sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Comércio de SP tem nova alta nas vendas

 Dia dos Pais terá alta de 23% no volume de vendas online — Revista News

As vendas no setor do comércio de São Paulo voltaram a subir no mês de agosto ante julho, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Segundo Marcel Solimeo, economista da instituição, a alta seria um reflexo da das medidas de flexibilização e do funcionamento do setor comercial e do Dia dos Pais. As vendas do comércio paulistano tiveram alta média de 24,8%. Em julho, comparando-se com junho, o crescimento do setor foi de 19,8%. Solimeo avalia que os resultados mostram, aos poucos, uma retomada da economia que deve prosseguir nos próximos meses, conforme as regras de flexibilização do comércio avançarem. Em julho, o Indicador do Movimento do Comércio a Prazo (IMCP) - Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) mostrou alta de 33,2%, enquanto o Indicador de Movimento de Cheques (IMC) - SPC registrou um aumento de 16,4%. Com relação a agosto do ano passado, os resultados ainda representam uma queda de 33,6%. No acumulado de 2020, a redução nas vendas de 37,1%. E nos últimos 12 meses o resultado foi negativo em 21,3%. Confiança Ainda de acordo com a ACSP, o Índice de Confiança do Consumidor (INC) mostrou sinais de recuperação na confiança na economia. O índice fechou em 83 pontos em agosto, mostrando a segunda alta seguida se comparadas com o mês de junho (77 pontos) e julho (79 pontos). No entanto, os números continuam no campo do pessimismo da instituição (abaixo de 100 pontos). O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP com base em amostra fornecida pela Boa Vista Serviços. Com informações do portal Estadão.

Boi: um ano marcado por recordes

 Estável e em patamar recorde: preço da arroba do boi gordo em maio

O ano de 2020 avança e já vem sendo marcado por recordes. Segundo pesquisadores do Cepea, as intensas exportações brasileiras de carne e a oferta restrita de animais para abate mantêm as médias mensais da arroba em patamares recordes no mercado nacional. Essa valorização da arroba, contudo, não indica que o pecuarista está com margem maior. Isso porque os animais de reposição (bezerro e boi magro) estão sendo negociados igualmente em patamares recordes reais das respectivas séries do Cepea. Além da reposição – que representa mais da metade dos custos de produção de pecuaristas recriadores –, a forte valorização do dólar neste ano elevou os preços de importantes insumos pecuários que são importados. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php É importante lembrar, ainda, que insumos de alimentação, como milho e farelo de soja, estão bastante valorizados. No caso da indústria, enquanto as exportações aquecidas e o dólar elevado ajudam na receita, os frigoríficos que trabalham apenas no mercado doméstico se deparam com matéria-prima em patamar recorde e demanda por carne bovina um pouco enfraquecida. A carcaça casada do boi é negociada em patamares superiores aos verificados em anos recentes, ao passo que a população começa a perder o poder de compra, diante da crise econômica gerada pela pandemia de covid-19. Com informações do CEPEA.

Boi bate recordes mas pecuarista não vê lucro

 Como ter lucro com pecuária em pequenas áreas - Compre Rural

O preço do boi gordo segue batendo recordes no Brasil. De acordo com a consultoria Safras, a arroba está sendo negociada a R$ 240 em São Paulo. Apesar disso, o presidente da Associação Brasileira da Pecuária Intensiva (Assocon), Maurício Veloso, afirma que o pecuarista não está ganhando dinheiro nesta temporada. Durante live, exibida na noite desta quarta-feira, 2, ele destacou que o custo de produção está impedindo o criador de ter rentabilidade. “A disputa pelo boi magro está muito grande, está quase desleal, e o preço do insumo tem tido altas diárias”, relata. Além do boi magro, o milho, segundo ele, é o grande vilão do momento. “O pecuarista esperou o calor da safra para comprar o grão e foi surpreendido com preços superiores ao da entressafra”, diz. Por conta dos custos elevados, a previsão da Assocon é que o número de animais confinados feche o ano com queda de 17% na média do Brasil. “Quem entra no jogo agora, vai ver um outro cenário. Não existe a mesma atratividade”, explica Veloso, comparando o primeiro ao segundo giro de confinamento. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php O pecuarista e vice-presidente da Federação de Agricultura de Mato Grosso (Famato), Chico da Paulicéia, conta que quem comprou insumo antes da valorização está conseguindo algum lucro, mas o futuro é desafiador. “Apesar da arroba em alta, existe uma incerteza em relação ao custo, especialmente com a reposição. Com a arroba acima de R$ 210, a conta pode fechar”, calcula. Segundo a Safras, em Cuiabá (MT), o preço do boi gordo está em R$ 217. Chico recomenda que o produtor fique atento às previsões de estoque de animais para o próximo ano e trave compras antecipadas para o milho. “O pecuarista está acostumado a esperar a queda no preço com a entrada da safra, mas isso não aconteceu nesta temporada e não deve acontecer na próxima. Mais de 50% da próxima safra de milho já foi negociada”, destaca. Apesar desse cenário, as previsões são boas para o mercado do boi gordo em 2021. De acordo com o presidente da Assocon, o ciclo de valorização da arroba deve se manter por conta de uma oferta ainda restrita, tanto na reposição quanto de animais acabados. “As variações vão acontecer, porque o mercado está permanentemente testando os fornecedores. Podemos buscar imunidade fazendo uma boa gestão e conhecendo os mecanismos de hedge, de compra e venda. Dessa forma, o pecuarista vai conseguir se manter na atividade com pouco ou muito lucro”, pontua. Com informações do Canal Rural.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Arroba do boi chega perto de R$ 240 à vista

 Preço do boi gordo volta a subir após quatro dias em queda

Os preços do boi gordo voltaram a subir nas principais regiões de produção e comercialização nesta segunda-feira, 31. “A tendência de curto prazo remete a continuidade deste movimento, em um ambiente ainda pautado pela restrição de oferta. Animais que cumprem os requisitos para exportação à China seguem comercializados em patamar diferenciado”, diz o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias. Segundo ele, os frigoríficos ainda encontram dificuldade no posicionamento de suas escalas de abate. “Outro aspecto que precisa ser considerado está no ótimo desempenho das exportações em 2020, com a China absorvendo volumes relevantes de proteína animal brasileira”, afirma. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Na capital de São Paulo, os preços do boi gordo no mercado à vista subiram de R$ 237 para R$ 238 por arroba. Em Uberaba (MG), passaram de R$ 234 para R$ 235 por arroba. Em Dourados (MS), foram de R$ 228 para R$ 229 por arroba. Em Goiânia (GO), continuaram em R$ 230 por arroba. Já em Cuiabá (MT), elevaram-se de R$ 217 para R$ 217/218 por arroba. Atacado No mercado atacadista, os preços da carne bovina dispararam. Conforme Iglesias, a expectativa é de continuidade deste movimento ao longo da primeira quinzena de setembro, período que conta com maior apelo ao consumo. “A entrada dos salários na economia tradicionalmente motiva a reposição entre atacado e varejo”, diz. Com isso, a ponta de agulha subiu de R$ 13 o quilo para R$ 13,95 o quilo. O corte dianteiro passou para R$ 14 o quilo, e o corte traseiro passou para R$ 16,15 o quilo. Com informações do Canal Rural.

PIB brasileiro caiu 9,7% no segundo trimestre

PIB brasileiro cai 9,7% no segundo trimestre, aponta IBGE – Mundo dos Racks

As expectativas em relação ao desempenho da economia brasileira em 2020 até melhoraram, após a divulgação de dados mais recentes, de junho e julho, mas as quarentenas decretadas pelo temor da pandemia de covid-19 levaram a um tombo histórico no Produto Interno Bruto (PIB, o valor de tudo o que é produzido na economia) do segundo trimestre, assim como ocorreu em praticamente todos os países, confirmou nesta terça-feira, 1.º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração de 9,7% em relação aos três primeiros meses do ano é a maior da atual série histórica do IBGE, iniciada em 1996, mas, segundo cálculos de pesquisadores da Fundação Getulio Vargas (FGV), não há registro de um trimestre com desempenho pior desde 1980. Apesar disto, o PIB brasileiro teve desempenho superior a diversos países, segundo a Austin Rating: EUA: -9,5% Alemanha: -9,7% Itália: -12,4% Chile: -13,2% França: -13,8% Portugal: -13,9% Malásia: -16,5% México: -17,1% Espanha: -18,5% Reino Unido: -20,4% A queda do PIB no segundo trimestre foi tão pior do que em outras crises porque “nunca antes se propôs uma política que fosse desligar a economia”, diz Eduardo Zilbermann, professor do Departamento de Economia da PUC-Rio, numa referência às regras de restrição ao contato entre as pessoas, como forma de estancar o avanço da covid-19. Em outras crises econômicas - causadas por inflação, desequilíbrios nas contas externas ou bolhas financeiras, etc. -, as empresas entram em dificuldade, suspendem investimentos e demitem funcionários, ou a renda das famílias é corroída, e elas consomem menos. Assim, nas outras crises, as lojas vendem menos do que o normal, amargam receitas menores, mas seguem vendendo. Indústrias veem a demanda caindo, o estoque começa a encalhar nas fábricas e reduzem a produção, mas seguem produzindo. Só que o “desligamento” provocado pela pandemia fechou lojas, que não podiam receber clientes, e fábricas, que não podiam aglomerar trabalhadores. Vendas e produção foram para perto de zero. Como explica Zilbermann, o PIB é uma medida de fluxo, de quanto se produz continuamente ao longo do tempo. Assim, mesmo que a parada para valer tenha ocorrido em abril, o fundo do poço da economia, a reabertura gradual a partir de maio e junho foi insuficiente para salvar o PIB do segundo trimestre, formado por essa produção contínua em cada um dos meses. O quadro catastrófico só não foi pior por causa das medidas adotadas pelo governo para mitigar a crise, com destaque para o auxílio emergencial de R$ 600 ao mês pago aos mais pobres e aos trabalhadores informais. Desde junho, estudos têm apontado que os pagamentos de emergência chegaram a elevar a renda dos mais pobres, reduzindo, temporariamente, a pobreza. Ainda assim, esse impulso não impediu o tombo de 12,5% no consumo das famílias ante o primeiro trimestre. O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, que, em maio, chegou a estimar uma retração de 17,3% no PIB do segundo trimestre, já havia revisado sua projeção, na semana passada, para uma queda de 9,7%. Além do impulso do auxílio emergencial no consumo, contribuíram para a melhora do quadro, na visão de Vale, a baixa adesão dos brasileiros à quarentena, que manteve alguns comércios funcionando, e o crescimento do agronegócio. O PIB da agropecuária teve o melhor desempenho entre os componentes da oferta, com alta de 0,4% ante o primeiro trimestre. “Há commodities que não são agrícolas, mas também se beneficiaram do aumento da demanda chinesa e do câmbio, como minério de ferro e também petróleo, num grau menor. Se você junta esses segmentos todos, estamos falando de 35% a 40% do PIB com retorno positivo no primeiro semestre”, afirma Vale. Ainda pelo lado da oferta, os serviços, que respondem por cerca de 70% do PIB, encolheram 9,7% em relação ao primeiro trimestre, e a indústria tombou 12,3%. Com as empresas adiando compra de maquinário e obras suspensas, a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) despencou 15,4% em relação aos três primeiros meses do ano. Com informações do portal Estadão.

Produtos do Agro brasileiro têm preços recordes

 Exportações do agronegócio são recordes, mas faturamento cai - Fénix  Empresas

Os preços das principais commodities agrícolas do Brasil, uma potência agrícola global, têm atingido patamares recordes, sendo que produtos como soja, milho, arroz, café, leite e boi estão em máximas nominais ou reais, com o câmbio e a forte demanda citados entre os principais fatores de alta. As máximas históricas nominais não consideram a inflação, mas alguns produtos efetivamente estão nos maiores níveis de preços, já levando em conta valores deflacionados, como é o caso do boi, bezerro, suíno, arroz e leite, conforme levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A soja, principal produto do agronegócio brasileiro, está perto de atingir um recorde de todos os tempos, segundo dados do Cepea, com o produto batendo 137,76 reais por saca no porto de Paranaguá (PR) na segunda-feira, menos de 2 reais abaixo dos cerca de 139 reais vistos em 2012 --considerando já o valor deflacionado. No caso da soja do Brasil, maior produtor e exportador global, cuja safra foi histórica 2020 mas ao mesmo tempo dragada pela forte demanda da China, a alta no preço é de mais de 50% na comparação com a mesma data do ano passado. O apetite chinês, que fez o país exportar volumes recordes nos primeiros sete meses do ano, mostra também como a alta dos preços está relacionada à demanda, com um câmbio na maior parte do ano acima de 5 reais por dólar ajudando a impulsionar embarques brasileiros por tornar os produtos nacionais ainda mais competitivos. "A taxa de cambio levou a um deslocamento de preços, isso vai acontecer para todos os produtos, e isso fez com que o produto tivesse um preço mais baixo (para quem compra do Brasil) e favoreceu a exportação, enquanto encarece a importação (pelo Brasil)", disse o professor da Esalq/USP e especialista do Cepea Lucílio Alves. Nesse sentido, para ele, não parecem muito efetivas ideias que circularam recentemente no governo para a retirada de tarifa de importação de soja, milho e arroz, com o objetivo de reduzir preços internos. "Se os importadores estão batendo na porta, como nós vamos conseguir um produto mais barato lá fora?", disse Alves, comentando uma reivindicação da indústria de carnes, cujos custos da ração aumentaram. Além do "choque de demanda" externa, Alves citou que a indústria de soja também registra, não só no Brasil, boas margens de esmagamento, com as receitas de farelo e óleo aumentando, diante da fome da indústria de carnes e de biodiesel. CAFÉ No caso do café, a alta de preços do arábica chega a mais de 45% em 12 meses, apesar de o Brasil estar encerrando o que o mercado considera ser uma safra recorde. "É surpreendente esse cenário... estamos finalizando colheita de muito boa produtividade, bom padrão, boa peneira..." disse o pesquisador do Cepea Renato Garcia Ribeiro. O preço do café, entretanto, está distante do recorde em termos reais, registrado em maio de 1997, de mais de 1.400 reais a saca (valor deflacionado), mas poucas vezes o mercado viu um valor nominal acima de 600 reais na série do Cepea, como acontece desde a semana passada, com registro de recordes nominais. Segundo ele, a sustentação dos preços em plena pandemia se dá, além do câmbio, pelo fato de o Brasil estar ganhando mercado no exterior e também porque aparentemente o consumo não foi tão afetado como se imaginava. CEREAIS No milho, outro produto que o Brasil está colhendo uma safra recorde, a cotação subiu mais de 65% em 12 meses, para um novo recorde nominal acima de 60 reais por saca, segundo dados do Cepea. E o dólar, além da demanda interna e exportadora, também ajuda na competitividade brasileira. "Este ano, todos os recordes de preços vêm de choque de demanda, é um choque de demanda quando temos uma situação estrutural e política que está elevando a taxa de câmbio", resumiu Alves, do Cepea. Para o especialista, o auxílio governamental do Brasil em função da Covid-19 também tem favorecido a compra de arroz e trigo pela população, prova disso é que esses produtos estão com maiores altas entre os da cesta básica.

O arroz cotado pelo Cepea subiu mais de 100% em 12 meses, enquanto o trigo também registrou recorde mais cedo neste ano, embora agora este mercado tenha visto um arrefecimento, com a proximidade da colheita do Brasil. "A partir do momento que as família ficam mais em casa, passam a demandar produtos de mais fácil preparo, caso do arroz", notou Alves, lembrando que os estoques desse produto básico vinham baixos. Mesmo o algodão, um dos mercados mais afetados negativamente pela pandemia, vem se recuperando, na esteira do câmbio firme, e subiu 16% em agosto, segundo os dados do Cepea. O açúcar cristal, por sua vez, já subiu quase 40% considerando o valor de um ano atrás, apesar da expectativa de produção recorde no Brasil. "Atribuo isso ao fato de estar exportando muito, a demanda interna não caiu, as pessoas estão dentro de casa e estão consumindo açúcar, até mais do que antes", disse a pesquisadora do Cepea Heloisa Lee Burnquist. CARNES No boi gordo, com uma redução na oferta de gado devido ao ciclo pecuário, queda na produção de carne, firme demanda externa e câmbio favorável a exportações, a tendência é que as cotações do animal sigam em nível recorde, exigindo maior desembolso dos frigoríficos, disseram analistas à Reuters na semana passada. Isso também tem levado preço do bezerro para valores também recordes, enquanto o valor do suíno vivo também está entre os maiores da história nas principais praças, segundo o Cepea, em meio a fortes importações de carne pela China. Na véspera, o Cepea ainda relatou preço recorde real do leite na média Brasil, com a alta atrelada à maior competição entre as indústrias de laticínios para garantir a compra de matéria-prima, em um momento de oferta limitada no campo e de recuperação da demanda. Com informações da Reuters.