagens, a mudança no governo do país vizinho é encarada como uma boa notícia. “O Brasil ganha um concorrente, mas a Argentina ficou tanto tempo na economia fechada que não será de um dia para o outro que tomará nosso espaço. Não será de um dia para o outro, eles têm que arrumar a economia primeiro”, explica Daniela, da FGV. De acordo com o Cepea, a retomada da participação argentina no comércio internacional pode significar a perda de alguns mercados compradores de carne atendidos pelo Brasil. Contudo, se a Argentina passar a exportar grandes volumes de carne, pode abrir espaço para o envio de carne brasileira para lá. Com informações do O Financista.