Recém empossado como novo ministro da Justiça, o ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo,
Alexandre de Moraes, defendeu nesta quinta-feira (12) que a atuação violenta de movimentos de
esquerda deverá ser combatida.
"A partir do momento que seja MTST, ABC, seja ZYH, que deixam o livre direito de se manifestar para
queimar pneu, colocar em risco as pessoas, aí são atitudes criminosas que vão ser combatidas, assim
como os crimes", disse após participar da cerimônia de posse do ministro Gilmar Mendes como presidente
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O ministro também chamou de "atos de guerrilha" protestos realizados em São Paulo no início desta
semana contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Sobre as críticas, Moraes afirmou que não foi questionado pela população, mas apenas por "dois ou três
jornalistas".
Após o evento, Moraes também elogiou a Operação Lava Jato, a que chamou de "símbolo do combate à
corrupção". "Temos não só que mantêla como, porque é uma belíssima operação, melhorar. Melhorar a
operação com mais celeridade e mais efetividade", disse.
Integrantes do novo ministério de Temer e de partidos da base aliada também são alvos da operação que
investiga um esquema de corrupção na Petrobras.
Questionado se poderia substituir o atual diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, Moraes disse
apenas que vai se inteirar das questões do ministério antes de tomar qualquer decisão.
Alexandre de Moraes destacou ainda que pretende focar seu trabalho no combate à criminalidade
organizada, principalmente em relação ao contrabando de armas que entram no Brasil. "É uma fronteira
absolutamente desguarnecida, vem trazendo um aumento da criminalidade violenta no país todo", disse.
O novo ministro é tido como uma indicação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Também
presente ao evento, o tucano elogiou a atuação de seu ex-secretário. "É um verdadeiro exemplo à lei e à
firmeza. O povo brasileiro está cansado de bagunça", disse. Para ele, hoje em dia é "politicamente
incorreto cumprir a lei". "Não é possível o país continuar desta forma". Com informações da Folha.
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