Em apoio a pelo menos 20 entidades ligadas a pecuária paranaense, entre elas as Sociedades Rurais de
Londrina, Maringá, Paranavaí e Umuarama e de dezenas de associações de criadores, o Conselho de
Administração da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) está se posicionando em contrário
ao pedido feito ao MAPA pelo Paraná para que o estado seja reconhecido como área livre de febre aftosa
sem vacinação.
O Governo do Paraná já fez o pedido formal ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para
iniciar o processo para obter o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2017.
Segundo a entidade, a ABRAFRIGO não é contra o fim da vacinação desde que isso seja feito em bloco,
com os demais estados com os quais o Paraná faz fronteira, como Mato Grosso do Sul e São Paulo que
fazem a vacinação e onde há um expressivo intercâmbio econômico fundamental para o desenvolvimento
da pecuária paranaense.
Em 10 de junho foi realizada em Curitiba a segunda audiência pública para dar sequência a solicitação. A
ABRAFRIGO subscreveu um documento está sendo encaminhado ao Governo do Estado solicitando que
o Paraná caminhe em bloco com outros estados na questão da vacinação para depois formalizar o
processo junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Isso porque o plano nacional de
erradicação da febre aftosa no País prevê o fechamento das fronteiras do Paraná com Mato Grosso do Sul
e São Paulo, considerados área livre de febre aftosa com vacinação e, com isso, não poderá haver
circulação do transporte de animais e produtos de origem animal vindos de outros Estados. “A pecuária
paranaense que já é pequena, vem diminuindo e não possui escala de abate, o que levou aos frigoríficos
como o JBS e a Mafrig a saírem do estado.
Ela adquire quase todos os animais de engorda em outros locais e, com o fim da vacinação, vai ficar
menor ainda se tornando inexpressiva”, argumenta a ABRAFRIGO. Para a entidade. Nem as vantagens
econômicas deste processo estão muito claras. “Santa Catarina já é área livre de aftosa sem vacinação há
oito anos e os resultados econômicos até agora são semelhantes aos dos estados com vacinação no
preço médio e na quantidade dos produtos exportados como os de suínos.
Em 2007 o estado exportava 189 mil toneladas e isso inclusive caiu para 182 mil toneladas em 2014. O
preço médio obtido era de US$ 1.747 por tonelada que subiu para US$ 3.232 atualmente, algo não muito
diferente do Paraná cujo preço médio hoje é de US$ 3.090 por tonelada”. Com informações do portal
DBO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário