Animais parasitados apresentam baixo desempenho produtivo e podem registrar redução anual no ganho de peso.
O mercado de carnes e leite está cada vez mais exigente quanto à
qualidade, primando por produtos saudáveis e sem resíduos químicos.
Especialistas garantem que é necessário que o manejo do gado tenha um
programa bem estruturado de profilaxia para evitar o aparecimento de
doenças que, além de causarem perdas econômicas, desqualificam o
produto.
Segundo a Embrapa Gado de Leite, um animal parasitado por vermes, por
exemplo, chega a perder cerca de 250 ml de sangue diariamente, levando a
anemia. Os vermes intestinais provocam diarreias, o que causa
desidratação, fraqueza e perda de peso, vermes nos pulmões desencadeiam
pneumonia ou algumas enfermidades com impacto direto no abate, pois
quando encontrada na carne é descontado do pecuarista do valor que seria
pago pelo animal.
Para o médico veterinário do Clarion Biociências, laboratório da
Agroquima, Ricardo Takafashi, os animais parasitados apresentam baixo
desempenho produtivo, e podem registrar redução anual no ganho de peso
em 30 quilos na média, podendo a perda variar de 18 quilos a 45 quilos.
Em função das condições climáticas, o rebanho brasileiro, em sua
grande maioria, inclusive o goiano, sofre com a infestação parasitária
durante todo o ano e mais intensamente neste período da seca, pois os
vermes necessitam de umidade para se desenvolverem no ambiente externo.
– Como no período da seca não temos ambiente propício para eles se
desenvolverem fora do animal os vermes permanecem no mesmo – diz.
Takafashi explica que a utilização de vermífugos é extremamente
eficaz na eliminação e controle das verminoses nesta época do ano.
Segundo o especialista, a maneira mais adequada para a prevenção e o
combate das verminoses é o controle estratégico.
– Os tratamentos concentram-se em períodos pré-determinados (início,
meio e final da seca) nos meses de maio, julho e setembro, lembrando que
a vermifugação no final da seca e início das águas também poderá
ocorrer depois de setembro, conciliando com a vacinação do rebanho –
explica o veterinário.
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