Alcides Torres
Se
não diretamente, pelo menos por meio de concessões, como as que
possibilitariam suprir as novas fronteiras agrícolas com energia
elétrica, telefonia, internet, água potável, escolas, hospitais e segurança.
Sem esse suporte, o esforço se perde num primitivo extrativismo contrário à produção
intensiva e com qualidade. A produção precisa ser sustentável, mas a
infraestrutura também. Dentro deste contexto, fomos desafiados, recentemente, a desenhar o cenário da pecuária e da agricultura brasileiras para
os próximos 20 anos. Aceitamos a parada e nos concentramos em duas
questões: transferência de tecnologia, de conhecimento e, para
aproveitar o resultado desse conhecimento, a infraestrutura. Então vamos
lá:
Infraestrutura
– A infraestrutura não tem acompanhado o incremento do desenvolvimento
rural ou a geografia das culturas, extremamente dinâmicos. Ora faltam
rodovias, ora ferrovias, ora armazéns, equipamentos, trabalhadores
(treinamento de mão de obra especializada), ora faltam portos e câmaras
frias.Há que se pensar nos choques de oferta,para mais e para menos. A
produção de grãos, por exemplo.
Estima-se
que a capacidade atual de armazenagem seja de 140 milhões a 150 milhões
de toneladas, com uma safra de 190 milhões a 200 milhões de toneladas.
Uma boa estrutura de armazenagem significa possibilidade de planejamento
da venda da produção para reduzir perdas e segurança alimentar. O
Centro-Oeste representa 41% da produção de grãos (caroço de algodão,
amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada,feijão, girassol, mamona, milho,
soja, sorgo, trigo, triticale), produz 85 milhões de toneladas e a
capacidade estática é de 52,2 milhões. A FAO recomenda que a capacidade
estática de armazenagem de um país seja 1,2 vez maior do que a sua
produção anual. Dessa forma, o Brasil deveria ter, pelo menos, 234,55
milhões de toneladas em espaço disponível. Não tem.
O artigo completo está na edição impressa de DBO 410
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