Negativa há bom tempo, a receita cambial das carnes deve voltar a apresentar acumulado positivo agora
em maio, quando forem fechados os resultados dos cinco primeiros meses de 2016.
Tal perspectiva é sinalizada pelo desempenho registrado no primeiro quadrimestre do ano, completado
com uma queda anual na receita cambial de apenas 0,23%. No fechamento de 2015 a redução superava
os 15% e, desde então, esse índice vem se reduzindo paulatinamente.
Tal resultado está sendo proporcionado, essencialmente, pelo aumento nos volumes embarcados. E,
aqui, a liderança é a da carne suína que, no quadrimestre, acumula incremento de 70% no volume
exportado. Isto, acompanhado por aumentos não menos expressivos das demais carnes: de 17,87% da
carne de peru, de 15,78% da carne de frango e de 12,36% da carne bovina.
O que continua negativo nessas exportações é o preço unitário, na média 15% menor que o do mesmo
período de 2015. O que, levando em conta que o dólar registrou valorização da ordem de 30% sobre
idêntico quadrimestre do ano passado, significa que o adicional em moeda brasileira não vai muito além
dos 10%, correspondendo a um valor insuficiente para cobrir o aumento de custo enfrentado pelas carnes
diretamente dependentes do milho e da soja.
Sob esse aspecto, o que se pode concluir é que a bovina é a única das carnes com ganho real efetivo na
receita cambial, pois não depende dos grãos. Já a receita cambial positiva da carne suína resulta apenas
do excepcional aumento de volume, visto que seu preço médio, no quadrimestre, ficou quase 30% aquém
do registrado nos mesmos quatro meses de 2015. Com informações do Avisite.
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