Detentor do maior rebanho comercial de bovinos do mundo, o Brasil ocupa lugar de destaque no cenário internacional do mercado da carne bovina desde que se tornou o maior exportador deste produto.
Seu rebanho ultrapassa 204,512 milhões de animais segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - (IBGE), Mato Grosso do Sul tem destaque na pecuária nacional mas agora é o detentor do segundo maior rebanho bovino do país que foi superado a pouco tempo por Mato Grosso, isso devido a um aumento significativo no abate de matrizes, onde com a crise na pecuária estadual a pouco tempo atrás a vaca de descarte contribuía com grande parte da receita das propriedades de cria.
A introdução do Zebu no País é descritas por historiadores já por D. Pedro I onde uma raça especifica denominada como ZEBU do Nilo foi introduzida no Palácio Real de Santa Cruz, o Barão do Paraná Henrique Hermeto Carneiro Leão também contribuiu muito para o desenvolvimento dos zebuínos e podemos citar que foi um dos pioneiros no cruzamento industrial. Outro grande contribuinte para a implantação do zebu foi o Cel. Manoel Ubelhard Lemgruber que trabalhou também para a contribuição e melhoramento da raça Nelore, Já Joaquim Carlos Travassos foi um dos percussores da raça e descreveu a importância da raça zebuína para o Brasil, uma vez que descreve os primeiros estudos sobre climatologia zootécnia no país defendendo a adaptação da raça zebuína ao clima brasileiro.Outros nomes se destacam na contribuição para a introdução do Nelore e a expansão dele para o território nacional, mas entre todos os que mais se destacam seriam o Agrônomo e Zootecnista Durval Garcia de Menezes, e o casal Sr. Vicente Rodrigues da Cunha e Da. Olinda Arantes Cunha onde estes eram detentores dos touros que contribuíram significativamente para a expansão da raça nelore ou meio sangue na época, que eram os touros Karvadi, Bima, Golias, Rastan, Brahmini, Akazamu, Godar.
Segundo Santiago (1970), relata que o total de bovinos importados da raça nelore até 1970 ultrapassavam 6 mil animais. O Gado zebuíno, principalmente a raça Ongole que foi batizada no país por Nelore, teve uma grande entrada no Brasil nos anos de 1919, 1920, 1930, 1955 e 1962, onde seus principais núcleos foram estados do Rio de Janeiro, Bahia e depois, Minas Gerais e São Paulo, nos primórdios tempos da criação de animais de origem zebuína os produtores não destacavam a importância de melhoramento e seleção da raça, Fins do século passado os produtores já passam a dar importância para o melhoramento genético no país um dos fatores que alavancou o desenvolvimento da raça, uma outra questão relevantes à adaptação e resistência do zebuíno a climas quentes e a alimentação precária,o gado indiano possui características que o tornam resistente ao ambiente tropical pois sua superfície corporal é muito bem irrigada por vasos capilares sanguíneos além de ter uma ampla irrigação em sua barbela, sua pelagem curta e de coloração branca concorrem para a eliminação do calor, também o zebuíno possui um baixo nível de metabolismo comparado com outras raças ele se alimenta menos e gera menos calor e por isso apresenta boa produtividade, possui cerca de 1.300 glândulas sudoríparas por centímetro quadrado contra 994 de alguns taurinos, esta glândula que contribui para o suor, é também um animal muito resistente a ectoparasitos (parasitas externos), pois a pelagem fina e curta contribui para o difícil acesso para a penetração de parasitas e a sua coloração branca contribui também uma vez que estes parasitas em pelagens brancas estão submissos a ser predados por isso procuram animais de pelagens negras, também possui secreção oleosa de cor amarela que atua como fator repelente, mas o que vem a ser muito apreciado no zebuíno é a questão da nutrição, pois estes animais em sua origem local (Índia) são alimentados com resíduos de lavouras e resistem muito bem, estes animais possuem gordura subcutânea que é muito apreciada na Europa. No Brasil notamos que durante o período seco temos grande indisponibilidade de forragem para estes animais e as forragens disponíveis se tornam altamente fibrosas, com as condições precárias durante o período seco a raça nelore suporta bem este momento critico, e isso fez com que está raça tenha recebido uma atenção especial dos produtores rurais.
Estima-se que hoje mais de 100 milhões de cabeças de gado bovino no Brasil são nelore ou anelorados (com sangue nelore), fazendo o nelore ser um dos alicerces da pecuária de corte do Brasil, para verificarmos a importância eis uns aspectos descritos, No ano de 2001, cerca de 1,56 Milhões de doses de sêmen da raça nelore foram comercializados sendo líder em vendas, segundo o anuário de uma revista bem conhecida no agronegócio 3 de cada 4 embriões ofertados eram da raça nelore, a raça contribui com cerca de 80% da produção de carne no Brasil, alem disso a raça aquece a economia de algumas regiões durante um evento denominado Expoinel, para termos idéia em um evento no ano de 2005 arrecadou cerca de mais de 36 milhões de reais, alguns pecuaristas descrevem um termo onde relatam '' onde passa o nelore, passa o dinheiro´.
O nelore é uma raça que ainda contribui muito para a pecuária nacional, a raça leva a geração de economia em muitos municípios do Brasil onde a pecuária ainda é a maior renda da região, o Brasil mesmo ainda sendo o maior exportador de carne bovina do mundo ainda abate animais muito tardiamente, isto é um fator que se procurar ser melhorado com nutrição e genética levará o Brasil ainda mais a frente do que já é na pecuária mundial, e o nelore com certeza participará beneficamente para que isso aconteça.
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