domingo, 27 de dezembro de 2015

Manejo Reprodutivo de bovinos de corte: matrizes

(*) por Gustavo Melo e Vitoriano Neto, médicos veterinários da Equipe Rehagro
 
 

A Inseminação Artificial (IA) foi a primeira ferramenta capaz de atuar diretamente na multiplicação de animais melhorados geneticamente. E foi também o primeiro passo para acelerar a transmissão de genes considerados superiores relacionados a características de interesses econômicos. Porém, com tempo, foram observados problemas relevantes nessa ferramenta, tais como falhas na identificação de cio. Mas porque isso seria limitante? Faltava treinamento e experiência em relação a mão de obra?
Sem dúvida, no início, sim, mas com o desenvolvimento de novas pesquisas voltadas à IA, descobriu-se alguns fatores altamente relevantes, que ajudariam a limitar o uso dessa ferramenta. O estro (cio) curto das vacas zebuínas (Bos indicus), em relação às vacas taurinas (Bos taurus) e a manifestação do estro em períodos noturnos, citados por BÓ et al. (2003) e BERTAN et al. (2006), respectivamente, aliados à característica de anestro pós-parto desse grupo genético, sem dúvida demonstraram uma lacuna importante nesse processo.
 
A partir daí, uma das formas encontradas para melhorar os índices reprodutivos foi o desenvolvimento de protocolos de indução de estro e sincronização da ovulação, para assim possibilitar a inseminação artificial em tempo pré-determinado, sem necessidade então de observar e identificar o cio.
 
Além dessa grande vantagem, estudos de Baruselli et al (2002) demonstram que a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) possibilita que as prenhezes ocorram no início da estação de monta, assim diminuído o período de serviço e aumentando a eficiência reprodutiva do rebanho.
 
Essa ferramenta possibilita que a vaca conceba mais cedo e, consequentemente, produza bezerros mais cedo. Este fator gera aumento do peso à desmama e melhor resultado financeiro devido ao maior número de arrobas produzidas.
 
Atualmente, muitos produtores tratam todas as categorias de matrizes com IATF. Para vacas solteiras e novilhas, embora os resultados de prenhez não sejam muito consistentes, as vantagens da IATF relacionam-se diretamente às falhas na detecção de cio e no envolvimento da mão de obra para tal fim. Já nas categorias de vacas multíparas e primíparas, além de minimizar o envolvimento de funcionários e as falhas na observação de cio, favorece um possível reestabelecimento da ciclicidade, decorrente do anestro fisiológico pós-parto.
 
Porém, para realizar a inseminação artificial, o produtor rural deve estar atento ao estado nutricional de suas matrizes. Uma forma de se fazer isso é avaliar o Escore de Condição Corporal (ECC).
 
O ECC é uma avaliação subjetiva que apresenta alta correlação com espessura de gordura subcutânea. Apesar de subjetiva, esta avaliação utiliza alguns parâmetros científicos que verificam as quantidades de gordura e músculos em determinadas regiões do corpo do animal. As principais regiões avaliadas são costelas, processos transversos da coluna vertebral, processos espinhosos da coluna vertebral, flanco, ossos do íleo, base da cauda, sacro e as vértebras lombares.
 
Esse escore pode ser classificado em uma escala de 1 a 5, onde 1 é o estado de uma vaca desnutrida muito magra, e 5 o estado de uma vaca muito gorda. (Figura 1).
 
Escore de condição corporal

Figura 1 - Escore corporal de vacas de 1 a 5. Fonte: Wildman, et al., 1982

Nessa classificação, é desejável manter as vacas entre os escores 3 e 3,5. Porém, observando  a sazonalidade brasileira de produção de forragem, a condição média encontrada na maioria das fazendas é inferior a 3.
 
Para atingir bons resultados de concepção (40-60%) com a utilização da IATF, as matrizes devem encontrar-se com escore maior ou igual a 2,5. Porém, se a propriedade possui fêmeas em estação de monta com condição corporal inferior, recomenda-se que o técnico faça, juntamente com o produtor, uma análise diferenciada, considerando os valores gastos para emprenhar uma vaca magra (utensílios de reprodução, hormônios, sêmen e valor do bezerro desmamado) e as baixas taxas de concepção. Uma boa referência foi apresentada por Vasconcelos (2008), em estudos com novilhas e primíparas. Neste estudo foi observado que com a queda de cada 0,25 no ECC, a taxa de concepção cai 6 pontos percentuais em média. Assim, o resultado financeiro dos lotes de fêmeas com pior escore corporal será, sem dúvida, abaixo dos lotes de melhor condição corporal.
 
O produtor pode iniciar os protocolos em vacas com melhor escore corporal a partir de 30 dias pós-parto, pois estas já estarão aptas no dia da inseminação. É recomendado alocar as vacas mais magras após as de melhor condição corporal, a fim de permitir que as mesmas consigam recuperar o estado nutricional.
 
Fonte: Rural Centro

Contribuição do melhoramento genético para a pecuária de cria

Roberto Carvalheiro (GenSys)apresentou palestra sobre o melhoramento genético bovino e sua influência para a pecuária de cria no Workshop Pecuária de Cria, organizado pelo BeefPoint em São Paulo, nos dias 11 e 12/jun.
Nos primeiros slides, o especialista já sugere uma quebra de paradigma para o melhoramento genético em bovinos, explicando que o modelo de seleção genética aplicada ao melhoramento de aves e suínos não reflete o melhoramento genético de bovinos.
Ou seja, Roberto explica que este modelo, em que há um rebanho de selecionadores, um rebanho multiplicador do material genético e o rebanho comercial, não reflete a realidade da bovinocultura de corte. Do ponto de vista do especialista, “todo criador é um selecionador”, pois escolhe quais animais colocará em reprodução, quais de suas vacas e quais touros (ou sêmen) utilizará, tomando assim decisões de seleção genética.
Porém, segundo Cavalheiro, “nem todo selecionador promove melhoramento genético do seu rebanho”. Isso porque a escolha das características a serem selecionadas deve ser tomada da melhor forma possível, considerando todas suas variáveis e consequências de seleção.
Por exemplo, em um trabalho na Nova Zelândia de 15 anos de seleção para melhoramento de peso de bezerro aos 13 meses de idade, a eficiência do sistema de produção permaneceu a mesma, mesmo com os bezerros 17% mais pesados ao sobreano após 15 anos de seleção. Isso ocorreu pois ao selecionar maior peso de bezerros, as vacas mais pesadas também foram selecionadas indiretamente, aumentando em 12% o peso médio das matrizes e assim o consumo de alimento necessário para o sistema ficou maior, diminuindo a eficiência. “Houve resposta correlacionada do peso maduro da vacada, e vacas mais pesadas consomem mais”, explica Carvalheiro.
Como demonstado na tabela acima, a eficiência entre o rebanho selecionado e o não selecionado (controle) permaneceu praticamente a mesma após 15 anos de melhoramento, pois para um mesmo consumo total e mesma área, o número de matrizes mais pesadas diminuiu e desmamaram bezerros mais pesados. Comparando com o rebanho controle, o número de matrizes ficou o mesmo, desmamando bezerros mais leves.
Desta forma, o consultor enfatiza que é necessário atenção em quais características eleger para o melhoramento, e assim direcionar todo o esforço, tempo e dinheiro para uma seleção que resulte em melhoria de eficiência do sistema de produção ao longo do tempo.
Dentro desta visão holística sugerida por Carvalheiro, os pontos abordados por ele foram todos relacionados com as fontes de receita de um sistema de produção de cria: descarte de vacas, venda de bezerros e descarte de novilhas.
  • Vacas descarte
A primeira fonte citada foi o descarte de matrizes, pois pode representar 40% da receita de um sistema de cria, e ao mesmo tempo, o custo de mantença dos animais em um sistema é em torno de 50%. Ou seja, quanto maior o peso das vacas, maior a receita com o descarte e maior o custo de mantença do sistema. Lembrando que o peso ideal para o rebanho é dependente do sistema em que está inserido: qualidade do ambiente e potencial genético de produtividade.
  •  Venda de bezerros
Sobre a venda de bezerros, Carvalheiro enfatiza que é a principal fonte de renda de um sistema de cria, representando de 45 a 60% da  receita do sistema. Portanto, ele questiona quais caracterísitcas enfatizar em um programa a de melhoramento para aumentar a eficiência de produção.
O principal ponto a levar em consideração pelo palestrante é a relação e adequação entre vaca, bezerro e sistema de produção. Esse fator é, segundo Carvalheiro, a maior razão pelo qual a raça Nelore se adaptou no sistema Tropical no Brasil. Outro ponto a se considerar para animais zebuínos são as características de fertilidade, como idade ao primeiro parto e reconcepção de primíparas, “o grande gargalo da pecuária de cria nacional” comenta Carvalheiro.
Além desses pontos de fertilidade, Roberto relembra que vacas gordas geram receita, e que taxas de concepção acima de 90% são “utópicas” segundo Carvalheiro. Abater vacas prenhes e/ou manter vacas velhas no rebanho não é viável, pois desta maneira se diminui a reposição de novilhas, aumentando o intervalo entre gerações e aumentando o rebanho de vacas eradas, deixando assim a capacidade suporte do sistema com menos animais por área. É preciso encontrar o ponto ótimo entre a taxa de prenhez e taxa de descarte de cada propriedade para se chegar à máxima eficiência econômica.
A habilidade materna é outra característica a se ter cuidado em melhoramento genético. Carvalheiro chama a atenção que quanto maior esta habilidade, maior será a exigência energética da vaca pela maior produção de leite. Aumentando assim a necessidade de alimento, diminuindo o número de animais viáveis em uma mesma área. Portanto é importante não melhorar em excesso tal característica.
Ainda na questão da produção de bezerros, relacionando os recursos necessários (inputs) e os animais produzidos (outputs), Roberto acredita que mesmo um criador, sem recria e engorda, deve considerar em seu sistema de produção que seu bezerro será a carcaça e a carne de amanhã, por isso a seleção do touro (sêmen) deve ser criteriosa, levando em consideração que há reprodutores que apresentam progênies boas para peso a desmama porém com maus resultados para o peso ao sobreano.
Desta forma, mesmo um criador deve selecionar qual touro utilizar analisando além de somente características na desmama, pois pensando em trabalhos de longo-prazo, seus clientes recriadores podem deixar de fazer negócio por notarem mau desempenho dos animais após a desmama.
Na seleção de bezerros, Roberto comenta que é importante focar características complementares, e não só no peso do animal. Um bezerro pesado pode ser tardio, alto, sem musculosidade. A avaliação visual visando a seleção de acordo com a composição da carcaça deve ser utilizada.
  •  Descarte de novilhas
Mesmo sendo a menor parte da receita de um sistema de cria (até 5%), Carvalheiro diz que a reposição de novilhas é importante para a longevidade da produção, mantendo sua eficiência reprodutiva e econômica.
Partindo para outro tópico de sua apresentação, Roberto lança a questão: “o que é uma vaca eficiente?” e apresenta uma resposta de pesquisadores dizendo que a eficiência de uma matriz é dependente do desempenho de sua cria (peso e composição de carcaça), custo de mantença e fertilidade.
Desta forma, os autores montaram um estudo comparando vacas de diferentes raças taurinas em diferentes condições de consumo de matéria seca (MS) para avaliar e comparar suas eficiências. De maneira geral, vacas de maior porte (frame) tiveram melhor eficiência em situação com maior disponibilidade de MS. A forma contrária também verdadeira: vacas de menor porte tiveram melhor eficiência em sistemas com menor consumo de MS.
A eficiência foi medida em produção de bezerro (grama de peso a desmama produzido por bezerro), dependendo da ingestão de MS (kg) por vaca e número de vacas expostas no sistema.
Complementando o estudo, Carvalheiro estimou a eficiência da vaca Nelore para compará-la com as raças do estudo. Portanto, utilizando dados de uma vaca de 430kg de peso vivo, peso do bezerro a desmama de 190kg com taxa de prenhez de 80%, o consumo estimado seria de 3.100kg/MS/ano (2% peso vivo) com eficiência de 49g, ou seja, mais eficiente em sistemas de baixo consumo de MS do que as raças do estudo original.
Assim, o consultor conclui que o potencial da vaca Nelore é enorme devido ao tamanho do patrimônio nacional, e por isso a responsablidade técnica é de muita importância neste ponto. Além do mais, a vaca brasileira tem este potencial com sua nutrição baseada em pastagens brasileiras, de menor qualidade comparada à dieta fornecida às raças taurinas do estudo.
Pensando em melhoramento genético para vacas de alta eficiência, Carvalheiro cita um índice criado chamado Retorno Maternal (RMat), para ser utilizado em seleção de touros produtores de fêmeas mais eficientes. O principais fatores de seleção para estes touros são o desempenho da progênie (produtividade, conformação, musculosidade), precocidade sexual, longevidade (permanência produtiva: quantos produtos até 4,5 nos de idade) e custo de mantença (peso maduro das fêmeas).
Utilizando-se dados para demonstrar a utilização do índice, observa-se que a fêmea com melhor índice RMat (kg/ano) é a fêmea precoce (1o parto antes dos 30 meses de idade), com permanência produtiva (dois bezerros até 4 anos de idade) e com crias de desempenho superior.
Comparando fêmeas precoces e não precoces, o índice indica que mesmo parindo antes dos 30 meses de idade, a vaca pode ter um índice menor do que vacas não precoces, caso a primeira não tenha longevidade, ou seja, não parir duas vezes até os quatro anos de idade. No mesmo raciocínio entre vacas precoces e não precoces, caso ambas tenham longevidade (duas crias até os 04 anos de idade), o desenpenho da progênie determinará o índice, favorecendo a matriz com progênie de desempenho superior.
Avaliando os touros e classificando-os, percebe-se que as matrizes de melhor RMat são a progênie dos touros melhor avaliados. E comparando o RMat médio das fêmeas avaliadas e classificadas em relação aos touros, a diferença chega em 1@/matriz/ano. As matrizes  filhas dos melhores touros tiveram RMat médio de 75 kg/ano, e as vacas filhas dos touros pior avaliados tiveram RMat médio de 43,9 kg/ano.
Finalizando, Carvalheiro diz que há diversas características para se preocupar em melhoramento e que há diversos índices de seleção utilizados no país. Hoje são consideradas mais carcterísticas, o melhoramento está evoluindo comparado com anos atrás, quando somente o peso dos animais era considerado. Desta forma, a atenção sobre quais características selecionar torna-se mais importante devido a suas interações.
Os marcadores moleculares irão contribuir ainda mais no melhoramento genético, tornando mais preciso o processo de prdição de resultados de cada característica. As biotécnicas reprodutivas (IATF, FIV) já estão e irão contribuir ainda mais para o melhoramento genético, principalmente para a reposição de fêmeas Nelore, já que a produção de cruzamento vem aumentando. Para o futuro, ele enfatiza que a atividade de cria deverá se tecnificar e se especializar cada vez mais, para produzir assim um bezerro com diferencial de mercado que viabilize economicamente o sistema de produção.
Roberto Cavalheiro, Zootecnista formado na Univ. Federal de Lavras, mestre e doutor em genética e melhoramento animal pela UNESP, com pós-doutorado na University of New England, Austrália. Atua desde 2004 como consultor em melhoramento genético animal na empresa GenSys.

domingo, 20 de dezembro de 2015

EUA: pressão contra carne brasileira perde força


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O lobby do setor pecuarista dos Estados Unidos contra a abertura de seu mercado à carne bovina in natura do Brasil está perdendo força no Congresso daquele país, segundo uma fonte que acompanha o assunto. O orçamento americano, previsto para ser votado hoje, deve ser aprovado sem a inclusão das emendas que tinham potencial para atrasar a efetiva abertura do mercado de carne bovina dos EUA por alguns anos. Com isso, o horizonte para os frigoríficos brasileiros fica mais claro e reforça a expectativa de que seus primeiros embarques de carne bovina in natura para os EUA possam ocorrer já no primeiro semestre de 2016. Na semana passada, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (Abiec) previu que os embarques poderão começar no segundo semestre e render pouco mais de US$ 100 milhões em 2016. Embora tenha sido anunciada pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) durante a visita da presidente Dilma ao país, em junho, a efetiva abertura do mercado vem se arrastando desde então pela pressão de parlamentares ligados ao setor pecuário, mesmo com a declarada posição do Executivo americano, que defende a abertura ao Brasil. Para se contrapor ao lobby pecuarista, integrantes da embaixada brasileira em Washington fizeram 14 reuniões com membros do USDA e de comissões do Congresso, além de terem enviado mais de 70 cartas a alguns parlamentares americanos. Entre julho e agosto, as comissões de dotação orçamentária da Câmara e do Senado chegaram a incluir emendas aos projetos que tratam dos gastos do USDA no ano fiscal de 2016, requerendo medidas adicionais para verificar a possibilidade de a importação do produto brasileiro levar febre aftosa aos EUA. Se essas medidas fossem aprovadas, a abertura do mercado americano voltaria à estaca zero. Por fim, no texto final do orçamento que tende a ser aprovado hoje consta uma emenda bem mais branda, prevendo auditorias e avaliações por parte do Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (Aphis, na sigla inglês) em países que tiveram o status sanitário aprovado por esse mesmo órgão. Com informações do Valor.

Arroba: fim de ano lento no mercado

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A proximidade dos feriados de final de ano tem colaborado com a lentidão do mercado. Praticamente todas as indústrias estão com as programações de abate prontas para a próxima semana, restando apenas a última semana do ano para ser preenchida. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Neste momento, há dificuldade de preencher as programações da última semana do ano em função da resistência dos pecuaristas em embarcar e abater a boiada nesta época. Mas, de maneira geral, isso não foi suficiente para gerar pressão de alta, já que o consumo não sinalizou melhora significativa este mês, tornando os estoques atuais suficientes para atender a demanda. Nos próximos dias a expectativa é de que as negociações ocorram de maneira lenta, com pouca possibilidade de alterações significativa nas cotações. Em curto prazo é esperada melhora das vendas de carne. Com informações da Scot Consultoria.

Baixa na arroba segura reposição

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Na média das categorias de machos anelorados, os preços ficaram estáveis nos últimos sete dias. A queda nas cotações do boi gordo em algumas praças vem colaborando para a resistência a novas altas na reposição. Além disso, a proximidade com o final do ano vem acarretando diminuição das negociações. Entretanto, a oferta curta mantém o mercado pressionado e não há espaço para recuos significativos nas cotações. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Dentre os estados pesquisados pela Scot Consultoria, destaque para o Rio Grande do Sul, com valorizações semanais de 0,6% para o boi magro (12@) e de 0,7% para o garrote (9,5@). A baixa oferta dessas categorias e a melhora da demanda (em resposta ao preço firme do boi) vêm influenciando o mercado de reposição no estado. Além disso, as chuvas têm colaborado para a boa situação das pastagens. No cenário geral, a expectativa para o curto prazo é de que não ocorram grandes movimentos de preços, com um mercado mais lento na reta final de 2015. Com informações da Scot Consultoria.

Pecuaristas lucrarão menos nos EUA

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As margens de lucro dos produtores norte-americanos de carne bovina sofrerão uma redução em 2016, devido à alta do dólar, ao enfraquecimento da demanda em países emergentes e à concorrência doméstica com as carnes mais baratas, como suína e de frango, disse nesta quinta­-feira a agência Moody's. Apesar do aumento da oferta no mercado interno ante os níveis de 2010, os preços da carne bovina continuam comparativamente mais altos do que os de aves e suínos, tornando estas últimas opções mais viáveis para os consumidores norte­americanos, disse o vice-­presidente e analista sênior de crédito da Moody's Brian Weddington, em relatório divulgado a investidores. "Os preços da carne bovina nos EUA têm aumentado de maneira contínua desde 2010, com a seca restringindo a oferta de gado. Ao mesmo tempo, os preços baixos do frango e a queda nos preços da carne suína afastaram as pessoas do gado, pressionando ainda mais os preços no varejo", disse. A Moody's prevê que os "os volumes vendidos comecem a melhorar no fim de 2016", com o abate de gado mais gordo por causa da queda no preço das rações, mas não o suficiente para reduzir todas as perdas, disse a Moody's em relatório. O aumento dos volumes deve ajudar as grandes produtoras, como a Tyson Foods e a JBS USA, subsidiária da JBS, continuarem lucrativas, mas as margens continuarão mais baixas devido a outras condições desafiadoras no primeiro semestre do ano que vem. Já no mercado externo, as exportações de carne bovina dos Estados Unidos perderam competitividade por causa do dólar forte, o que acirrou a concorrência com exportadores como Austrália, México e Canadá na disputa por mercados importantes como a China, segundo o relatório. Com informações da Reuters.

Insumos para reprodução: mercado lento

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Na comparação com mês passado, houve diminuição nas vendas de insumos para reprodução animal. O maior volume de vendas já aconteceu nos últimos meses. Atualmente ocorrem compras de pecuaristas que atrasaram a estação de monta devido à irregularidade das chuvas em algumas regiões. Os mercados do boi gordo e também de reposição têm trabalhado em patamar valorizado ao longo do ano, apesar da recente pressão de baixa para o boi gordo, o que estimula o produtor a investir em reprodução. Por sua vez, a proximidade dos feriados de final de ano é um fator negativo para a comercialização, pois há um típico recuo nas vendas. As expectativas são de estabilidade para o próximo mês. Com informações da Scot Consultoria.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Como ficará o mercado do boi em 2016?

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Os preços do gado no Brasil para 2016 devem ficar próximos dos R$ 150,15/@ estimaram os analistas do Rabobank em seu relatório divulgado nesta quinta­-feira (10). Apesar de uma recuperação da oferta, não é esperado que as cotações sejam colocadas sob pressão, podendo ultrapassar os níveis nominais recordes no próximo ano. A instituição espera que a produção brasileira de carne bovina em 2016 aumente em cerca de 4%, já que os elevados preços dos bezerros estão incentivando os produtores a reter vacas em seu rebanho, em vez de enviá­los para o matadouro. A falta de bovinos acabados tem sido o principal motor no mercado de carne bovina brasileira durante 2015. De acordo com preliminar dados do Ministério da Agricultura do Brasil, o abate de bovinos durante os primeiros nove meses de 2015 foi de 8% abaixo do mesmo período em 2014. Com a baixa disponibilidade de gado acabado, o preço médio de bovinos vivos flutuou em torno de R$ 148,15/@ em novembro 2015, o que representa uma queda de 6% em relação ao novembro 2014, considerando a inflação. A baixa do preço é resultado do consumo interno fraco, refletindo o abrandamento geral da economia e um ambiente de recessão econômica. No entanto, o Rabobank estima que um aumento na demanda externa aliada a baixa oferta de animais deve continuar sustentando os preços no próximo ano. Demanda A China continua a desempenhar um papel fundamental no mercado global de carne bovina. As importações oficiais de carne bovina da China atingiram 363.000 toneladas no primeiro dez meses de 2015, um aumento de 41% em comparação com o mesmo período do ano. A Austrália continua a ser o maior fornecedor de carne bovina ao mercado chinês, porém o aumento dos preços torna a carne bovina australiana menos competitiva, e a China está buscando fontes mais baratas, sendo o Brasil um importante player neste mercado. Com isso, o Rabobank estima que o Brasil deverá aumentar as exportações em cerca de 6% em 2016, após recuar perto de 10% em 2015. Espera­se também, que o Brasil ganhe acesso ao mercado norte­americano em 2016, o que não só fornece as exportações, mas será também suporte de entrada para outros mercados. Recentemente o Brasil recuperou o acesso ao mercado chinês, e à Arábia Saudita. Com informações do Notícias Agrícolas.

Arroba: pressão é de baixa

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A queda nos preços em algumas regiões evidencia a pressão de baixa no mercado do boi gordo. Houve queda nos preços da arroba do macho terminado em nove das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria. No sul de Goiás as chuvas estão mais frequentes, e já se vê animais terminados em pasto. Os estoques de carne estão abastecidos. Com isso, há menor necessidade de compra por parte dos frigoríficos. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Gradualmente, algumas indústrias vêm ofertando preços abaixo da referência, fato que é minimizado pelos preços mais altos ofertados pelos frigoríficos de menor porte. As carcaças de bovinos castrados e inteiros tiveram aumento de preços, cotadas em R$9,51/kg e R$9,43/kg, respectivamente. Com informações da Scot Consultoria.

Reposição cara freia o mercado

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Mercado de reposição sem significativas alterações nos últimos sete dias. Os preços ficaram praticamente estáveis, com ajuste positivo de 0,1% nas cotações, considerando a média das categorias de machos anelorados. A proximidade do final do ano vem causando redução das negociações e gera as especulações acerca do comportamento dos preços na entrada de 2016. Além disso, a queda das cotações em algumas praças no mercado do boi gordo e o alto nível de preços da reposição gera resistência por parte dos compradores. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Em São Paulo, o boi magro (12,0@), garrote (9,5@) e o bezerro desmamado (6,0@) estão cotados em R$1.980,00, R$1.730 e R$1.360,00 por cabeça, respectivamente. Tais preços são 14,5%, 18,2% e 20,4% maiores, quando comparados aos do igual período do ano passo, na mesma ordem. Na média de dezembro, até o dia 10, foram necessárias 9,06 arrobas de boi gordo para a compra de um bezerro desmamado em São Paulo, alta de 16,0% em um ano. Essa é a pior relação de troca da série, que começa em 1996. Em curto prazo, a expectativa é de preços ao menos sustentados para a reposição. Com informações da Scot Consultoria.

MAPA diz que está em dia com exigências dos EUA

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A secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo, afirmou que os entraves burocráticos relativos aos embarques de carne in natura para os Estados Unidos devem ser resolvidos nos próximos meses. "Estamos na última fase, de finalizar certificados", disse após participar do seminário internacional "Projeto OEA: Compliance", organizado pela Aliança Procomex e promovido pela Receita Federal. Segundo ela, os embarques ainda não foram autorizados por uma questão orçamentária dos EUA. "Quando o Congresso norte­americano aprova o Orçamento, eles votam rubricas específicas. Havia o temor de que os recursos para a finalização desse processo de abertura (para a carne brasileira) não fossem alocados, mas eu não acredito que isso será um impedimento, até porque o governo americano não acredita disso", explicou. Tatiana afirmou que, na negociação com os EUA, os problemas maiores já foram superados. "Estamos fazendo de tudo para liberar os embarques. Se dependesse só da gente, já teria finalizado." A secretária lembrou que este ano o Ministério da Agricultura conseguiu liberar todos os mercados que estavam fechados para a carne brasileira, após episódio de vaca louca em 2012. "Fizemos uma força­tarefa, fomos atrás e reabrimos todos os mercados, concluindo agora o último, o Japão, que é um dos mais exigentes", afirma. Com informações do Canal Rural.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Japão reabre mercado à carne processada do Brasil

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O Japão reabriu nesta sexta­-feira (4) o mercado à carne bovina processada do Brasil, embargada desde 2012 depois da detecção de um caso atípico do chamado mal da vaca louca no Paraná. A secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Lipovetskaia Palermo, informou hoje em Tóquio sobre a decisão e comemorou pelo "simbólico" incentivo às exportações brasileiras. A presidente Dilma Rousseff trataria da retomada da venda de carne bovina ao Japão em sua visita no início deste mês, porém a viagem foi cancelada. O Brasil espera recuperar o volume de embarques de carne ao Japão ­ o último país do mundo a suspender o embargo ­ que tinha em 2012, cerca de US$ 18 milhões, antes da detecção de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), o chamado mal da vaca louca, no Paraná. No entanto, o volume é pequeno em relação à quantidade total de carne bovina comprada pelo Japão no exterior ­ US$ 2 bilhões por ano. Mas o Brasil pretende expandir sua participação a partir da decisão de hoje. Além de concluir a reabertura do mercado para a carne processada, a visita da secretária de Relações Internacionais do Mapa ao Japão teve como objetivo avançar nas negociações para que o governo do país libere também as importações de carne fresca do Brasil. "Esperamos concluir essas negociação em breve", explicou Tatiana, que destacou a importância de completar esse passo para que a carne brasileira tenha acesso a um importante mercado como o japonês, que já importa US$ 2,5 bilhões anuais em outros produtos. Outro ponto importante da visita foram as reuniões para preparar o encontro que será realizado nos dias 24 e 25 de fevereiro em Palmas, no Tocantins, nos quais investidores japoneses discutirão projetos concretos para o desenvolvimento de infraestruturas na região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A região formada pelos quatro estados se transformou em um importante foco de produção agrícola no país, graças ao clima favorável e aos 35 milhões de hectares de terras cultiváveis. Os investimentos japoneses serviriam para resolver problemas de irrigação na região e melhorar a estrutura de escoamento da safra pelas próprias regiões Norte e Nordeste, evitando que parte da produção precise ser transportada até os portos de Santos e Paranaguá. Empresas japonesas já investem em importantes projetos no Matopiba, como, por exemplo, no porto de Itaqui, perto de São Luís, no Maranhão. As importações de carne bovina pelo Japão diminuíram em quantidade, mas aumentaram em valor em relação ao ano passado. A importação de carne bovina até outubro de 2015 foi de 412.365 toneladas, 7% a menos do que em 2014, mas o valor total de importação foi de 283 bilhões de ienes, 13% a mais que no ano anterior. A diminuição da importação ocorreu principalmente pela queda no envio do produto pelos EUA. Outros exportadores de carne bovina para o Japão são Nova Zelândia, México, e Canadá. Em 2014, o fluxo comercial entre Brasil e Japão alcançou US$ 12,6 bilhões, com superávit de US$ 800 milhões para o Brasil. O Japão é o sexto parceiro comercial, quinto destino das exportações brasileiras e ocupa o quinto lugar como origem de investimentos estrangeiros diretos no Brasil. Estados Unidos Em junho, os Estados Unidos liberaram a importação de carne in natura de 14 estados do Brasil, encerrando uma restrição praticada há 15 anos. Em julho, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, garantiu ao ministro da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, Yoshimasa Hayashi, que o Brasil tinha "todas as condições" para vender carne bovina para aquele mercado. "Não temos nenhuma dificuldade em adaptar nossas regras sanitárias ao Japão. Estamos prontos para cumprir e temos todas as condições para exportar. O Japão é especialista em praticamente tudo e nós brasileiros somos especialistas na produção de alimentos. Essa compreensão por parte do mundo é importante para nós, como é também para o Japão", declarou na ocasião a ministra. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), o Brasil fechou 2014 com faturamento acima de US$ 7 bilhões no comércio de carne ­ mais de 1,5 milhão de toneladas. Os principais compradores de carne brasileira são Hong Kong, Rússia, União Europeia, Venezuela e Egito. Com informações do Globo.com

Arroba: mercado perdeu a firmeza?

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As programações de abate continuam confortáveis na maioria das praças pesquisadas pela Scot Consultoria, diminuindo o ritmo de compra das indústrias. Junto a isso, as chuvas colaboram para maior saída dos animais de confinamento, o que tende a pressionar o mercado. Das trinta e uma praças pesquisadas, houve queda no preço do boi gordo em cinco. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php As carcaças de bovinos castrados e inteiros estão cotadas em R$9,40/kg e R$9,36/kg, respectivamente. Por outro lado, no Rio Grande do Sul, a baixa oferta vem colaborando para a firmeza do mercado. Nos últimos sete dias o boi gordo subiu 2% no estado. Não estão descartadas desvalorizações da arroba, no entanto, as quedas estão limitadas pela condição de baixa oferta. Com informações da Scot Consultoria.

Exportações em recuperação?

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Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou 99,82 mil toneladas métricas de carne bovina in natura em novembro. Esse volume representa uma queda mensal de 8,1%, mas uma alta de 10,3% em relação ao mesmo período de 2014. Este foi o segundo mês de 2015 em que exportamos mais carne na comparação como o mesmo período do ano passado. Para o faturamento, de US$436,3 milhões, houve queda de 3,1% na comparação mensal e de 1,2% na anual. No acumulado do ano (janeiro a novembro), ainda temos quedas significativas para o faturamento e volume. Para a receita, a redução é de 19,9% e para o volume exportado, de 12,9%. Com informações da Scot Consultoria.

Arroba: há pressão de baixa, mas não sobra boi

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Alguns frigoríficos estiveram fora das compras desde o início desta semana. Com programações de abates confortáveis, parte das indústrias aguarda para adquirir os animais ou reduziram a pressão de compra. Alguns compradores, em função dos contratos a termo e parcerias, estão com as escalas praticamente completas este ano, com poucos dias para serem preenchidos. Nos estados confinadores, com as chuvas, a saída de animais do cocho aumentou. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Tudo isso vem pressionando o mercado para baixo. Por outro lado, não há sobra de oferta e em algumas regiões, principalmente onde o confinamento não é expressivo, não existe espaço para quedas de preços. A demanda esperada para o início do mês ainda não mostrou sinais de melhora, mas nos próximos dias é esperado que o mercado esteja mais movimentado. Com informações da Scot Consultoria.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Qual a tendência da arroba para 2016?

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O atual ciclo de alta na pecuária deve permanecer forte no próximo ano, segundo analistas e pesquisadores da cadeia produtiva da carne. O tema foi debatido no Encontro de Analistas da Scot Consultoria, realizado na manhã de 27 de novembro, em São Paulo, SP. De acordo com Alcides Torres, o Scot, da Scot Consultoria, mesmo com atual cenário econômico desfavorável, a atividade ainda terá margens confortáveis no próximo ano. “Não devemos ter grandes alterações e o preço do boi deve se manter acima da inflação. O consumo interno recuou, mas o fechamento de frigoríficos ociosos ajustou a relação oferta e demanda, trazendo maior eficiência à pecuária”, destaca. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Outro fator que deve contribuir para esse cenário, segundo Torres, é a mudança do perfil do consumidor, que passou a absorver mais cortes dianteiros. “Em um levantamento feito por nós pudemos comprovar que os clientes passaram a comprar cortes mais baratos, mais isso não derrubou a lucratividade de casas de carnes nobres e restaurantes. Pelo contrário, trouxe maior equilíbrio de mercado”. Baixa oferta ­ Em termos de oferta de bois, o ano de 2016 deve começar com preços pressionados, principalmente em relação à instabilidade econômica do país. “A oferta ainda deve ser pequena no próximo ano, pressionando os preços na briga contra a inflação”, destaca Hyberville Neto, da Scot Consultoria. Para Alex Torres, também da Scot, os impostos acumulados para o primeiro bimestre do ano deve reduzir o poder de compra do consumidor, refletindo na estabilidade do boi gordo. “Nos meses de janeiro e fevereiro a população está menos capitalizada e o consumo deve recuar ainda mais e pode derrubar o preço da arroba”. Os analistas preveem que o ciclo de alta se encerre em 2017, quando o mercado já terá oferta equilibrada de bezerros. “Isso não quer dizer que o pecuarista terá grandes perdas, pois os investimentos feitos recentemente devem garantir uma boa estabilidade econômica”, destaca Alcides Torres. Por outro lado, Sérgio De Zen, pesquisador do Cepea, afirma que ainda não é possível traçar essa estimativa e que o período de queda pode acontecer antes que o esperado. “Como os preços estavam aumentando em 2014, alguns pecuaristas podem ter retido suas matrizes na estação de monta do ano passado, o que pode gerar uma grande oferta de bezerros já em meados de 2016”, especula. Com informações do portal DBO.

Exportações à China devem crescer muito, diz Abiec

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As exportações brasileiras de carne bovina deverão ter um impulso em 2016 com fortes embarques para a China, ajudando a recuperar os percalços sentidos pelo setor em 2015, projetou nesta sexta­feira o presidente da entidade que representa as empresas exportadoras. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) estima que as exportações para a China deverão somar 200 mil toneladas no próximo ano, o equivalente a 1 bilhão de dólares, disse o presidente da entidade, Antônio Camardelli, nesta sexta­feira. No acumulado dos primeiros dez meses de 2015, as exportações totais de carne bovina do Brasil somaram 4,8 bilhões de dólares e 1,1 milhão toneladas, queda de 18 por cento no faturamento e 11 por cento no volume. O mau desempenho no ano é atribuído principalmente a dificuldades em mercados tradicionais como Rússia e Venezuela, abalados pelos baixos preços do petróleo, além de redução nos embarques para Hong Kong. O mercado chinês de carne bovina foi reaberto ao Brasil este ano e, segundo Camardelli, as exportações já ocorrem efetivamente há cinco meses. Em outubro, o país asiático já foi o segundo principal destino dos embarques de carne bovina do Brasil. "A abertura do mercado da China foi uma dádiva para nós", disse o executivo em um encontro de analistas organizado pela Scot Consultoria. Camardelli evitou fazer projeções para o resultado total das exportações em 2015 e em 2016. Para dezembro e janeiro, pontualmente, a Abiec estima que os embarques de carne bovina para o país asiático deverão desacelerar devido à redução de compras antes do Ano Novo chinês, comemorado no início de fevereiro. O Brasil já tem oito unidades de abate exportando efetivamente para a China. Há cerca de dez dias, três novas plantas foram autorizadas a embarcar. "Após a última visita deles (chineses), temos perspectiva de mais três. Seriam 14 no total. E mais uma série de empresas listadas (na espera), que estão dentro de um processo de negociação comercial", afirmou. A Abiec estuda, inclusive, abrir na China seu primeiro escritório fora do Brasil, revelou o executivo, sem falar em um prazo. A expectativa é que a representação possa ajudar empresas brasileiras e diplomatas a negociar novos acordos. "É um país que compra tudo que é parte do boi, inclusive partes que os outros não compram. É necessária uma proximidade e uma presença mais institucional, para ajudar a embaixada, do adido agrícola, porque é um mercado que se consolida como um dos maiores." Investidores chineses estão buscando também oportunidades para comprar participações minoritárias em frigoríficos de pequeno e médio porte no Brasil, o que comprovaria o interesse da China em garantir fluxo de carne bovina, disse Camardelli. "A gente foi procurado (por investidores chineses) e mostrou o portfólio de indústrias", afirmou o executivo, dizendo não ter detalhes adicionais sobre negociações em andamento, uma vez que ela não ocorrem com participação da Abiec. Com informações da Reuters.

Vendas aos árabes podem ter forte alta

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Acompanhamento mensal das exportações brasileiras para os 22 países da Liga Árabe feito pela Câmara de Comércio Árabe­Brasileira mostra que entre janeiro e outubro deste ano os árabes compraram mais do Brasil em relação ao ano passado. Os embarques, porém, apresentam a essa altura do ano uma tendência de desaceleração com a proximidade do inverno no hemisfério norte e do limite dos estoques, intensamente recompostos nos últimos meses. De acordo com levantamento feito com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas em volume cresceram 13,57% no período, num total de 37,8 milhões de toneladas. Já as receitas somaram US$ 10,1 bilhões, recuo de 8,62% na mesma comparação, resultado que ainda reflete a queda média de 40% no preço das commodities desde o início do ano, produtos que compõe 70% da pauta brasileiras de exportações. “Apesar da diminuição no ritmo dos embarques, o aumento no volume mostra que ainda existe uma demanda a ser atendida, que precisa ser administrada com a baixa dos preços”, diz o diretor­geral da entidade, Michel Alaby. O Bahrein é um exemplo desta necessidade. Apesar de pequeno em território e população, é o terceiro maior comprador de produtos brasileiros em volume (5,1 milhões de toneladas) no mundo árabe. O país ampliou os embarques em 72,34% no período, mas as receitas recuaram 7,22%, para US$ 289,60 milhões. Há casos, no entanto, em que as vendas continuam recuperando­se. O Iraque foi o país onde as vendas brasileiras mais avançaram. Em volume, subiram 586% (total de 518,3 mil toneladas). Em receitas, 72% (US$ 273,4 milhões). De acordo com Alaby, o resultado deve­se ao aumento nas vendas de frango, que têm retornado aos poucos à normalidade com a celebração em maio de um acordo sanitário entre o Brasil e o país árabe. A Arábia Saudita foi o que mais comprou do Brasil. Em valores, as vendas cresceram 8,54% (total de US$ 2,2 bilhões) e os embarques, 11,35% (4,3 milhões de toneladas), expansão também creditada ao frango. O resultado, porém, ainda não sofre influência do fim do embargo à carne bovina brasileira anunciado em novembro, o que abriu um mercado potencial de 50 mil toneladas ao ano para o produto nacional, equivalente a US$ 170 milhões. Alaby lembra que as vendas novas de carne bovina para o golfo arábico podem chegar a US$ 230 milhões anuais quando Bahrein, Catar e Kuwait retirarem seus respectivos embargos, o que é esperado para os próximos meses. O açúcar brasileiro continua motivando a expansão dos embarques em volume para o Sudão (alta de 531,31% no período), Somália (22,15%) e Palestina (92,15%). O Catar também ampliou suas compras de açúcar brasileiro (39,83%), mas tem fornecido ao Brasil quantidades cada vez maiores de gás natural, usado na fabricação de fertilizantes. Por causa disso, as importações do Catar tiveram aumento de 56% em valores no período (US$ 771,43 milhões). Outro componente usado em fertilizantes, o fosfato, vendido ao Brasil por Marrocos, Argélia e Tunísia, não teve redução significativa em volumes, mas o produto está mais barato. Essa queda foi responsável pela redução das importações em valores do Marrocos (­ 42,94%) e da Argélia (­38,39%). A importação de combustíveis dos árabes recuou 40,72% em receita, mantendo­se estável em volume (8,68 milhões de toneladas) pela queda do preço do produto no mercado internacional. As quedas em valores nas compras de fosfato e petróleo contribuíram ambas para reduzir as perdas causadas pela baixa das commodities. Com informações da assessoria de imprensa.

Frigoríficos reduzem compras com escalas maiores

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Diminuiu a pressão de compra das indústrias na última sexta­-feira (27/11) As escalas de abate de algumas indústrias estão se alongando, o que dá possibilidade de os frigoríficos realizarem as compras aos poucos. Com o consumo lento dos últimos dias, aumentou o volume de carne no mercado, fazendo com que houvesse recuo nos preços da carne com osso. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Este cenário vem influenciando nas cotações da arroba do boi gordo. As compras de animais a preços menores são realizadas em menor volume e há dificuldade de compra nessas condições. A oferta não está abundante em boa parte das regiões e há resistência do pecuarista as queda de preços. Em algumas praças o mercado está pressionado para cima. A expectativa é de que a oferta reduzida limite as reduções de preços em curto prazo. Com informações da Scot Consultoria.

domingo, 22 de novembro de 2015

Passo a passo para produção de silagem

Engenheiro agrônomo ensina a escolher sementes de milho e sorgo, preparar o solo, fazer picagem e compactação do volumoso

 

No Brasil, a oferta sazonal de pasto faz com que o produtor precise se preparar para alimentar o rebanho na época da seca. Rica em energia, a silagem entra como complemento à dieta animal baseada também em proteína. O milho e o sorgo, além do capim, são as principais fontes de matéria verde quando o verão se encerra. Explorando o processo que vai da escolha da semente à compactação desses dois grãos, o engenheiro agrônomo da Embrapa Milho e Sorgo, Diego Oliveira Carvalho, ensina como obter um volumoso de qualidade para nutrir o gado.

Preparo do solo – Quanto ao plantio e preparo do solo, a produção de silagem não difere em nada da de grãos. “Boa fertilidade reflete em produtividade e o mais recomendado é realizar o plantio direto”, afirma Carvalho. Uma análise do solo indica se é necessária a aplicação de gesso ou calcário. A correção da área também pode ser feita em paralelo para facilitar o trânsito das colheitadeiras. Com adubação e correção do solo em dia, é hora de escolher as sementes.

Sementes – Pensando em oferecer maior grau de digestibilidade para o animal, as empresas produtoras de sementes destinam à produção de silagem os grãos com textura mais macia. Gerente da Embrapa Produtos e Mercados, Reginaldo Resende, pontua que a avaliação de cultivares de milho e de sorgo apropriadas para a produção de silagem teve início na safra passada. Hoje, as cultivares de milho distribuídas pela Embrapa são as variedades BRS 4103 e BRS Caimbé, os híbridos BRS 3040, BRS 2022 e HTMV1. Já de sorgo foram disponibilizados a variedade BRS Ponta Negra e o híbrido BRS 655 – este último foi destaque por sua alta qualidade, com produção de 17.404 quilos de leite por hectare e 944 quilos de leite por tonelada de matéria seca ingerida.

Milho ou sorgo? – De acordo com Diego Carvalho, a boa silagem de sorgo apresenta valor nutricional equivalente ao do milho, com um desempenho que não varia em mais de 10%. A principal diferença entre as duas culturas se dá quanto à uniformidade de amadurecimento dos grãos e resistência à seca.

“O milho tem a vantagem de amadurecer de uma só vez, sendo fácil atestar o momento certo para a colheita”, explica o engenheiro agrônomo. Uma dica prática para não errar no ponto é espremer o grão entre os dedos e ver se ele está com textura de leitoso para farináceo, começando a endurecer. Carvalho também diz para o produtor ficar atento à linha do leite quando quebrar a espiga ao meio. “O ponto de colheita é entre o estágio farináceo e de ¾ dessa linha, quando o teor de matéria seca é de 30% a 35%.”

Os grãos de sorgo, por sua vez, não amadurecem ao mesmo tempo na panícula. O processo acontece da ponta para a base. “A textura e a umidade dos grãos que ficam ao meio dela acompanham o princípio do ponto de colheita do milho, entre leitoso e farináceo. A diferença é que quando você observar essa característica no sorgo deve esperar ainda de dois a três dias para iniciar a colheita, dando tempo para os grãos amadurecerem de um lado a outro”, afirma Carvalho. Na dúvida, ele diz para iniciar a colheira antes porque grãos duros demais prejudicam o processo de compactação. Quanto à resistência à seca o sorgo apresenta vantagens. “Por ter um sistema radicular mais abrangente e profundo, a planta tem maior capacidade de hidratação, e sua camada cerosa no colmo diminui a perda de água por evapotranspiração.”

Picagem – Em relação ao tamanho das partículas, o especialista recomenda que tenham entre 0,5 e um centímetro. Além de ajudar com a compactação, isso aumenta o aproveitamento dos nutrientes pelo gado. “Hoje, com os sistemas corn-cracker, você aumenta a probabilidade de o grão ser digerido pelo animal porque, dependendo do tamanho da partícula, ele passa direto pelo trato digestivo.” Conferir a distância entre a faca e contra-faca das picadoras é outro cuidado que deve ser tomado pelo menos duas vezes ao dia durante o processo. A recomendação é de que ela não passe de cinco milímetros para garantir o tamanho mínimo das partículas.

Compactação – Talvez a parte mais importante do processo de produção da silagem, a compactação é a etapa em que se confirma a qualidade do alimento que será destinado ao gado. Seu objetivo é eliminar todo o oxigênio entremeado no volumoso para aumentar a eficiência da fermentação que produz o ácido lático responsável por conservar a matéria orgânica. “O milho e o sorgo, naturalmente, apresentam bactérias que dão conta desse processo, mas não raro os produtores colocam na mistura aditivos que são nada mais do que concentrados desses microorganismos.”

Segundo Diego, o baixo custo dos aditivos faz com que essa prática se perpetue, embora já tenha se provado dispensável. A compactação recomendada tanto para o milho quanto para o sorgo é de 600 kg/m³.
A escolha pela ensilagem em trincheiras também facilita o procedimento, uma vez que as paredes feitas de alvenaria ajudam a impedir a entrada do ar. Nesse casos, sucessivas camadas de 20 centímetros de volumoso podem ser compactadas pelo vaivém de tratores.

A ensilagem superficial é mais econômica e para sua cobertura o mais indicado é usar lonas plásticas que tenham uma face branca e outra preta. Embora grossas e resistentes, elas devem ser cobertas ainda por uma camada de terra de 10 a 15 centímetros para evitar a formação de bolsões de ar. Pedras podem ser colocadas nas bordaduras para segurar melhor a lona e uma cerca é sempre bem-vinda para evitar a aproximação de animais.

Conservação  Feito tudo dentro dos parâmetros indicados, o silo ganha vida longa, podendo alimentar o rebanho por anos consecutivos. O sinal de que tudo correu bem é sentido na temperatura do volumoso. “Colocando a mão na silagem o produtor deve reparar que a mistura não é nem fria nem quente, acompanhando a temperatura ao redor.”
Segundo o Carvalho, na última safra, a Embrapa observou na região de Minas Gerais variadas faixas de produtividade da silagem de milho. Enquanto algumas fazendas produziram 16 toneladas por hectare, com custo médio de R$ 140 a tonelada, outras alcançaram a marca de 45 toneladas por hectare, a R$ 40. “Tudo depende de como se faz a gestão da propriedade. O produtor precisa colocar os custos na ponta do lápis, comprar os insumos na entressafra, ter uma boa lavoura e baratear a produção investindo no manejo adequado”, diz Diego Carvalho.

Fonte: Portal DBO

 

Seguro rural terá novas diretrizes no triênio 2016 a 2018

Anúncio foi feito nesta quinta-feira (19/11) pelo secretário de Política Agrícola do Mapa

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciará, nos próximos dias, as novas diretrizes do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), a serem implementadas no triênio 2016 a 2018. Serão atualizados os percentuais e limites da subvenção ao seguro rural e as estimativas orçamentárias para a concessão do benefício. A expectativa para o orçamento de 2016 é que sejam disponibilizados R$ 400 milhões para o prêmio de seguro rural.

Neste ano, a execução do orçamento alcançou R$ 577,4 milhões, segundo o secretário de Política Agrícola do Mapa, André Nassar. Desse total, o programa subvencionou operações contratadas em 2014 no valor de R$ 295 milhões. "A nossa promessa este ano foi honrar o compromisso de 2014”, disse Nassar, sublinhando que os recursos usados para essa operação foram os do orçamento deste ano.
O secretário falou sobre o assunto ao participar, nesta quinta-feira (19/11), de reunião com representantes das seguradoras, resseguradoras, corretoras, federações de agricultura e entidades de classe, em Brasília.

Subvenção A subvenção de R$ 295 milhões referente ao ano passado cobriu 62 mil apólices de seguro, em 5 milhões de hectares de lavouras, principalmente de trigo, soja, milho, maçã e uva. O restante do orçamento, no valor de R$ 282 milhões, foi para as operações feitas em 2015, totalizando 40,5 mil apólices em 2 milhões de hectares.
Na última sexta-feira (13/11), o governo federal anunciou a antecipação do pagamento da primeira parcela de R$ 20 milhões de apólices de seguro rural com vencimento em janeiro de 2016. O montante representa 15% das apólices contratadas para culturas de inverno, principalmente trigo e milho safrinha.
“Pagaremos neste ano o máximo que pudermos para não usar o prazo de 180 dias estabelecido para a quitação com as seguradoras”, assinalou o secretário de Política Agrícola.

 

As dificuldades da pecuária em 2015

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Para que um produtor permaneça estimulado em sua atividade é preciso que seu negócio seja rentável e pague as contas dos serviços prestados em sua propriedade. Ou seja, é preciso que os custos de produção sejam pelo menos compatíveis com a venda do seu produto. O aumento do consumo da carne bovina junto ao aumento da produção e o aumento da renda dos brasileiros mantêm a atividade competitiva e em crescimento contínuo. A informação foi divulgada na tarde desta quarta­feira (18/11) durante o Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro, evento realizado pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. O evento teve como objetivo divulgar um panorama dos resultados obtidos nos levantamentos dos custos de produção feitos ao longo do ano em seis cadeias produtivas: cana­de­açúcar, café, fruticultura, grãos, aquicultura, bovinocultura de corte e de leite. O projeto Campo Futuro, que ocorre desde 2010, é uma parceria entre a CNA, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Instituto Pecege e Universidade Federal de Viçosa (UFV). O projeto tem o objetivo de aliar a capacitação do produtor rural à geração de informação para a administração de riscos de preços, de custos e de produção na propriedade rural. Thiago Bernardino Carvalho (foto acima), pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ/USP), foi o último palestrante do evento. Ele divulgou os resultados dos levantamentos de custos da pecuária de corte realizado em 19 municípios entre os estados do Acre, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins na safra 2014/2015. Segundo Carvalho, a cadeia está em constante crescimento e em razão dos preços elevados da arroba do boi e do bezerro nesta safra, a maioria das propriedades não teve prejuízo em sua atividade e conseguiu pagar os desembolsos, depreciações e o pró­labore. “No entanto, nenhuma propriedade é capaz de arcar com os custos de capital investido”, frisou. Para o pesquisador, o levantamento do Campo Futuro nessas regiões mostrou que o alto custo da terra no Brasil tem ajudado os produtores a se manterem competitivos. No entanto, a atividade ainda conta com alguns desafios pela frente: aumentar mais a produtividade, baratear a mão de obra ­ um dos principais custos dos produtores ­ e investir mais na suplementação mineral. Finalizando as atividades do dia, o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, destacou a participação dos produtores rurais, especialmente aqueles que subsidiaram os técnicos para a geração de informações. “Este ano, mais de 1400 produtores participaram dos painéis do Campo Futuro em 14 estados. Além de quatro eventos do “Dia de Mercado”, com a participação de 500 produtores. Foi um sucesso”, comentou. Conchon frisou que, em 2016, tem novas expectativas positivas para o projeto. “Teremos novos sonhos, ideias e vamos buscá­los. O que é bom vai melhorar e o que não está bom, vamos capacitar! “, finalizou. Com informações da CNA.

Arroba: frigoríficos tentam derrubar o boi

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Mercado com sentimento misto no fechamento de ontem. Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve alta em cinco e queda em seis para o boi gordo. Para os estados com recuo de preços, destaque para São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde a referência caiu em todas as regiões pesquisadas. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Há menor necessidade de compra de boiadas nestes estados, sobretudo para as empresas de médio e grande porte. As ofertas de compra ocorrem em valores menores que os verificados nos últimos dias. No mercado atacadista de carne bovina com osso, os preços fecharam em alta. Os estoques estão ajustados. Além disso, as exportações vêm colaborando com o escoamento e com o resultado dos frigoríficos. Crescem as expectativas quanto ao desempenho da economia nesta reta final de ano e como isto impactará o mercado da carne bovina. Por enquanto, observamos inflação acima da meta, atingindo um acumulado anual de dois dígitos pela primeira vez desde 2003, e taxas de desemprego crescentes. Com informações da Scot Consultoria.

domingo, 15 de novembro de 2015

Arroba registra novas valorizações

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Mercado do boi gordo com valorizações em quatro praças. Houve altas em duas regiões mineiras, Belo Horizonte e no sul do estado. As outras altas foram no Maranhão e Norte do Tocantins. Apesar de algumas escalas de abate em São Paulo estarem confortáveis, as tentativas de pagar valores menores pela arroba têm sido sutis. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Também ocorrem programações de abate menores, com cerca de quatro dias, o que colabora com a manutenção das cotações. De maneira geral, o cenário é de oferta limitada de boiadas. No mercado atacadista de carne com osso não houve alterações. Oferta está ajustada à demanda lenta. Com informações da Scot Consultori

Kátia diz que demanda árabe chega a bilhões

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A ministra da Agricultura, Katia Abreu, encerrou ontem visita de cinco dias à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos convencida de que abriu as portas para a captação de "alguns bilhões" de petrodólares para o agronegócio brasileiro. "Estou com raiva de não ter vindo antes. Aqui só se fala em segurança alimentar", afirmou a ministra. Segundo ela, os empresários árabes mostraram grande interesse sobretudo nos segmentos de grãos, carne bovina e frutas. "Eles querem fornecimento estável e seguro de alimentos, através de compra direta ou de parcerias com empresas brasileiras". Conforme Katia Abreu, o Abu Dhabi Investment Authority (Adia), maior fundo soberano do Oriente Médio, com cerca de US$ 800 bilhões, é um dos investidores que enviarão missão ao Brasil para avaliar negócios na agricultura. Outras três tradings da Arábia Saudita (Almunajen, Arasco e Salic) e duas dos Emirados Árabes Unidos (Al Dahara e Al Ghurair) deverão seguir o mesmo caminho. O Ministério da Agricultura vai mobilizar o setor privado para os contatos. Autoridades da Arábia Saudita disseram à ministra, por exemplo, que já desistiram de produzir 3 milhões de toneladas de trigo por ano no país para evitar consumo de água, e querem assegurar sua segurança alimentar com acordos no exterior. Mesmo que o Brasil não possa atender a essa demanda por trigo, já que é um dos maiores importadores do cereal do mundo, haverá oportunidades em outras frentes. Segundo Kátia Abreu, os empresários árabes querem depender menos das grandes tradings e fazer negócios diretamente com produtores brasileiros. "O Brasil é parceiro preferencial, porque eles acham que a Austrália é muito quente para a produção [de certos produtos agrícolas] e os EUA muito caros", disse. Ela relatou que a reação foi muito boa quando foi apresentado o potencial de produção e exportação do Matopiba (confluência entre os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). E destacou oportunidades de investimentos em infraestrutura, principalmente para estimular o escoamento pelo Norte do Brasil. De acordo com a ministra, os árabes demonstraram grande interesse sobre a estratégia do governo brasileiro para estimular a logística no Norte, mas não perguntaram nada sobre política ou Petrobras. O presidente do banco de investimento Emirates Capital, Erik Essinger, que há alguns anos anunciou a intenção de investir na agropecuária brasileira, disse ontem que desistiu já na primeira tentativa de estabelecer uma parceria com uma companhia brasileira para criar gado. "O idioma foi um problema, e o Brasil fica muito longe". Essinger disse estar investindo no setor na Rússia. Katia Abreu agora visita a Índia e depois segue para a China. Na bagagem, leva a abaia, um dos trajes típicos em países muçulmanos, que usou em algumas visitas. Com informações do Valor.

Estabilidade no mercado de reposição

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O mercado de reposição está andando de lado. Considerando as categorias de machos anelorados, os preços ficaram praticamente inalterados nos últimos sete dias. Na maioria dos estados pesquisados pela Scot Consultoria, as chuvas dos últimos dias devem colaborar para a melhora das pastagens, mas ainda não foi o suficiente para dar ânimo ao pecuarista. Junto a isso, a oferta curta, justifica a firmeza dos preços. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php A campanha de vacinação contra febre aftosa, que ocorre na maioria dos estados brasileiros, vem colaborando para a redução do ritmo dos negócios. Em São Paulo, o boi magro (12@), garrote (9,5@) e bezerro desmamado (6,0@) estão cotados em R$2.000,00, R$1.730,00 e R$1.320,00 por cabeça, respectivamente. Nos últimos doze meses as valorizações foram de 19,0%, 20,1% e 17,9%, na mesma ordem. Com informações da Scot Consultoria.

PIB do agro deve bater novo recorde em 2016

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Em seu primeiro prognóstico para o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do país em 2016, divulgado ontem, o Ministério da Agricultura projetou um montante de R$ 488,1 bilhões, um novo recorde. Se confirmado, o montante será 0,2% superior aos R$ 487,3 bilhões previstos para este ano, também recorde. Baseado em 21 das mais importantes lavouras do país, o VBP da agricultura deverá totalizar R$ 310,3 bilhões no ano que vem, 0,47% menos que os R$ 311,8 bilhões projetados para 2015. Já o VBP da pecuária, que inclui os cinco principais produtos do segmento, foi estimado pelo departamento de gestão estratégica do ministério em R$ 177,74 bilhões, alta de 1,28% sobre os R$ 175,48 bilhões esperados para este ano. De acordo com o cenário traçado, a soja continuará a capitanear o VBP e seu avanço. A projeção é de uma expressiva alta de 12% no valor da produção da oleaginosa, para R$ 114,27 bilhões. Para 2015, o montante foi ajustado para R$ 102,22 bilhões. Na segunda posição da lista, o segmento de bovinos tende a amargar uma queda no VBP em 2016, depois do crescimento significativo deste ano. A estimativa é que o valor bruto da produção do segmento diminua dos R$ 74,51 bilhões, indicados para 2015 para R$ 72,58 bilhões em 2016 ­ ainda assim, acima dos R$ 69,28 bilhões de 2014. As novas projeções do ministério também confirmam o cenário em que o valor da produção de frango ultrapassa o da cana­de­açúcar, tendência que veio se desenhando este ano. A perspectiva é que o VBP de frango alcance R$ 53,46 bilhões em 2016, ante os R$ 44,18 bilhões da cana. Para 2015, a expectativa é que esses números fiquem ainda muito próximos, mas já com alguma vantagem para o frango ­ com R$ 47,58 bilhões, ante R$ 46,82 bilhões da cana­de­açúcar. Já o VBP do milho deverá cair 5,2% ante os R$ 40,53 bilhões esperados para este ano, para R$ 38,41 bilhões. Com isso, o cereal se aproxima dos níveis de 2014, quando encerrou o ano contabilizando R$ 38,64 bilhões. O valor da produção do leite também tende a descer um degrau a mais em 2016. De acordo com as novas estimativas do ministério, o VBP do setor deve totalizar R$ 26,98 bilhões, um recuo na comparação com os R$ 27,82 bilhões previstos para este ano e os R$ 30,10 bilhões de 2014. Os números mostram, ainda, que VBP da agricultura permanecerá concentrado no Centro­Oeste em 2015 (R$ 90,09 bilhões), enquanto o da pecuária será liderado pelo Sul (R$ 56,68 bilhões). Com informações do Valor.

domingo, 8 de novembro de 2015

Exportações batem as 100 mil t pela primeira vez

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As exportações brasileiras de carne bovina in natura seguem em ritmo de recuperação. O volume embarcado em outubro subiu pelo segundo mês consecutivo, atingindo 108,6 mil toneladas, a maior quantidade deste ano – a última vez que as vendas mensais superaram 100 mil toneladas foi em dezembro/14. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Pesquisadores do Cepea indicam que o bom desempenho dos embarques reduz a oferta de carne no mercado brasileiro e sustenta o movimento de alta dos preços. A média da carcaça casada de boi no atacado da Grande São Paulo, em outubro, foi de R$ 9,70/kg, o segundo maior valor real deste ano (corrigidos pelo IGP­DI de setembro), abaixo apenas do de abril, de R$ 9,90/kg. Com informações do CEPEA.

Exportações de boi em pé serão taxadas

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A Companhia Docas do Pará (CDP) pretende tornar permanente a cobrança de R$ 5,00 por tonelada de boi vivo embarcado no porto de Vila do Conde, no município paraense de Barcarena. A ideia é que o dinheiro seja destinado à formação de um fundo emergencial, que poderia ser utilizado apenas no caso de acidente envolvendo os animais, como o ocorrido no mês passado com 5 mil bois que pertenciam à Minerva Foods, terceira maior exportadora de carne bovina do Brasil e maior exportadora de gado vivo. Segundo o presidente da CDP, Parsifal Pontes, o dinheiro será recolhido junto aos exportadores de bois vivos assim que as operações com animais forem retomadas. Por ora, no entanto, a cobrança será em caráter temporário. "A ideia inicial é que as empresas contribuam até que os trabalhos de remoção da embarcação e dos animais seja finalizado", disse ele. Pontes, ex­deputado estadual e secretário do Pará pelo PMDB, afirmou que a remoção total deve ser finalizada até fevereiro. "Mas queremos tornar essa taxa permanente para contingenciamentos", acrescentou Pontes. Para torná­la permanente, a medida precisa ser aprovada pela Secretaria de Portos e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Em nota publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU), os exportadores de bois vivos passam a ser obrigados a pagar a tarifa como compensação pelo dano ocorrido com a embarcação libanesa, que afundou em Vila do Conde e provocou estragos ambientais e sociais aos munícipes de Barcarena. Desde o incidente, o berço 302, que realizava os embarques de animais vivos, está interditado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) do Pará. Outro berço, o de número 1, no mesmo píer, no entanto, está operando. "Assim que a Sema permitir, voltamos a embarcar os animais", disse o presidente da CDP. Conforme a CDP, a Minerva Foods, que detém 80% dos embarques de bois vivos em Vila do Conde, tem contratados mais 100 mil cabeças até o fim deste ano. Considerando que em média cada boi é exportado com 18 arrobas (270 quilos), a taxa cobrada pela exportação seria de cerca de R$ 135 mil. Além da Minerva Foods, que obtém em torno de 8,5% de sua receita líquida com as exportações de boi vivo, outras duas empresas fazem embarques de bois vivos pelo porto, a AgroExport e a Global. Vila do Conde é a maior porta de saída de bois vivos do país. Com informações do Valor.

Carne bovina volta a subir

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Foi retomada a firmeza dos preços da carne nesta semana. Nos últimos sete dias os cortes valorizaram 0,5%, segundo levantamento da Scot Consultoria, fato que foi possível devido à melhora na movimentação das vendas com o início do mês. A reposição de estoque do varejo ocorreu mais tarde desta vez, já que comumente ocorreria na última semana de outubro. O consumo continua regular, o que limita as altas de preços. Por outro lado, o recente aumento da ociosidade dos frigoríficos faz com que o volume de carne disponível no mercado esteja no mesmo ritmo da atual situação de consumo. Em relação a novembro do ano passado, a carne bovina teve valorização de 17,1% no atacado. As exportações melhoraram em outubro e colaboraram com o escoamento da produção e com a firmeza dos preços. Foram embarcadas diariamente 5,17 mil toneladas de carne bovina in natura, incremento de 13,1% frente ao volume exportado diariamente em setembro e de 4,9% em relação aos embarques diários de outubro de 2014. Em curto prazo é esperado que o movimento de alta perca força, no entanto, quedas de preços estão limitadas devido à oferta reduzida e às altas da arroba do boi gordo. Com informações da Scot Consultoria.

Frigoríficos já pagam mais pela arroba do boi

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Apesar de ter havido aumento na oferta de animais confinados ao longo da semana, sob influência das chuvas, que forçam as vendas, o mercado do boi gordo está firme. Em São Paulo as programações de abate dos frigoríficos estão heterogêneas, devido à presença de animais negociados a termo nas escalas de algumas indústrias. Há casos de redução dos abates, na tentativa de limitar os estoques. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php De toda forma, as escalas menores forçam a ocorrência de valores acima da referência, atualmente em R$147,50/@ e R$148,50/@, à vista, respectivamente, nas regiões de Barretos e Araçatuba. No mercado atacadista de carne com osso houve alta para o preço do boi casado, tanto de animais castrados, como de inteiros. A alta foi puxada pela valorização do dianteiro, devido aos abates em ritmo menor e à melhoria da demanda. Com informações da Scot Consultoria.

domingo, 1 de novembro de 2015

Nutrição para gado de corte em confinamento

Clima, densidade populacional, manejo, estresse e doença interferem nas necessidades nutritivas dos bovinos


A alimentação é fundamental na definição  da rentabilidade dessa criação

O produtor rural precisa dar uma atenção especial à alimentação do gado, já que esta assume um papel importante. A produção de carne depende diretamente da qualidade e da quantidade do alimento oferecido ao bovino, bem como da eficiência de utilização do alimento.
São inúmeros os fatores que interferem nas necessidades nutritivas dos animais: clima, densidade populacional, manejo, estresse, doença, entre outros. Além disso, as exigências dos animais são alteradas de acordo com o aumento de peso vivo. Sendo assim, tanto a taxa quanto a eficiência de ganho de peso tendem a variar nas diferentes fases de crescimento e acabamento do animal.
Durante a formulação da quantidade de ração a ser oferecida, o primeiro passo a ser tomado pelo pecuarista é obter os valores de exigências nutricionais para cada situação específica, através de tabelas. Porém, na maioria das vezes, não é preciso preocupar-se com todos os nutrientes conhecidos.
O que o produtor precisa saber é que a produção animal está diretamente ligada ao consumo de matéria seca digestível, proteína, NDT e outros. Então, a ração balanceada é aquela que apresenta  esses elementos em proporções adequadas para atender às necessidades orgânicas do animal.
Por meio do balanceamento da ração, dertemina-se a relação entre volumoso e concentrado essencial para cada ganho de peso e para cada tipo de animal. Ou seja, as maiores taxas de ganho de peso requerem maior concentração energética, o que implica ingerir alimentos mais energéticos, ricos em carboidratos não estruturais, como é o caso do grão de milho.
Por fim, é de extrema importância que os animais sejam adaptados, gradativamente, à dieta de confinamento, principalmente aqueles que foram mantidos exclusivamente em pastagens. Pois, a falta do período de adaptação à dieta é responsável pelos distúrbios gastrintestinais, como, por exemplo, acidose e timpanismo, nos confinamentos.

Aprenda como fazer o manejo de bovinos para engorda em confinamento

O tratador deve sempre estar atento para realizar ajustes das quantidades de ração fornecidas para cada lote


A observação da aparência e do comportamento dos animais deve ser uma rotina

O manejo no confinamento deve ser feito sempre de forma calma, evitando acidentes e que os animais se estressem. Vacinações, pesagens, embarque, desembarque e transporte também devem ser realizados de maneira cuidadosa, evitando edemas e machucados que possam prejudicar a qualidade da carne, especialmente as de cortes nobres.
Sendo assim, a observação da aparência e do comportamento dos animais deve ser uma rotina. Qualquer mudança nesses dois fatores poderá ser um indicativo de algum problema. Os animais doentes deverão ser separados do lote para tratamento e poderão retornar somente após total recuperação.
Na maioria das vezes, animais doentes têm dificuldade em se alimentar, e por isso não conseguem garantir espaço no cocho e na competição com os outros animais do lote. Assim, tendem a ficar cada vez mais magros, e a desnutrição acaba deteriorando ainda mais sua condição de saúde.
No início do confinamento, entre 7 e 14 dias, os animais não estão habituados ao alto consumo de alimentos, característico do confinamento. Cabe ao pecuarista fornecer ração ao bovino de forma completa, misturada de maneira homogênea. Dessa forma, ele evita o consumo seletivo pelos animais, já que é normal consumirem primeiro alimentos concentrados e mais palatáveis.
Para que não haja excesso ou falta de alimento, o tratador deve sempre realizar ajustes nas quantidades de ração fornecidas para cada lote. Esse sistema, conhecido como manejo de arraçoamento, permite que os animais tenham sempre ração fresca e cochos limpos, evitando, assim, a diminuição do consumo por causa de fermentação dos alimentos.
Após apartar e vender todos os bois em bom estado de terminação, pode ser que  sobrem animais do lote que ainda não chegaram ao peso de venda. É aí que entra o manejo de reagrupamento de lotes, porém a união de dois lotes deverá ocorrer somente com o gado de meio e de fundo. Além disso, animais de cabeceira nunca devem ser remanejados e juntados com animais de outro lote, pois a disputa pela dominância causa estresse e redução do consumo de ração, resultando em perda de peso.

Mercado lento, mas arroba pode subir

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Mercado sem muitas alterações. Estabilidade na grande maioria das praças pecuárias pesquisadas. Em três regiões os preços subiram e em outra três, caíram. Em São Paulo, a referência está em R$148,50/@, à vista. As ofertas de compra em R$148,00/@ e R$149,00/@, na condição de pagamento citada, ganharam força ao longo da semana. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Caso esta tendência permaneça, com maior frequência de ofertas no limite superior, é provável que novos reajustes ocorram para o boi gordo em curto prazo. No mercado atacadista de carne bovina com osso, sem alterações de preços, com o boi casado de bovinos castrados cotado em R$9,50/kg. Nos últimos sete dias, o preço da carcaça no atacado caiu 1,3%. Ainda há expectativa quanto à melhora das vendas do início do mês, no entanto, não estão esperadas mudanças significativas de preços. A demanda enfraquecida vem regulando as altas dos preços da arroba, mesmo em momento de oferta restrita Com informações da Scot Consultoria.

Boi em alta no Mato Grosso do Sul

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A oferta restrita de animais para abate em Mato Grosso do Sul está elevando os preços do boi gordo, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul). Na semana, compreendida entre 19 e 23 de outubro, o boi gordo registrou média de R$ 136 a arroba, 7% a mais que no mesmo período do ano passado, quando valia R$ 128,19. Para a gestora do Departamento Econômico do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, não há projeção de redução nos valores da arroba do boi gordo a curto prazo. – Além da diminuição na disponibilidade de animais terminados, há uma tendência de aumento na demanda no mercado interno, com a proximidade das festas de final de ano e com a expectativa de recebimento do 13º salário – ressalta. Acompanhe as cotações do mercado do boi gordo e da reposição em:www.pecuaria.com.br/cotacoes.php No mercado internacional, o resultado é positivo, segundo análise da gestora da Famasul e sinaliza uma recuperação nas negociações da carne bovina sul­mato­grossense depois de um período de decréscimo. Em setembro deste ano, as vendas internacionais do setor somaram 8,9 mil toneladas, com alta de 18% em relação ao mês anterior, quando os embarques atingiram 7,57 mil toneladas. A receita das exportações do mês de setembro alcançaram US$ 40,4 milhões de dólares. – O principal fundamento para este incremento nas vendas de setembro em comparação a agosto é o câmbio registrado no período, que tornou a nossa carne mais competitiva no mercado internacional, considerando o real desvalorizado – destaca Adriana. Para a gestora da Famasul, apesar do incremento, o patamar atual está muito abaixo dos números praticados no ano anterior. – Em relação ao ano anterior, quando Mato Grosso do Sul exportou 10,6 mil toneladas de carne bovina, a queda é de 15,4%. Um dos fatores que ocasionou essa redução é crise econômica também vivida por nossos principais compradores, como a Rússia por exemplo, que por ser dependente das vendas de petróleo ­ cujo valor do barril apresentou queda de mais de 40% no acumulado dos últimos 12 meses ­ passaram a reduzir as compras de carne bovina – diz. De acordo com as informações do boletim Casa Rural, em setembro deste ano o principal importador da carne bovina sul­mato­grossense foi o Egito, com 1,8 mil toneladas, respondendo por 20,3% das vendas do Estado. Em segundo lugar no ranking de compradores ficou a Rússia, com 1,7 mil toneladas e, em seguida, com 1,6 mil toneladas ficou a Venezuela. Com informações da Famasul.