segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Rebanho em alta no Mato Grosso

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Após 2 anos de redução do rebanho bovino e bubalino em Mato Grosso, a quantidade desses animais voltou a crescer em 2014. Atualmente a população de bovídeos no Estado alcança 28,487 milhões de cabeças, sendo 60,928 mil bovinos e bubalinos - ou 0,2% - a mais que o total quantificado em 2013, quando somava 28,427 milhões. O levantamento foi realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), vinculado a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que divulgou na última sexta-feira (23) o resultado da vacinação contra a febre aftosa no Estado. Conforme os dados fornecidos pelo Indea, o efetivo total do rebanho permanece ligeiramente abaixo do número verificado em 2012, quando chegou a 28,670 milhões de cabeças. A diminuição do rebanho nesse período não está atrelada ao avanço da agricultura sobre as áreas de pecuária, expõe o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, mas sim à elevação do abate de fêmeas para compensar a perda de rentabilidade dos pecuaristas após 2010. Entre janeiro e setembro de 2013, o abate de matrizes atingiu o recorde histórico de 2,190 milhões de cabeças, sendo 10% acima do volume registrado no mesmo período de 2012. Em 2014, a participação das fêmeas no volume de abates de bovinos começou a diminuir: 44,62% das fêmeas foram encaminhadas aos frigoríficos, ante a proporção de 45,78% em 2013. Para 2015, a oferta da proteína será mantida e a recuperação de preços dos animais favorece a retenção e investimento na atividade, observa Bernardes. Ele lembra que 70% da produção de carne bovina estadual atende o consumo externo, ou seja, de outros estados brasileiros e países. Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, a pecuária mato-grossense precisa melhorar ainda mais a produtividade e tem avançado nesse sentido. “No Brasil, a taxa de desfrute - capacidade do rebanho em gerar excedentes para venda - fica em torno de 20% e nos Estados Unidos chega a 40%. Então precisamos aumentar essa taxa e não só o rebanho”. Ele comenta ainda que a intensificação da produção agrícola favorece a pecuária, ao permitir reforçar a nutrição dos animais. “O avanço da agricultura sobre a pecuária não é excludente, pelo contrário, são atividades complementares”. Preços - Neste 1º mês de 2015, a cotação da arroba do boi gordo atingiu valor histórico, chegando a R$ 130,07 na última semana no Estado, segundo pesquisa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O patamar é inédito no Estado, segundo os analistas, considerando a série histórica mantida pela entidade. De acordo com os analistas, o ritmo de valorização mais acelerado no Estado reflete o aquecimento do mercado brasileiro e também a grande demanda internacional pela carne bovina mato-grossense, que é embarcada principalmente para os países da União Europeia, Oriente Médio, China, Rússia e Venezuela. “A Rússia se mantinha muito fechada, mas retomou fortemente as importações desde o ano passado e apresenta um potencial enorme”, avalia Paludo. 

Com informações da Gazeta Digital.

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