domingo, 12 de julho de 2020

FIESP prevê disparada no preço da carne bovina

Abrafrigo prevê novas alta nos preços da carne bovina ao ...

De acordo com o diretor do departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Betancourt, a carne bovina deve perder espaço no mercado interno para as concorrentes, a proteína suína e avícola, além dos ovos. A instituição publicou nesta semana o Outlook Fiesp 2029, que traz perspectivas para o agronegócio brasileiro entre 2018 a 2029. "A carne bovina vai se tornar artigo de luxo, vai passar a atender mais o mercado de exportação, e as demais proteínas de origem animal, como frango, suíno e ovos, devem tomar parte desse espaço", explicou. Conforme o estudo aponta, enquanto o consumo doméstico de carne bovina tem previsão de aumentar 12% até 2029, a perspectiva de avanço para a carne de frango é de 21%, de carne suína em 27%, e de ovos, acréscimo de 47% na demanda doméstica. Apesar da expectativa do aumento do consumo de proteínas de origem animal no mercado interno, Betancourt explica que como é uma previsão de longo prazo, não é levado em conta questões pontuais da economia, como a atual retração por conta da pandemia do coronavírus. Para ele, o incremento na demanda doméstica é uma combinação de melhor poder aquisitivo da população, maior oferta de produto em âmbito doméstico e a saudabilidade dos alimentos. No caso das exportações, os volumes de carne bovina devem crescer 102% até 2029; a expectativa de aumento para os embarques de proteína suína é de 68%, e para a carne de frango, 48%. "Hoje a exportação de carne suína é a que mais depende de um mercado mais regionalizado, que é a China, e é claro que o país asiático não quer ficar totalmente preso a um só vendedor, e isso nem é sustentável também", explica. Na opinião do diretor, é preciso que ao longo dos anos o Brasil diversifique as parcerias comerciais, uma vez que a Chiba, eventualmente, vai se recuperar da crise com a Peste Suína Africana (PSA), apostando em uma suinocultura mais tecnificada. "A China vai seguir importando enquanto trabalha nessa retomada, mas os volumes podem diminuir", disse. Com informações do Notícias Agrícolas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário