Em quase uma década e meia, de 2000 a 2014, as vendas externas brasileiras de carne bovina
cresceram 727%, saindo de US$ 779 milhões para US$ 6,4 bilhões, de acordo com números da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No ano passado, segundo a Associação
Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), o Brasil vendeu carne bovina in natura para 151
países. E, ainda, carne bovina industrializada exportada para outros 103 países.
Ao mesmo tempo, segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, o mais recente, a região Norte do
país foi a que apresentou maior crescimento do rebanho bovino, entre 1996/2006, com taxas anuais de
6,14%. Esse crescimento foi marcado, principalmente, pelo excepcional desempenho apresentado pelos
estados do Pará, Rondônia e Tocantins.
Levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que, em 2015, a
produção mundial de carne bovina chegará a 59,7 milhões de toneladas equivalentes em carcaça. O
Brasil, com 17% da produção mundial, está na segunda colocação entre os maiores produtores mundiais,
superado apenas pelos EUA, com 19%. No caso das exportações, o Brasil liderou, no ano passado, com
21% das vendas mundiais de carne bovina, vindo em segundo lugar a Índia, detentora de 19% do
mercado internacional do produto.
A CNA destaca que a carne bovina está entre os principais produtos do agronegócio brasileiro, presente
em praticamente todos os estados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
existem no Brasil 2 milhões e 673 mil estabelecimentos agropecuários com bovinos no país, além de uma
área de pastagem superior a 158 milhões de hectares. A cadeia produtiva da carne, segundo a CNA,
movimenta recursos de R$ 167,5 bilhões ao ano, gerando perto de sete milhões de empregos.
O Valor Bruto da Produção do segmento (VBP), ao final de 2015, deverá ser de R$ 93 bilhões, número
expressivo se comparado com o desempenho do ano passado: R$ 78 bilhões. O fato é que o consumo de
carne bovina está crescendo no mundo devido a três fatores básicos: aumento da renda; mudança nos
hábitos de consumo; e crescimento populacional, indica estudo da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO). Em 2050, prevê a FAO, a população mundial deverá superar 9 bilhões
de pessoas e a demanda por mais alimentos e proteínas irá crescer. Com informações da CNA.
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