quarta-feira, 29 de junho de 2016

Faive terá 8ª edição do leilão Nelore da Aymoré

 PECUÁRIA 

Pecuarista Mencius Abraão (esq.) com Marcelo Queiroz
(Foto: Divulgação/A.I.)
A comissão organizadora da 40ª Feira Agropecuária e Industrial de Presidente Venceslau (Faive) confirmou a participação da marca Nelore Aymoré na exposição deste ano. Os animais do pecuarista Mencius Mendes Abraão serão leiloados no dia 23 de agosto, terça-feira. O evento contará também com animais de pecuaristas convidados.

O leilão contará com 70 touros Nelore PO, além de 10 animais de pecuaristas convidados. Os espécimes da marca Nelore Aymoré são destaques da Embrapa Geneplus há seis anos, fruto de um trabalho de seleção iniciado por Mencius há 17 anos. Esta será a 8ª edição do leilão.

Na edição do ano passado, todos os animais disponibilizados pela Nelore Aymoré foram arrematados. Para que neste ano a história seja a mesma, o pecuarista aposta em novas tecnologias disponíveis no mercado para melhorar o rebanho anualmente. “Passamos por uma transição no sentido do encurtamento do ciclo pecuário, de incorporação de tecnologias que agreguem no retorno econômico do rebanho nacional. O exemplo disso é o ultrassom de carcaça, que chegou ao mercado para aumentar a pressão de seleção dos rebanhos com o intuito de agregar aos selecionadores qualificações de carcaças que serão importantes no retorno econômico de seus plantéis. Nós como selecionadores temos que incorporar esta tecnologia e outras que surgirem, mas destaco essa em especial porque oferece um retorno financeiro muito rápido”, conta.

Presente pelo oitavo ano na feira, Mencius elogia a comissão e destaca a organização e divulgação que a exposição venceslauense oferece a todos os pecuaristas. “A Faive está em plena expansão, em franca consolidação no mercado do Oeste Paulista, com resultados que deixarão satisfeitos todos os presentes na feira. Se trata de um evento que se tornou referência na região na questão da organização e movimentação econômica”, finaliza.

A parceria foi comemorada por Marcelo Queiroz, presidente da comissão organizadora da exposição. Segundo ele, ações como esta preservam a essência da Faive e fortalecem o evento. “É uma parceria que vem de encontro ao nosso objetivo principal, que é o de divulgar nossa produção e auxiliar nossa região no desenvolvimento econômico”, exalta Queiroz.

Leilão
O leilão será realizado no Tatersal da Leilosul a partir das 18h de terça-feira. Os pecuaristas Ângelo Munhoz Benko, Carlos Ricci, Luiz Malacrida, entre outros, também disponibilizarão animais para arremate. Para mais informações sobre o evento, o interessado pode entrar em contato com a comissão através do telefone (18) 3271-5618.
(A.I Faive)
 
Reportagem: Eduardo Maduro

domingo, 26 de junho de 2016

Temer nega que vá taxar exportações do agro

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O presidente em exercício, Michel Temer, negou em entrevista à Rádio Estadão que o governo estaria discutindo a possibilidade de cobrar das empresas exportadoras do agronegócio uma taxação extra para ajudar a financiar a reforma da Previdência. "Não houve nenhuma discussão neste sentido de taxar o agronegócio", comentou o presidente. Na edição desta quinta­feira, o jornal O Estado de S.Paulo noticiou que o governo começou a formatar sua proposta de reforma previdenciária. Uma das alternativas seria cobrar uma contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) das empresas exportadoras do agronegócio. 'Quem vai definir a reforma da Previdência é o Congresso', diz Temer Atualmente, essas empresas, que concentram suas vendas ao exterior, não precisam recolher a contribuição. É o único setor da economia a ter esse tratamento, segundo técnicos que trabalham na proposta. Quando a venda é para o mercado interno, pagam uma alíquota de 2,6% sobre o faturamento. A proposta provocou uma forte reação negativa no setor. Até mesmo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fez oposição à ideia, que classificou como "loucura" e "abraço de afogados". Na entrevista à Rádio Estadão, Temer disse ter certeza que será possível fazer uma reforma da previdência. "Ela é indispensável. Quem vai definir a reforma da Previdência é o Congresso. E o Legislativo age impulsionado com o que acontece na sociedade", afirmou. Com informações do portal Estadão.

Arroba: preço firme, margem de frigo melhorou

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A oferta de animais terminados está restrita e tem colaborado com o cenário de preços firmes. Parte das indústrias buscam animais em outras regiões, a fim de alongar as programações de abate. O lento escoamento da carne no atacado tem feito com que alguns frigoríficos optem por abater um volume reduzido de animais. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php A margem de comercialização das indústrias que fazem a desossa (Equivalente Scot Desossa) melhorou nos últimos dias, contudo, ainda está patamar historicamente baixo. A margem do Equivalente Scot Desossa está em 11,6%, aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao início da semana. Para os próximos dias não é esperado aumento na oferta de boiadas e os preços tendem a continuar firmes na maioria das regiões. Com informações da Scot Consultoria.

Como fica o acordo com a UE após a saída britânica

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Em um encontro realizado há alguns meses em Londres, representantes do governo brasileiro foram interpelados por membros da Confederação de Indústrias Agrícolas do Reino Unido, a principal entidade do setor, sobre um tema polêmico que vem dividindo no país. Eles queriam saber a posição do Brasil sobre o Brexit ─ o plebiscito sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, realizado nesta quinta­feira. A Grã­Bretanha optou, em votação de 52% contra 48%, pela saída do bloco. "Nossa prioridade é negociar com a União Europeia e não com o Reino Unido individualmente", respondeu, então, um alto funcionário do governo brasileiro presente na reunião. Por trás da defesa do governo brasileiro pela permanência do país no bloco, estavam não apenas aspectos econômicos, mas também políticos. Isso porque, segundo apurou a BBC Brasil, o Reino Unido tem sido um dos principais "fiadores" das negociações para o tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Encabeçado pelo Brasil, o acordo sofre resistência de países como a França, temerosos de que produtos agrícolas sul­americanos possam enfraquecer a agricultura local. Por outro lado, apesar de subsidiada, a agricultura não é o forte da economia do Reino Unido (o setor responde por menos de 1% do PIB britânico), mais interessado nas perspectivas de negócio que se abririam com a ampliação do fluxo comercial ─ especialmente para os setores de indústria e de serviços. "O setor agrícola não é tão forte no Reino Unido como em outros países da Europa. O país sempre teve como princípio defender o livre comércio e está interessado nas oportunidades de investimento que vão surgir", disse à BBC Brasil uma fonte envolvida nas negociações. O Mercosul negocia há cerca de 16 anos com a União Europeia um acordo para ampliar o intercâmbio comercial entre os dois blocos. O objetivo é que o tratado envolva não só questões de barreiras tarifárias, mas também convergência e padronização de regras que facilitem a integração de cadeias produtivas. Em maio deste ano, pela primeira vez desde 2004, União Europeia e Mercosul trocaram ofertas tarifárias para negociar um acordo de livre comércio do qual foram excluídos "produtos sensíveis" ─ como carne bovina e etanol ─ para o bloco europeu, em grande parte por pressão da França, maior potência agrícola europeia, e de outros países. Mesmo assim, entidades agrícolas europeias criticaram o avanço das negociações. Segundo estudos citados por elas, a UE poderia perder até 7 bilhões de euros (R$ 27 bilhões) se firmar o tratado com o Mercosul, "que já é um grande exportador de matérias­primas agrícolas". A UE e o Mercosul vão "analisar ofertas" e voltarão a se reunir em breve, antes das férias do verão europeu (inverno no Brasil), segundo o Itamaraty. Mas não é só essa a razão que explica a preferência do Brasil em negociar com a União Europeia. Se somados todos os seus Estados­membros, o bloco europeu é hoje o principal parceiro comercial do Brasil ─ com trocas anuais da ordem US$ 70,6 bilhões (R$ 241 bilhões). "É muito mais vantajoso para o exportador brasileiro negociar com um bloco do que com um país individualmente", disse à BBC Brasil uma representante do governo brasileiro que pediu para não ser identificada "Estamos falando de um mercado de 500 milhões de pessoas contra um mercado de 64 milhões. Na hipótese de o Reino Unido deixar a União Europeia, seria necessário criar novas normas e se adaptar a elas. Isso leva tempo e custa dinheiro", acrescentou. Na outra ponta, o Reino Unido responde, atualmente, por apenas 1,5% das exportações brasileiras. Como 15º parceiro comercial do Brasil, está longe de ser economicamente desprezível, mas sua importância geopolítica dentro da EU é "muito maior", disseram especialistas à BBC Brasil. Em entrevista à BBC Brasil, Alan Charlton, embaixador do Reino Unido no Brasil entre 2008 e 2013, disse que o país sempre se mostrou favorável ao acordo de livre comércio com o Mercosul.
"Se o Reino Unido sair da União Europeia, o Brasil perde um de seus maiores apoiadores dentro do bloco europeu e isso tornaria o acordo mais difícil de ser forjado", afirmou. Na avaliação de Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV­SP, o Brasil poderia ser prejudicado pela instabilidade gerada pela eventual saída do Reino Unido do bloco europeu. Ele lembra que o Brexit (saída britânica) pode desencadear o início de um processo de ruptura maior na UE. "Em primeiro lugar, a saída do Reino Unido da União Europeia poderia provocar uma crise financeira na Europa cujas implicações seriam, sem dúvida, sentidas no Brasil. Além disso, traria de volta o risco de instabilidade no continente aumentando tensões e aprofundando divisões. Essa instabilidade não é benéfica para o Brasil em termos de comércio", afirma. "Não acredito, assim, que essas perdas sejam compensadas por acordos bilaterais que o Brasil possa a vir firmar com o Reino Unido", acrescenta. Mas Charlton faz a ressalva de que, na eventualidade de o Reino Unido sair da União Europeia, o Brasil ou até mesmo o Mercosul poderiam ter mais "facilidade" para negociar um acordo bilateral com o país "a longo prazo". "Se o Reino Unido realmente optar por abandonar a União Europeia, talvez seja mais fácil para o Brasil ­ ou até mesmo para o Mercosul ­ negociar um acordo bilateral. Um dos maiores problemas na negociação atual é a agricultura, que hoje já não tem presença forte na economia britânica", avalia. "Sem dúvida para o Brasil é mais vantajoso negociar com a União Europeia. Mas não me parece ser difícil que um acordo bilateral com o Reino Unido seja firmado numa eventual saída. Os novos governos brasileiro e argentina já se mostraram inclinados a explorar novos mercados", acrescenta. O atual ministro das Relações Exteriores, José Serra, já deu indicações de uma possível guinada na política externa. Em declarações recentes, ele disse que o Mercosul não fará "concessões unilaterais" para destravar o acordo com a União Europeia. "O Brasil não vai fazer concessões unilaterais, não faz sentido. Eles (UE) não fazem, por que nós vamos fazer?", questionou Serra a jornalistas, durante viagem no mês passado a Paris, na França. Com informações da BBC. 

Terras para pastagem: um excelente investimento

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O ativo “terras para pastagem” foi um dos investimentos mais rentáveis da última década. Apenas o ouro negociado na BM&F Bovespa – a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo – apresentou remuneração equivalente em dez anos: uma valorização real de 83%. Na opinião de José Vicente Ferraz, diretor técnico do Informa Economics Group – Consultoria e Informações em Agronegócios (IEG­FNP), a valorização das terras para pastagem ocorre por ser um bem não reprodutível e com demanda crescente. “Além disto, estas terras também se valorizam, em particular, porque em muitos casos podem ser transformadas em áreas de lavouras mais produtivas e com maior faturamento por unidade de área”, explica. Ele, no entanto, ressalta que este mercado é de baixa liquidez e com comportamento bastante regionalizado. “As terras, de modo geral, têm baixa liquidez porque o investimento é complexo; a compra de uma gleba envolve procedimentos de investigação (das condições físicas do imóvel, potencialidades, condições legais, etc.) que normalmente demandam tempo, ademais terras nunca são iguais, portanto, o processo de negociação depende da região e leva tempo”, explica. De acordo com o diretor do IEG­FNP, os negócios do setor deverão oscilar muito nos próximos anos. “O mercado corporativo de terras, de grandes áreas, esteve parado no último ano e há expectativa de que as taxas de valorização na próxima década sejam menores que os índices observados no passado recente”, prevê Ferraz. Ele acrescenta que a indefinição do cenário político e a paralisação dos projetos de infraestrutura reduzem o potencial de retomada do mercado de terras em curto prazo. Com o desenvolvimento imobiliário, a atividade pecuária, tradicionalmente de baixa rentabilidade, torna­se bastante atrativa. Além disto, o mercado de terras tem se mostrado bastante rentável na última década e tende a manter bons níveis de valorização no longo prazo. Porém, para Ferraz, ainda é cedo para quaisquer conclusões. “Não é possível fazer uma previsão numérica, mas estamos convencidos que a taxa (média) nos próximos 10 anos será menor que nos 10 anos passados, pois teremos que recuperar uma crise que deve incluir na média taxas muito menores”, informa. Na opinião do diretor técnico do IEG­FNP, apenas a recuperação de pastos degradados já proporciona ganhos significativos de capital. “Também temos os sistemas de integração produtiva, como o ILPF, que são estratégias bastante interessantes e que podem elevar significativamente a rentabilidade da atividade com nível de riscos gerenciáveis.” Para ele, o principal gargalo do segmento de terras é o crédito. “O maior problema desse mercado, no momento, é o risco de crédito. Empresas com endividamento elevado, em alguns casos em dólar, podem colocar seus ativos em liquidação para honrar seus compromissos financeiros”, destaca. Neste sentido, ele explica que os bancos podem executar suas garantias em caso de inadimplência, gerando pressão no mercado. Segundo ele, a execução de garantias já ocorreu este ano no Mato Grosso e pode aumentar se o cenário econômico não melhorar. Com informações da SNA.

Venda de fertilizantes em alta

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As vendas de adubos totalizaram 2,35 milhões de toneladas no país em maio, segundo a Associação nacional para Difusão de Adubos (Anda). O volume aumentou 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Em todos os meses deste ano, as vendas de fertilizantes foram maiores em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a maio de 2016 foram entregues 10,19 milhões de toneladas de fertilizantes ao consumidor final, 12,7% a mais que em 2015. Em curto e médio prazos, a expectativa é de aumento da demanda interna por fertilizantes para o plantio da safra 2016/2017. Apesar da demanda mais firme, as quedas nos preços dos fertilizantes no mercado internacional e as recentes quedas do dólar em relação ao real têm pressionado para baixo as cotações no mercado interno.Com informações da Scot Consultoria.

domingo, 19 de junho de 2016

Abates caíram em 21 estados

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Mato Grosso registrou um recuo de 43,41 mil cabeças de bovinos abatidas no primeiro trimestre de 2016, em relação ao período o ano passado. Ao todo no Brasil 21 das 27 Unidades da Federação tiveram queda no envio de animais para os frigoríficos. Apesar da retração, Mato Grosso se mantém líder no ranking de abates de bovinos, seguido do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os números constam na "Estatística da Produção Pecuária", referente ao primeiro trimestre de 2016, divulgado nesta quinta-­feira, 16 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre janeiro e março foram abatidos em Mato Grosso 1,117 milhão de cabeças de bovinos, 3,7% a menos que as 1,160 milhão do período em 2015. Mesmo com a queda nos abates, o Estado registrou ganho de peso das carcaças de 2,5%. No Brasil, o decréscimo foi de 7,739 milhões de cabeças para 7,292 milhões. Desde o ano passado, Mato Grosso vem enfrentando uma diminuição no volume de animais destinados ao abate, visto o baixo estoque de machos. Além de Mato Grosso, tiveram recuo nos abates os Estados do Mato Grosso do Sul (­6,9%), Goiás (­15,2%), São Paulo (­7,5%), Rio de Janeiro (­25,9%), Espírito Santo (­6%), Minas Gerais (­15,6%), Bahia (­13,4), Sergipe (­4,3%), Alagoas (­7,6%), Pernambuco (­10,3%), Rio Grande do Norte (­13,8%), Ceará (­11%), Piauí (­10,1%), Maranhão (­2,6%), Tocantins (­5,6%), Pará (­1,3%) e Amazonas (1,4%). Com informações do Olhar Direto.

Exportações diminuem crise no consumo de carne

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Até a segunda semana de junho, as exportações de carne bovina in natura chegaram a 38,9 mil toneladas, uma média diária de 4,9 mil toneladas, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Na comparação com maio, o volume embarcado diariamente este mês representa um incremento de 1,2%. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o acréscimo é de 12,9%. Em relação ao faturamento, o acumulado até a segunda semana do mês com a venda do produto foi de US$150,3 milhões. Diante do consumo enfraquecido da carne bovina no mercado interno, a exportação vem sendo uma importante via de escoamento. Com informações da Scot Consultoria.

Arroba: frio dá o tom da oferta

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O frio mais intenso dos últimos dias, em algumas regiões, colaborou com a melhora da oferta, uma vez que a condição das pastagens piorou, o que influencia na decisão de venda da boiada do pecuarista. Contudo, apesar de melhor, a oferta de animais terminados continua restrita. Com isso, este movimento não teve força para alterar os preços na maioria das praças pesquisadas pela Scot Consultoria. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Em alguns casos, o alongamento da escala devido a contratos de parceria ou termo permite que algumas indústrias testem preços abaixo da referência, mas poucos são os negócios efetivados. O lento escoamento da carne no atacado não deixa muito espaço para valorizações. No mercado atacadista de carne com osso o boi casado de animais castrados está cotado em R$8,56/kg, desvalorização de 5,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com informações da Scot Consultoria.

Frigoríficos trabalham sob pressão

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Os cortes de traseiro estão sendo vendidos, em média, pelos mesmos preços praticados há um ano. Mesmo com inflação em alta, custos operacionais subindo, matéria­prima mais cara, os frigoríficos não conseguem aumentar sua receita. Os cortes de dianteiro, “mais barato”, portanto mais acessíveis à população, embora tenham descrito movimento de alta, subindo 7,7% em doze meses, ainda assim fica abaixo do IPCA do período que é de 9,7%. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Agora, de 26 semanas de acompanhamento pela Scot Consultoria, são somente seis com valorização. As margens de comercialização não param de cair. Unidades que fazem desossa alcançaram o nível mais crítico de 2016, 10,5%, mesmo patamar mínimo de 2015. As que operam vendendo a carcaça apuram receita somente 0,8% maior que o preço pago pela arroba. Com informações da Scot Consultoria.

IBGE confirma queda nos abates

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Os abates de bovinos confirmaram as expectativas e voltaram a recuar no primeiro trimestre deste ano no país. Conforme levantamento divulgado ontem pelo IBGE, foram cerca de 7,3 milhões de cabeças de janeiro a março, 5,8% a menos que no mesmo intervalo de 2015, mantendo uma tendência observada desde o segundo trimestre de 2014. Em contrapartida, os abates de frangos e suínos continuaram a aumentar nessa base de comparação. O de frangos chegou a 1,48 bilhão de cabeças, um incremento de 7,1%, e o de suínos alcançou 10,06 milhões de cabeças, em alta de 9,6%. Em tempos de crise econômica doméstica, essas saltos refletem uma demanda doméstica por carnes de frango e suína mais aquecida que a demanda por carne bovina. Nos três casos, contudo, as exportações têm apresentado resultados, em geral, positivos. Ainda de acordo com o IBGE, a aquisição de leite cru por parte dos laticínios que atuam no país ­ e atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária ­ recuou 4,5% na comparação entre os primeiros trimestres de 2016 e 2015, para 5,86 bilhões de litros. Nesse mercado, o aumento de custos, puxado pelo encarecimento do milho, tem limitado a produção. Já a produção de ovos de galinha chegou a 748,47 milhões de dúzias de janeiro a março, volume 6% superior ao observado no primeiro trimestre do ano passado, de acordo com os dados do IBGE. O levantamento do instituto mostra, ainda, que a aquisição de couro pelos curtumes ­ a pesquisa leva em conta apenas os que efetuam o curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano ­ chegou a 8,39 milhões de peças de janeiro a março, 2% mais que no primeiro trimestre do ano passado. Com informações do Valor.

Preço do milho deve cair, prevê consultor


Depois de alcançar níveis recordes, o preço doméstico do milho começa a perder força e, no próximo ano, deve encontrar estabilidade com uma safra de verão maior, na opinião do diretor técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz. "Devemos ter uma queda mais acentuada agora com o avanço da colheita da safrinha e depois o preço deve encontrar uma estabilidade. Depois desta queda de entrada de safra, a cotação pode recuperar um pouco, mas não voltará mais para o nível anterior", afirmou. Ele ponderou, no entanto, que fatores como clima e oferta mundial podem frustrar esta expectativa. Para o analista, o preço recorde do grão, por si só, é um incentivo para que produtores aumentem a área de plantio e invistam mais em tecnologia, o que pode elevar a produtividade por hectare. Com isto, a primeira safra do grão em 2017 deve ser maior do que a deste ano. Conforme Ferraz, este ganho é "um caminho sem volta" e deverá consolidar o Brasil com um dos grandes players mundiais na produção e exportação de milho, ao lado dos Estados Unidos. Com informações do portal Estadão.

domingo, 12 de junho de 2016

MAPA quer abrir mais mercados para boi em pé

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vem buscando diversificar mercados para exportação de gado vivo para abate e engorda. Até 2014 a Venezuela era um principal importador, mas o país passa por dificuldades financeiras. “Diante disso, desde o ano passado, intensificamos o comércio com os países do Oriente Médio. Retomamos os negócios para a Jordânia e o Egito e abrimos o mercado da Turquia”, diz o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques. Este ano, de acordo com Marques, estão previstas negociações internacionais com países asiáticos, como o Vietnã, Malásia, China, Indonésia e Tailândia. Em 2015, o Brasil exportou US$ 210,6 milhões de dólares em bovinos vivos. “O acesso e a manutenção de mercados importadores de bovinos é estratégico para o Brasil. Esse tipo de comércio se torna viável em razão do reconhecimento da excelência condição sanitária do nosso rebanho e dos esforços dos atores públicos e privados do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA)”, afirma. Esta conjuntura, acrescenta Guilherme, permite também a exportação de outros produtos, como material genético de bovinos (sêmen e embriões), carne e seus derivados, produtos para fins laboratoriais. Com informações do MAPA.

China marca inspeção para liberar frigoríficos

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Fiscais chineses virão ao Brasil em outubro para inspecionar frigoríficos, dentro do processo de habilitação para que novas plantas possam exportar carne ao país, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, por meio da sua conta no Facebook na noite de terça­feira (7). Segundo dados da indústria, 48 plantas brasileiras aguardam habilitação. “Tivemos uma reunião muito produtiva com o ministro Zhi Shuping, da AQSIQ, órgão de defesa agropecuária do país, e acertamos para outubro a vinda de fiscais chineses ao Brasil, para inspecionar frigoríficos de carnes bovina, de frango e suína a serem habilitados para exportar carne ao país”, escreveu Maggi. “Também, entre outubro e novembro, receberemos missões de outros países do G20 que irão inspecionar frigoríficos e fechar acordos de comércio de diversos produtos agropecuários”, acrescentou o ministro. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou à CarneTec na quarta­feira (8) que seis plantas de aves e duas de suínos aguardam habilitação. No segmento de carne bovina, 40 plantas esperam aprovação, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Atualmente, 39 frigoríficos brasileiros de carne de frango, 11 de suína e 16 de bovina já estão habilitados a exportar à China. A China é um dos principais países importadores de carnes brasileiras e assumiu, em maio, a liderança entre os principais compradores de carne bovina in natura do Brasil. Em maio do ano passado, o país asiático abriu o mercado para a carne bovina brasileira e ampliou habilitações de plantas de suínos e aves. O agendamento da visita dos chineses era aguardado pela indústria, que está dependente das exportações para sustentar margens de lucro, enquanto enfrenta consumo depreciado no mercado doméstico e altos custos de produção. O presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, vê novas habilitações sendo aprovadas ainda neste ano, considerando a data marcada para a visita. “Há possibilidade, o ponto de interrogação é: quais plantas serão visitadas”, disse à Carnetec. A Abrafrigo intensificou encontros com representantes chineses nos últimos meses, buscando garantir que médios frigoríficos de carne bovina brasileiros também possam ser habilitados a exportar à China. O Mapa não deu detalhes sobre quais frigoríficos serão inspecionados pela missão chinesa em outubro até o fechamento da reportagem. Com informações do Carnetec.

Arroba: pressão de alta espreme frigoríficos

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Mercado com viés de alta em boa parte das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria. A oferta restrita de animais terminados é a principal causa deste cenário. Contudo, o lento escoamento da carne, tanto no atacado quanto no varejo, é um fator que pode limitar a força do mercado. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php O boi casado de animais castrados teve desvalorização e ficou cotado em R$8,56/kg, queda de 2,5% em relação à semana anterior. Na comparação com o início do ano a desvalorização foi de 13,5%. A entrada do mês não trouxe melhora para o escoamento da carne. A margem de comercialização da carne com osso dos frigoríficos (Equivalente Scot Carcaça) está em 1,2%. Queda de 3,1 pontos percentuais em sete dias.Com informações da Scot Consultoria.

Margens dos frigoríficos continuam piorando

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O movimento de queda nos preços da carne, que durava quatro semanas, foi interrompido. Puxado pelos cortes de dianteiro, que subiram 1,5%, no acumulado dos últimos sete dias, o mercado subiu 0,8%. É a quinta semana, das 23 pesquisadas em 2016, em que os preços sobem na média geral. Apesar da alta da carne, com os preços do boi gordo subindo, a margem das indústrias que desossam sofreu mais uma retração e está em 11,5%. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php O resultado cada vez pior para as unidades que vendem os cortes só não “assusta” mais do que o das plantas que negociam a carcaça. Estas trabalham com margem (diferença entre a receita total e o preço da matériaprima) em 1,2%, o pior resultado já registrado para este indicador. A média histórica deste indicador (desde 2007), é de 15,5%, segundo levantamento da Scot Consultoria. Ao pecuarista, recomendação de atenção a esse setor. A limitação das altas de preços da arroba, mantido o cenário atual, virá em algum momento. A oferta pode seguir diminuindo, mas sem margem, no mínimo, as indústrias reduzirão drasticamente as compras. Com informações da Scot Consultoria.

MAPA amplia negociações na China

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O ministro da Agricultura da Rússia, Alexander Nicolayevich Thachyov, deve visitar o Brasil em novembro para conhecer a produção brasileira, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O ministro Blairo Maggi, os russos têm interesse em vender pescados e trigo e importar maçãs e outras frutas brasileiras. Já o governo brasileiro manifestou a intenção de incrementar as vendas de carnes e soja. O convite aos russos ocorreu durante a viagem de Maggi à China, para participar da reunião de ministros da Agricultura do G20, em Xian, no início deste mês. Maggi solicitou ao governo chinês novas habilitações de estabelecimentos brasileiros de carne suína e de aves, além de oito frigoríficos, já inspecionados em missões de 2010 e 2012 daquele país ao Brasil. O ministro da Agricultura da China, Han Changfu, também recebeu convite para conhecer a produção brasileira e a data ainda será marcada. Sobre o encontro com representantes da Coreia do Sul, Maggi disse que pretende visitar o país em agosto para negociar a abertura de mercado à carne suína brasileira. Por sua vez, os coreanos manifestaram interesse em exportar pera para o Brasil. Ele também marcou uma reunião com os Estados Unidos para o dia 28 de julho, em Washington, quando haverá uma reunião do Comitê Consultivo Agrícola com aquele país. Um dos assuntos será a habilitação para o comércio de carne bovina brasileira. Com a Argentina, foram discutidos temas bilaterais e a negociação com outros blocos comerciais, como da União Europeia. Ainda com o México, o ministério informou que foi tratado o interesse em ampliar a cooperação com o Brasil na área de produção de etanol junto às indústrias que produzem açúcar de cana naquele país. Com informações do Canal Rural.

Roubo de gado em alta no Mato Grosso

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A Polícia Civil de Mato Grosso tem recebido informações que deverão permitir a abertura de inquérito policial para apurar a suspeita de quadrilhas especializadas em furto e roubo de gado que, numa medida ousada, ainda buscam comercializá­lo em território mato­grossense. Somente neste ano, 30 propriedades localizadas na Baixada Cuiabana foram alvos de roubo e furto de gado. No último dia 13 de maio, o pecuarista Ildeon Ferreira Borges teve 23 animais furtados, por volta das 10 da manhã. O gado estava em um pasto arrendado pelo pecuarista, numa fazenda na localizada na região de Santo Antônio de Leverger. O pecuarista registrou Boletim de Ocorrência por furto em uma delegacia próxima à sua propriedade. Conforme a denúncia, no último dia 13 de maio criminosos invadiram a fazenda cujo pasto havia sido arrendado e levaram 21 vacas, além de dois bezerros. Seis dias depois, quando o pecuarista Ildeon Borges, foi participar de um leilão no Parque de Exposição de Cuiabá, que era realizado pela Estância Nogueira, de propriedade do pecuarista e pré­candidato a prefeito pelo PSDB de Santo Antônio De Leverger, Celso Nogueira, avistou os animais que foram furtados de sua propriedade sendo vendidos legalmente. A reportagem entrou em contato com a empresa organizadora do leilão e foi informada por um representante que todos os animais colocados à venda estavam com toda a documentação emitida pelo Indea (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso) e foi rechaçada qualquer possibilidade de irregularidade. O episódio gerou constrangimento em parte da classe empresarial, que vai requerer providências imediatas ao Sindicato Rural e aos órgãos fiscalizadores, para evitar que algum comprador de gado seja incriminado por supostas falhas. Diante do episódio, um inquérito será instaurado para apurar tanto o furto, quanto a possibilidade de falsificação de documentos, o que poderia envolver um esquema ilegal com a participação de empresários e servidores públicos, para os gados serem transportados e comercializados dentro de uma aparente legalidade. O rumoroso caso ainda pode apontar para indícios de crimes de receptação e formação de quadrilha. Com informações do Diário de Cuiabá.

Reserva de mercado para milho revolta produtores

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A produção de milho para esta safra em Goiás estava estimada em 7 milhões de toneladas. Veio a seca e derrubou esse número para menos de 5 milhões. Esse prejuízo agora é agravado com o retorno da regra que obriga o pagamento de ICMS sobre 30% da produção. A medida mexeu com o mercado é já reduziu o preço da saca, tanto da soja como do milho, em até R$ 4. Para Alécio Maróstica, presidente do Sindicato Rural de Cristalina, a conta não fecha e cria uma reserva de mercado para as indústrias do estado: “O ICMS era de 12%, foi a 3% e agora volta para 12% para venda fora do estado. Mudar a regra no meio do jogo cria uma dificuldade muito grande em toda estrutura de custo e negociação que o produtor tem com as tradings”. O produtor rural Josino Antunes tem 80 tem 80 hectares de milho e deve colher 4.000 sacas. Na regra anterior, ele pagaria R$ 4.800 de ICMS na hora de vender para fora do estado. Agora, vai ter de desembolsar R$ 19.200. “Em conversa com a gente, os compradores não aceitam pagar mais esse custo. O impacto dessa tributação vai ser direto vai ser o impacto direto nos preços”, diz Antunes. O impacto imediato da medida é no milho, mas os produtores já estão fazendo os cálculos na soja para safra 2016/2017. As vendas antecipadas, geralmente para cobrir os custos de produção, têm contrato fechado com as tradings. O aumento da tributação deve sair do bolso dos produtores. Depois de colher o milho, Antunes vai plantar soja na mesma área. Ele calcula um custo operacional de R$ 2.100 por hectare. Mas o problema é que ele vendeu antecipadamente metade da produção e agora espera que a trading cumpra o contrato, mesmo com a mudança na regra do ICMS. “É uma medida que traz um desconforto no mercado. E, sempre que a gente fala em desconforto, fala em diminuição da credibilidade das empresas. Elas podem acreditar que essa regra pode mudar de novo no ano que vem”, diz Cristiano Palavro, consultor­técnico da Faeg (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás). Com informações do Canal Rural.

domingo, 5 de junho de 2016

Polpa cítrica subiu mais de 30%

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Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a polpa cítrica está cotada, em média, em R$471,67 por tonelada, sem o frete. Valorização de 0,9% em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado a polpa cítrica peletizada teve alta de 32,2%. A oferta que vinha restrita e a alta valorização do milho colaboraram com o cenário. Porém, o início do aumento da oferta do produto pode limitar a força do mercado, apesar da demanda continuar firme. Com informações da Scot Consultoria.

Farelo de soja subiu

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O preço do farelo de soja subiu, acompanhando as recentes altas da soja grão. As exportações brasileiras de farelo de soja em ritmo forte e a própria valorização do farelo no mercado internacional também colaboram com a sustentação das cotações no mercado brasileiro. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a tonelada do farelo de soja ficou cotada, em média, em R$1.112,14, sem o frete, em maio. A alta foi de 1,8% em relação a abril deste ano. Frente a maio do ano passado, o pecuarista está pagando 6,5% a mais pelo alimento concentrado. Em curto prazo a expectativa é de preços firmes para o farelo. Com informações da Scot Consultoria.

Carnes: exportações fortes trazem otimismo

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As exportações de carnes in natura avançaram em volume e faturamento em maio deste ano na comparação com o mesmo período no ano passado. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgados nesta quarta­feira, dia 1º, revelam que, apesar destes aumentos, o preço médio de todas as proteínas teve recuo na comparação anual, devido à queda das cotações internacionais. Na comparação com abril, a carne de frango é a exceção negativa, com redução tanto em volume, quanto em faturamento. Um dos motivos para esta queda é o retorno do produto produzido nos Estados Unidos aos mercados globais, após o fim do surto de gripe aviária no país, no ano passado. Bovino As exportações de carne bovina in natura totalizaram 101 mil toneladas, volume 19,1% maior que o registrado em maio de 2015 (84,8 mil toneladas) e 16,6% superior às 86,6 mil toneladas comercializadas em abril. A receita com as vendas somou US$ 398,2 milhões no mês passado, quantia 14,1% superior aos US$ 349 milhões em maio do ano passado e que excedeu em 17,32% os US$ 339,40 milhões de abril. O preço médio do produto exportado teve aumento de abril para maio e passou de US$ 3.916,8 por tonelada para US$ 3.943,4/t (+0,68%). Houve recuo de 4,15% em relação à média de preço de maio de 2015, que foi de US$ 4.114/t. Frango Os embarques de carne de frango in natura somaram 353,9 mil toneladas no mês passado, 21,2% mais ante maio de 2015, quando foram embarcadas 291,9 mil toneladas, mas queda de 6,6% em relação às 378,7 mil toneladas registradas em abril. O faturamento em maio deste ano foi de US$ 530,1 milhões, valor 7% superior ao faturamento de US$ 495 milhões no mesmo período de 2015 e recuo de 0,60% ante os US$ 533,30 milhões de abril. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.497,9/t, 6,3% superior à média de US$ 1.408,40/t de abril, mas recuo de 11,7% ante o valor de US$ 1.696,20/t registrado em maio do ano passado. Suíno Já as vendas externas de carne suína totalizaram 55,2 mil toneladas no mês passado, 35,6% maior ante maio de 2015, quando foram embarcadas 40,7 mil toneladas e de 4,35% em relação às 52,9 mil toneladas de abril. As receitas somaram US$ 113,5 milhões, com alta de 8,3% ante os US$ 104,8 milhões registrados em maio de 2015 e alta de 13,5% ante os US$ 100 milhões de abril. No mês passado, o preço médio da tonelada ficou em US$ 2.054,20, 8,7% superior aos US$ 1.890,10 registrados em abril, mas 20,2% inferior aos US$ 2.575,60 em maio de 2015. Acumulado Nos cinco primeiros meses de 2016, as vendas de carne bovina totalizaram 475,98 mil toneladas, ante 400,3 mil toneladas em igual período do ano passado (+19%). Já o faturamento ficou em US$ 1.843,90 este ano, valor 9,1% maior que o US$ 1,689 bilhão obtido entre janeiro e maio de 2015. No que tange às vendas externas de carne de frango in natura, houve aumento de 17,6% no volume acumulado até maio, no comparativo anual, para 1,675 milhão de toneladas. Em faturamento, a alta foi de 0,82%, de US$ 2,332 bilhões para US$ 2,351 bilhões. Também no acumulado do ano, as exportações de carne suína in natura subiram 18,7%, atingindo US$ 460,8 milhões ante US$ 388,1 milhões em 2015. Em volume, o aumento foi de 62%, passando de 153 mil toneladas para 247,78 mil toneladas. Com informações do Canal Rural.

Arroba: frigoríficos pagam acima da referência

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Negócios acima da referência têm sido cada vez mais frequentes. Isto indica que as referências devem continuar a subir em curto prazo. O escoamento da carne não melhorou, tanto no atacado, como no varejo. Este fato tem comprimido as margens dos frigoríficos e é o grande ponto de atenção neste momento. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Contudo, a disponibilidade restrita de bovinos terminados deve continuar a definir a tendência de mercado, frente à concorrência das indústrias para estabelecerem as escalas de abate. O Equivalente Scot Desossa, que aponta a receita dos frigoríficos que fazem desossa, indica margem de comercialização de 11,4% frente ao preço pago pelo boi, queda de 1,7 ponto percentual desde o início desta semana. Com informações da Scot Consultoria.

China é a maior compradora de carne do Brasil

Pela primeira vez, a China liderou as compras de carne bovina in natura do Brasil. É o que informou, nesta quinta-­feira (2/6), a Abiec, entidade que reúne as grandes empresas do setor. Os embarques do produto para o mercado chinês somaram 20,28 mil toneladas, com um faturamento de US$ 84,38 milhões. Em volume, a participação da China foi de 20,09 % do total vendido pelas empresas brasileiras no mês passado, que foi de 100,98 mil toneladas. Em receita, a proporção foi de 21,19% em relação à soma regostrada, que foi de US$ 398,21 milhões. O levantamento da Abiec se baseia nos dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento (Secex/Mdic). Os números referentes a maio mostram um crescimento de 16,63% na quantidade exportada em relação a abril deste ano. Em faturamento, a alta foi de 17,33% na mesma comparação. Quando é feita a relação com maio de 2015, os dados do governo federal mostram um crescimento de 19,1% no volume e de 14,1% na receita obtida pelos exportadores. Há um ano, as 84,8 mil toneladas embarcadas renderam US$ 349 milhões.

 

Governo de SP quer vender fazendas de pesquisa

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O governo paulista pretende colocar à venda ao menos 13 fazendas de pesquisa científica voltadas à agricultura e pecuária, na tentativa de elevar as receitas do Estado. A venda, que tem provocado críticas de pesquisadores, faz parte de um pacote de alienação de 79 imóveis que tramita em caráter de urgência na Assembleia Legislativa e prevê levantar R$ 1,43 bilhão. Somente as fazendas vinculadas à Secretaria de Agricultura deverão representar cerca de 90% desse total. A proposta foi apresentada em abril aos deputados por meio do Projeto de Lei nº 328, que deverá ser aprovado até o próximo dia 15. "Como é de conhecimento, a crise macroeconômica que atinge o país implicou a queda da arrecadação tributária, com potencial de gerar consequências danosas para o equilíbrio das contas públicas, notadamente em um cenário no qual é necessário manter investimentos em serviços públicos essenciais à população", defendeu, em carta à Assembleia, o secretário de governo Saulo de Castro Abreu Filho. Desde 2013, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura, vem mapeando todas as suas propriedades para estabelecer áreas prioritárias e indispensáveis para a pesquisa e as passíveis de "reordenamento". A agência tem 42 unidades, que ocupam 16 mil hectares, a maior parte recebida como doação de cafeicultores no início do século passado. A análise mostrou que algumas dessas propriedades, em sua totalidade ou de forma parcial, perderam a serventia para pesquisas, seja por falta de demanda do mercado ou por terem sido "engolidas" por centros urbanos ­ o que limita o escopo das pesquisas. Nesse contexto, a ação é vista como um ajuste necessário que, em tese, não afetaria o desempenho dos estudos. "Temos fazendas muito grandes para a realidade de São Paulo hoje", disse ao Valor Orlando Melo de Castro, coordenador da Apta. "É pesado manter essas unidades. A grande parte está agora inserida em centros urbanos, o que elevou os casos de vandalismo e roubos". Neste primeiro momento, estarão disponíveis ao mercado 1,31 mil hectares em regiões valorizadas como Araçatuba, Jundiaí, Piracicaba, Campinas e Ribeirão Preto. Mas a própria Apta admite que se trata de uma versão enxuta do que a agência previa inicialmente ­ há mais opções de desmembramentos de fazendas, o que abre possibilidades para vendas futuras. Das 13 fazendas, quatro seriam cedidas integralmente ­ Gália, Brotas, Itapeva e Jundiaí. Só nesses casos, a venda geraria uma economia de R$ 508 milhões, diz a Apta. Nas demais, o que se pretende é conceder parte das fazendas ­ às vezes, chegando à metade da área. Para a classe acadêmica, no entanto, o que está em curso é mais um descaso do Estado com a ciência. A proposta foi repudiada pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), para quem o argumento de que as áreas não têm "utilidade" está mais associado à falta de mão de obra e recursos financeiros, e não à demanda científica. Joaquim Azevedo Filho, presidente da entidade, afirma que a academia não foi consultada e alerta que experimentos de décadas serão perdidos. "O próprio Estado provocou a baixa utilização. Está assim porque há 20 anos não há concurso público para equipes de campo", diz ele. Pesquisadores ouvidos pelo Valor mostram que a desvinculação de áreas não será popular nem fácil. Em Ribeirão Preto, por exemplo, a preocupação é com o destino das pesquisas com biofortificação de leite, realizadas em Parceria com a Faculdade de Medicina da USP. Segundo Azevedo Filho, o rebanho de 160 animais começou a ser transferido da unidade em novembro e houve uma divisão dos 12 pesquisadores ­ parte foi para Sertãozinho e outra para Nova Odessa. "Houve um desmonte". Em Piracicaba, onde metade da área está à venda, não serão apenas os experimentos com cana que serão afetados. Um projeto de recuperação ambiental da bacia do Ribeirão Guamim cairá, literalmente, por terra. O ribeirão deságua no rio Piracicaba, que praticamente secou em 2015, no pico da crise hídrica.
Centenas de árvores foram replantadas, e a unidade tem importantes estudos hídricos com impacto direto na população. "É uma perda irreversível", afirma o pesquisador José Ferreira. O Estado tem tratado o tema como alienação, ou seja, não necessariamente venda. "Podem ser feitas parcerias público privadas, trocas. E o governo nos garantiu que o dinheiro será revertido para a pesquisa através de um novo fundo que será criado", diz Castro. Segundo ele, a reversão foi "apalavrada" com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), ainda que o texto enviado à Assembleia indique que o dinheiro será para investimentos em programas essenciais à população. No Brasil, isso não costuma significar investigações científicas de qualquer ordem. Com informações do Valor.