domingo, 31 de maio de 2015
Frigoríficos reduzem compras, arroba pressionada
Queda em quatro praças, das trinta e uma pesquisadas pela Scot Consultoria.
Em São Paulo, as ofertas de compras variam entre R$146,00/@ e R$148,00/@ para o boi gordo, à vista.
As programações dos frigoríficos paulistas atendem, em média, quatro dias.
A dificuldade no escoamento de carne gerou diminuição na necessidade de compra de boiadas
terminadas, por parte das indústrias.
Acompanhe as cotações do boi e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
O Equivalente Scot Carcaça, que calcula a receita dos frigoríficos com a venda de couro, sebo, miúdos,
derivados, subprodutos e carne com osso está cotado em R$166,36/@.
No mercado atacadista de carne com osso, os preços permaneceram estáveis. As carcaças de animais
inteiros e castrados estão cotadas em R$8,50/kg e R$8,80/kg, respectivamente. Com informações da Scot
Consultoria.
IBGE: só o agro cresceu em 2015
O Produto Interno Bruto (PIB) de toda a economia brasileira apresentou queda de 0,2% na comparação
do primeiro trimestre de 2015 contra o quarto trimestre de 2014, na série com ajuste sazonal. O setor de
agropecuária cresceu 4,7%, a indústria recuou 0,3% e os serviços caíram 0,7%.
No acumulado dos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2015, o PIB registrou queda de
0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Em valores correntes, o PIB no primeiro
trimestre de 2015 alcançou R$ 1,408 trilhão, sendo R$ 1,199 trilhão no Valor Adicionado (VA) a preços
básicos e R$ 209,0 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
A agropecuária foi o único setor sob a ótica da produção com alta no primeiro trimestre deste ano na
comparação com os últimos três meses de 2014, sob influência de uma safra relevante da soja, informou
há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
– A soja teve uma safra relevante no primeiro trimestre deste ano, com ganho de produtividade e uma boa
expectativa para este ano – afirma a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2015 foi de 19,7% do PIB, abaixo do observado no mesmo
período do ano anterior (20,3%). A taxa de poupança foi de 16,0% no primeiro trimestre de 2015 (ante
17,0% no mesmo período de 2014).
Comparação com o 1º tri de 2014
Se comparar o PIB do primeiro trimestre de 2015 com igual período de 2014, houve queda de 1,6%. Neste
período, a agropecuária cresceu 4,0% em relação a igual período do ano anterior, principalmente pelo
desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no 1º trimestre.Segundo o Levantamento
Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), esse é o caso da soja (10,6%), do arroz (0,7%), da
mandioca (5,1%) e do fumo (1,7%).
Por outro lado, o milho, cuja safra também é significativa no primeiro trimestre, apresentou variação
negativa (3,1%). Com informações do IBGE.
domingo, 24 de maio de 2015
Leilão da Nelore Aymoré
Mencius com o filho,
João Pedro, e o presidente da Faive, Marcelo Queiroz
O Leilão da Nelore Aymoré caminha para sua sétima edição e será realizado
na 39ª Faive no dia 25 de agosto de 2015. O criador Mencius Mendes Abrahão disponibilizará
80 touros reprodutores Nelore PO Padrão e Mocho para remate e ainda
comercializará sêmen dos Touros de Central da Nelore Aymoré, destaques do
Programa de Avaliação Genética Embrapa Geneplus, e bezerros comerciais machos e
fêmeas, frutos desses touros com o objetivo de demonstrar aos criadores a produção
dos animais.
Segundo o pecuarista, os animais são resultado de um sério programa de
seleção conduzido pela Nelore Aymoré denominado Programa de Genética Avançada
Nelore Aymoré (PGANA), no qual se encaixam nos critérios de peso, desmama,
habilidade materna e precocidade exigidos em cada animal nascido no criatório.
Em relação ao gado de pista, que está perdendo espaço entre os criadores
de Nelore PO no cenário nacional, Mencius conta que o gado de avaliação
apresenta uma qualificação mais fiel dos animais. “O gado de pista é avaliado visualmente,
é tratado em cocheiras, recebendo uma nutrição exagerada para os padrões de
rusticidade do gado. Já o avaliado geneticamente no campo são estimadas suas
qualidades individuais e de produção através dos testes de sua progênie. O
animal avaliado no campo dá mais certo na propriedade do criador devido ao
ambiente ser semelhante àquele em que o animal foi criado e recriado”, explica.
Ele ainda relata que e a tendência entre os pecuaristas tem aumentado na
aceitação desse critério. Pois hoje, o que o criador e o mercado procuram são
animais produtivos que transmitam para sua descendência características
econômicas que retornem seu investimento o mais rápido possível, como
precocidade sexual e de acabamento, bem como fertilidade e qualidade de
carcaça, que podem ser aprimoradas na seleção genética.
Em vista do sucesso do ano passado, Mencius revela uma grande expectativa
também para essa edição. “Em 2014 tivemos uma forte procura pelos nossos
reprodutores e esse ano esperamos resultados semelhantes, pois o mercado está
fortalecido com a recuperação de preço dos bezerros comerciais, principalmente
os de genética superior. Será um grande fortalecimento para o mercado pecuário”,
espera.
Mencius iniciou seu trabalho de seleção no ano de 1999 e já são 16 anos
focados na produtividade de gado. Na Faive, já são sete anos colaborando com o
mercado pecuário. “A Faive é uma grande confraternização, onde visa
oportunidade de negócio, troca de experiências no meio pecuário, e ainda uma
maneira da população ter conhecimento do que está sendo produzido na região”,
diz.
O presidente da Faive, Marcelo Queiroz, também aposta no sucesso do
evento e no trabalho do criador. “Acredito que esses leilões só têm a
acrescentar e fomentar o objetivo principal da feira, além de gerar grande
movimentação econômica e proporcionar maior visibilidade da Faive no segmento
pecuário”, conclui.
Como vai ficar a arroba com a reabertura chinesa?
A reabertura da venda de carne bovina para o mercado chinês deve beneficiar os pecuaristas. A notícia
de que o Brasil deverá ter 26 plantas frigoríficas habilitadas a exportar para a China até junho deste ano,
de acordo com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é
comemorada pelos produtores, principalmente em um momento em que os preços seguem firmes devido
a redução da oferta de animais para abate.
De acordo com o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Olmir Cividini,
a medida é importante para os pecuaristas de Mato Grosso. “Cada mercado que se conquista é a
possibilidade de e conseguir o crescimento da atividade econômica da pecuária de corte.” Segundo ele,
este aumento externo de demanda não impactara a oferta ao mercado interno, em função da
intensificação de tecnologia no campo, da integração lavourapecuária e da eficiência no confinamento
de gado.
A China havia restringido a compra de carnes do Brasil desde 2012. Do total de plantas habilitadas, nove
frigoríficos (oito de bovinos e um de aves) tiveram a habilitação oficializada nesta terçafeira (19), mas o
governo chinês se comprometeu em liberar as 17 plantas restantes em junho, durante visita oficial da
ministra ao país oriental. Dos estabelecimentos habilitados para exportação de carne bovina, um está no
Mato Grosso, cinco em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um em Goiás. O de carne de aves está no
Paraná. Com informações da assessoria de imprensa da Acrimat.
Impasse no mercado da arroba do boi
Mercado do boi gordo com pressão de baixa.
Em São Paulo, os preços permanecem estáveis para o boi e vaca gordos, cotados em R$148,00/@ e
R$138,50/@, à vista, respectivamente. As escalas de abate atendem, em média, quatro dias.
A qualidade das pastagens ainda proporciona um cenário de retenção do boi gordo por parte do produtor,
frente aos valores menores ofertados.
Acompanhe as cotações do boi e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
Por outro lado, as vendas de carne no atacado continuam fracas, o que não permite que as indústrias
frigoríficas repassem os preços do boi gordo para a carne.
O Equivalente Scot Carcaça, que calcula a receita do frigorífico com a venda de couro, sebo, miúdos,
subprodutos, derivados e carne com osso está cotado em R$166,48/@, queda de 1,6%, comparado com o
início da semana.
No mercado atacadista de carne com osso, houve queda no preço do boi casado. As carcaças de animais
inteiros e castrados estão cotadas em R$8,50/kg e R$8,80/kg, respectivamente. Com informações da Scot
Consultoria.
domingo, 17 de maio de 2015
Inverno com “boi na sombra”
Suporte forrageiro no período seco do ano garante
alimentação de qualidade e permanência dos animais no pasto. Opções vão
desde o tradicional consórcio entre a aveia e o azevém ao uso da
cana-de-açúcar e o cultivo da brachiaria ruziziensis, uma gramínea que
se adaptou bem aos solos arenosos e que além de proporcionar o
pastoreio direto do gado também contribui para manter um bom volume de
palha sobre o solo para o plantio direto
Todo
criador gosta de ver a vacada sempre bem nutrida, se alimentando no
pasto, que é a fonte mais barata de fornecimento de comida aos bovinos
na propriedade. Tanto no leite quanto no corte, é sempre mais
vantajoso, economicamente, manter os animais com um bom suporte
forrageiro, seja na forma de pastoreio direto ou no fornecimento ao
cocho. A alternativa garante alimentação de qualidade também no período
seco do ano. Entre as opções que o produtor tem à sua disposição está o
tradicional consórcio entre a aveia e o azevém; o uso da
cana-de-açúcar in-natura, ensilada ou hidrolisada e o cultivo da
brachiaria ruziziensis, uma gramínea que se adaptou bem ao solo arenoso
e que além de proporcionar o pastoreio direto do gado também contribui
para manter um bom volume de palha sobre o solo no plantio direto,
dentro do esquema de integração entre a pecuária e a agricultura.
Ciclicamente, o período seco e frio do ano no Brasil começa a partir
do mês de maio, se estendendo até meados de setembro. “Durante quatro
meses há uma parada do crescimento vegetativo das forragens perenes de
verão, ocasionada por um processo fisiológico”, lembra o veterinário
Hérico Alexandre Rossetto, da Gerência de Assistência Técnica da Coamo.
Ele assegura que o melhor caminho para os pecuaristas encararem as
dificuldades do inverno é através do planejamento. “Com uma boa
estratégia de nutrição, aliada ao manejo sanitário, o rebanho
certamente atravessará este período ganhando mais, em alguns casos bem
mais em produção”, orienta.
Fatores de decisão – Para montar um bom projeto
alimentar que garanta que não irá falta comida para os bovinos durante o
inverno, o criador deve saber qual será a demanda de consumo de
alimentos, levando em conta o plantel existente em sua propriedade. Os
fatores de decisão dependerão das possibilidades existentes na fazenda
para a produção de forragens específicas de inverno, além do clima e
das condições de solo de cada região. Algumas propriedades podem lançar
mão do uso de silagens de capins; milho; sorgo e cana-de-açúcar, que
também pode ser fornecida in-natura; de fenos produzidos a partir de
diversas forrageiras e pastagens específicas como a aveia preta e o
azevém.
A reportagem do Jornal Coamo percorreu diversas regiões da área de
ação da Coamo para acompanhar o uso efetivo das alternativas que
fornecem suporte forrageiro de qualidade para os animais. Na conversa
com cooperados de Roncador, no Centro-Oeste paranaense e de Caarapó, no
Sul do Mato Grosso do Sul, destaque para as vantagens da suplementação
de inverno a pasto, como o baixo custo da forragem de cana-de-açúcar e
a dupla jornada do consórcio aveia/azevém e da brachiária ruziziensis.
Frigoríficos tentam baixa e pecuarista não aceita
Mercado pressionado. Em São Paulo, embora existam ofertas de compra em patamares de R$ 2,00/@ a
R$ 3,00/@ abaixo da referência, não há negócios nestes valores.
Os compradores que ofertam esses preços acabam comprando nos estados vizinhos ou possuem alguma
alternativa que não seja a compra no mercado spot.
Esse é o cenário para praticamente todo CentroSul do país. Pressão de baixa, mas comedida.
No geral, embora a disponibilidade de gado tenha melhorado, não há um grande volume de boiadas.
Negócios acima da referência ocorrem.
Acompanhe as cotações da arroba do boi em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
Passado os recentes feriados e o período de pagamento de salários, o estímulo da demanda diminuiu e
isso reduziu os preços da carne bovina com osso.
Isso pressiona a margem das indústrias, principalmente as de menor porte, já que muitas vezes estas
negociam somente a carcaça.
O boi casado de animais castrados teve queda de 4,3% e está cotado em R$ 9,00/kg. Com informações
da Scot Consultoria.
Cortes de traseiro em alta
Nas três semanas anteriores, os feriados, coincidindo com o pagamento de salários, favoreceram os
"gastos" com alimentação e bebidas e, naturalmente, passado esse período, o ambiente para consumo
tende a piorar.
Com isso, nos últimos sete dias, o mercado de carne começou a se acomodar. Os negócios diminuíram,
mas ainda sem efeitos muito intensos sobre os preços dos cortes no atacado, que caíram 0,2%, em média.
Aliás, os cortes de traseiro, que até então vinham sendo escoados com maior dificuldade, seguiram em
alta, refletindo ainda o impulso que os eventos recentes conferiram às vendas, e o reajuste médio foi de
0,5%.
Isso mantém o alivio sobre as margens da indústria, que até abril vinham extremamente estreitas, com
relatos de unidades que trabalhavam com prejuízo operacional.
A inflação de abril, medida pelo IPCA, que ficou em 0,7%, demonstra um recuo significativo em relação ao
resultado de março, porém, segue historicamente alta.
Nos últimos dez anos, somente em 2011 o resultado do índice para o mês foi maior.
No mercado externo, depois de quatro meses de queda nos volumes embarcados, o resultado da primeira
semana de maio não demonstra recuperação. A redução no volume diário embarcado de carne bovina in
natura foi de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já os primeiros resultados das exportações de frango e suíno no mês vieram com crescimento. Estes
produtos têm sido mais competitivos.
Enquanto a tonelada da carne bovina é negociada no mercado internacional por US$4,2 mil, em média, o
mesmo volume da proteína suína fica em US$2,5 mil e de frango em US$1,6 mil. Com informações da
Scot Consultoria.
Angus terá selo de qualidade para raça
A carne Angus no Brasil terá sua origem rastreada a partir de agora. A procedência genética do animal só
poderá ser estampada nas embalagens após passar por um procedimento de controle conduzido pela
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e depois de fiscalizado pelo Ministério da
Agricultura. Para o consumidor, essa medida pode significar preço maior, o selo, porém, pretende
transmitir confiança de qualidade ao produto. Essa decisão passou a valer depois de uma circular do
ministério e da assinatura de um protocolo entre a Associação Brasileira de Angus (ABA) e a CNA.
As entidades envolvidas acreditam que o controle atenderá mercados mais exigentes, diferenciará
produtos por qualidade e preço nas prateleiras, dará mais qualidade à carne brasileira e trará segurança
e transparência na identificação de rótulos e alimentos. "Isso nos possibilita mais que ampliar exportação,
dá caráter de credibilidade no mercado", avaliou José Roberto Pires Weber, presidente da ABA.
A adesão ao Protocolo Angus, que dará certificação à carne do rebanho que seguir as especificações
determinadas, não exigirá pagamento de tarifas ou taxas. Na avaliação dele, isso contribuirá para que a
carne brasileira seja vendida no mercado internacional por um preço superior. "Nossa carne, em
qualidade, não fica devendo nada a nenhuma outra", afirmou.
José Martins da Silva, presidente da CNA, celebrou a assinatura do protocolo e afirmou que o rebanho
brasileiro vem melhorando, mas pode avançar mais. "Nossa carne deixa muito a desejar. Estamos
assinando esse protocolo de modo que possamos levar aos mercados mais exigentes uma carne de
qualidade", disse.
A partir de 1º de junho começa o cadastramento de produtores no programa. Com isso, o rebanho deve
ser colocado na Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), um sistema do Ministério da Agricultura, e terá
de cumprir exigências.
Décio Coutinho, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura afirmou que esse
processo de rotulagem estava conturbado e agora ficou claro. "Quem for colocar essa marca, tem de fazer
conforme determina o protocolo e a legislação. O consumidor poderá pegar na prateleira e terá a certeza
de que o produto é relativo a exatamente o que está no rótulo", explicou o secretário.
Novos mercados
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Décio Coutinho, afirmou nesta quintafeira
(14/5) que o Protocolo Angus e o módulo de rastreabilidade dentro da Plataforma de Gestão
Agropecuária (PGA) não garantem, sozinhos, novos mercados. Segundo ele, a negociação com os
Estados Unidos e outros mercados está baseada na garantia do Serviço de Defesa Agropecuária.
"Lógico que o protocolo, dentro do PGA, é mais um instrumento para que os mercados entendam e
tenham informações sobre os produtos brasileiros", ponderou Coutinho. "Ele sozinho não garante e traz
mais mercados, o que faz isso é produto de qualidade, com fiscalização sanitária adequada", observou.
Exportação para China
O protocolo sanitário com a China, permitindo a exportação de carne brasileira para o país asiático, deve
ser assinado na próxima semana, segundo afirmou também Décio Coutinho. Ele não deu mais detalhes,
mas disse que na viagem à Ásia, encerrada nessa quarta (13/5) foi fechada a documentação que será
assinada no Brasil. No próximo dia 18, o primeiroministro chinês, Li Keqiang, acompanhado de 150
empresários, desembarca no Brasil para fechar acordos com o governo brasileiro e com o setor privado.
"Estivemos na China preparando a visita do primeiroministro", disse Coutinho.
"Foi uma missão apenas para preparar a documentação que vai ser firmada na próxima semana", afirmou.
O governo brasileiro espera que durante a missão chinesa seja resolvida a liberação das exportações de
carne bovina do Brasil para o país. Durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, no ano passado, foi
encerrado o embargo à carne brasileira uma barreira que havia sido levantada em 2012. Para que o
17/05/2015 Impressão de matérias PECUÁRIA.COM.BR
http://www.pecuaria.com.br/printable.php?ver=17503 2/2
Brasil volte a exportar para a China, no entanto, é necessário um protocolo sanitário. Com informações do
Globo Rural.
domingo, 10 de maio de 2015
Alta nas exportações dá sustentação ao boi
As exportações brasileiras de carne bovina cresceram em abril pelo terceiro mês consecutivo,
contribuindo para manter os preços elevados no mercado interno. No total, foram embarcadas 83,4 mil
toneladas do produto in natura, 1,6% a mais que em março, mas 8,9% abaixo do volume registrado em
abril do ano passado, segundo dados da Secex.
Acompanhe as cotações da arroba do boi em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
No mercado doméstico, apesar das desvalorizações pontuais da carcaça casada bovina no fim de abril, o
produto acumulou alta de 5,5% no mês, no atacado da Grande São Paulo, com o quilo cotado a R$ 9,56
no dia 30, segundo dados do Cepea. Neste início de maio, os valores voltaram a subir, impulsionados
principalmente pela maior demanda, dados o período de recebimento de salários e a proximidade do Dia
das Mães. Com informações do CEPEA.
Melhora no atacado ainda não puxou a arroba
As vendas no mercado atacadista de carne com osso caminharam bem esta semana.
No entanto, a boa movimentação não foi suficiente para conferir mais firmeza aos preços no atacado, que
permaneceram estáveis, em R$9,40/kg, para a carcaça de bois castrados.
O cenário também não gerou pressão de alta para a arroba, que caiu em diversas regiões ao longo da
semana, já que houve melhora da oferta de bovinos terminados.
Acompanhe as cotações da arroba do boi em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
O recente aumento da oferta de animais, mesmo que moderado, deve pressionar os estoques. Por esse
motivo as indústrias estão mais cautelosas quanto à aquisição de boiadas, já que as escalas melhoraram
nos últimos dias. Há receio quanto à pressão de estoque posterior.
Assim, alguns frigoríficos vêm ofertando valores abaixo da referência, o que não quer dizer que um
volume considerável de negócios ocorra nesses patamares.
Em São Paulo, a referência para negociação da arroba do boi gordo está em R$148,50/@, à vista. Com
informações da Scot Consultoria.
JBS dá licença a 400 funcionários de unidade em SP
Cerca de 400 funcionários da JBSFriboi foram suspensos temporariamente em Barretos (SP), segundo o
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação. O afastamento segue o regime layoff, em
que os colaboradores deixam de trabalhar, mas não são demitidos, e continuam a receber o equivalente a
seus rendimentos enquanto participam de um programa de qualificação.
A medida foi tomada com base em um acordo, em homologação no Ministério do Trabalho e do Emprego,
e que foi assinado entre empresa e sindicato. A entidade solicitou a suspensão porque temia uma
demissão em massa depois do anúncio de fechamento de um dos setores da fábrica.
Procurada pelo G1, a JBSFriboi não comentou o assunto até a publicação desta matéria.
Segundo o presidente do sindicato, Luiz Carlos Anastácio, o layoff foi a melhor alternativa encontrada
diante da possível demissão de trabalhadores, esperada principalmente após a fábrica anunciar, segundo
ele, que fecharia as atividades do setor de desossa. A estimativa é de que até 400 funcionários sejam
inseridos no programa, a pedido da indústria de alimentos, informou o sindicato.
Baseado na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o acordo firmado há 15 dias, segundo Anastácio,
prevê que os funcionários recebam o segurodesemprego por cinco meses e que a diferença em relação
aos salários seja paga pela empresa. Nesse período, eles terão que frequentar aulas de um curso
profissionalizante a ser definido pela Friboi.
O frigorífico também aceitou pagar uma cestabásica mensal de R$ 130, disse Anastácio. Ao término do
prazo, a indústria ficará impedida de demitir os beneficiados por três meses.
Por outro lado, no período em que tiverem acesso ao benefício, os funcionários não terão direito ao
recolhimento de fundo de garantia e INSS. Em caso de eventual demissão após os oito meses, os
funcionários deixarão de ter direito ao segurodesemprego. "A vantagem é ficar com emprego garantido.
Se o sindicato não fizesse isso a empresa iria demitir trabalhadores", disse Anastácio.
Ministério do Trabalho
Apesar do acordo, uma grade curricular que descreva o curso a ser oferecido ainda precisa ser enviada
pela empresa, de acordo com o gerente regional do Trabalho em Barretos, Mário Henrique Scannavino.
"O requisito principal é o acordo coletivo com a empresa estabelecendo que os trabalhadores terão
contrato suspenso enquanto fazem qualificação profissional. Depois a empresa tem que providenciar uma
grade curricular para os trabalhadores e o curso tem que ser baseado na atividade profissional da
empresa", afirmou. Com informações do Globo.com
domingo, 3 de maio de 2015
CAR pode ser prorrogado por um ano
A decisão sobre a prorrogação do prazo final para inscrição de propriedades rurais no Sistema de
Cadastro Ambiental Rural (SICAR) foi delegou à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A
prorrogação deveria ser publicada por meio de decreto da presidenta da República Dilma Rousseff, que
passou a competência da decisão à ministra por meio do Decreto nº 8.439, publicado no Diário Oficial da
União desta quintafeira (30). O prazo final para a inscrição, que é obrigatória, vai até a próxima terçafeira
(5).
Segundo assessoria do Ministério do Meio Ambiente, a ministra está em viagem nesta quintafeira e nesta
sextafeira (1º) não haverá publicação do Diário Oficial. Estão agendadas para domingo (3) reuniões entre
a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, com técnicos, assessores e outros ministros para discutir
se o prazo será prorrogado por mais um ano. A publicação do decreto deve ser feita antes do dia 5, sendo
assim, as expectativas é de que o decreto seja publicado no início da semana.
Foram recebidos pelo ministério pedidos de entidades de todo o país pedindo a prorrogação. Nesta
semana, o pedido foi feito ao ministério pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat)
protocolou, nesta terçafeira (28), e pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato)
nesta quartafeira (29).
Segundo o presidente da Acrimat, José João Bernardes, a prorrogação do prazo é essencial para os
produtores, já que o número de cadastrados até então não é expressivo. Além disso, ele pontua, que o
cadastramento exige um conhecimento técnico que demandará mais tempo no processo. “Um CAR mal
feito pode gerar problemas futuros para os produtores”, enfatiza.
O presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado, afirma que o pedido foi feito em caráter excepcional
para que os proprietários rurais possam declarar com segurança os dados relativos às propriedades,
como determina o novo Código Florestal. "Em Mato Grosso o Sistema do Cadastro Ambiental Rural (Sicar)
só foi disponibilizado em outubro de 2014, ou seja, cinco meses depois que o prazo para o cadastramento
começou a ser contabilizado", informa Prado.
Prado diz ainda que o sistema também apresentou instabilidades e moderada complexidade no
preenchimento. "Isso causou dificuldades na declaração das informações e, consequentemente, atrasou o
envio das inscrições", acrescenta.
De acordo com balanço do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), até o dia 7 de abril,
foram cadastradas 40,14% ou 149,2 milhões de hectares da área estimada com propriedades rurais do
país, de um total de 371,8 milhões de hectares estimados pelo Censo Agropecuário do IBGE de 2006.
Mato Grosso é o segundo que mais tem áreas cadastradas no país, com 91,85%, ficando atrás apenas do
Distrito Federal. No Estado, foram cadastrados 54.525 imóveis, o que corresponde a 44,7 milhões de
hectares diante de um total estimado de 48,6 milhões de hectares.
O Car
O Cadastro Ambiental Rural (Car) consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel,
com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanescentes de
vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública, com o objetivo
de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental.
O cadastro auxilia no planejamento do imóvel rural e na recuperação de áreas degradadas, fomenta a
formação de corredores ecológicos e a conservação dos demais recursos naturais, contribuindo para a
melhoria da qualidade ambiental, sendo atualmente utilizado pelos governos estaduais e federal. Com
informações da Globo.com
Reposição: negociações lentas
Em boa parte das regiões, o grande entrave tem sido a falta de animais para reposição. O período de
desmama parece não ter suprido a necessidade dos compradores, por ora, não gerando feito baixista
sobre as cotações.
As categorias mais procuradas no geral são o garrote e o boi magro.
Particularmente no Rio Grande do Sul houve aumento na oferta de animais desmamados, o que,
associado à demanda fraca, gera pressão de baixa.
A falta de chuva está atrasando o plantio das pastagens de inverno, o que diminui a procura de animais
pelos invernistas.
O mercado do boi gordo em patamar valorizado é um fator animador para compra de animais erados.
Mesmo com a recente perda de firmeza dos preços, a expectativa é de que a arroba permaneça em níveis
elevados neste ano.
Em maio, com o início da campanha de vacinação contra febre aftosa em boa parte do país, as
negociações deverão ocorrer de maneira mais lenta.
A expectativa para curto e médio prazos é o aumento na procura de animais erados para terminação,
especialmente nas regiões confinadoras, sustentando o mercado pela procura maior que a oferta. Com
informações da Scot Consultoria.
Pressão de baixa sobre a arroba continua
As escalas de abate estão se alongando no país, de maneira geral.
Com a melhora recente da disponibilidade de animais terminados, as indústrias reduziram as ofertas de
compra. Isso resultou em queda da referência em seis praças.
Em São Paulo, caiu para R$149,00/@, à vista, com relatos de negócios em valores menores.
Isso aliviou a margem das indústrias, que vinha pressionada desde o começo do ano.
Na ponta final da cadeia, os estoques aumentaram nos últimos dias. O consumo não acompanhou o
aumento dos abates.
Com a dificuldade de escoamento, o mercado atacadista está pressionado. Desvalorizações não estão
descartadas nos próximos dias. Com informações da Scot Consultoria.
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