O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, admitiu nesta quinta-feira, 20, em reunião com produtores em Alta Floresta,
MT, que não há uma solução “no curtíssimo prazo” para a crise na pecuária naquele Estado, após o caso JBS e a
delação dos empresários Joesley e Wesley Batista, além da suspensão da importação de carne bovina in natura
pelos Estados Unidos. Segundo ele, o ministério atua em busca de “parceiros” para que sejam reabertos frigoríficos
em Mato Grosso, fechados após o crescimento da companhia e a concentração no setor de frigoríficos bovinos.
“Com toda animosidade política, o governo não pode simplesmente quebrar todo mundo. O que o Ministério da
Agricultura está fazendo? Buscando parceiros para que frigoríficos que estavam fechados, e a gente sabe por que
estavam fechados, possam funcionar”, disse Maggi, durante a reunião. “No curtíssimo prazo não temos muita coisa
a fazer, mas podemos estimular.”
Na saída do evento, Maggi citou unidades que estão sendo reabertas em Cáceres, MT, e em Nova Monte Verde,
MT, e a perspectiva de que plantas frigoríficas também possam retomar o abate e o processamento nas cidades
mato-grossenses de Matupá, Brasnorte, Nova Xavantina e Várzea Grande. “A dificuldade que temos serão
oportunidade para reabertura dos frigoríficos. Isso vai mudar o patamar da arroba do boi e vamos ter uma pecuária
muito mais disputada.”
Durante o encontro com os produtores em Alta Floresta, Maggi voltou a defender a reabertura comercial do Brasil,
considerado “muito fechado” por ele, e criticou o que chamou de cartéis e monopólios do setor de insumos
agropecuários. “Precisamos fazer com que produtores rurais do Brasil possam acessar produtos e insumos de
forma mais barata. Como eu posso fazer isso? Quebrar os cartéis e monopólios que estão lá. São anos e anos com
uma ou duas empresas (…) vendendo as mesmas coisas.”
Maggi disse, ainda, que o ministério tem feito com que a fila de liberação de novos produtos ande de forma mais
rápida. “Em um ano houve mais autorizações para novos (produtos) veterinários e agrícolas e do que em 10 anos”,
concluiu. Com informações do portal DBO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário