O presidente em exercício, Michel Temer, negou em entrevista à Rádio Estadão que o governo estaria discutindo
a possibilidade de cobrar das empresas exportadoras do agronegócio uma taxação extra para ajudar a financiar
a reforma da Previdência. "Não houve nenhuma discussão neste sentido de taxar o agronegócio", comentou o
presidente.
Na edição desta quintafeira, o jornal O Estado de S.Paulo noticiou que o governo começou a formatar sua
proposta de reforma previdenciária. Uma das alternativas seria cobrar uma contribuição patronal ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) das empresas exportadoras do agronegócio.
'Quem vai definir a reforma da Previdência é o Congresso', diz Temer
Atualmente, essas empresas, que concentram suas vendas ao exterior, não precisam recolher a contribuição. É o
único setor da economia a ter esse tratamento, segundo técnicos que trabalham na proposta. Quando a venda é
para o mercado interno, pagam uma alíquota de 2,6% sobre o faturamento.
A proposta provocou uma forte reação negativa no setor. Até mesmo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fez
oposição à ideia, que classificou como "loucura" e "abraço de afogados".
Na entrevista à Rádio Estadão, Temer disse ter certeza que será possível fazer uma reforma da previdência. "Ela
é indispensável. Quem vai definir a reforma da Previdência é o Congresso. E o Legislativo age impulsionado com
o que acontece na sociedade", afirmou. Com informações do portal Estadão.
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