domingo, 29 de março de 2015

Gangue da vaca já roubou 500 animais em SP

 http://cdn.ruralcentro.com.br/1/2012/5/7/bovinos-genetica-aditiva-dia-de-campo-full.jpg

Eles chegam sempre à noite, armados de fuzil ou espingarda calibre 12. Escolhem a vítima pelo peso –as gordas são as mais visadas– e atiram para matar, na cabeça. Depois, cortam o animal e deixam crânio, vísceras e patas no local do abate. Levam apenas a carne, ao menos 15 arrobas (225 quilos), que vendem no mercado paralelo. A "gangue da vaca", como a quadrilha é conhecida na zona rural de Brodowski (a 338 km da capital), está aterrorizando os produtores locais, que calculam ter perdido 500 animais em 18 meses. Os ladrões usam cavalos das próprias fazendas para apartar os animais que lhes interessam e não separam o couro da carne para ganhar tempo e valorizar o produto. Dois veículos, um leve e um caminhão, são utilizados para levar a carne, mas um terceiro, uma moto, circula na zona rural antes para escolher o alvo do dia. Em nenhum caso foram furtados mais de seis bois de uma vez. A Folha ouviu sete fazendeiros que, juntos, perderam 192 animais para a quadrilha. Em apenas dois meses, foram 90, segundo eles. "São profissionais, pois fazem cortes com serra elétrica e são rápidos. Devem ser ex­vaqueiros ou açougueiros", diz Paulo Roberto Ferreira. O último caso ocorreu na fazenda dele, na semana retrasada. Ferreira afirma que 11 de suas 120 cabeças de gado nelore já foram levadas. Os animais são vendidos no mercado paralelo por R$ 2.000 cada –R$ 1.000 a menos, em média, que no oficial. O grupo calcula que a cada semana seis animais, em média, sejam levados. Isso representa 1.350 quilos de carne que chegam ao mercado sem passar por inspeção. Um fazendeiro decidiu colocar um chip na cabeça das vacas para ajudar no rastreamento, mas elas foram deixadas no pasto. Outro, Irivelton Egidio Garoti, instalou câmeras, sensores e alarmes na fazenda para não ver seu rebanho diminuir. Até adotar as medidas, ele perdeu quatro animais. Agora, o medo é que os ladrões passem a visar outros bens, como tratores e implementos. "Nos sentimos impotentes", diz José Mauricio Fiori, que perdeu 11 animais. Uma dificuldade para prender o grupo é a quantidade de estradas rurais e vicinais em municípios vizinhos, como Jardinópolis, Altinópolis, Serrana e Batatais. Segundo o delegado de Brodowski, José Augusto Franzini de Almeida, uma pessoa foi detida por suposto envolvimento nos crimes e um açougue que operava irregularmente foi fechado. "A área rural é muito grande, mas estamos investigando. Mandados de busca e apreensão devem sair nos próximos dias", diz. Para ele, os assaltantes precisam ter boa logística, com câmaras frigoríficas para guardar a carne. Para o ex­secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva Filho, é impossível patrulhar toda a zona rural, e a melhor solução é investigar locais de abate e açougues. "Ninguém rouba gado para ficar com ele." A PM informou que registrou três ocorrências (com nove cabeças de gado) em janeiro e fevereiro e que faz policiamento preventivo onde há maior incidência de crimes.  O rebanho de Brodowski é estimado em 14 mil animais. Com informações da Folha

Consumo global de carnes está em alta

http://fazerchurrasco.com/wp-content/uploads/2012/06/carnes-para-churarsco.jpg
Puxado pelos países emergentes, o consumo global de carnes cresceu 3% em 2014, somando 225 milhões de toneladas, conforme estimativa da consultoria Euromonitor. No ano passado, a Índia registrou o maior crescimento no consumo de carnes em todo o mundo. “A melhora na condição de vida e o crescimento populacional estão impulsionando o consumo de carnes em mercados emergentes”, afirmou em comunicado à imprensa a analista­chefe de alimentos in natura da Euromonitor, Anastasia Alieva. De acordo com ela, o consumo de carnes na Índia cresceu quase 50% desde 2009, impulsionada pelo crescimento de 95% na renda anual do país asiático. Além da Índia, a Euromonitor também destacou o crescimento do consumo de carnes no Brasil e na China. Pelas estimativas da consultoria, o consumo de carnes no Brasil cresceu 4% no ano passado, estimulado pelo avanço de 4,7% no consumo de carne de aves. No caso da China, o crescimento foi de 5% para a carne bovina e 3% para a carne suína. Na contramão dos países emergentes, os países desenvolvidos amargaram queda no consumo de carnes em 2014. Conforme a Euromonitor, houve queda de 1% nos EUA. Em crise econômica, a Grécia teve a maior queda no consumo de carnes, seguida por Alemanha e Holanda. A Euromonitor detalhou o ritmo de queda do consumo de carnes nesses países. Entre as avaliações apontadas para a queda no consumo de carnes nos países desenvolvidos, a Euromonitor cita as preocupações com saúde e sustentabilidade, que reduzem o consumo de carne vermelha. “Em países desenvolvidos, as carnes de aves ampliam espaço na dieta dos consumidores em detrimento da carne vermelha, que está ganhado uma má reputação devido a preocupações com a saúde”, afirmou Alieva. Com informações do Valor.

Margens dos frigoríficos: as menores em 4 anos

http://agro.olhardireto.com.br/uploads/frigorifico-ilustracao-2.jpeg

Queda de preços para a carne bovina, mercado do boi gordo pressionado para cima e margens estreitas na indústria. O cenário atual resume o que tem acontecido desde o começo do ano. Em São Paulo existem frigoríficos fazendo toda sua escala com boiadas adquiridas por R$147,00/@, à vista. Os compradores que ofertam menos que a referência compram nos estados vizinhos. O que sustenta as cotações é a falta de oferta. Em praticamente todas as praças não é incomum indústrias ofertando valores maiores. Acompanhe as cotações do boi em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php A margem entre o Equivalente Scot Carcaça e o preço pago pela arroba, em 9,9%, é a menor dos últimos quatro anos. Sem perspectiva de melhora da situação econômica do país, o escoamento não deve crescer. As exportações, segundo dados parciais, vêm com mais uma redução em março, depois das quedas em janeiro e fevereiro, agravando ainda mais o cenário de venda de carne. O boi casado de animais castrados saiu de R$8,70/kg para os atuais R$8,56/kg.Com informações da Scot Consultoria.

Arroba do boi bate recorde histórico de preço

http://www.wolfseeds.com/media/upload/noticias/brahmansonfireskye1_6.jpg.465x211_q85_crop_upscale-True.jpg
Os valores máximos que compõem a amostra do Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo) estão na casa dos R$ 150/@, de acordo com dados do Cepea. Esse preço é recorde, em termos reais, considerando­se os máximos de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 1994. No caso do Indicador (média ponderada dos negócios do dia mantidos na amostra), as cotações atuais estão próximas do recorde real, batido no dia 27 de novembro de 2014, de R$ 147,79 (deflacionando­se pelo IGP­DI de fev/15). Em termos nominais, o Indicador do dia 24, de R$ 146,50 foi o maior da série. Esses patamares estão surpreendendo agentes do setor. No mercado futuro da BM&FBovespa, os contratos com vencimento em Março/15, por exemplo, apontavam no início deste ano valores na casa dos R$ 140 para a arroba. Acompanhe o preço da arroba do boi em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Os fundamentos de alta continuam atrelados à oferta baixa. Além de o volume de animais prontos para abate ser relativamente pequeno, produtores se mantêm retraídos, devido aos altos patamares de preços da reposição, reforçando as valorizações da arroba. Isso acontece mesmo com frigoríficos ainda relatando dificuldade de repassar os aumentos no atacado. Com informações do CEPEA.

Arroba: consumo lento não afeta preço do boi

http://rowanmarketing.com.br/super_admin/Uploads/ckfinder/userfiles/images/18340-FUNDEPEC-GADO-NELORE-CONFINAMENTO-LADOCA-12-12.jpg

Dificuldade no escoamento da produção de carne. O consumo permanece em ritmo lento, o que gerou redução de 4,1% no preço da carne com osso desde o início do ano. O quilo do boi casado de animais castrados está cotado em R$8,56. Enquanto isso, o mercado do boi gordo parece não ter sentido o reflexo do consumo. Acompanhe as cotações da arroba do boi em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Os preços estão firmes e em alta, o que deixa claro que, mesmo em momento de vendas fracas, a oferta restrita de animais este ano é a principal balizadora do preço da arroba. A queda nas exportações desde janeiro colabora com o acúmulo dos estoques e a consequente fraqueza das cotações. Os frigoríficos vêm trabalhando com margens abaixo da média histórica. Com informações da Scot Consultoria.

domingo, 22 de março de 2015

CNA reduz expectativa de faturamento para o agro

http://agro.olhardireto.com.br/imgsite/noticias/renda-agricola.jpg

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reduziu sua estimativa para o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária no país neste ano. O faturamento das atividades “dentro da porteira” deve somar R$ 460,5 bilhões, de acordo com a divulgação de hoje. Em 5 de março, a entidade projetava R$ 469,6 bilhões. Se confirmado, o montante divulgado hoje será 2% maior que o estimado para 2014. Conforme a CNA, o VBP das 20 principais culturas agrícolas do país deverá crescer 1,5% e somar R$ 286,4 bilhões. Na projeção anterior, a estimativa era de R$ 289,3 bilhões. Somente a soja, carro­chefe da produção nacional de grãos, deve ter um VBP de R$ 97,8 bilhões, 8,4% superior ao de 2014. Em relação à pecuária brasileira, o VBP deve crescer 2,8% neste ano em relação a 2014, para R$ 174,1 bilhões. Em 5 de março, a projeção era de R$ 180,3 bilhões. Na semana passada, o Ministério da Agricultura também divulgou seus cálculos de VBP, com projeção de R$ 479,1 bilhões, montante 0,3% superior ao calculado pela pasta em 2014. Com informações do Valor.

Frigoríficos pagam acima da referência pelo boi

 http://s01.video.glbimg.com/x360/3639600.jpg

Das 31 praças pesquisas pela Scot Consultoria, houve alta em cinco para o boi gordo. Em São Paulo, estão cada vez mais comuns ofertas de R$146,00/@, à vista, para o boi gordo e as escalas atendem de 3 a 4 dias. O mercado está sem espaço para pressão de baixa. Algumas plantas compram nos estados vizinhos, a fim de conseguir melhores preços. A falta de oferta de animais terminados é o que vem segurando os preços da arroba. Do outro lado a venda de carnes continua fraca, com pressão sobre a margem da indústria. Segundo números do Caged, o total de empregos no país em fevereiro, 41,1 milhões, caiu em relação ao mesmo mês de 2014. Nos últimos dez anos não havia registro de retração. As chuvas recuperaram as pastagens e há pecuaristas retendo os animais. Com informações da Scot Consultoria.

Kátia quer tirar fiscais federais dos frigoríficos

http://medias.canalrural.com.br/resources/jpg/9/4/1426803287549.jpg

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta quinta, dia 19, durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, que a pasta pretende transformar os fiscais federais locados nos frigoríficos em auditores. A ideia é que eles possam realizar a supervisão por meio de amostragem, encerrando a necessidade de estarem nas plantas, como determinam as regras do Serviço de Inspeção Federal (SIF). – Então hoje, só pra exemplificar, nós temos em torno de 3 mil e poucos fiscais federais e só de frigoríficos nós temos 3,2 mil, então como é que nós vamos superar isso? Nós temos a questão trabalhista, todo mundo tem horário de almoço, trabalha dois turnos de quatro horas. E as empresas que querem trabalhar full time, como nós vamos atender isso? Além dos portos, além dos aeroportos que nós ainda temos que fiscalizar – disse. A questão dos fiscais do SIF deve estar presente na nova redação do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Rispoa), que atualmente prevê fiscalização permanente. Segundo Kátia Abreu, as mudanças estão sendo analisadas pelo departamento jurídico do Ministério e devem ser enviadas à Casa Civil até o final do mês. A proposta foi elogiada pelo senador Blairo Maggi (PR­MT), que disse que ela “reduz os custos e vai aumentar a eficiência das empresas que fazem esse tipo de atividade no país”. – Os fiscais federais são uma categoria muito organizada e, politicamente, tem uma representação bastante ativa aqui no Congresso, então eu penso que nada como um bom diálogo pra esse procedimento ter sucesso – afirmou a senadora Ana Amélia (PP­RS). Com informações do Canal Rural.

Procura está firme na reposição

 http://www.cabanhaftakis.com.br/admin/imagem_noticias/popup/1398441853.jpg

No mercado de reposição, os preços trabalharam em ambiente firme na última semana. Considerando as categorias de machos, em todos os estados pesquisados, a alta semanal foi de 0,4%. Os animais mais erados tiveram a maior valorização dentre as categorias, de 0,5% no período. A procura crescente por esse tipo de animal é o que tem dado maior firmeza a esse mercado, em relação às categorias mais jovens. A qualidade dos pastos em recuperação devido às chuvas também motiva o pecuarista a repor os animais, o que confirma o cenário de firmeza. Parte dos pecuaristas procura antecipar as compras, temendo a posterior falta de animais e mais valorizações. Com a safra de bezerros se aproximando, é possível que as altas percam força. De qualquer maneira, não é esperado que os preços recuem com intensidade, já que a oferta está menor este ano. Com informações da Scot Consultoria

domingo, 15 de março de 2015

Frigoríficos: ação na OMC para abrir mercado da UE

http://www.primeirahora.com.br/fotos-noticias/abate-bovinos_12.jpg

Exportadores brasileiros de carne bovina estão considerando entrar com uma ação contra a União Europeia na Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as restrições impostas aos embarques para um dos maiores mercados do mundo, disse uma autoridade da Abiec, a associação que representa o setor. Uma nova disputa pode prejudicar ainda mais os laços já esgarçados por um caso da UE contra o Brasil em função de tarifas sobre importações industriais e do impasse nas conversas sobre livre comércio com o Mercosul. Fernando Sampaio, diretor­executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), disse que exigências sanitárias "desnecessárias" reduziram as exportações de carne bovina brasileiras à UE em três quartos, ou para 100 mil toneladas por ano. "Do ponto de vista sanitário, não faz o menor sentido, só estão criando entraves burocráticos para deixar nossos produtores fora do mercado", declarou Sampaio. "Estamos estudando abrir um painel na OMC contra a UE por causa dessas barreiras todas." Conhecido por seu protecionismo comercial, o governo brasileiro está falando mais grosso nas desavenças mercantis na tentativa de abrir novos mercados para suas exportações desde que o país, uma potência das commodities, registrou seu primeiro déficit comercial em 14 anos em 2014. Em outubro, o maior exportador de carne bovina do mundo apresentou uma queixa contra a Indonésia na OMC por conta das barreiras às suas exportações de carne de ave. O governo está preparando outro caso contra Jacarta relacionado às exportações de carne bovina. Os exportadores de carne bovina brasileiros precisam do sinal verde do governo para que o país faça uma denúncia contra a União Europeia. O gabinete da presidente Dilma Rousseff não descartou dar início à contenda, mas primeiro irá esgotar as opções de negociação, disseram à Reuters dois funcionários do governo familiarizados com o tema. "Nosso principal objetivo é remover essas barreiras através de negociações bilaterais, mas se isso fracassar não descartamos iniciar uma ação", afirmou uma autoridade que preferiu não ser identificada. O Ministério da Agricultura brasileiro não quis comentar, e o Ministério das Relações Exteriores declarou não ter recebido um pedido formal dos exportadores para fazer a queixa. Os produtores brasileiros reclamam que a UE se recusa a liberar as exportações de carne bovina de Estados que já estão livres de febre aftosa há mais de uma década. A resistência à entrada de produtos agropecuários do Brasil tem sido um dos maiores obstáculos nas tratativas sobre livre comércio regional com o bloco europeu, que se arrastam há duas décadas. A recusa de Brasília a abrir seu mercado industrial é outro impedimento. A União Europeia entrou com uma queixa na OMC em 2013 contra os impostos brasileiros sobre importações que vão de carros a computadores. Com informações da Reuters.

Milho sobe e reduz poder de compra do pecuarista

http://www.clmais.com.br/public/noticias_negocios/07073.jpg

Os preços do milho subiram 8,7% em março, em relação a fevereiro. Atrasos no plantio da segunda safra e o clima adverso em algumas regiões produtoras do Centro­Oeste deram sustentação aos preços. Na região de Campinas, em São Paulo, a saca de 60 quilos está cotada em R$30,00, para entrega imediata. Apesar da alta, o pecuarista está pagando 7,8% menos pelo grão, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em março de 2014 foi registrado o pico de preço na temporada passada. A cotação média foi de R$32,55 por saca em valores nominais. Em São Paulo, atualmente é possível comprar 4,83 sacas de milho com o valor de uma arroba de boi gordo. O poder de compra do pecuarista diminuiu 7,6% em relação a fevereiro deste ano, mas ainda assim compra­se uma saca de milho a mais (26,1%), na comparação com março do ano passado. Em curto prazo, as cotações devem se manter firmes. O dólar valorizado colabora com as vendas para o mercado externo. No mais, as incertezas com relação à produção na segunda safra dão sustentação aos preços no mercado brasileiro. Com informações da Scot Consultoria.

Exportações de carne seguem em baixa

http://www.wscom.com.br/arqs/noticias/imagens/800/201012220110210000008110.jpg
As exportações de carne bovina in natura em março seguem em ritmo inferior ao verificado em igual período do ano passado, como registrado no primeiro bimestre do ano. Por dia, em média, foram exportadas 4,21 mil toneladas na primeira semana de março, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em fevereiro o patamar diário foi parecido, 4,22 mil toneladas, em média. Já em março de 2014, foram embarcadas 4,56 mil toneladas por dia. Atualmente estamos embarcando diariamente um volume 7,3% menor que no mesmo período do ano passado. A Rússia, um dos principais clientes da carne brasileira, continua interferindo no resultado dos embarques. No entanto, a recuperação da moeda do país (rublo) tende a colocar novamente os russos no mercado com maior intensidade. Agora a expectativa fica acerca da exploração de mercados já existentes, como a China e os Estados Unidos, e da liberação dos embargos, como Iraque e África do Sul. Esses países representam pouco em participação nas vendas externas, mas é importante ressaltar que a exploração de novos mercados e a consolidação de mercados já existentes são essenciais neste momento de exportações abaladas. Com informações da Scot Consultoria.

domingo, 8 de março de 2015

Boi gordo está escasso no MS

http://agrinoticias.com.br/portal/wp-content/uploads/2015/01/boi-gordo-03.jpg

Segundo dados da Scot Consultoria, o preço de referência para o boi gordo está estável há onze dias na região de Dourados-MS, em R$140,00/@, a prazo. Na comparação com o mesmo período do mês passado, a cotação subiu 0,7%. Nos últimos treze meses, o preço médio do boi gordo foi de R$128,49/@, 8,2% menor que a referência vigente. Para a vaca gorda o movimento foi semelhante, houve valorização de 0,8% no período, atualmente, ela tem sido negociada por R$131,00/@, a prazo. A oferta está reduzida, deixando o mercado bem disputado. A maioria das indústrias frigoríficas está com escalas de três a quatro dias úteis, o que impossibilita negócios por preços menores. O diferencial de base em relação a Barretos-SP está em -3,45%. Com informações da Scot Consultoria.

Queda da carne pressiona frigoríficos

http://aveworld.com.br/imgs/noticia/home/0410341a07b9fac1674c32c3287b5870.jpg
Após um mês de estabilidade da arroba do boi gordo em São Paulo, houve alta no preço de referência esta semana, para R$144,00, à vista. De um lado, a oferta limitada de bovinos terminados pressiona para cima os preços da arroba. Do outro, há dificuldade no escoamento da carne bovina, o que limita as valorizações do boi gordo. Uma situação de consumo elevado daria mais firmeza aos preços da arroba em todo o país, dada a situação crítica da oferta. Além das vendas enfraquecidas, os estoques estão maiores também devido à queda nas exportações de carne. Acompanhe o preço da arroba do boi acessando: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Com a crise na economia russa, um dos principais compradores da carne brasileira, as exportações de carne in natura caíram 31,5% em volume no primeiro bimestre, comparado com o mesmo período de 2014. O país representou nos últimos dez anos 25,6% das compras de carne in natura em janeiro. Este ano, a participação caiu para 11,5%. Embora o preço da carne com osso tenha subido na última semana, principalmente devido à dificuldade de abastecimento, a expectativa é de que o patamar não se sustente em curto prazo. Com informações da Scot Consultoria.

Veja quais são os principais erros na hora de fazer churrasco

Churrasco no fim de semana. Carvão em brasa, espetos a postos e sal grosso na picanha. Mas, ao fatiar e provar a carne, vem a sensação de que ela não está igual àquela da churrascaria.
Para quem já presenciou essa cena (e, saiba, você não está sozinho), Tatiana Bassi, sócia do Templo da Carne, dá dicas importantes para evitar erros comuns na hora de comandar a diversão dos amigos. Para botar a mão na massa (veja álbum abaixo), ela contou com a ajuda de Joaquim Alves dos Santos, churrasqueiro da casa.





ERRADO - Não é recomendado utilizar álcool líquido para acender o carvão, pois ele produz uma chama brusca e temporária. Observe também a quantidade de carvão utilizada, em demasia. O ideal é colocar todo o conteúdo do saco em um canto da churrasqueira, deixando apenas uma pequena parte sob a grelha. Vá trazendo, aos poucos, mais carvão ao centro quando necessário Leia mais Rodrigo Capote/UOL

ERRADO - Observe a chama que sobe bruscamente quando se utiliza álcool líquido Leia mais Rodrigo Capote/UOL

CORRETO - Dê preferência para o uso da pastilha de álcool em gel, à venda em supermercados. Faça uma "casinha" com o carvão. Ao lado, estão as cinzas do churrasco anterior. Sempre mantenha um pouco dessas cinzas na churrasqueira -elas devem ser colocadas sobre a brasa já formada, pois evitarão que se formem labaredas (chamas) quando a gordura da carne pingar pela grelha Leia mais Rodrigo Capote/UOL


DICA - Como saber se a temperatura proveniente das brasas está adequada para o início do churrasco? Coloque sua mão a cerca de 15 cm do carvão e tente contar até cinco. Se não conseguir chegar a esse número, está muito forte. Caso ultrapasse a contagem, está fraco Leia mais Rodrigo Capote/UOL


DICA - Um corte de costela bovina, feito conforme as indicações de Tatiana, pode demorar de seis a oito horas para ficar pronto. Por isso, é bom começar o preparo logo pela manhã. Antes de salgá-lo, faça leves cortes com a ponta de uma faca (como mostra a foto acima): ele ajudará com que o sal penetre na carne, deixando-a mais saborosa Leia mais Rodrigo Capote/UOL


ERRADO - Não faça uma cama de sal grosso: isso fará com que a carne se desidrate e perca seu sabor Leia mais Rodrigo Capote/UOL


CERTO - Use sal grosso em tamanhos grandes e em pouca quantidade (dois pequenos punhados são suficientes para cada lado). Uma dica preciosa de Tatiana é deixar essa peça de carne, que é grande, por cerca de 15 minutos próximo à brasa, para que ele vá se "ambientando" com o calor da churrasqueira e o sal seja absorvido. Depois disso, você pode eliminar o possível excesso e continuar o cozimento Leia mais Rodrigo Capote/UOL


ERRADO - Deixar a carne próxima à brasa, a cerca de 15 cm de altura, tem como objetivo grelhar ou apenas selar, o que não é recomendado para a costela, que precisa de um tempo maior de cocção Leia mais Rodrigo Capote/UOL


CERTO - Acomode a costela na parte superior da churrasqueira, a cerca de 60 cm da brasa, com a gordura virada para cima Leia mais Rodrigo Capote/UOL


Deixe que a costela asse nessa posição até que a carne começa a se soltar dos ossos, o que deve ocorrer, se deixada a cerca de 60 cm da brasa com a temperatura indicada na imagem 5, após quatro ou cinco horas... Leia mais Rodrigo Capote/UOL


Vire a costela, deixando a gordura para baixo e aguarde novamente um período entre uma e duas horas Leia mais Rodrigo Capote/UOL


DICA - Joaquim faz os mesmos cortes na parte da gordura da peça inteira de picanha e, com as mãos em lados opostos, realiza um movimento como se tentasse abri-la Leia mais Rodrigo Capote/UOL


ERRADO - Nunca cubra toda a carne com sal grosso. Isso irá desidratá-la, perdendo sua suculência Leia mais Rodrigo Capote/UOL


CORRETO - Use pouca quantidade de sal grosso. Um pequeno punhado é suficiente Leia mais Rodrigo Capote/UOL



Vire a peça do outro lado e salgue com aproximadamente a mesma quantidade. Coloque a carne em um prato e deixe-a próxima à churrasqueira por cerca de quatro minutos, para que o sal seja absorvido. Depois desse tempo, o excesso pode ser descartado Leia mais Rodrigo Capote/UOL


ERRADO - Não inicie a cocção da picanha colocando a lado da gordura para baixo. Isso fará com que ela "perca" essa camada que deixará a peça mais saborosa. Observe a (alta) chama, indesejada. Quando fizer um churrasco, evite as labaredas, pois a ideia não é colocar fogo na carne. Lembre-se de que as cinzas do churrasco anterior colocadas sobre as brasas evitam as chamas bruscas causadas pelos respingos de gordura Leia mais Rodrigo Capote/UOL


CORRETO - Sele a carne (deixando a picanha a 15 cm da brasa) por quatro minutos apenas o lado sem gordura. Em seguida, mude sua posição para cerca de 40 cm de altura, assando-a. A grelha com canaleta, como na foto acima, é uma dica de Tatiana. "Além de evitar que a gordura pingue em excesso no carvão, você pode armazená-la nesses compartimentos e, com um pincel, untar a carne de vez em quando. Ela ficará muito mais gostosa", garante ela Leia mais Rodrigo Capote/UOL


Para obter uma picanha ao ponto, com o interior vermelhinho, deixe-a na grelha, a 40 cm (como indicado na foto anterior) por cerca de 30 minutos. Depois, vire-a, deixando a parte da gordura para baixo e transfira a grelha para o alto, a cerca de 60 cm da brasa. Deixe assar por mais dez ou 15 minutos. Se preferir a carne mais bem passada, mantenha-a na churrasqueira por um pouco mais de tempo. Se quiser, fatie, volte rapidamente a 15 cm de altura e deixe grelhar por poucos minutos Leia mais Rodrigo Capote/UOL



A picanha ao ponto traz o interior rosado e a carne bastante suculenta. Se preferir mais bem passada, deixe por mais tempo na churrasqueira Leia mais Rodrigo Capote/UOL


ERRADO - A fraldinha é uma carne sensível, de sabor menos intenso. A dica é fazê-la no espeto. Não fure a peça inteira de uma vez, como mostra a foto acima Leia mais Rodrigo Capote/UOL


ERRADO - A imagem mostra a maneira desaconselhada de preparar a fraldinha no espeto: toda esticada e perfurada de forma reta. Ela assará rapidamente, mas perderá facilmente o seu suco Leia mais Rodrigo Capote/UOL



CERTO - Joaquim demonstra a maneira correta de colocar a fraldinha no espeto garantindo, no final do processo, uma carne mais suculenta. Vá dobrando para a esquerda e para a direita, como se estivesse costurando a peça Leia mais Rodrigo Capote/UOL


Quando toda a carne estiver no espeto, compacte-a o máximo que conseguir. Veja o resultado esperado na imagem acima Leia mais Rodrigo Capote/UOL
 

DICA - Salgue a fraldinha só depois que ela já estiver disposta no espeto, toda compactada. O sal grosso será absorvido e a carne terá mais suculência (lembre-se: antes de levá-la à churrasqueira propriamente dita, deixe-a próxima ao calor por aproximadamente quatro minutos) Leia mais Rodrigo Capote/UOL


Não salgue em excesso. O volume mostrado na foto acima foi quase suficiente (Joaquim não chegou a utilizar toda a quantia) para cerca de 1 quilo e 100 gramas de carne Leia mais Rodrigo Capote/UOL


Sele a fraldinha deixando a carne a 15 cm da brasa por quatro minutos cada um dos lados Leia mais Rodrigo Capote/UOL


Suba, então, o espeto para a altura de 40 cm, assando a fraldinha. Ela deve ficar pronta entre 40 e 45 minutos Leia mais Rodrigo Capote/UOL


Tatiana recomenda servir a fraldinha ao ponto, com o interior bem rosado e com a aparência e textura de um rosbife Leia mais Rodrigo Capote/UOL


CORRETO - Frutas, como abacaxi, e vegetais, como cebola, são boas sugestões para sobremesa e acompanhamento para o seu churrasco. Asse a cebola a 40 cm da brasa sem deixar que ela tenha contato com a carne. Utilizar um espeto é uma boa estratégia Leia mais Rodrigo Capote/UOL


ERRADO - Frutas e legumes não devem ser feitos na mesma grelha das carnes, pois os sabores podem se misturar Leia mais Rodrigo Capote/UOL


DICA - Faça o abacaxi em fatias altas e sirva com açúcar, canela e folhas de hortelã Leia mais Rodrigo Capote/UOL

 Quer aprender a fazer um churrasco perfeito? Tatiana Bassi, sócia do Templo da Carne, dá dicas preciosas para conseguir aquela carne com gostinho de churrascaria. Nas imagens a seguir, veja o que é correto e o que é errado no mundo das carnes Rodrigo Capote/UOL
E, além das indicações das imagens acima, confira mais dez conselhos para fazer bonito em frente aos convidados.
  1. Compre as carnes em um açougue de confiança. Uma picanha, por exemplo, dificilmente possui mais de 1,1 kg. Se a peça vendida é mais pesada do que isso, provavelmente traz uma parte de coxão duro.
     
  2. Não exagere no sal. Se puder, use sal grosso em pedras maiores para pedaços grandes e sal grosso em pedacinhos menores para peças menores. Você pode moê-lo no liquidificador, por exemplo. Dica: em um prato, coloque um punhado de sal e acomode a carne, jogando mais um punhado de sal sobre ela. Deixe-a próxima ao calor da brasa por uns quatro minutos. Antes de grelhá-la ou assá-la, elimine o excesso com as mãos.
     
  3. Segundo Tatiana, o mais recomendado é usar uma churrasqueira de alvenaria, com lados, fundo e parte inferior fechados, o que ajuda a armazenar o calor e produzir um churrasco de qualidade.
     
  4. Grelhar ou assar? Se ficar a 15 cm da brasa, a carne será selada ou grelhada. Essa é altura ideal para peças menores. Para assar, Tatiana recomenda as alturas de 40 cm (para pedaços médios) e 60 cm (grandes).
     
  5. Os convidados chegaram? Comece assando a costela suína, acomodando-a a 40 cm da brasa e no fundo da grelha, onde o calor é mais intenso. Essa também a hora das assar as linguiças (na mesma altura mencionada). Atenção: nunca fure-as com um garfo, pois elas perderão líquido e, consequentemente, ficarão secas, sem suculência.
     
  6. Vire as carnes apenas uma vez. Espere que o sangue comece a aparecer em maior quantidade na parte superior e, então, inverta o lado com a ajuda de um pegador. Evite furar a peça.
     
  7. Para T-bones, coloque-os com a parte do contrafilé (a menos macia) voltada para o fundo.
     
  8. Gosta de filé mignon? Ele é bom, sim, para churrascos, mas precisa de um cuidado diferenciado. Essa carne, mais sensível, precisa de um calor forte. Coloque a mão a 15 cm da brasa e tente contar até quatro. Essa é a intensidade recomendada para esse corte (para todos os outros tipos de carne, o ideal é fazer o mesmo procedimento, mas a contagem deve ser até cinco).
     
  9. Não tente fazer um corte alto bem passado. Para essa finalidade, prefira cortes finos.
     
  10. Churrasqueira não é lixo! Nunca jogue resto de comida, palito de dente ou bituca de cigarro junto ao carvão.

Entenda os principais cortes de carne americanos e argentinos

Se você já foi à Argentina, sabe que lá quem reina é o bife de chorizo, não a picanha. A paixão nacional brasileira quando se fala em churrasco não é um corte popular em terras hermanas, onde é conhecida como tapa de cuadril. O mesmo acontece nos EUA, onde a picanha não existe fora dos restaurantes brasileiros.
Para você não passar apuro quando viajar, ou mesmo quando decidir ir a um restaurante típico argentino ou americano por aqui, o UOL conversou com Tatiana Bassi, do Templo da Carne, Priscila Deus, chef do Pobre Juan, e Marcelo Shimbo, zootecnista e sócio-diretor da Prime Cater, fornecedora de carnes premium. Esse time de especialistas se reuniu para desvendar os cortes mais populares desses países.

Chorizo é chouriço?

Não se deixe enganar pelo nome: o bife de chorizo argentino não tem nenhuma relação com o nosso chouriço. Trata-se de um corte espesso muito saboroso, tirado do contrafilé e acompanhado de uma generosa capa de gordura.  Ele também existe nos EUA, onde é conhecido como strip loin e pode ser servido com ou sem osso.
Outro corte muito popular na Argentina – e em restaurantes argentinos no Brasil – é o bife ancho. Também tirado do contrafilé, do que chamamos de filé de costela, trata-se de uma carne com bastante gordura entremeada e intenso sabor e maciez. Seu equivalente americano é o ribeye.
Mas se você estiver nos EUA e bater aquela vontade de comer uma fraldinha, por qual nome deve procurar no cardápio? Por lá, essa carne suculenta, macia, saborosa e com pouca gordura é conhecida como skirt steak, e costuma ser servida grelhada após ser marinada. Já na Argentina, peça pelo vacío, que também é feito na parrilla – a churrasqueira dos nossos vizinhos.
Por outro lado, dificilmente você vai encontrar a maminha no cardápio de um restaurante americano. O corte é considerado mais caseiro por lá, onde é chamado de trip tip. Para os argentinos, essa parte mais macia, suculenta e gordurosa da alcatra é chamada de colita de cuadril.
Uma das carnes mais macias e sem gorduras que existem, o filé mignon é chamado pelos americanos de tenderloin, mas também pode ser encontrado como filet, devido à influência francesa.

Paixões nacionais

Um dos preferidos dos americanos para se fazer assado, o prime rib é uma carne muito apreciada devido ao seu sabor, suculência e maciez.  Equivale ao que nós brasileiros conhecemos por bisteca.
Enquanto no Brasil temos a picanha como corte típico, os EUA têm o T-bone. O corte reúne parte do contrafilé e do filé mignon, separados por um osso no formato da letra "T". Já o porterhouse é uma variação maior do T-bone em que há mais filé mignon. Ambos podem ser encontrados em bons açougues e restaurantes brasileiros, mas não são comuns por aqui nem possuem um nome próprio nacional.

Veja abaixo as equivalências das carnes mais populares nos três países:


Entenda a diferença entre carnes das raças Nelore, Angus e Wagyu

Que brasileiro é louco por carne, não é novidade. Pelo menos uma vez por dia, o produto chega às mesas do país em diversos cortes e preparações. Visto isso, este é um mercado que vem crescendo cada vez mais – o que resulta na valorização de cortes antes considerados "de segunda" e o surgimento  de casas especializadas no produto – até a chegada de outras variedades ao mercado. Como os Angus e Kobe e mais recentemente, Wagyu, que começaram a ser aparecer em propagandas e a constar em cardápios de muitos restaurantes.
Mas você sabe quais são os atributos destas carnes e as diferenças entre elas?


Junior Lago/UOL
Carne de Wagyu, à esquerda, tem mais marmoreio que as de Angus e Nelore (à direita)
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, as raças zebuínas representam 80% do rebanho comercial brasileiro, que conta com aproximadamente 209 milhões de bovinos. Entre estas, predomina a raça Nelore, grande responsável pela maior parte do bife nosso de cada dia. Os demais 20% desse universo se dividem entre todas as outras raças criadas no país.
Esse cenário, no entanto, começa a sofrer mudanças. Com um total estimado entre 2,5 a 3 milhões de cabeças, a raça de origem europeia Angus já é o segundo maior rebanho de corte. Por outro lado, ainda com uma pequena representatividade, mas com um apelo poderoso e uma crescente curiosidade a seu respeito, o boi Wagyu, vindo do Japão, já começa a despontar.
A grande diferença entre essas raças é o grau de marmoreio da carne, que é como se chama a quantidade de gordura entremeada. "Além da maior suculência, o grau de marmoreio proporciona uma diferença no sabor. Quanto mais gordura, mais 'amanteigado' é o sabor da carne, sendo o Wagyu a carne que mais evidencia essa característica", explica Rodrigo Testa, sócio do restaurante Cortés.
Para conhecer um pouco dessas raças e entender que diferença isso faz no nosso prato, consultamos Renato Sebastiani, diretor do frigorífico CowPig, Rodrigo Testa, sócio do restaurante Cortés e a ABIEC – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes.

Nelore

Moacyr Lopes Junior - 15.jun.2012/Folhapress
São 100 milhões de cabeças dessa raça de origem indiana perfeitamente adaptada às condições brasileiras de clima e pasto. É um boi mais alto, mais esbelto e tem giba - que é o corte que conhecemos como cupim - e a barbela, que é aquela espécie de papada que vai até o peito. Resiste a pastos pobres e é flexível aos manejos em pasto e confinamento. Apresenta a capa de gordura semelhante à do Angus, mas perde em quantidade de gordura total e gordura entremeada – o famoso marmoreio.

Angus

Moacyr Lopes Junior - 15.jun.2012/Folhapress
Com 2,5 a 3 milhões de cabeças, as raças Angus em suas variações Aberdeen e Red, originárias da Grã-Bretanha, já representam o segundo maior rebanho de corte brasileiro. Na aparência, é um boi mais roliço, com maior capacidade de acumular gordura intramuscular, aquela que resulta em marmoreio. Sua adaptação ao clima e pasto nacionais é relativa e aumenta à medida que são cruzados com Nelore, diferença que também salta aos olhos: um boi meio-sangue Nelore-Angus apresenta um pequeno cupim; já outro que é 3/4 Angus não tem cupim nenhum.

Wagyu

Adriano Vizoni - 02.mai.2014/Folhapress
Com cerca de 30 a 40 mil animais mestiços para o abate, essa raça de origem japonesa ainda tem pequena representatividade, mas isso tende a mudar com a crescente curiosidade despertada pela carne que produz: o famoso Kobe Beef. É um boi bastante roliço, sem músculos definidos aparentemente. Acumula muito mais gordura que qualquer outra raça, tanto na capa quanto entremeada, o que confere suculência inigualável. Comparado a outras raças, tem baixa produtividade de carne, o que resulta nos altos preços: uma peça de picanha Kobe sai por aproximadamente R$ 450.