domingo, 30 de novembro de 2014

Boi: com alta da arroba, SP pode voltar a investir em pecuária em 2015

http://cptstatic.s3.amazonaws.com/imagens/enviadas/materias/materia8707/gado-de-corte-cursos-cpt.jpg

A valorização do boi gordo em 2014 e a perspectiva de que os preços continuarão firmes no próximo ano podem elevar os investimentos na atividade pecuária em São Paulo, segundo especialistas que participam de debate promovido pela Scot Consultoria. Além da alta do preço da arroba, o cenário adverso para o setor sucroalcooleiro também reforça a ideia de que os fazendeiros paulistas podem voltar sua atenção para a produção pecuária. "Há um processo de reversão para a pecuária em alguns Estados, como São Paulo, por exemplo. Muitos hectares onde antes era produzida cana-de-açúcar voltam a ser utilizados na produção de boi", afirmou Sérgio De Zen, professor da Escola Superior de Agricultura (Esalq) da USP e pesquisador do Cento de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). 
Os analistas consideram, no entanto, que o investimento pode ser arriscado. "Todo o investimento em pecuária é um investimento de médio/longo prazo. A dúvida que existe agora no mercado é se esse aumento verificado na arroba será de longo prazo", comentou Fábio Dias, diretor comercial da Agropecuária Santa Bárbara. Para os especialistas, a queda dos preços dos grãos, em contrapartida, não deve pesar na decisão de investimento no setor pecuário. No entanto, acreditam que a contração da rentabilidade da soja, por exemplo, pode estimular investimentos em atividades de produção integrada.

Falta de chuva pode diminuir oferta de bezerros, alerta Cepea

http://www.radioprogresso640.com.br/wp-content/uploads/2013/07/bezzeros.jpg

O mercado precisa estar atento à produção bovina do próximo ano. A taxa de natalidade de bezerros no início de 2015 pode ser comprometida pela falta de chuvas deste ano. A análise é de Sergio De Zen, pesquisador da área de pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).
Para Zen, é por essa razão que os produtores continuam comprando bezerros, apesar da alta recorde registrada no primeiro semestre deste ano.
O preço do bezerro subiu 17,82% no Mato Grosso do Sul – em São Paulo, o aumento foi de 16,5%. A comparação foi realizada com dados do Cepea-Esalq/USP de 23 de julho e de 23 de janeiro.
Confira mais comentários de Sergio de Zen e outras análises de produção na edição 450 da Revista Nacional da Carne.

Campanha contra pirataria lança vídeo

Meta é conscientizar produtores sobre riscos do uso de produtos veterinários ilegais

A Campanha Nacional Antipirataria de Produtos Veterinários divulgou nesta semana vídeo sobre o tema para ser veiculado na internet e nos sites das associações que apoiam a iniciativa. 
O vídeo enfatiza que o uso desse tipo de produto prejudica o rendimento e o desenvolvimento dos rebanhos, pode levar os animais à morte e colocar em risco a vida dos consumidores de proteína animal. 
A campanha foi lançada durante a Expointer 2014 e busca reduzir  a venda dos produtos comercializados de forma ilegal, que representam em torno de 15% do segmento de saúde animal, ou R$ 600 milhões anualmente.
No site criado para a campanha (http://denuncieprodvetpirata.org) é possível fazer a consulta ao Compêndio de Produtos Veterinários em versão online para verificar se o produto tem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Confira o vídeo:

Arroba acumula alta de 3,26% em novembro

http://rowanmarketing.com.br/super_admin/Uploads/ckfinder/userfiles/images/18285%20FUNDEPEC%20GADO%20NELORE%20CONFINAMENTO%20LADOCA%2012%2012.JPG
Oferta limitada de animais para abate mantém cotação em alta, avalia Cepea


No mercado spot de São Paulo, o preço da arroba do boi gordo continua em alta, devido à oferta limitada de animais para abate. Segundo colaboradores do Cepea, a dificuldade de compra de lotes maiores e/ou que atendam a certas  de mercados/clientes, como o europeu, é ainda maior, especialmente dentro do estado. 
 
Entre 19 e 26 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa acumulou aumento de 1,04%, a R$ 145,26 nesta quarta-feira,26. Na parcial de novembro, a alta é de 3,62%. 
 
Já no mercado atacadista de carne com osso da Grande São Paulo, a carcaça casada de boi permaneceu estável nos últimos sete dias, refletindo ainda certo desaquecimento da demanda neste segmento. Nessa quarta-feira, o quilo do produto fechou, em média, a R$ 8,99. Já as carnes concorrentes registraram baixas mais expressivas no mesmo período.
Fonte: Portal DBO

Preço do bezerro sobe em ritmo mais acelerado que cotação da arroba

Para analistas, o resultado desse movimento é a redução das margens dos pecuaristas que trabalham nas etapas de recria e engorda dos animais
 http://www.portalagropecuario.com.br/wp-content/uploads/2011/07/cria-bezerros-corte.jpg

O preço do bezerro no Brasil apresenta uma valorização mais forte do que as cotações da arroba do boi gordo, aponta levantamento do Rabobank. Segundo cálculo do banco, entre janeiro e outubro deste ano o valor do bezerro acumulou alta de aproximadamente 31%, enquanto o preço da arroba subiu cerca de 22% no mesmo período.
Para analistas, o resultado desse movimento é a redução das margens dos pecuaristas que trabalham nas etapas de recria e engorda dos animais, mesmo em período de cotações recordes no mercado físico.
Os analistas explicam que quanto maior for o valor da arroba do boi projetada, maior a valorização proporcional do bezerro. Ou seja, com a valorização do boi gordo serão cada vez necessárias mais arrobas para comprar um bezerro.
De acordo com as projeções do banco, em um cenário no qual a arroba do boi gordo esteja no patamar de R$ 130, o pecuarista precisa de 8,2 arrobas para a compra de um bezerro - considerando como referência o nelore entre 8 e 12 meses em Campo Grande (MS). Já no caso da arroba em R$ 140 e R$ 150, seriam necessárias de 8,4 a 8,6 arrobas para a compra de um bezerro, respectivamente.  
A alternativa para manter as margens seria abater um animal mais jovem e mais pesado. Porém, somente um bezerro mais pesado poderia sustentar esse movimento, sugerem os profissionais. Segundo avaliação do Rabobank, essa maior valorização do bezerro no comparativo com a arroba é um resultado direto do descasamento entre os elos do ciclo pecuário brasileiro.
A prática da venda de bezerros por peso e não mais por cabeça, por exemplo, exigiria um maior nível de integração na cadeia produtiva, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos.
Para os analistas, o investimento na etapa de cria e na maior integração com o restante da cadeia é determinante para o crescimento de setor no Brasil. Segundo eles, a crescente demanda internacional por carne bovina, especialmente na Ásia, demandará do País um maior número de animais abatidos e com maior qualidade.
– Portanto, os produtores devem se adequar a uma realidade de bezerros mais valorizados e buscar incentivar a produção de animais jovens mais pesados e de melhor qualidade. A venda de bezerros por cabeça, que desvaloriza o bom trabalho da cria, deverá ser gradualmente substituída pela precificação do animal pelo peso. Isso conectará o desempenho da cria com o resultado final da engorda – afirmam no relatório.

domingo, 16 de novembro de 2014

Pecuária brasileira

A pecuária é desenvolvida em áreas rurais e consiste na criação de animais com o objetivo de comercializá-los.

 Na pecuária de produção intensiva, os animais são manejados com dieta à base de rações balanceadas específicas.

O Brasil é considerado um país industrializado, ao mesmo tempo em que ocupa um dos primeiros lugares em produção agrícola e pecuária.
A pecuária exerce uma grande relevância nas exportações brasileiras, além de abastecer o mercado interno. É uma atividade econômica desenvolvida em áreas rurais que consiste na criação de animais (como o gado) com o objetivo de comercializá-los, suprindo assim as necessidades da família do criador.
No caso dos bovinos, além da carne, são extraídas outras matérias-primas, como o couro (produção de calçados), pele (vestuário), ossos (fabricar botões) e muitos outros.
Fundamentalmente, a atividade em foco é ligada à criação de gado (bovinos), embora seja considerada também a produção de suínos, aves, equinos, ovinos, bufalinos. Esse ramo tem como responsabilidade principal disponibilizar para o mercado alimentos como carne, leite e ovos, base da dieta humana.
Essa atividade está dividida em dois tipos, a pecuária de corte e de leite, ambas podem ser desenvolvidas de duas formas, a pecuária intensiva e a extensiva.
Pecuária de corte consiste na criação de animais com o objetivo de fornecer carne. Na produção extensiva, os animais são criados soltos em grandes áreas, alimentam-se de pastagens e não recebem maiores cuidados, em contrapartida, na intensiva, os animais são manejados em pequenos recintos com dieta à base de rações balanceadas específicas para engorda ou leite. A pecuária de leite está ligada à produção leiteira e derivados.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Exportações de carne bovina registram alta de 20% em faturamento em outubro

Valor exportado é o segundo maior do ano com US$ 687,7 milhões

 http://canalrural-cdn.agilecontents.com/resources/jpg/5/3/1415811141635.jpg
As exportações de carne bovina voltaram a crescer no mês de outubro, registrando o segundo maior valor em faturamento do ano, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). 
No total, os frigoríficos brasileiros enviaram 140,6 mil toneladas do produto para o mercado exterior, faturando US$ 687,7 milhões. O resultado em receita de outubro só está atrás de julho de 2014, quando foram registrados US$ 697 milhões em faturamento com a exportação.

O valor em faturamento do mês de outubro (US$ 687,7 milhões) representa um crescimento de 20,82% em relação ao mês passado. Já em volume (140,6 mil toneladas), o aumento em relação a setembro é de 17,47%.

O principal destino da carne bovina brasileira em outubro foi a Rússia, que importou 36,8 mil toneladas – 5% a mais que o mês de setembro. O faturamento com as exportações para o mercado russo somou US$ 159,6 milhões – 4% a mais que setembro de 2014 e 55% mais que outubro de 2013. A Venezuela também voltou a figurar entre os principais compradores, com 16,9 mil toneladas importadas e faturamento de US$ 88,5 milhões.
Acumulado do ano

No acumulado de 2014, a indústria de carne bovina brasileira vem mantendo o ritmo de crescimento e registra alta de 9,56% em faturamento com vendas externas e 5,13% em volume exportado entre janeiro e outubro, comparado com o mesmo período do ano passado. Esse ano, o país já exportou 1,307 milhão de toneladas ante 1,243 milhão em 2013. As vendas em 2014 alcançaram US$ 6 bilhões contra US$ 5,4 bilhões registrados no ano anterior.

Os principais mercados para a carne bovina brasileira continuam sendo Hong Kong e Rússia. O volume exportado para Hong Kong ultrapassa 326 mil toneladas, um crescimento de 6,59%, e o faturamento com as vendas para este mercado atinge mais de US$ 1,38 bilhão, com aumento de 13,79%.

Já as vendas para a Rússia acumulam altas de 9%, com o envio de mais de 290 mil toneladas, e faturamento de US$ 1,2 bilhão, crescimento de 16,57%.
– Nossos principais mercados estão mantendo um ritmo crescente nas exportações em 2014, o que nos faz contabilizar resultados positivos no acumulado no ano – afirma o presidente da Abiec Antônio Jorge Camardelli.

Nas exportações de outubro, a carne in natura foi a categoria de produtos brasileiros mais enviada para os mercados externos, atingindo um faturamento de US$ 565,6 milhões. No acumulado do ano, a carne in natura já acumula um faturamento de US$ 4,8 bi, equivalente a um crescimento de 11,66% na comparação com o mesmo período do ano passado.

China encerra embargo à carne bovina brasileira

http://canalrural-cdn.agilecontents.com/resources/jpg/4/2/1415988616224.jpg 

Após reunião técnica neste sábado, dia 15, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, confirmou ao Canal Rural o fim do embargo da China à carne bovina brasileira. Esse imbróglio existia desde dezembro 2012.
Geller viajou ao país asiático para resolver essa pendência e falou sobre o assunto na edição da última sexta, dia 14, de Mercado & Cia, exibido pelo Canal Rural. O agronegócio brasileiro conquista um mercado promissor para a compra de carnes. Para a China, ficou acordado que a carne poderá entrar por Pequim, processo que antes era feito via Hong Kong e que onerava o custo de produção de 25% a 30%.
– Temos possibilidade de exportar no ano que vem cerca de US$ 400 a US$ 500 milhões em carne bovina para a China, o que significa que a produção deve avançar no mercado brasileiro – salientou Neri Geller em entrevista ao programa Mercado & Cia na sexta, dia 14.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, considera um "presente de natal" a notícia. Ele parabenizou a equipe do Ministério da Agricultura pela conquista e já projeta futuros negócios com a China.
– A China tem uma especificidade que ela consome todos os tipos de cortes de carne. A China vai aumentar gradativamente o seu consumo e já estamos voltando a enteder esse mercado. Estamos prontos para trabalhar. Foi uma grande conquista – reforça Camardelli.
O dirigente também lembrou que, nos últimos meses, o Brasil conseguiu abrir novos mercados no Egito, Irã e Arábia Saudita. Agora, segundo ele, o objetivo é traçar meta para buscar novos mercados.
Temos possibilidade de exportar no ano que vem cerca de US$ 400 a US$ 500 milhões em carne bovina para a China, o que significa que a produção deve avançar no mercado brasileiro
Neri Geller, em entrevista ao programa Mercado & Cia na sexta, dia 14.

domingo, 9 de novembro de 2014

Bruno Grubisich, de Camapuã, viu no déficit de touros para reposição uma oportunidade de empreender no mercado de embriões

Atento à falta de animais prontos para o abate e à demanda aquecida pela carne bovina nos mercados interno e externo, o produtor rural de Camapuã (MS), Bruno Grubisich, passou a replicar o rebanho utilizando-se de biotecnologia.
Por meio da técnica conhecida como Fertilização in Vitro (FIV), que consiste na fertilização de óvulos em laboratório, com sêmen selecionado, o plantel é replicado e o produtor se torna pioneiro no mercado de embriões que serão destinados à pecuária de corte, com garantia de qualidade.
Segundo o produtor rural, também diretor presidente da empresa Verdana Agropecuária, a FIV, antes utilizada apenas para multiplicação de genética de gado de elite, apresenta-se como alternativa eficaz para multiplicação de animais melhoradores a campo, sejam matrizes ou touros reprodutores.
– Ao identificarmos as linhagens e famílias mais produtivas, conseguimos multiplicá-las com maior agilidade e precisão através do uso de ferramentas biotecnológicas – diz Grubisich.
O produtor afirma que a Inseminação Artificial em Tempo Fixo é uma realidade inquestionável neste processo de melhoramento e seleção, mas o uso da FIV traz ao sistema produtivo um salto de evolução ainda maior.
– Podemos aumentar a pressão de seleção formando um time de doadoras de alto valor genético e lançar mão de doses de sêmen de touros líderes genéticos que seriam caros demais para serem utilizados numa inseminação artificial, já que uma única dose, no processo da FIV, fertiliza um número grande de óvulos, diluindo o custo da mesma – enfatiza Grubisich.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões (SBTE), o Brasil é líder no ramo com produção anual de aproximadamente 600 mil embriões por ano e exportações para países de primeiro mundo. A técnica é desenvolvida há cinco anos por Bruno em Camapuã, onde neste período três mil embriões foram produzidos e inseridos em cerca de 1,5 mil vacas.
Com bases nessas informações e com a finalidade de diminuir o déficit de touros para reposição, o produtor rural resolveu inovar e empreender no mercado de embriões, passando a comercializar matrizes já prenhas por meio da técnica FIV. Para a primeira experiência comercial de embriões voltados para pecuária de corte, Grubisich e sua equipe enxertou 150 matrizes nelore Pura de Origem, com embriões de alto padrão genético e as comercilizará virtualmente no dia 25 de novembro.
Quanto ao custo da FIV, Grubisich aponta vantagens se comparada à técnica de inseminação artificial. Ele afirma que o custo compensa e é proporcional à produtividade e explica que, geralmente, são necessárias duas tentativas e meia para conseguir uma prenhez por inseminação artificial.
Cada dose de sêmen chega a custar R$ 40,00 e cada protocolo em torno de R$ 20,00, além do custo de mão de obra em torno de R$ 10,00 por animal inseminado. Para se conseguir uma prenhez por inseminação artificial em tempo fixo, o investimento pode chegar a R$ 175,00. Já na FIV o produtor terá apenas o custo do protocolo, do sêmen (lembrando que uma única dose fertiliza um número grande de óvulos) e da prenhez quando confirmada e sexada, já que a empresa responsável pela FIV só recebe mediante o sucesso da operação.
– Na Verdana trabalhamos com um custo por prenhez FIV de R$ 300,00.  A diferença de menos de uma arroba entre uma técnica e outra é extremamente compensador se levarmos em conta o valor genético dos indivíduos colhidos – finaliza.

Brasil e Arábia Saudita estão perto de reativar comércio de carne bovina

Autoridades árabes aceitaram justificativas técnicas repassadas pelo Mapa, sobretudo no quesito rastreabilidade

http://www.zooflora.com.br/thumbs.php?w=614&h=422.2301369863&imagem=conteudo/noticias/2192.jpg

A suspensão definitiva do embargo imposto pelo país árabe à carne bovina brasileira só depende agora de visita do corpo técnico daquele país ao Brasil, já agendada para o final deste mês, e posterior assinatura de decreto pelo rei Abdallah.
O sinal positivo foi dado neste domingo, dia 10, ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, por seu colega de pasta da Arábia Saudita, ministro Fahd bin Abdulrahman Balghunaim, e pelo CEO da Saudi Food and Drug Authority (FDA), Mohammed bin Abdulrahman Al Mishal, autoridade máxima do país para importação de produtos agropecuários. O entendimento vai derrubar um embargo de mais de dois anos, motivado pelo caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) registrado no Brasil em dezembro de 2012.
Para o ministro Neri Geller, a reabertura deste mercado é um avanço no esforço do governo brasileiro de restabelecer o comércio entre os dois países.
– A recuperação deste mercado fortalece ainda mais a posição do país como uma referência no atendimento à crescente demanda mundial por alimentos e reforça a confiança do mercado internacional na robustez do nosso sistema de vigilância sanitária animal – enfatiza Geller, o primeiro ministro da pasta a cumprir uma agenda oficial na Arábia Saudita.
A decisão Saudita é vista como estratégica para a produção de carnes do Brasil, tanto pelo volume que pode acrescer às vendas do setor quanto pela possibilidade de abertura imediata de outros mercados do Golfo Pérsico como Kuaite, Bahein, Omã, Emirados Árabes Unidos e Catar, ampliando a pauta atual. Em 2012, antes do embargo, o Brasil exportou cerca de US$ 200 milhões (mais de 33 mil toneladas) em carne bovina para a região do Golfo.
De janeiro a outubro deste ano, as vendas do agronegócio do Brasil para o país árabe registram um volume de U$$ 1,75 bilhão, com destaque para a carne de frango, com negociações em torno de US$ 1,04 bilhão – o mercado brasileiro é a origem de 75% das importações de frango da Arábia Saudita.
A delegação liderada pelo ministro Neri Geller é composta também pelo secretário de Relações internacionais do Mapa, Marcelo Junqueira, pelo diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Leandro Feijó, técnicos do ministério e representantes de entidades do setor, com o Associação Brasileira da Indústria de Exportação de Carnes (Abiec) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Depois da Arábia Saudita, a missão segue para a China e Malásia.

domingo, 2 de novembro de 2014

Maciez do Nelore

"A carne do Nelore tem maciez. Mas ela ainda não é generalizada e produzida em larga escala como no Angus. E comparações do tipo não são aconselháveis". Raysildo Lôbo, ANCP.
Carolina Rodrigues

 
 http://cdn.ruralcentro.com.br/1/2013/6/5/nelore-natural-fazenda-bartira-presidente-prudente.jpg

A qualidade de carne de animais da raça Nelore foi dos pontos debatidos nos painéis do seminário da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), no mês de abril, em Ribeirão Preto São Paulo. A entidade foi criada a partir de um núcleo de pesquisas da USP de Ribeirão Preto e tem hoje um dos sistemas de avaliação mais difundidos do Brasil. O Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore (PMGRN), hoje Nelore Brasil, surgiu em 1988 a partir da colaboração dos criadores Cláudio Sabino Carvalho e Newton Camargo de Araújo em disponibilizar os dados de seus animais para os pesquisadores da entidade. O programas foi um dos primeiros a utilizar o perímetro escrotal como critério para seleção na raça Nelore, com realização de mensurações mensais da desmama aos 550 dias de idade.

Mercado do boi gordo segue com pressão de alta

Referência em São Paulo subiu para R$ 136 por arroba, à vista

http://www.nelorems.org/upload/noticia_imagem/1311101086.jpg

O mercado do boi gordo iniciou a semana com pressão de alta e poucas negociações. Com a oferta restrita de animais e a dificuldade na aquisição de grandes lotes, alguns frigoríficos iniciaram a segunda, dia 27, ofertando valores maiores pela arroba.

De acordo com a Scot Consultoria, parte das indústrias ainda aguarda melhor posicionamento do mercado para entrar nas compras. Em São Paulo a referência subiu para R$ 136 por arroba, à vista.

As escalas no Estado oscilam ao redor de quatro dias e vêm acompanhadas de falhas. As programações mais longas são dos frigoríficos que trabalham com bois a termo e parcerias.

País

O cenário é de pouca oferta e preços em alta em todo o país, o que levou à valorização na referência em 14 praças. O preço da carne com osso segue estável em R$8,02/kg.

A expectativa em curto prazo é de que os estoques baixos continuem sustentando os atuais patamares.

Brasil vence campeonato mundial de montaria em touros

Silvano Alves, de Pilar do Sul (SP), é o novo campeão da Professional Bull Riders, da PBR

 

O peão Silvano Alves, de Pilar do Sul, no interior de São Paulo, é o novo campeão mundial de montaria em touros. Ele venceu o campeonato mundial da PBR, a Professional Bull Riders.
A final aconteceu neste domingo, dia 26, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O peão parou os oito segundos no touro Asteroid, um dos mais importantes animais da história do esporte, e garantiu nota de 87,25 pontos.
Silvano tem 26 anos e já conquistou o mundial outras duas vezes, em 2011 e 2012.

 

Precocidade Sexual


"Não se faz cruzamento sem uma vaca com boa habilidade materna e precocidade sexual. Muitos criadores acreditam que precocidade sexual é emprenhar novilhas com 14 ou 15 meses, mas se trata de manter as fêmeas ciclando aos 16,17,18 meses de tal forma, que quando você abrir a estação de monta 90% delas empenhem no máximo de 21 a 25 dias de trabalho", José Bento Stermann Ferraz, FZEA-USP
Carolina Rodrigues

José Bento Sterman Ferraz é geneticista com ênfase em genética quantitativa, atuando principalmente nos seguintes temas: Nelore, parâmetros genéticos, bovinos de corte e marcadores moleculares. Também é mestre e doutor em genética pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, com pós-doutorado na Universidade de Nebraska (EUA), e professor titular de Genética e Melhoramento Animal da USP.