As exportações de gado em pé cresceram 68,4% em volume nos oito primeiros meses do ano, com embarque de
176.781 cabeças, ante 104.954 no mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que apontou receita de US$ 124,0 milhões, ante US$ 101,7 milhões nos
oito meses de 2015, alta de 21,9%.
Segundo o mercado, o crescimento reflete o cenário interno menos favorável nos últimos meses, com preços da
arroba pressionados e demanda enfraquecida tanto no físico quanto no atacado. Analistas dizem que a
exportação de gado vivo passou a ser uma alternativa para compensar a dificuldade de negociação interna.
Além do Pará, que lidera os embarques de gado em pé, com 60,3% do total, ou 106.608 cabeças, São Paulo
também aparece como exportador neste ano, com 14,8% das exportações, ou 26.205 cabeças. Em junho, o
Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), publicou sobre o embarque de 22 mil
cabeças de bois vivos pelo porto de São Sebastião, no litoral paulista.
Os animais, que fizeram o período de quarentena em uma propriedade de São José do Rio Preto, no interior do
estado, partiram com destino à Turquia. A multinacional australiana Wellard foi a responsável pela operação. O
Rio Grande do Sul respondeu por 11,7% dos embarques de gado vivo até agosto, o Maranhão por 6,2%, Minas
Gerais 4,8% e, por fim, Santa Catarina 2,0%.
Nos primeiros oito meses do ano passado, todo o gado em pé exportado pelo Brasil saiu pelo Pará, mas depois
do incidente que resultou no naufrágio de um navio com 5 mil animais, em outubro de 2015, no Porto Vila do
Conde, em Barcarena (PA), e que paralisou as operações naquele porto por um período, o mercado buscou
alternativas.
Em relação aos países importadores, a Venezuela, que no ano passado foi responsável por mais de 57% das
aquisições, este ano despencou para 4,53%, devido à atual situação política e econômica do país. Este ano, a
Turquia assumiu a liderança com mais de 58% dos embarques, seguida pelo Líbano (19,7%) e Iraque (9,8%).
Ainda figuraram entre os importadores deste ano o Egito (4%) e a Jordânia (3,8%). Com informações do
Globo.com.
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