Mercado em alta. A valorização média dos últimos sete dias foi de 1,4%. Em duas semanas os cortes sem
osso acumularam alta de 2,0% no atacado.
Nesse período, no varejo houve recuo de preços. Ou seja, as altas impostas no mercado atacadista estão
desalinhadas com o comportamento na ponta final.
As altas não eram esperadas, considerando o período do mês. A partir da segunda quinzena é sazonal a
queda no poder de compra da população.
As altas maiores ocorrem com os cortes de dianteiro, de menor valor agregado e, portanto, mais vendidos
em momentos de economia enfraquecida.
Diante desse cenário, as indústrias têm conseguido preservar suas margens. O resultado da indústria que
faz a desossa é de 19,0%. Desde que obteve seu menor resultado, em abril, os frigoríficos têm buscado
blindar as margens.
Reduzir as ofertas de compra e sustentar o preço da carne, mesmo que o consumo esteja patinando, tem
sido a estratégia.
Segundo o Banco Central, a inflação deve terminar o ano em 9,0%, o maior nível da última década, e o
PIB recuar 1,1%.
Ou seja, não há perspectiva de melhora no consumo. Pelo contrário, a tendência é que o poder de
compra da população diminua cada vez mais. Com informações da Scot Consultoria.
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