Produtividade e lucratividade são os principais temas que os produtores
brasileiros buscam em seu rebanho. Mas muitos criadores não têm dado a
devida atenção para um dos itens mais importantes dentro de um plantel: a
reposição de fêmeas. “Onde há menos fêmeas parindo, há redução de
crias, resultando em prejuízo nos negócios”, ressalta o técnico de corte
da Alta, Marcos Labury.O produtor rural conta hoje com diversas
ferramentas tecnológicas e inúmeras fontes de informações
disponibilizadas por associações e pesquisadores da área para contribuir
com o desenvolvimento de uma propriedade. Mas é necessário saber o
momento certo para descartar uma fêmea e substituí-la. Esta prática deve
fazer parte da rotina das propriedades e pode gerar gastos ainda
maiores se não realizados de maneira correta. “A vaca é a peça principal
na produção de carne. A substituição de matrizes é realizada em dois
segmentos: seleção e comercial”, explica Labury. No caso da seleção, os
produtos possuem maior valor agregado e serão destinados à reprodução.
Já nos rebanhos comerciais, o animal entra como bezerro e sai como boi
gordo, transformado na carne, que é o produto final.
Todo criador, de visão progressista, tem um plano estratégico para que
seu negócio evolua ano a ano. “O criador experiente já descarta,
automaticamente, aquelas fêmeas que não pariram na última estação de
monta; as que não produziram leite suficiente para alimentar suas crias,
as que desmamaram bezerros 20% abaixo do peso médio em relação aos seus
contemporâneos e as com idade avançada, ou seja, a partir de 10, 12
anos; e quando passam a produzir menos em relação ao rebanho, a gerar
pouco ou nenhum resultado”, ressalta Labury.
Em média, este descarte automático que gira em torno de 15% a 20% das
fêmeas do rebanho, consequentemente, resultará em benefício financeiro
anual para a propriedade. “O valor obtido com o descarte deve ser usado
para repor fêmeas boas inicialmente”, aconselha Labury.
Para alcançar este resultado com excelência, uma das ferramentas
utilizadas pelos criadores nos últimos anos é a inseminação artificial.
Como em qualquer negócio, é necessário cautela e analisar a necessidade
de cada rebanho. “Para ter uma fêmea de qualidade, é preciso estar
atento às características genéticas dos touros que futuramente serão
pais. Estes animais vão gerar fêmeas e/ou machos destinados à reprodução
ou ao corte”, esclarece Labury.
Os aspectos importantes para uma fêmea são:
- Habilidade maternal: fundamental para a produção de leite e bom desmame. Touros como Lambisco e Faldan, ambos Nelore da bateria Alta, transferem esta genética às matrizes que terão crias com este atributo;
- Habilidade maternal: fundamental para a produção de leite e bom desmame. Touros como Lambisco e Faldan, ambos Nelore da bateria Alta, transferem esta genética às matrizes que terão crias com este atributo;
- DEP 3P: indica a probabilidade de parto precoce, que agilizará o
ciclo de reprodução. Um dos exemplos é o REM Quilano, da raça Nelore;
- Stayability: é uma virtude de animais com longevidade produtiva e
mais tempo de permanência no rebanho. O Macuni é um destes touros que
dispõe destes atributos que automaticamente são repassados aos bezerros.
Estes fatores são essenciais, para que a vaca tenha máxima eficácia
antes de ser descartada e também para parir bons bezerros. Porém, o
produtor também pode aprimorar outros aspectos no rebanho utilizando a
inseminação. É de suma importância fazer a escolha certa de touros, que
atendam às necessidades do plantel. Desta forma, é possível corrigir as
deficiências e garantir o desenvolvimento.
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