O preço do
bezerro no Brasil apresenta uma valorização mais forte do que as
cotações da arroba do boi gordo, aponta levantamento do Rabobank.
Segundo cálculo do banco, entre janeiro e outubro deste ano o valor do
bezerro acumulou alta de aproximadamente 31%, enquanto o preço da arroba
subiu cerca de 22% no mesmo período.
Para
analistas, o resultado desse movimento é a redução das margens dos
pecuaristas que trabalham nas etapas de recria e engorda dos animais,
mesmo em período de cotações recordes no mercado físico.
Os analistas explicam que quanto maior for o valor da arroba do boi projetada, maior a valorização proporcional do bezerro. Ou seja, com a valorização do boi gordo serão cada vez necessárias mais arrobas para comprar um bezerro.
De acordo com as projeções do banco, em um cenário no qual a arroba do boi gordo esteja no patamar de R$ 130, o pecuarista precisa de 8,2 arrobas para a compra de um bezerro - considerando como referência o nelore entre 8 e 12 meses em Campo Grande (MS). Já no caso da arroba em R$ 140 e R$ 150, seriam necessárias de 8,4 a 8,6 arrobas para a compra de um bezerro, respectivamente.
A alternativa para manter as margens seria abater um animal mais jovem e mais pesado. Porém, somente um bezerro mais pesado poderia sustentar esse movimento, sugerem os profissionais. Segundo avaliação do Rabobank, essa maior valorização do bezerro no comparativo com a arroba é um resultado direto do descasamento entre os elos do ciclo pecuário brasileiro.
A prática da venda de bezerros por peso e não mais por cabeça, por exemplo, exigiria um maior nível de integração na cadeia produtiva, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos.
Para os analistas, o investimento na etapa de cria e na maior integração com o restante da cadeia é determinante para o crescimento de setor no Brasil. Segundo eles, a crescente demanda internacional por carne bovina, especialmente na Ásia, demandará do País um maior número de animais abatidos e com maior qualidade.
– Portanto, os produtores devem se adequar a uma realidade de bezerros mais valorizados e buscar incentivar a produção de animais jovens mais pesados e de melhor qualidade. A venda de bezerros por cabeça, que desvaloriza o bom trabalho da cria, deverá ser gradualmente substituída pela precificação do animal pelo peso. Isso conectará o desempenho da cria com o resultado final da engorda – afirmam no relatório.
Os analistas explicam que quanto maior for o valor da arroba do boi projetada, maior a valorização proporcional do bezerro. Ou seja, com a valorização do boi gordo serão cada vez necessárias mais arrobas para comprar um bezerro.
De acordo com as projeções do banco, em um cenário no qual a arroba do boi gordo esteja no patamar de R$ 130, o pecuarista precisa de 8,2 arrobas para a compra de um bezerro - considerando como referência o nelore entre 8 e 12 meses em Campo Grande (MS). Já no caso da arroba em R$ 140 e R$ 150, seriam necessárias de 8,4 a 8,6 arrobas para a compra de um bezerro, respectivamente.
A alternativa para manter as margens seria abater um animal mais jovem e mais pesado. Porém, somente um bezerro mais pesado poderia sustentar esse movimento, sugerem os profissionais. Segundo avaliação do Rabobank, essa maior valorização do bezerro no comparativo com a arroba é um resultado direto do descasamento entre os elos do ciclo pecuário brasileiro.
A prática da venda de bezerros por peso e não mais por cabeça, por exemplo, exigiria um maior nível de integração na cadeia produtiva, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos.
Para os analistas, o investimento na etapa de cria e na maior integração com o restante da cadeia é determinante para o crescimento de setor no Brasil. Segundo eles, a crescente demanda internacional por carne bovina, especialmente na Ásia, demandará do País um maior número de animais abatidos e com maior qualidade.
– Portanto, os produtores devem se adequar a uma realidade de bezerros mais valorizados e buscar incentivar a produção de animais jovens mais pesados e de melhor qualidade. A venda de bezerros por cabeça, que desvaloriza o bom trabalho da cria, deverá ser gradualmente substituída pela precificação do animal pelo peso. Isso conectará o desempenho da cria com o resultado final da engorda – afirmam no relatório.
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