terça-feira, 31 de julho de 2018

Analista ainda crê em alta do confinamento

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Altos e baixos estão caracterizando o confinamento de bois neste ano. As previsões variam. O ano começou e as expectativas eram de aumento no número de animais engordados exclusivamente em confinamento e também no semiconfinamento – sistema em que o gado permanece um período no pasto antes de dar entrada no cocho. Depois, a previsão ficou no empate em relação à temporada 2017. Em entrevista na última sexta, a analista e pecuarista Lygia Pimentel, da Agrifatto, de São Paulo, declarou que acredita em um incremento de 3% no total de cabeças fechadas. “Computando-se o confinamento e o semiconfinamento, o número total no Brasil pode chegar a 5,2 milhões de animais”, crava Lygia. Traduzindo: não está bom mas também o cenário não é desanimador. No chamado primeiro giro, com os animais entrando no cocho em março/abril, os custos com a alimentação, principalmente a saca de milho, atrapalharam bastante. “Em certas regiões de pecuária, o confinador desembolsava R$ 42 pela saca”, lembra Lygia. Segundo o professor Sergio de Zen, da Esalq/USP, o aumento do milho chegou a expressivos 31% de janeiro a maio deste ano. De outro lado, a arroba do boi caía e não estimulava os investimentos. “Está difícil fazer previsões neste ano, principalmente após a greve dos caminhoneiros. Muito pecuarista não tinha como entregar o gado engordado e várias plantas de frigoríficos fecharam as portas”, relata Lygia. E, depois de registrar bom desempenho no primeiro trimestre do ano, as exportações diminuíram fortemente a partir de abril, o que resultou em maior oferta de animais dentro do País, segundo a analista. Importante colocar que o período do primeiro giro corresponde a apenas 15% da quantidade de gado confinado ao ano. O panorama está menos nublado agora no segundo giro, no qual os animais entram no cocho entre julho e agosto e são abatidos nos meses de outubro e novembro. “A saca de milho deu um respiro. O preço caiu para R$ 39 e animou um pouco os confinadores”, afirma Lygia. Por sua vez, a arroba foi a R$ 143 neste mês de julho e também ganhou fôlego. Lygia faz questão de destacar que suas expectativas podem até estar subestimadas. “Elas não são definitivas. Creio, no entanto, que haverá pressão de alta para o boi gordo por conta da menor oferta de animais vindos do primeiro giro do confinamento, além de uma esperada recuperação das exportações”, afirma. Como se vê, o agronegócio, inclusive a pecuária de corte, continua sustentando a combalida economia brasileira. Com informações do Globo Rural.

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