Até o fechamento da última quarta-feira (30/5), em função da greve dos caminhoneiros, as indústrias frigoríficas
não compravam matéria-prima. As vendas eram raras, aconteciam em pequenos volumes, para poucas localidades
onde era possível fazer entregas.
Em função disso, muitos frigoríficos trabalhavam com estoques completamente cheios e estes não mexiam nos
preços há duas semanas. Sem movimentação de compra e venda é impossível encontrar uma referência.
Já aqueles poucos que negociavam regionalmente impuseram pequenos reajustes aos preços. Com isso, na média
geral, os preços subiram 0,3% no acumulado dos últimos sete dias. Com isso, a trajetória de preços firmes
completa oito semanas.
Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição
em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
É prejuízo para todos os lados. Os pecuaristas que tinham programado a venda das boiadas terminadas, não
podem cumprir. Ou seja, é mais desembolso não programado, afinal, a seca já chegou, é preciso suplementar.
As indústrias não estão operando, não estão gerando receita, portanto, os custos fixos e variáveis indiretos não
estão sendo “cobertos”. Os estoques parados custam para os empresários. E a coisa continua atrapalhando cadeia
afora, refletindo em menos movimentação também nos segmentos que direta ou indiretamente atendem
pecuaristas e indústrias.
Por fim, quanto mais tempo levar para que o movimento que impede a circulação de mercadorias seja dissolvido,
maior será o “acúmulo” de demanda. Isso pode puxar fortemente os preços da carne quando os frigoríficos
voltarem a distribuir a produção. Com informações da Scot Consultoria.
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