sábado, 26 de março de 2016

Paralisia do governo preocupa o agronegócio

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A crise política e econômica vem afetando o setor produtivo rural. Dificuldades na liberação de crédito e projetos de lei de interesse da agropecuária são alguns dos pontos que têm seu processo dificultado pela paralisia em Brasília. E isso tem deixado várias entidades do setor bastante apreensivas. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) está preocupada com o plano safra 2016/2017, que pode sofrer atrasos diante dos impasses da crise. “Fizemos um seminário no início deste mês para tratar desse assunto e de novo um ponto comum de reivindicações foi que as medidas sejam divulgadas com antecedência, e não em cima da hora", diz Célio Porto, coordenador de política agrícola da FPA. Para o presidente da Federação de Agricultura de Mato Grosso (Famato), outro ponto preocupante é o crescimento do desemprego. “Nós temos aí uma taxa de desemprego muito alta, e a economia não está crescendo, com exceção do setor agropecuário, que está crescendo pouco. O maior problema hoje do Brasil é a ingovernabilidade”, diz Rui Prado, presidente da Famato. Além da preocupação com as questões econômicas, o setor produtivo está de olho também no cenário político, principalmente na Câmara dos Deputados, onde há vários projetos de lei voltados ao agronegócio e que estão a passos lentos. Exemplo é o projeto de revendas de defensivos agrícolas e o da cédula imobiliária rural, que facilita a liberação de crédito para os produtores. Na bancada ruralista, há uma preocupação também com a troca de ministros, principalmente na pasta da Agricultura. “Nos últimos dias, muito tem se falado da provável substituição da ministra Kátia Abreu. O setor tem uma ótima relação com a ministra e é importante que ela tenha força, para continuar tocando num governo desgovernado”, diz o deputado federal Jerônimo Gorgen (PP­RS). Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Endrigo Dalcin, a alternativa hoje seria a troca de todo o comando do governo, como forma de restabelecer a confiança no país. “A gente vê, por exemplo, aqui em Mato Grosso, comércios fechando e caminhoneiros nas estradas bloqueando rodovias novamente. É triste ver um país com um potencial desse parado por uma questão política”, diz. Já o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, Maurício Velloso, enxerga uma luz no fim do túnel. “Eu acredito que estejamos muito próximos de conseguir reconduzir o Brasil aos trilhos, à legalidade, à normalidade e permitir que ele consiga novamente trilhar o caminho de ser uma grande nação.” Com informações do Canal Rural.

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