domingo, 3 de julho de 2016

EUA devem anunciar abertura no fim do mês

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Depois de anos de tratativas, o setor pecuário brasileiro espera, para o este mês, a abertura oficial das exportações para o mercado norte­americano. O anúncio deve vir durante visita do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, aos Estados Unidos no final de julho. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli, ­ que estará na missão e palestrou na manhã de hoje (30/6) no 3º Congresso Brasileiro de Angus, em Porto Alegre,­ a abertura significa um mercado diferenciado, que dá acesso ao Nafta. “Eles dão acesso a estados, não abrem por plantas”, informou otimista. A previsão é que, além dos embarques previstos nas cotas de exportação, o Brasil se beneficie de vendas extra­cota principalmente com embarque de cortes de dianteiro para produção de hambúrguer. “O mercado norte­americano vai nos ajudar muito a equacionar a oferta de dianteiro”. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, a abertura do mercado norte­americano é, há muito, esperada pelos criadores de Angus. "É uma notícia maravilhosa que confirma que a pecuária brasileira está no caminho certo”, frisou Weber. Outra boa notícia apresentada durante o painel “Carne de Qualidade: um caminho para a pecuária nacional” foi que o Brasil concluiu, neste mês de junho, o protocolo para acessar a cota 481, que prevê exportação de carne de alta qualidade, produzida em confinamento. O documento foi concluído pelo setor produtivo (Abiec, CNA, Assocon), validado pelo Ministério da Agricultura e remetido à União Europeia. Diferente da cota Hilton (criada para normatizar exportação de cortes específicos e mais valiosos), a cota 481 inclui um maior número de cortes e permite ao pecuarista o uso de confinamento. Durante sua palestra, Camardelli ainda mencionou as mudanças implementadas pela Apex para aumentar a agressividade das ações de marketing, o que também deve contribuir significativamente nesse processo de abertura de mercado. Apesar das inúmeras ações realizadas nos últimos anos em busca do mercado gourmet, o Brasil segue sendo visto pelo mercado internacional como um fornecedor de carne ingrediente e culinária. “Temos dificuldade de acessar mercado de carne gourmet, que garante uma maior valorização”, pontuo, lembrando que o Brasil é um dos poucos países do mundo em condições de manter volumes de entrega ao mercado internacional. Com informações da ABIEC

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