domingo, 13 de setembro de 2015

Quais os efeitos do rebaixamento para o agro?

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A perda do grau de investimento do Brasil pela Standard & Poor's (S&P) pode significar menos projetos em logística e infraestrutura no médio e longo prazos, avalia a Informa Economics FNP. Ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o diretor técnico da consultoria, José Vicente Ferraz, disse que há riscos de investidores estrangeiros abandonarem ou reduzirem o ritmo de investimento caso outras agências de risco sigam o caminho da S&P, com efeitos negativos sobre o setor agropecuário. "Essa é a maior preocupação. Esperamos que não, mas se alguns desses investimentos deixarem de ser feitos ou entrarem em compasso mais lento, isso seria péssimo", diz. Ferraz destaca a necessidade de melhorar o escoamento da produção nacional, aumentando a competitividade das exportações brasileiras e elevando a renda dos produtores. "Eles trariam a possibilidade de continuarmos em expansão do setor, inclusive em área plantada", afirma o consultor. No entanto, Ferraz destaca que muitos investidores destes projetos são estrangeiros, inclusive fundos que têm por regra não investir em países de grau especulativo. Ainda assim, a FNP não acredita em efeitos de curto prazo do rebaixamento para o setor. No mercado de câmbio, Ferraz espera que a alta do dólar se acelere, o que tende a beneficiar as cadeias produtivas exportadoras. "Para o agronegócio e a exportação de commodities isso é positivo. Do ponto de vista inflacionário e do custo de produção, é ruim, mas comprovadamente os benefícios são maiores", avalia. Ferraz acredita que a desvalorização do real deve continuar a compensar a queda nos preços internacionais das commodities agrícolas. Na quarta-­feira, a S&P rebaixou o rating do Brasil de BBB­ para BB+ e retirou o grau de investimento do País. A perspectiva negativa da nota de crédito do Brasil permaneceu negativa. Com informações da Globo.com

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