Suporte forrageiro no período seco do ano garante
alimentação de qualidade e permanência dos animais no pasto. Opções vão
desde o tradicional consórcio entre a aveia e o azevém ao uso da
cana-de-açúcar e o cultivo da brachiaria ruziziensis, uma gramínea que
se adaptou bem aos solos arenosos e que além de proporcionar o
pastoreio direto do gado também contribui para manter um bom volume de
palha sobre o solo para o plantio direto
Todo
criador gosta de ver a vacada sempre bem nutrida, se alimentando no
pasto, que é a fonte mais barata de fornecimento de comida aos bovinos
na propriedade. Tanto no leite quanto no corte, é sempre mais
vantajoso, economicamente, manter os animais com um bom suporte
forrageiro, seja na forma de pastoreio direto ou no fornecimento ao
cocho. A alternativa garante alimentação de qualidade também no período
seco do ano. Entre as opções que o produtor tem à sua disposição está o
tradicional consórcio entre a aveia e o azevém; o uso da
cana-de-açúcar in-natura, ensilada ou hidrolisada e o cultivo da
brachiaria ruziziensis, uma gramínea que se adaptou bem ao solo arenoso
e que além de proporcionar o pastoreio direto do gado também contribui
para manter um bom volume de palha sobre o solo no plantio direto,
dentro do esquema de integração entre a pecuária e a agricultura.
Ciclicamente, o período seco e frio do ano no Brasil começa a partir
do mês de maio, se estendendo até meados de setembro. “Durante quatro
meses há uma parada do crescimento vegetativo das forragens perenes de
verão, ocasionada por um processo fisiológico”, lembra o veterinário
Hérico Alexandre Rossetto, da Gerência de Assistência Técnica da Coamo.
Ele assegura que o melhor caminho para os pecuaristas encararem as
dificuldades do inverno é através do planejamento. “Com uma boa
estratégia de nutrição, aliada ao manejo sanitário, o rebanho
certamente atravessará este período ganhando mais, em alguns casos bem
mais em produção”, orienta.
Fatores de decisão – Para montar um bom projeto
alimentar que garanta que não irá falta comida para os bovinos durante o
inverno, o criador deve saber qual será a demanda de consumo de
alimentos, levando em conta o plantel existente em sua propriedade. Os
fatores de decisão dependerão das possibilidades existentes na fazenda
para a produção de forragens específicas de inverno, além do clima e
das condições de solo de cada região. Algumas propriedades podem lançar
mão do uso de silagens de capins; milho; sorgo e cana-de-açúcar, que
também pode ser fornecida in-natura; de fenos produzidos a partir de
diversas forrageiras e pastagens específicas como a aveia preta e o
azevém.
A reportagem do Jornal Coamo percorreu diversas regiões da área de
ação da Coamo para acompanhar o uso efetivo das alternativas que
fornecem suporte forrageiro de qualidade para os animais. Na conversa
com cooperados de Roncador, no Centro-Oeste paranaense e de Caarapó, no
Sul do Mato Grosso do Sul, destaque para as vantagens da suplementação
de inverno a pasto, como o baixo custo da forragem de cana-de-açúcar e
a dupla jornada do consórcio aveia/azevém e da brachiária ruziziensis.
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