A alta no preço do farelo de soja somada à queda na cotação do boi gordo prejudicou a relação de troca para o
pecuarista paulista, que atualmente precisa de 10,36 arrobas para adquirir uma tonelada do insumo. Quando
comparamos com os números de 2017, o gasto está 34% maior, aponta a Scot Consultoria.
A pressão de alta no mercado da soja grão e farelo perdeu, em parte, a força verificada nos meses anteriores,
inclusive com recuos pontuais, principalmente no mercado internacional, aponta a consultoria. No entanto, as
recentes valorizações do dólar em relação ao real mantêm os preços destes produtos em patamares elevados no
mercado interno.
Outro fator que colabora com esse cenário é a boa movimentação para exportação. A menor produção na
Argentina nesta temporada tem favorecido os embarques brasileiros. A média diária exportada de farelo de soja
cresceu 17,3% em abril deste ano, na comparação mensal, e teve alta de 5,4% na parcial até a segunda semana
de maio, de acordo com números do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a tonelada do alimento concentrado ficou cotada, em
média, em R$1.449,80, sem o frete, na primeira quinzena de maio. Em relação ao começo do ano, o preço do
farelo subiu 32,3%. Frente a maio de 2017, a alta é de 35,4%.
Em curto e médio prazos, o câmbio deverá seguir dando sustentação às cotações do farelo de soja no mercado
brasileiro, mas o cenário mais calmo lá fora deverá limitar as altas de preços.
Outro ponto de atenção é o desenrolar da safra nos Estados Unidos, que estão semeando a safra 2018/2019. Os
trabalhos no campo avançaram bem em maio, sendo que 35% da área prevista com soja foi semeada até o dia 13
de maio, frente a média de 26% da área semeada até este período na média das últimas cinco temporadas. A
preocupação é com as chuvas previstas para os próximos dias, que poderão atrapalhar o andamento. Com
informações do Canal Rural e da Scot Consultoria.
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