A missão do governo brasileiro que está em Washington para acertar os últimos detalhes para o início do
comércio bilateral de carne bovina in natura com os Estados Unidos terá que esperar pelo menos mais um dia
para ver assinados os últimos documentos necessários para isso.
A expectativa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e de sua equipe, é que os dois países assinem ainda nesta
sextafeira as “Cartas de Reconhecimento de Equivalência”, documento que reconhece a validade, em um
mercado, do sistema de defesa agropecuária do outro e é o sinal verde para as exportações de cada um.
A assinatura deveria ter acontecido ontem, mas autoridades do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA) pediram mais tempo para celebrar o acordo final, com o argumento de que Washington sempre pede
dois ou três dias para a entrega das cartas de equivalência.
Nas conversas de ontem com a missão brasileira, também foi notada a ausência de Tom Vilsack, que comanda o
USDA e que tem de chancelar os últimos documentos em aberto. Vilsack estava na Filadélfia, onde se deu a
Convenção do Partido Democrata que lançou Hillary Clinton como candidata à presidência dos EUA.
A ausência do secretário fez inclusive ressurgir a preocupação dos brasileiros com a ferrenha oposição de
congressistas do Partido Republicano que representam pecuaristas descontentes com a abertura do comércio
bilateral.
O ministro Blairo Maggi disse a interlocutores que só voltará ao Brasil com sua missão totalmente cumprida. Com
informações do Valor.
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