Nas três semanas anteriores, os feriados, coincidindo com o pagamento de salários, favoreceram os
"gastos" com alimentação e bebidas e, naturalmente, passado esse período, o ambiente para consumo
tende a piorar.
Com isso, nos últimos sete dias, o mercado de carne começou a se acomodar. Os negócios diminuíram,
mas ainda sem efeitos muito intensos sobre os preços dos cortes no atacado, que caíram 0,2%, em média.
Aliás, os cortes de traseiro, que até então vinham sendo escoados com maior dificuldade, seguiram em
alta, refletindo ainda o impulso que os eventos recentes conferiram às vendas, e o reajuste médio foi de
0,5%.
Isso mantém o alivio sobre as margens da indústria, que até abril vinham extremamente estreitas, com
relatos de unidades que trabalhavam com prejuízo operacional.
A inflação de abril, medida pelo IPCA, que ficou em 0,7%, demonstra um recuo significativo em relação ao
resultado de março, porém, segue historicamente alta.
Nos últimos dez anos, somente em 2011 o resultado do índice para o mês foi maior.
No mercado externo, depois de quatro meses de queda nos volumes embarcados, o resultado da primeira
semana de maio não demonstra recuperação. A redução no volume diário embarcado de carne bovina in
natura foi de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já os primeiros resultados das exportações de frango e suíno no mês vieram com crescimento. Estes
produtos têm sido mais competitivos.
Enquanto a tonelada da carne bovina é negociada no mercado internacional por US$4,2 mil, em média, o
mesmo volume da proteína suína fica em US$2,5 mil e de frango em US$1,6 mil. Com informações da
Scot Consultoria.
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