Cerca de 250 funcionários do frigorífico Total S/A, instalado em Paranaíba, a 422 quilômetros de Campo
Grande, ainda não receberam o salário referente ao mês de janeiro. A empresa passa por dificuldades
financeiras e funciona com número mínimo de trabalhadores.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Frigoríficos de Paranaíba e
Região, Lúcio Clei de Souza, a Total S/A não está realizando serviço de desossa, nem de abate porque
suspendeu contratos de exportação.
"Então eles diminuíram a mão de obra na área fria da planta. Na área quente tem gente trabalhando, mas
o número está reduzido. Alguns foram dispensados e também não tiveram a rescisão paga", afirma Lúcio.
Segundo comunicado da unidade aos funcionários, o pagamento de salários e rescisões que estão em
atraso será feito ainda hoje até às 17h.
Os prejuízos não se restringem aos trabalhadores da empresa. Conforme o presidente do Sindicato Rural
da cidade, Wilberto Amaral, pecuaristas também estão sem receber pela venda de gado ao frigorífico.
"Temos um grande impasse aqui na região. Tenho uma empresa de contabilidade que atende alguns
desses produtores e vários deles estão sem receber há 8, 10 dias", conta. Amaral também afirma que a
unidade suspendeu a compra de gado momentaneamente.
No dia 11 deste mês, funcionários se reuniram na frente do frigorífico para protestar contra os atrasos e
falta de informações da empresa.
O Campo Grande News entrou contato com a Total S/A, mas nenhum membro da administração da
unidade conversou com a equipe, apenas prometeram retornar a ligação.
A empresa, que pertencia ao Grupo Margem, em 2008 tinha sido arrendada ao grupo Marfrig, mas acabou
fechando no ano passado devido à "questões mercadológicas e falta de bovinos na região para abate".
Todos os funcionários foram demitidos e a Total S/A entrou com pedido de retomada da planta. No
entanto, agora, a Total S/A enfrenta novos problemas financeiros. Com informações do Campo Grande
News.
Nenhum comentário:
Postar um comentário