A Câmara Setorial da Carne Bovina se reuniu com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) nesta terça, dia 22. Os produtores manifestaram a preocupação do setor com o fim da vacinação
contra a febre aftosa e, mais uma vez, cobraram do governo uma solução para integrar a cota que
favorece a exportação para a comunidade europeia.
A carne bovina brasileira reúne todas as condições que definem a qualidade do produto para ser
comercializado no continente europeu, porém, ainda existem barreiras à exportação.
Na reunião, ficou definido que o Mapa vai ter um técnico para acompanhar os trâmites do processo junto
aos órgãos internacionais, com a intenção de acelerar o desfecho das negociações. Para o presidente do
Instituto Matogrossense da Carne (Imac), Luciano Vacari, não há mais porque o Brasil ficar de fora dessa
cota.
“O Brasil é um grande exportador de carne no mundo. Nós temos um volume de qualidade significativo
sendo ofertado todos os dias. Temos também um modelo definido pelo Mapa de rastreabilidade que é
aceito pela União Europeia, nós temos produtores comprometidos com o controle sanitário, além disso,
temos vários estados livres da febre aftosa, que é uma exigência europeia há mais de 20 anos. O país tem
um parque industrial extremamente bem equipado e acima da média mundial, ou seja, nós temos tudo pra
usufruir dessa cota. O que precisa é nos organizarmos e definirmos os critérios para que cada um consiga
ter a maior participação dentro da Cota 481”, salienta.
Febre aftosa
Outra preocupação dos produtores é com o fim da vacinação contra a febre aftosa, como pretende o
Mapa. Embora, a doença esteja erradicada na maioria dos estados, o presidente da Comissão de
Pecuária de Corte da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), Maurício Velloso, defende que a retirada
da vacinação deve ser feita com muito critério.
"É preciso que haja um controle sobre a vacinação. Não é possível que a gente retire simplesmente a
vacinação por um decreto e não tenhamos o devido cuidado e preocupação com as consequência.
Precisamos se ater às necessidades e às exigências dos nossos clientes internacionais e muito mais do
que isso, da nossa realidade, não só brasileira, mas da América do Sul como um todo”, reforça. Com
informações do Canal Rural.
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