Com preços maiores sendo ofertados para a compra de boiadas, os negócios voltaram a fluir.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na última sexta-feira (27/3), a cotação do boi gordo na praça paulista
ficou em R$200,00/@, considerando o preço à vista, bruto.
Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição
em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
As indústrias conseguiram efetuar compras de lotes maiores e alongar, mesmo que moderadamente, as escalas de
abate. A programação de abate atende a quatro dias em São Paulo.
Segundo a Radar Investimentos, "as tentativas de pressão negativa na arroba não foram eficazes no Brasil Central
durante toda a semana anterior. Em São Paulo, os negócios iniciaram calmos, mas destravaram mais próximos de
R$200,00/@, à vista. As programações de abate estão enxutas e a China voltou agressivas às compras de carne
bovina." Com informações da Scot Consultoria.
terça-feira, 31 de março de 2020
Milho: vendedores esperam que preços subam mais
As cotações de milho continuam em elevação na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Vendedores
estão retraídos, com perspectiva de que os preços continuem avançando nas próximas semanas, fundamentados
nos estoques baixos e na oferta enxuta de milho primeira safra.
Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa acumulou altas de 11,74% na parcial de março
(até o dia 27) e de 0,78% em sete dias (entre 20 e 27 de março), fechando a R$ 59,50/sc de 60 kg na sexta-feira –
se sustentando, portanto, no maior patamar nominal da série histórica do Cepea. Além da menor presença de
vendedores, o ritmo de negociação esteve limitado na semana passada por incertezas quanto a possíveis
restrições na circulação de mercadorias – diante das medidas de controle do coronavírus. Com informações da
ESALQ.
Atacado puxa para cima índice de inflação
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a subir 1,24% em março sob pressão do atacado em meio ao
surto de coronavírus no país, depois de ter terminado fevereiro com variação negativa de 0,04%, informou a
Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.
O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,20% no mês.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços
no atacado, teve no mês avanço de 1,76%, contra deflação de 0,19% em fevereiro.
Colaborando para esse movimento, o grupo Matérias-Primas Brutas estendeu a alta a 4,77% em março, ante
0,36% no mês anterior, com impulso dos itens minério de ferro, soja e café.
Por sua vez o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, desacelerou a alta a
0,12% em março, ante 0,21% no mês anterior.
O grupo Educação, Leitura e Recreação deu a principal colaboração para o arrefecimento do IPC, já que passou
de alta de 1,04% em fevereiro para queda de 1,01% este mês. Em meio à pandemia de coronavírus em todo o
mundo, os preços das passagens aéreas foram fator importante para essa leitura, recuando 10,26%, ante ganho
de 0,34% anteriormente.
Já o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 0,38%, contra alta de 0,35% em fevereiro.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. Com
informações da Reuters.
Dólar abre a semana em alta
O dólar iniciava a semana em leve alta contra o real, acompanhando a cautela global em relação ao impacto
econômico do coronavírus, enquanto, no cenário doméstico, divergências entre governos regionais e federal sobre
a resposta à pandemia continuavam no radar.
Às 9:07, o dólar avançava 0,26%, a 5,1201 reais na venda. O contrato mais líquido de dólar futuro avançava
0,39%, a 5,1215 reais.
Na última sessão, na sexta-feira, a moeda norte-americana à vista fechou em alta de 2,22%, a 5,1066 reais na
venda, registrando seis semanas consecutivas de ganhos. Com informações da Reuters.
quarta-feira, 25 de março de 2020
Qual será o efeito do coronavírus sobre o Agro?
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou no último sábado (21) um cenário para o setor
agropecuário do impacto do Covid-19, a partir de um trabalho de acompanhamento que vem sendo feito desde o
dia 11 de março, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou pandemia do novo coronavírus. Na
China, maior comprador dos produtos do setor, o escritório da CNA em Xangai não identificou interrupção de
importações de bens agropecuários. "Mas o cancelamento de rotas marítimas já resulta em atrasos no transporte
internacional", informa.
O escritório em Xangai apurou que comércio de grãos, óleos e alimentos registrou aumento de 9,7% entre os
meses de janeiro e fevereiro de 2020. Na União Europeia, ainda não há, conforme a entidade, impactos
expressivos no comércio com o Brasil. "Hoje as medidas restritivas estão muito mais focadas na redução da
movimentação de pessoas do que na circulação de mercadorias." Nos Estados Unidos também não se percebeu
nenhum impacto no comércio. "O governo norte-americano tem tomado medidas mais focadas na saúde das
pessoas e garantiu que a produção de alimentos não para."
Quanto à Arábia Saudita, as informações da CNA são de que houve aumento de demanda por fornecedores
brasileiros para suprir o mercado interno. "Exportadores brasileiros e importadores relatam atraso na liberação de
cargas no porto de Gidá. Aparentemente, o controle portuário está mais rígido."
A CNA lembra que os preços das principais commodities agrícolas, como soja, milho e café, caíram no mercado
internacional, mas os valores em reais não foram afetados devido à valorização do dólar. Para o setor
sucroenergético e o algodão, o impacto no preço veio do conflito entre Rússia e Arábia Saudita por causa do
petróleo, que derrubou os preços nestes setores.
Quanto às carnes, a entidade cita a queda dos preços da arroba do boi gordo no início da semana por pressão dos
frigoríficos, e depois pela fraca comercialização. "Com isso, a escala dos frigoríficos foi reduzida, forçando a
elevação dos preços na quinta e na sexta." Para os próximos dias, prevê mais pressão porque "os três maiores
frigoríficos anunciaram férias coletivas em alguma das suas unidades".
Já as plantas de aves e suínos informaram, conforme a CNA, que não vão interromper sua produção. "Mas a
queda no food service preocupa. As empresas já sentiram queda de 10 a 15% nos pedidos. Por outro lado, os
pedidos das redes de atacado e varejo aumentaram. Na parte da exportação, a falta de contêineres tem dificultado
as vendas de proteínas animais."
Quantas à demanda por frutas e hortaliças, a CNA diz que nos supermercados cresceu de 20% a 30% nos
primeiros dias de intensificação da pandemia. "A comercialização no varejo representa em torno de 53% das
movimentações desses produtos. Por outro lado, a procura em redes de fast food, bares e restaurante caiu
drasticamente. Com a ordem de fechamento em grandes cidades, espera-se que demanda recue a níveis nunca
vivenciados pelo setor."
Também preocupa a entidade o efeito da queda no consumo do food service na cadeia da aquicultura. "A
comercialização de camarão, por exemplo, teve queda de 80%, mas aumentou 20% nas vendas no varejo." Com
informações do Broadcast Agro.
Farelo de soja está 11,4% mais caro
Os preços do farelo de soja subiram no mercado brasileiro no embalo da soja em grão.
Apesar da colheita em andamento no país e a previsão de uma safra recorde (2019/20), a boa demanda
(doméstica e para exportação) e, principalmente, a forte valorização do dólar, puxaram as cotações do grão e do
farelo, em reais, para cima.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a tonelada de farelo de soja ficou cotada, em média,
em R$1.428,43, sem o frete, na primeira quinzena de março.
Houve alta de 2,1% em relação a fevereiro último e na comparação com março do ano passado o insumo está
custando 11,4% mais este ano.
Para o curto e médio prazos, o câmbio e a demanda são os principais fatores de precificação do grão no mercado
interno.
A expectativa é de mercado firme caso o dólar siga valorizado e a demanda aquecida. Lembrando que a China
segue comprando grandes volumes do grão de soja brasileira.
Mantemos o monitoramento da situação do coronavírus e do petróleo no Brasil e no mundo, que têm afetado a
economia mundial. Com informações da Scot Consultoria.
Exportações de carne têm resultado surpreendente
Ao contrário do esperado frente à situação (do Brasil e do mundo) frente à pandemia de Coronavírus, as
exportações brasileiras de carnes apresentaram recuperação em relação à semana anterior. Ou seja: na terceira
semana de março obtiveram receita que, pela média diária, somou US$65,511 milhões, valor quase 12% superior
ao registrado na segunda semana.
Mais do que pelo preço, o aumento registrado foi impulsionado pelos volumes embarcados. Que, pela média diária,
permanecem (quase todos) negativos porque, em essência, o mês anterior e o mesmo mês do ano passado
tiveram menos dias úteis que março corrente.
Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição
em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
Isso considerado, projetados para a totalidade do período os embarques até agora efetivados, têm-se as seguintes
perspectivas, aplicáveis apenas ao produto in natura:
Carne suína: perto de 70 mil toneladas - aumento de quase 20% sobre o mês anterior e de mais de 46% sobre
março de 2019;
Carne bovina: cerca de 128 mil toneladas – aumento mensal de mais de 15% e anual de 8%;
Carne de frango: ao redor de 343,6 mil toneladas – 6% e 8% a mais que o registrado em fevereiro último e em
março do ano passado.
A esta altura de março, não é difícil atingirem-se essas marcas. Pois, dos 22 dias úteis do mês, 15 deles (mais de
68% do total) já ficaram para trás. Aliás, faltam agora apenas sete dias úteis para o encerramento do primeiro
trimestre de 2020. Com informações do Avisite.
China importou mais carne no primeiro bimestre
As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 1,25 milhão de toneladas no primeiro bimestre deste ano,
volume 69,6% maior que o adquirido em igual período do ano anterior, informou o Departamento de Alfândegas da
China (GACC, na sigla em inglês). A despesa com a importação do produto aumentou 120,7%, atingindo US$ 4,64
bilhões no bimestre.
As importações de carne suína foram as que registraram maior alta. Em janeiro e fevereiro deste ano, a China
adquiriu 560 mil toneladas, volume 158,1% superior ao comprado no mesmo período do ano passado. O custo
aumentou 370,1%, para US$ 1,75 bilhão.
De carne bovina, o país asiático importou 300 mil toneladas no bimestre, alta de 41,6% na comparação anual. O
valor importado aumentou 77,6%, para US$ 1,69 bilhão.
O aumento das importações chinesas de carnes ocorre em meio à crise que o país enfrenta na procura de
alternativas para o suprimento de proteína animal, como consequência do avanço da peste suína africana (ASF, na
sigla em inglês) sobre o seu rebanho. Com informações do Broadcast Agro.
Arroba: pecuarista não aceita os preços atuais
Foram poucos os compradores ativos na manhã da última segunda-feira (23/3). Dentre os que estavam
comprando, o volume de negócios foi extremamente pequeno, principalmente para os compradores cujas ordens
de compra não subiram, em relação à semana anterior.
Em algumas regiões, os frigoríficos abriram as compras ofertando preços menores pelo boi. Houve negócios,
porém, em volumes reduzidos.
Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição
em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
Com a demanda incerta, devido aos impactos do coronavírus no Brasil e no mundo, a baixa disponibilidade de
boiadas tem sido o fator de sustentação da cotação da arroba. Ou seja, ao longo de março, a desvalorização
somente não foi maior em função da oferta restrita. Com informações da Scot Consultoria.
Para onde vai a arroba do boi no curto prazo?
A corrida aos supermercados na última semana deverá ajudar a dar alguma sustentação ao boi ao redor dos R$
190,00 em São Paulo. No curtíssimo prazo.
Mais que isso, o mercado está sem bússola e vai depender do grau impacto da crise pandêmica e até se houver
algum relaxamento de restrições a bares e restaurantes – e se os consumidores comparecerem, naturalmente.
Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição
em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
A visão é da Agrifatto, com base na melhora da originação sentida por parte dos frigoríficos, e do endurecimento
dos pecuaristas que não estão entregando à base dos R$ 180,00 a R$ 185,00, como os compradores estão
oferecendo no balcão.
O analista da consultoria, Gustavo Resende Machado, também acredita em oferta de animais acabados pequena.
No entanto, há que se estimar que a lentidão dos negócios anula um pouco essa desvantagem dos
frigoríficos. Com informações do Money Times.
segunda-feira, 16 de março de 2020
Coronavírus e os impactos causados na pecuária de corte Brasileira
Quem ainda não ouviu falar sobre o Coronavírus? O assunto é a pauta mais importante no momento em todas as redes de comunicação. Nas ruas é perceptível como pessoas estão “antenadas” no assunto. Em todos os cantos deste mundo, o novo surto se tornou o tópico principal.
O vírus teve o seu primeiro caso na China e alastrou pelo mundo trazendo várias implicações para economia, inclusive brasileira.
2019n-Cov
O Coronanavírus (COV) é um grupo de grandes vírus de RNA da cadeia animal, que transmite a doença COVID 19. O nome Coronavírus vem por conta da sua aparência – lembra uma coroa e corona é o mesmo que coroa em latim.O grupo já era composto por seis tipos, tendo o seu primeiro caso registrado em 1960. Já existiam dois tipos do Coronavírus responsáveis por infecções respiratórias mais graves. São eles o SARS-COV e o MERS-COV.
Os demais tipos causam sintomas de uma gripe leve e todos nós podemos já ter sido contaminados pelos mesmos.
O 2019n-Cov foi incluído sendo o sétimo vírus da família. Em 31 de dezembro do ano passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi alertada sobre um surto de pneumonia na cidade de Wuhan na China.
Um dado preocupante informado para a organização na ocasião foi que a doença não estava sendo causada por nenhum vírus conhecido.
A partir disso, foi dada a largada, para encontrar o causador da doença e pesquisas mais profundas confirmaram a relação dos casos de pneumonia com o COV. A OMS avaliou o Coronavírus como “muito alto na China” e “alto no nível global” para o risco de contágio. A transmissão se dá por contato próximo a pessoa contaminada, através dos resíduos da tosse, espirro, entre outros.
Ainda estão em análises se a transmissão inicial da doença foi através de algum animal silvestre. As suspeitas estão relacionadas a algumas carnes exóticas que são comidas no país de origem do vírus, como o morcego, a cobra, (predador do mamífero anterior), e o pangolim, (animal mais traficado do mundo). Mas ainda não houve até o presente momento da publicação deste texto, uma afirmativa considerável para o caso.
Até a data “dez de março de 2020”, de acordo com fontes oficiais, já foram registrados mais de 110.000 casos da COVID19, ultrapassando 100 países infectados no mundo, sendo que já temos um número superior a 3.900 de óbitos confirmados.
No Brasil, já temos mais de 900 casos suspeitos e 25 confirmados nos estados São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas, Minas Gerais e Bahia; além de um caso confirmado no Distrito Federal, em que a paciente se encontra em quadro grave e está internada na UTI.
Sintomas e Diagnóstico
O vírus causa febre, tosse, coriza, dor de garganta, dor de cabeça, falta de ar e em casos mais graves, pneumonia e síndrome respiratória aguda.O diagnóstico da doença é realizado através de amostras respiratórias, por meio da “swab nasofaringe”; e utilizados posteriormente nos métodos moleculares ou de biologia molecular que consiste em ampliar o DNA do material a ser averiguado.
Impacto na Economia Mundial
Através de dados recolhidos em março de 2020, o surto do Coronavírus tem trazido vários impactos negativos para a economia mundial. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a redução no crescimento do PIB, já é uma realidade com uma taxa de apenas 2,4% contra a previsão do final do ano de 2,9%.Não havia uma taxa tão pequena desde 2009, quando ocorria a crise financeira iniciada em 2008. Houve uma queda brusca nas principais bolsas de valores do mundo. A preocupação dos investidores, fez com que o recuo se tornasse uma realidade aos possíveis impactos do COV frente às empresas.
Na bolsa de Xangai, houve uma queda de -2,9%; na Dow Jones -7,5%, já na Nikkei -9,1%, e a pior aconteceu na FTSE com -11%. O declínio ocorreu principalmente em fevereiro, quando a OMS declarou emergência global, mas permanece neste início de março, apesar de um leve crescimento.
Uma das áreas mais afetadas foi o transporte aéreo. Com a epidemia, a Associação Internacional de Transporte Aéreo, (LATA), prevê uma perda de mais de 100 bilhões de euros em 2020.
As exportações da China caíram 17,2% nos primeiros dois meses do ano; e a importação também não resistiu com uma queda de 4%. O impacto na exportação já é a maior no último ano.
Um fato interessante relacionado à China, é que com o surto do Coronavírus, aconteceu uma redução na emissão de gases por lá. Com a suspensão temporária das empresas (comércio e indústrias), além do número bem menor de viagens pelas companhias aéreas, houve uma queda de dióxido de carbono de 25%, obtendo uma diminuição na poluição do ar.
Nos Estados Unidos, o presidente Trump admitiu nesta sexta-feira dia 06 que o Coronavírus poderá impactar de forma negativa na economia do país, mas está confiante em ser uma crise passageira.
Já no Brasil, o ministro da economia, Paulo Guedes, informou que a economia do país poderá reduzir entre 0,1 a 0,5 mediante a epidemia do COV. Ainda disse que o dólar poderá chegar “na casa dos cinco reais”, caso ele não agir de forma ponderada e conta muito com as possíveis reformas para mudar o cenário.
O Banco Central do Brasil vem monitorando atentamente os possíveis impactos financeiros mediante ao surto e informou que nas próximas semanas, terá uma visão mais detalhada sobre o assunto.
Impactos do Coronavirus no Agronegócio do Brasil – Pecuária de Corte
De acordo com o ministério da economia, o COV não gerou prejuízos para o Brasil. Em fevereiro, o Brasil teve o quarto melhor resultado na exportação (aumento de 10,4% pela média diária com relação a 2019), e chegou atingir mais de três bilhões de euros de superávit. Entre os produtos que mais foram exportados está o algodão, a carne bovina e a carne suína.A comercialização da carne bovina, seja fresca, refrigerada ou congelada chegou a US$61 milhões a mais no período.
Isso ocorreu por um importante fator, ao contrário do que se pensava, a China importou quase 21% a mais do Brasil, incluindo o setor da agropecuária.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) trouxe um dado relevante na última semana também. O PIB deverá crescer entre 3% a 4% pensando em uma possível recuperação na comercialização da soja e nas crescentes da pecuária. Espera-se uma alta de 20% para a pecuária bovina e 29% para a suína. O que resulta em pontos bem confiantes para 2020.
Em uma entrevista para o Canal Rural, o economista José Roberto Mendonça de Barros, disse que o “Coronavírus é para China o que a greve dos caminhoneiros foi para o Brasil”. Ele informou que o desígnio por alimentos deverá retornar muito forte, uma vez que precisarão renovar o armazenamento dos mesmos.
Então mediante ao cenário atual, pode-se concluir que será necessária cautela, uma vez que a economia mundial está oscilando e se percebe uma forte indecisão nos investimentos.
Em contrapartida, podemos dizer que o mercado pecuarista brasileiro não vem sofrendo problemas e investir em tempos difíceis é o melhor recurso para um crescimento ainda maior, quando a economia voltar aquecer em todos os setores.
Pode-se afirmar que o momento atual na pecuária é bom, principalmente quando a economia da China possui expectativa favorável para crescimento e hoje somos o maior exportador deles, como eles são para nós.
O Brasil é muito rico por suas terras, clima e projeções. Precisamos crescer com relação ao mercado mundial e para isso, criarmos alternativas sustentáveis que aumente a nossa produtividade.
Por isso deixo a reflexão: Você está preparado para os próximos passos das possíveis evoluções da pecuária de corte frente ao mundo?
Reflexão esta que nos leva a situação de querer ser a diferença no mercado. Então vamos juntos transformar a pecuária porque o futuro é agora! Somos a revolução!
Referências
1. APOIO, Álvaro. Inovação; Diagnóstico do Coronavírus; 13 fev. 2020; site: https://alvaroapoio.com.br/inovacao/diagnostico-do-coronavirus
2. AYUSO, Silvia. El País; Economia; Coronavírus Pode Derrubar Pela Metade Crescimento Mundial Prevê OCDE; 02 mar. 2020; site: https://brasil.elpais.com/economia/2020-03-02/coronavirus-pode-derrubar-pela-metade-crescimento-mundial-preve-ocde.html
3. CARBINATTO, Bruno; Super Interessante; Saúde; Este Pode Ter Sido o Animal que Passou o Novo Coronavírus para Humanos; 06 mar. 2020; site: https://super.abril.com.br/saude/este-pode-ter-sido-o-animal-que-passou-o-novo-coronavirus-para-humanos/
4. CEDRIC, Sam. Et al. Bloomberg ; Mapeando o Surto de Coronavírus em Todo o Mundo; 10 mar. 2020; site: https://www.bloomberg.com/graphics/2020-wuhan-novel-coronavirus-outbreak/
5. ECONOMIA, Ministério da. Superávit Comercial Chega a US$ 3,096 Bilhões em Fevereiro; 02 mar. 2020; site: http://www.economia.gov.br/noticias/2020/marco/superavit-comercial-chega-a-us-3-096-bilhoes-em-fevereiro
6. FOCO em Bio. Tudo o que Você precisa Saber Sobre Coronavírus; 28 de jan. 2020; site: http://bioemfoco.com.br/noticia/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-coronavirus/
7. JONES, Lora. BROWN, David. PALUMBO, Daniele. BBC News Brasil; Coronavírus: Oito Gráficos que Mostram Impacto da Covid-19 Sobre a Economia Mundial; 07 mar. 2020; site: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51766452
8. MUNDO, Redação News. BBC News Brasil; Como Epidemia de Coronavírus Pode Ter Efeito Positivo no Meio Ambiente; 02 mar. 2020; site: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51682790
9. PALMA, Ana. Fundação Oswaldo Cruz; Invivo; Coronavirus; site: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1438&sid=8
10. POINTBEEF, Equipe. BeffPoint Educação; PIB Agropecuário Deverá Crescer Até 4%em 2020, Estima CNA; 06 mar. 2020; site: https://www.beefpoint.com.br/pib-agropecuario-devera-crescer-ate-4em-2020-estima-cna/
11. PRESSE, France. Globo G1; Economia; Exportações da China Despencam 17,2% no Primeiro Bimestre de 2020; 07 mar. 2020; site: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/03/07/exportacoes-da-china-despencam-172-no-primeiro-bimestre-de-2020.ghtml
12. REDAÇÃO. Veja; Saúde; Coronavírus Pode ter Sido Transmitido por Sopa de Morcego e Carne de Cobra; 23 jan. 2020; site: https://veja.abril.com.br/saude/coronavirus-pode-ter-sido-transmitido-por-sopa-de-morcego-e-carne-de-cobra/
13. RURAL, Canal. Impacto Mundial - Coronavírus é para China o que a Greve dos Caminhoneiros foi para o Brasil; 27 de fev. de 2020; site: https://www.canalrural.com.br/agronegocio/coronavirus-e-para-china-o-que-a-greve-dos-caminhoneiros-foi-para-o-brasil/
14. SAÚDE, Ministério da. Agência Saúde; Coronavírus: 25 casos Confirmados no Brasil; 09 mar. 2020; site: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46505-coronavirus-25-casos-confirmados-no-brasil
15. VALENTE, Jonas. Agência Brasil; Coronavírus: Número de Casos Confirmados Fica Estável em 25 no Brasil; 09 de mar. de 2020; site: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/ao-vivo-coronavirus-numero-de-casos-confirmados-fica-estavel-em-25-no-brasil
Brasil tem espaço para exportar ainda mais carne
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apontou em novo estudo o grande
potencial que o Brasil tem para ampliar exportações brasileiras à Liga Árabe. Segundo a pesquisa, o principal
produto para esse fortalecimento dos embarques é a carne. O texto faz parte do Estudo de Segurança Alimentar no
Mundo Árabe – Potencial do Agronegócio Brasileiro, feito em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
A Esalq é a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo.
O texto destaca que a balança comercial brasileira com os países da Liga Árabe se mantém superavitária desde
2009. Entre 1997 e 2019, as exportações brasileiras para esses países cresceram, em média, 8,8% ao ano, ao
passo que as importações evoluíram em menor ritmo, 5,1% ao ano. Os principais produtos exportados pelo Brasil
no ano passado foram açúcar, carne de frango, miúdos e pedaços de carne de frango congelada, minério de ferro,
milho e carne bovina desossada refrigerada e congelada, que representaram cerca de 70% da pauta.
Para Rodrigo Damasceno, pesquisador de políticas agropecuárias do Cepea, que participou do estudo, uma das
estratégias para elevar esse comércio é se atentar à agregação de valor. “No caso da carne, não só congelar e
exportar, mas ter algum grau de industrialização para agregar valor ao produto. Além disso, este mercado tem
outros requisitos que pode até ter um efeito de transbordamento para outras nações, que não só as árabes”,
explicou Damasceno, sobre as oportunidades no mercado halal.
Os pesquisadores estudam, agora, qual é a maneira mais viável de as empresas agregarem esse valor. “Se é
melhor por meio de industrialização, ou abrindo fábricas nos países árabes, como Arábia Saudita e Emirados, ou,
ainda, caminhar para esse valor da imagem com ativos ambientais que possam vir a ser discutidos”, afirmou.
A busca pela imagem de sustentabilidade, como as demais, não se limita ao mercado árabe. “O que analisamos é
que essa questão ambiental está sendo muito discutida. Os brasileiros estão tentando criar mecanismos de
verificação que comprovem que nossa [cadeia produtiva da] carne pode compensar emissões [de gases] pela
criação animal em sistemas integrados, ou melhorando a dieta do gado, por exemplo. Mostrar que a produção é
mais sustentável do que aparenta ser. Essa é uma demanda internacional, não só dos árabes”, declarou
Damasceno.
A análise aponta gargalos, comuns para as exportações brasileiras como um todo, como a infraestrutura logística
nacional e, principalmente, portuária. Outro ponto ressaltado é o fortalecimento e integração entre ações no setor
público e privado. “Esse é um ponto importante. Sentimos que os árabes prezam muito por essas relações até
pessoais, e por empresas que tenham representantes em seus países. Nisso, a cadeia bovina pode se estruturar
melhor, por exemplo. É preciso isso para fortalecer o setor”, explicou o pesquisador.
Entre as ações positivas, o Cepea apontou as visitas técnicas realizadas pelo governo brasileiro no último ano. No
setor agropecuário, as missões foram ao Egito, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados, e resultaram, por exemplo, em
autorizações das exportações brasileiras de lácteos, ovinos e caprinos para o Egito, castanhas, derivados de ovos
e frutas à Arábia Saudita e mel para o Kuwait. Já na Arábia Saudita e nos Emirados, o Cepea destacou as
oportunidades de investimentos em infraestrutura, em particular a Ferrogrão e a Ferrovia de Integração OesteLeste.
Para Damasceno, para superar os entraves e chegar à ampliação do comércio com os árabes, deve-se trabalhar
com metas de médio e longo prazo. O pesquisador lembra que estudos do Ministério da Agricultura, apontaram que
para 5 a 10 anos a tendência é manter um crescimento de 2% a 3 % nas exportações e produção de carne no
Brasil. Com informações da ANBA.
Arroba: o coronavírus atingiu o mercado do boi?
Oferta limitada de boiadas para abate, esse é o cenário de boa parte das regiões pecuárias monitoradas pela Scot
Consultoria.
Em São Paulo, os preços ficaram estáveis na última quinta-feira (12/3) e as programações de abate atendem em
torno de cinco dias.
A arroba do boi gordo ficou cotada em R$200,00, à vista, livre de Funrural.
Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição
em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
Apesar do alarme e da turbulência das últimas horas, o mercado do boi gordo não sentiu os impactos do
coronavírus.
Segundo a Radar Investimentos, "as cotações do boi gordo no mercado físico continuaram firmes apesar da
semana tumultuada com os temores do coronavírus e o dólar nas máximas. A volatilidade deve continuar, mas os
pastos seguem com boa capacidade de suporte e os estoques de carne
MAPA revisa fiscalização de produtos veterinários
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou o Grupo de Trabalho Técnico (GTT) para
avaliar propostas de fiscalização de fabricantes de produtos de uso veterinário, com base no risco estimado, ou
seja, quanto maior o risco, como o das vacinas de uso em campanhas oficiais de vacinação, maior será a
fiscalização.
O grupo foi criado pela Portaria 74. O GTT terá prazo de seis meses - que podem ser prorrogados por mais 90 dias
- para apresentar conclusões. O grupo também deverá propor cronograma de fiscalizações, manual para a
realização das ações, padronização de documentos usados pelos auditores fiscais federais agropecuários e
programa de capacitação continuada desses servidores.
A responsável pela Divisão de Fiscalização de Produtos de Uso Veterinário (DFPV), Maralice Cotta, prevê que os
resultados do GTT deverão contribuir para assegurar à sociedade insumos e produtos conformes e seguros;
reduzir riscos de fraude e adulteração e melhorar o direcionamento da fiscalização, graças à harmonização de
procedimentos das equipes de fiscais, com otimização dos recursos humanos e financeiros.
A Coordenação de Registro e Fiscalização de Produtos de Uso Veterinário (CPV) cuida das atividades relacionadas
à fiscalização. As superintendências federais de Agricultura (SFA), localizadas nos estados, são as executoras.
Diferentes estabelecimentos, além dos fabricantes, são fiscalizados: importadores, comerciantes, farmácias de
manipulação, entre outros. Com informações do MAPA.
Assinar:
Postagens (Atom)