domingo, 4 de janeiro de 2015

Cenários para a pecuária e a agricultura até 2034

Se por um lado a agricultura e a pecuária contribuíram para o desenvolvimento de várias regiões do País, ainda há muito a ser feito, por parte do Estado, em termos de contrapartida.
Alcides Torres

Se não diretamente, pelo menos por meio de concessões, como as que possibilitariam suprir as novas fronteiras agrícolas com energia elétrica, telefonia, internet, água  potável, escolas, hospitais e segurança.
Sem esse suporte, o esforço se perde num primitivo extrativismo contrário à produção intensiva e com qualidade. A produção precisa ser sustentável, mas a infraestrutura também. Dentro deste contexto, fomos desafiados, recentemente, a desenhar o cenário da pecuária e da agricultura brasileiras para os próximos 20 anos. Aceitamos a parada e nos concentramos em duas questões: transferência de tecnologia, de conhecimento e, para aproveitar o resultado desse conhecimento, a infraestrutura. Então vamos lá:
 
Infraestrutura – A infraestrutura não tem acompanhado o incremento do desenvolvimento rural ou a geografia das culturas, extremamente dinâmicos. Ora faltam rodovias, ora ferrovias, ora armazéns, equipamentos, trabalhadores (treinamento  de mão de obra especializada), ora faltam portos e câmaras frias.Há que se pensar nos choques de oferta,para mais e para menos. A produção de grãos, por exemplo.
 
Estima-se que a capacidade atual de armazenagem seja de 140 milhões a 150 milhões de toneladas, com uma safra de 190 milhões a 200 milhões de toneladas. Uma boa estrutura de armazenagem significa possibilidade de planejamento da venda da produção para reduzir perdas e segurança alimentar. O Centro-Oeste representa 41% da produção de grãos (caroço de algodão, amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada,feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo, triticale), produz 85 milhões de toneladas e a capacidade estática é de 52,2 milhões. A FAO recomenda que a capacidade estática de armazenagem de um país seja 1,2 vez maior do que a sua produção anual. Dessa forma, o Brasil deveria ter, pelo menos, 234,55 milhões de toneladas em espaço disponível. Não tem.
 
O artigo completo está na edição impressa de DBO 410

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