domingo, 9 de outubro de 2016

Governo libera importação de milho dos EUA,

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está livre para começar o processo de importação do milho geneticamente modificado dos Estados Unidos. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou no começo da tarde desta quinta, dia 6, o atestado de biossegurança de três variedades, duas da Monsanto e uma da Syngenta. Segundo informações do Ministério, assim que a autorização for publicada no Diário Oficial da União, começará a contar o prazo de 30 dias para contestação da aprovação junto ao Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS). Se não houver contestação, após os 30 dias, os interessados em importar o milho GM devem encaminhar o pedido ao Mapa. Não há limite de volume para importação. Para o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ariel Mendes, a notícia da liberação é um alívio para os problemas sofridos no mercado interno, com a falta de milho, quebra de safra, preços altos, sobretudo para a suinocultura e avicultura. "As empresas já estão buscando negócios nos Estados Unidos e agora é uma questão de tempo", explica. Mendes avalia que a importação de milho norte­americano é a melhor opção para os produtores do Nordeste e do Espírito Santo, por exemplo. “Podem trazer de fora o grão antes comprado em Mato Grosso e que enfrentava a viagem de caminhão até o destino final”, indica ele. De acordo com a ABPA, já foram importados cerca de um milhão de toneladas de milho da Argentina e do Paraguai. Os Estados Unidos agora são mais uma opção para a abertura do mercado. Esta semana, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realizou audiência pública para tratar sobre a crise na suinocultura brasileira e a importação de milho foi um dos assuntos comentados. No mesmo dia, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, também reiterou a importância da liberação, na ocasião da reunião­almoço da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA). "Esse ano, em função da quebra de mais de 20 milhões de toneladas de grãos, complicou essa cadeia e ainda temos muitos problemas pra ajudar a resolver, como exemplo, a falta de renda que esse setor teve nos últimos meses", afirmou Maggi. As sementes autorizadas são: 1. Monsanto – liberação Comercial do Milho MON 87427, geneticamente modificado para tolerância ao herbicida glifosato; 2. Syngenta – liberação comercial do milho Evento 3272, com finalidade de produção, manipulação, transporte, transferência, comercialização, importação, exportação, armazenamento, consumo e descarte deste OGM e seus derivados; 3. Monsanto ­ liberação Comercial do Milho MON 87460, para efeito de seu uso comercial e seus derivados e quaisquer outras atividades relacionadas a esse produto para fins de alimentação humana ou animal. A informação foi confirmada pela assessoria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Decisão importante A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) considerou como uma "decisão importante" a liberação da importação das variedades de milho transgênico. Em nota, a entidade informou que "a medida atende a um dos pleitos da associação, defendido na audiência pública ocorrida no último dia 4, na Câmara dos Deputados, em Brasília". Ainda segundo a ABCS, "a liberação do milho era uma das medidas mais aguardadas pelo setor e será um importante aporte para que os suinocultores reduzam seus custos de produção". O presidente da associação, Marcelo Lopes, explica ainda que o milho é um dos insumos mais importantes para a suinocultura, pois é responsável por 50% dos custos. "Sabemos que o produtor vem amargando prejuízos desde janeiro, principalmente pelo alto custo do grão, e agora esperamos que com essa medida o produtor possa sair do prejuízo e começar a se estruturar para entrar em 2017 mais animado para voltar a ter lucratividade na atividade", comentou. 09/10/2016 Impressão de matérias ­ PECUÁRIA.COM.BR http://www.pecuaria.com.br/printable.php?ver=19768 2/2 Já o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, acrescentou que a liberação do milho norte­americano "traz um fôlego" para o mercado de suínos brasileiro. "Com certeza a medida deixa nossa suinocultura com uma alimentação mais competitiva e, quem sabe, a médio e longo prazos, consigamos cobrir o custo de produção", disse. Com informações do Canal Rural.

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