Após 2 anos de redução do rebanho bovino e bubalino em Mato Grosso, a quantidade desses animais
voltou a crescer em 2014. Atualmente a população de bovídeos no Estado alcança 28,487 milhões de
cabeças, sendo 60,928 mil bovinos e bubalinos - ou 0,2% - a mais que o total quantificado em 2013,
quando somava 28,427 milhões. O levantamento foi realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária do
Estado de Mato Grosso (Indea), vinculado a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico
(Sedec), que divulgou na última sexta-feira (23) o resultado da vacinação contra a febre aftosa no Estado.
Conforme os dados fornecidos pelo Indea, o efetivo total do rebanho permanece ligeiramente abaixo do
número verificado em 2012, quando chegou a 28,670 milhões de cabeças. A diminuição do rebanho
nesse período não está atrelada ao avanço da agricultura sobre as áreas de pecuária, expõe o
presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, mas sim à
elevação do abate de fêmeas para compensar a perda de rentabilidade dos pecuaristas após 2010.
Entre janeiro e setembro de 2013, o abate de matrizes atingiu o recorde histórico de 2,190 milhões de
cabeças, sendo 10% acima do volume registrado no mesmo período de 2012. Em 2014, a participação
das fêmeas no volume de abates de bovinos começou a diminuir: 44,62% das fêmeas foram
encaminhadas aos frigoríficos, ante a proporção de 45,78% em 2013.
Para 2015, a oferta da proteína será mantida e a recuperação de preços dos animais favorece a retenção
e investimento na atividade, observa Bernardes. Ele lembra que 70% da produção de carne bovina
estadual atende o consumo externo, ou seja, de outros estados brasileiros e países. Para o secretário
estadual de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, a pecuária mato-grossense precisa melhorar
ainda mais a produtividade e tem avançado nesse sentido.
“No Brasil, a taxa de desfrute - capacidade do rebanho em gerar excedentes para venda - fica em torno
de 20% e nos Estados Unidos chega a 40%. Então precisamos aumentar essa taxa e não só o
rebanho”. Ele comenta ainda que a intensificação da produção agrícola favorece a pecuária, ao permitir
reforçar a nutrição dos animais. “O avanço da agricultura sobre a pecuária não é excludente, pelo
contrário, são atividades complementares”.
Preços - Neste 1º mês de 2015, a cotação da arroba do boi gordo atingiu valor histórico, chegando a R$
130,07 na última semana no Estado, segundo pesquisa do Instituto Mato-grossense de Economia
Agropecuária (Imea). O patamar é inédito no Estado, segundo os analistas, considerando a série
histórica mantida pela entidade.
De acordo com os analistas, o ritmo de valorização mais acelerado no Estado reflete o aquecimento do
mercado brasileiro e também a grande demanda internacional pela carne bovina mato-grossense, que é
embarcada principalmente para os países da União Europeia, Oriente Médio, China, Rússia e
Venezuela. “A Rússia se mantinha muito fechada, mas retomou fortemente as importações desde o ano
passado e apresenta um potencial enorme”, avalia Paludo.
Com informações da Gazeta Digital.
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