domingo, 5 de outubro de 2014

Clima seco é propício para eliminar parasitas no rebanho

Animais parasitados apresentam baixo desempenho produtivo e podem registrar redução anual no ganho de peso.

 

O mercado de carnes e leite está cada vez mais exigente quanto à qualidade, primando por produtos saudáveis e sem resíduos químicos. Especialistas garantem que é necessário que o manejo do gado tenha um programa bem estruturado de profilaxia para evitar o aparecimento de doenças que, além de causarem perdas econômicas, desqualificam o produto.
Segundo a Embrapa Gado de Leite, um animal parasitado por vermes, por exemplo, chega a perder cerca de 250 ml de sangue diariamente, levando a anemia. Os vermes intestinais provocam diarreias, o que causa desidratação, fraqueza e perda de peso, vermes nos pulmões desencadeiam pneumonia ou algumas enfermidades com impacto direto no abate, pois quando encontrada na carne é descontado do pecuarista do valor que seria pago pelo animal.
Para o médico veterinário do Clarion Biociências, laboratório da Agroquima, Ricardo Takafashi, os animais parasitados apresentam baixo desempenho produtivo, e podem registrar redução anual no ganho de peso em 30 quilos na média, podendo a perda variar de 18 quilos a 45 quilos.
Em função das condições climáticas, o rebanho brasileiro, em sua grande maioria, inclusive o goiano, sofre com a infestação parasitária durante todo o ano e mais intensamente neste período da seca, pois os vermes necessitam de umidade para se desenvolverem no ambiente externo.
– Como no período da seca não temos ambiente propício para eles se desenvolverem fora do animal os vermes permanecem no mesmo – diz.
Takafashi explica que a utilização de vermífugos é extremamente eficaz na eliminação e controle das verminoses nesta época do ano. Segundo o especialista, a maneira mais adequada para a prevenção e o combate das verminoses é o controle estratégico.
– Os tratamentos concentram-se em períodos pré-determinados (início, meio e final da seca) nos meses de maio, julho e setembro, lembrando que a vermifugação no final da seca e início das águas também poderá ocorrer depois de setembro, conciliando com a vacinação do rebanho – explica o veterinário. 

 

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