No último da visita de Jair Bolsonaro à China , os dois países assinaram oito protocolos nesta sexta-feira. Os
principais envolvem carne bovina processada, farelo de algodão (para ração) e energia renovável. Os acordos
foram assinados no encontro entre Bolsonaro e o presidente chinês, Xi Jinping , no Salão do Povo, em Pequim ,
depois de uma longa cerimônia em que passaram em revista às tropas na Praça da Paz Celestial .
Também foram firmados atos para a facilitação dos trâmites nas aduanas entre os dois países, para tornar
regulares os contatos entre as chancelarias dos dois países, para o intercâmbio de jovens estudantes, para a
cooperação entre a Capes e sua congênere chinesa e para a liberação da Hidrelétrica de Xingu.
Bolsonaro também aproveitou o encontro para dar um casaco do Flamengo ao presidente chinês e disse que o
time "é o melhor da atualidade".
A assinatura do ato para incrementar a presença chinesa no etanol brasileiro deve ficar para novembro, quando Xi
Jinping vai ao Brasil para a cúpula dos Brics. A expectativa é que, durante a visita do presidente chinês, sejam
anunciados novos investimentos da estatal Cofco no Brasil. Atualmente, a Cofco tem quatro usinas em São Paulo.
Os atos foram assinados pelos ministros das respectivas áreas. Um dos ministros que acompanharam Bolsonaro
na visita foi o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ele disse que a China está de olhos abertos para o
urânio brasileiro .
Defensor da quebra do monopólio do urânio, proposta que teria que passar por mudança constitucional, o ministro
negocia uma saída para a exploração das minas que pode vir a agilizar uma entrada futura do capital estrangeiro
no setor.
No evento, Bolsonaro aproveitou a ocasião para convidar empresas chinesas a participar do leilão da cessão
onerosa , que será realizado no próximo mês. Também agradeceu a posição do país em respeito à soberania
brasileira na Amazônia e exaltou a relação bilateral.
- O Brasil é um mar de oportunidades para a China. Gostaria de convidar a China a participar do leilão de cessão
onerosa. Queremos agregar valor a este intercâmbio - disse Bolsonaro.
Bolsonaro voltou a falar sobre a isensão de visto a chineses que queiram fazer turismo ou negócios o Brasil, disse
que esperava ver prosperar a relaçã ao longo de seus mandatos e concluiu seu discurso dizendo-se “orgulhoso de
estar aqui”.
- O Brasil precisa da China, e a China precisa do Brasil - disse o presidente, que estava do lado oposto a Xi na
longa mesa em que se distribuíram as duas duas equipes de governo.
O mandatário chinês, por sua vez, reforçou a importância dos laços entre as duas nações:
- Há um futuro brilhante para a relaçao entre os dois países. São relações estratégicas e de longo alcance que nos
unem.
Com informações do jornal O Globo.
Mais cedo, o presidente criticou a proposta da Aneel de cobrança de impostos da sobre a enerdia solar, dizendo
que 'taxar o sol é deboche' e revelou que o plano de estímulo de emprego no país prevê flexibilizar direitos de
jovens e pessoas com mais de 55 anos.
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