sábado, 28 de maio de 2016

Produtor rural de SP está mais confiante

 
O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), caiu 1,7 ponto no primeiro trimestre deste ano ante o quarto de 2015, para 82,6 pontos. "É preciso considerar, no entanto, que a queda foi concentrada em apenas um dos três grupos pesquisados para a elaboração do índice: a Indústria Depois da Porteira, formada predominantemente por fabricantes de alimentos, foi a única a apresentar perda de confiança", destacaram as entidades, em relatório. De acordo com Fiesp e OCB, levando em conta somente a Indústria Depois da Porteira (Logística e Alimentos), a confiança caiu 10,1 pontos, para 77 pontos, o menor nível da série histórica. "A deterioração se deve, basicamente, à percepção negativa dessas indústrias, cujo desempenho é atrelado ao varejo", explicaram as entidades. Considerando­se apenas a Indústria Antes da Porteira (Insumos Agropecuários), houve uma alta de 5,5 pontos na confiança, para 73,3 pontos. "Embora parte das empresas, como as fabricantes de máquinas agrícolas, ainda não tenha muitos motivos para comemorar, há setores para os quais o início de 2016 trouxe algum alento. É o caso das empresas de fertilizantes e defensivos, cujos mercados tiveram desempenho superior de janeiro a março deste ano em comparação com o primeiro trimestre de 2015", informaram as entidades. Além disso, aumentou o grau de confiança dessas indústrias com relação à economia do Brasil ­ especificamente nesse item, o índice aumentou 7,8 pontos no trimestre, chegando a 41,8 pontos. O Índice de Confiança das indústrias inseridas na cadeia produtiva do agronegócio, que engloba tanto antes quanto depois da porteira, encerrou o trimestre passado em 75,9 pontos, 5,4 pontos menos ante o período de outubro a dezembro de 2015. Esse número representa o menor nível da série histórica, iniciada no fim de 2013. Do lado do produtor, o indicador de confiança cresceu pelo segundo trimestre consecutivo, chegando a 91,9 pontos (mais 3,5 pontos). A confiança do produtor agrícola manteve uma trajetória de crescimento iniciada há três trimestres, chegando a 93,9 pontos, alta de 4,5 pontos em relação ao quarto trimestre do ano passado. Já a do produtor pecuário, o índice fechou o trimestre em 85,9 pontos, 0,5 ponto acima do último trimestre de 2015. "Na composição do resultado, pesaram situações diversas entre os pecuaristas. Enquanto os criadores de gado de corte ficaram mais confiantes no trimestre, os produtores de pecuária de leite perderam confiança." Conforme a metodologia do estudo, uma pontuação igual a 100 pontos corresponde à neutralidade. Resultados abaixo disso indicam baixo grau de confiança e superiores a 100 pontos, por sua vez, demonstram otimismo. Com informações do Globo Rural.

Arroba: falta boi e pressão de alta retorna


Mercado com baixa movimentação em São Paulo. Parte das indústrias deve optar por não abater tanto na quinta(26/5) quanto na sexta(27/5). As programações de abate atendem em torno de três dias. A oferta de animais vem diminuindo gradativamente em boa parte das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria, o que reduz as escalas de abate, e exerce pressão de alta no mercado. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php A margem de comercialização das indústrias que fazem a desossa (Equivalente Scot Desossa) está em 14,3%, patamar historicamente baixo e que pode conter a força do mercado, mesmo com a menor oferta de animais. Com informações da Scot Consultoria.

Exportações em alta trarão mais dólares ao País

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Negativa há bom tempo, a receita cambial das carnes deve voltar a apresentar acumulado positivo agora em maio, quando forem fechados os resultados dos cinco primeiros meses de 2016. Tal perspectiva é sinalizada pelo desempenho registrado no primeiro quadrimestre do ano, completado com uma queda anual na receita cambial de apenas 0,23%. No fechamento de 2015 a redução superava os 15% e, desde então, esse índice vem se reduzindo paulatinamente. Tal resultado está sendo proporcionado, essencialmente, pelo aumento nos volumes embarcados. E, aqui, a liderança é a da carne suína que, no quadrimestre, acumula incremento de 70% no volume exportado. Isto, acompanhado por aumentos não menos expressivos das demais carnes: de 17,87% da carne de peru, de 15,78% da carne de frango e de 12,36% da carne bovina. O que continua negativo nessas exportações é o preço unitário, na média 15% menor que o do mesmo período de 2015. O que, levando em conta que o dólar registrou valorização da ordem de 30% sobre idêntico quadrimestre do ano passado, significa que o adicional em moeda brasileira não vai muito além dos 10%, correspondendo a um valor insuficiente para cobrir o aumento de custo enfrentado pelas carnes diretamente dependentes do milho e da soja. Sob esse aspecto, o que se pode concluir é que a bovina é a única das carnes com ganho real efetivo na receita cambial, pois não depende dos grãos. Já a receita cambial positiva da carne suína resulta apenas do excepcional aumento de volume, visto que seu preço médio, no quadrimestre, ficou quase 30% aquém do registrado nos mesmos quatro meses de 2015. Com informações do Avisite.

Carne bovina está em patamar desfavorável

Diante da crise econômica, com a descapitalização da população e alta taxa de desemprego, o consumidor perdeu poder de compra. Assim, o escoamento da carne está lento e leva a procura por fontes de proteína animal de menor valor agregado. No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados está cotado em R$8,78/kg, valor 11,3% menor quando comparado ao início do ano. Para a carcaça de frango a situação não é diferente, o valor está 11,4% menor. Atualmente, a relação de preço entre o boi casado e a carcaça de frango no atacado está em 2,5, ou seja, com o preço de um quilo de carne bovina é possível comprar 2,5 quilos de carne de frango. Alta de 33,3% quando comparado à média histórica que é de 1,9. 

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Para os próximos meses a expectativa é de que a carne bovina ainda continue em patamares historicamente desfavoráveis frente à de frango. Com informações da Scot Consultoria.

Governo do MT ainda pensa em taxar o agro

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Se há até bem pouco tempo o governo do Estado negava qualquer intenção de cobrar impostos sobre os produtos de exportação do agronegócio, hoje uma equipe da Secretaria de Fazenda já realiza um estudo para verificar como a taxação influiria na arrecadação do Estado e, claro, afetaria a economia no longo prazo. De acordo com o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, o estudo está sendo feito a pedido do governador Pedro Taques. Apesar disso, diz o secretário, “o Governo ainda não cogita aumentar ou criar impostos neste momento". “Essa é uma discussão ampla. O governo vem escutando a sociedade civil organizada. O governador me solicitou uma série de estudos, justamente para a gente fazer um melhor juízo de valor sobre essa questão”, disse Brustolin. “Nesse momento, é importante salientar, a posição do governo do Estado é de não­taxação do agronegócio – porque nós acreditamos que existe um efeito [positivo] irradiado desse setor sobre toda a economia do Estado”, completou. Segundo um estudo feito pelo Instituto Mato­grossense de Economia Agropecuária (Imea), que é mantido pelos produtores rurais, a cobrança de uma alíquota de 9% de ICMS sobre soja, milho e algodão poderia significar um incremento de R$ 2,1 bilhões aos cofres estaduais em apenas um ano. No ano seguinte, porém, metade dos sojicultores de Mato Grosso, com área plantada de até mil hectares, ficaria impedida de continuar no negócio, em razão dos altos custos. “Cada hectare daria um prejuízo médio de R$ 436,90”, diz o estudo. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin, hoje o agronegócio já seria o responsável indireto por metade da arrecadação do ICMS do Estado, uma cifra anual de R$ 3,9 bilhões. “Não há justificativa para se taxar ainda mais um setor que já contribui tanto com o Estado. Mato Grosso já é o pior lugar para se plantar, em termos de custos e de falta de infraestrutura. Não temos estradas e nem portos. Estamos longe de tudo”, afirmou. “Uma taxação agora poderia até melhorar de imediato as finanças do Estado, mas no ano que vem a arrecadação já iria cair drasticamente – e no ano que vem haverá RGA de novo”, disse Endrigo. “O que o governo precisa fazer é a lição de casa e cortar os seus próprios gastos; é preciso colocar o dedo na ferida”. Segundo o estudo do Imea, “Mato Grosso é o Estado brasileiro mais dependente do agronegócio: 50% de seu produto interno bruto (PIB) vem desse setor. A cada dois empregos criados numa lavoura de soja, um outro emprego é gerado na economia local – no comércio, na rede de serviços, na indústria... Reduzir a competitividade do agro impacta muito mais do que a agricultura”. Dados divulgados nesta segunda­feira (23) mostram que o agronegócio é responsável por 32% dos 791 mil empregos formais de mato­grossenses, ou seja, gera quase 255 mil postos de trabalho. Com informações do Diário de Cuiabá.

domingo, 22 de maio de 2016

Arroba: já há frigorífico pagando mais

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A oferta de animais vem diminuindo gradativamente e está mais enxuta em relação às semanas anteriores. A redução na oferta vem exercendo pressão de alta no mercado, mas ainda sem força para alterar os preços em grande parte das regiões. Negócios acima da referência estão cada vez mais frequentes. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Em São Paulo as programações de abate atendem entre três e quatro dias. Existem indústrias que buscam animais em outros estados, possuem contratos a termo ou parcerias e estão com escalas mais alongadas. O lento escoamento da carne vem desvalorizando o produto. O boi casado de animais castrados está cotado em R$8,78/kg, desvalorização de 3,7% em relação à última semana. Com a recente queda nos preços da carne, a margem de comercialização da carne com osso, mais subprodutos e derivados (Equivalente Scot Carcaça) está em 5,1%, patamar historicamente baixo e isso sem agregar os custos fixos a essa operação. Este é um fator que pode limitar a força do mercado, mesmo com a menor oferta de boiada. Com informações da Scot Consultoria.

Reposição: pecuarista está receoso

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O mercado de reposição está lento, consequência da baixa movimentação no mercado do boi gordo e do receio dos pecuaristas em fechar as compras nos valores vigentes da reposição. Não houve grandes alterações de preços nesta semana. Na média geral do levantamento, considerando todas as categorias de machos anelorados e estados pesquisados, a variação de preços foi negativa em 0,3%. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Com a proximidade do confinamento, fica a expectativa quanto aos preços das categorias mais eradas. O boi magro (12@) e garrote (9,5@) apresentaram queda de 0,4% e 0,3%, respectivamente, nesta semana. Em São Paulo, as categorias estão cotadas em R$2.020,00 e R$1.800,00 por cabeça, na mesma ordem. Desde o início do ano, no estado, o boi magro apresentou aumento de 0,5%. Enquanto isso, o boi gordo teve alta de 3,7%, o que resultou em melhora no poder de compra do invernista. Atualmente são necessárias 13,03 arrobas de boi gordo para a compra de uma cabeça de boi magro, valor 2,4% menor quando comparado a dezembro de 2015, quando eram necessárias 13,35 arrobas de boi gordo, sendo esta última uma das piores relações de troca da série histórica, que tem início em 1996. Com informações da Scot Consultoria.

Milho: quebra de safra pode chegar a 70% em GO

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A estiagem de mais de dois meses que prejudicou o desenvolvimento do milho segunda safra em Goiás pode gerar a quebra de até 70% no leste do estado, o que vem deixando alguns produtores sem capital para investir na próxima safra de soja. A situação crítica já fez com que sete municípios do estado decretassem estado de emergência. Com a quebra, os produtores terão problemas até para entregar a produção negociada antecipadamente. A expectativa, porém, é de que o decreto de emergência ajude nas negociações. “Um documento da prefeitura dizendo essa situação pode nos ajudar a renegociar uma dívida, até com as próprias empresas particulares. Que pode ajudar a termos um prazo mais prolongado pra gente buscar recursos. O que estamos buscando é isso”, disse o produtor rural Manoel Caixeta, de Silvânia (GO), uma das sete cidades onde o estado de emergência foi decretado. Manoel plantou 270 hectares e investiu R$ 500 mil na lavoura. O produtor possui um seguro para 100 hectares em números redondos, onde serão pagos 60% da expectativa. Então, segundo ele, a expectativa é de que entre em caixa R$ 135 mil, o que diminui o prejuízo para cerca de R$ 350 mil. “Se eu colher 2,5 mil sacos é muito. Falo isso porque tem aquelas baixadas, partes mais úmidas que acaba dando alguma coisa. Isso não dá pra pagar às vezes nem a colheita, mas eu tenho que passar a máquina. Tenho que desocupar a terra”, lamentou. Abaixo da expectativa De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a expectativa no início da safra era de colher oito milhões de toneladas de milho no estado. Agora, este número deve cair em 40%. “O produtor está descapitalizado, vai ficar descapitalizado. Ele pode comprometer porque ele usava os recursos dessa segunda safra pra planejar a próxima safra. Infelizmente esse ano a gente tem essa dificuldade e a safra fica um pouco comprometida na compra de insumos”, analisou o vice­presidente da Faeg, Bartolomeu Braz. Com informações do Canal Rural.

Arroba: pressão de alta está de volta

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Em algumas praças já não existe mais resquício da pressão de baixa. Aos poucos, esse cenário vai tomando conta do mercado, de forma geral. As compras por preços acima da referência começam a se tornar cada vez mais frequentes e ocorrem em praticamente todas as regiões. Negócios por R$2,00/@ e até R$3,00/@ acima têm sido registrados. São pontuais, mas demonstram que o “aspecto” do mercado é outro, diferente daquele de viés baixista visto no final de abril. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Mas, atenção às margens das indústrias. Ao mesmo tempo em que a oferta volta a encurtar e os preços da arroba sobem, a venda de carne não evolui e estreita ainda mais o resultado dos frigoríficos, que tem trabalhado desde fevereiro ao redor de cinco pontos percentuais abaixo da média histórica. Isso certamente impõe um limite para as valorizações. Os preços da carne, embora não tenham sofrido alterações, no ritmo em que as vendas estão, podem ceder no curto prazo. Com informações da Scot Consultoria.

sábado, 14 de maio de 2016

Confinamento de boi enfrentará dificuldade em 2016

 
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Um dos entraves é que o pecuarista conta, até o momento, com apenas 52% dos animais para cumprir a meta do ano A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) prevê que o pecuarista vai ter dificuldades para expandir o confinamento de gado de corte este ano. "Considerando os dados apresentados, a Assocon, nesse momento, não acredita no crescimento da produção de gado confinado, ainda que o dado geral aponte expectativa de alta de 2%", informa em comunicado o gerente executivo da entidade, Bruno Andrade. Um dos entraves do confinamento é que o pecuarista conta, até o momento, com apenas 52% dos animais para cumprir a meta de 2016. Os 48% restantes incluem animais que precisam ser comprados, fechados via parceria, boitel (confinamentos terceirizados) ou aguardam definição do produtor em terminá-los em confinamento ou em outro sistema de produção. Além disso, outro obstáculo para os confinadores este ano é o preço doméstico do milho que teve alta de mais de 50% em algumas regiões, por causa do avanço das exportações. Por este motivo, entre outros fatores, o custo de produção da arroba engordada no confinamento em março de 2016 apresentou elevação de 23% em relação a março de 2015. "A Assocon observa que entre os entrevistados houve importante oscilação em relação à intenção de confinamento para 2016. Algumas propriedades de pequeno porte pretendem dobrar sua produção, entretanto seu impacto no volume total é limitado", ressalta Andrade. Levantamento da associação projeta aumento de 2% no confinamento de gado em relação a 2015. O total deve alcançar 745.742 cabeças, em comparação com 731.120 animais em 2015. Na pesquisa anterior, realizada no fim de 2015, a Assocon apontava queda de 3,52% no volume de gado confinado para este ano. "A pesquisa realizada no fim de 2015 com confinamentos não associados à Assocon mostrou intenção de queda de 3,52% na produção de animais confinados para 2016. É importante lembrar que essas duas pesquisas foram realizadas com grupos distintos de propriedades", explicou Bruno Andrade

Egito reabre mercado para boi em pé do Brasil

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A partir de agora, os pecuaristas brasileiros poderão retomar as exportações de bovinos vivo para o Egito. Isto porque o governo egípcio aprovou o certificado zoossanitário do Brasil para venda externa de gado em pé. “Poderemos retomar um comércio que se tornou exitoso pela credibilidade, transparência e cooperação mútua entre os serviços veterinários brasileiro e egípcio”, disse o diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques. Entre 2009 e 2014, o Brasil foi fornecedor regular de bovinos para abate no Egito. Nesse período, o mercado brasileiro embarcou 75 mil cabeças de gado para aquele país. No segundo semestre de 2014, as exportações de bovinos vivos foram interrompidas por causa de interpretações diferentes entre os serviços veterinários brasileiro e egípcio sobre testes laboratoriais de febre aftosa. Esses exames estavam previstos no protocolo firmado na época. Os dois países passaram, então, a renegociar um certificado veterinário que não impedisse o desembarque dos animais no Egito. A última etapa dessa negociação foi realizada em Amã (Jordânia), em abril deste ano, durante a Conferência Regional para Aplicação de Padrões da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que contou com a participação do Mapa. De acordo com Marques, o acesso e a manutenção de mercados importadores de bovinos são estratégicos para o Brasil, porque mostra o reconhecimento da excelência da condição sanitária do rebanho. “Isso é o resultado do esforço público e privado dentro do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, o Suasa.” Em 2014, as exportações totais de bovinos vivos pelo Brasil atingiram cerca de US$ 680 milhões. Com informações do MAPA.

Arroba: frigoríficos têm dificuldade para comprar

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O mercado do boi gordo tem andado de lado em São Paulo. Assim como observado nas últimas semanas, existe uma pressão baixista, porém, com menor intensidade. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Os frigoríficos paulistas têm encontrado maior dificuldade na compra de animais terminados em relação à última semana. Ainda assim, as programações de abate atendem entre quatro e cinco dias. No mercado atacadista de carne com osso, os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,20/kg, segundo levantamento da Scot Consultoria. O lento escoamento da produção não descarta quedas para os próximos dias.

Maggi: preocupação é a renda do produtor rural

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O novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, empossado na tarde desta quinta­feira(12/5), em Brasília (DF), disse à revista Globo Rural que conversou com seu colega Sarney Filho, novo ministro do Meio Ambiente, para que as duas pastas trabalhem juntas, principalmente em questões polêmicas como o Código Florestal. “Temos metas em comum”, disse. Senador pelo PP­MT e ex­governador de Mato Grosso (2003­2007 e 2007­2010), Maggi pretende mostrar que os produtores rurais são pessoas preocupadas com a preservação da natureza, ao contrário do que apregoam as organizações ambientalistas. “Quando deixei o governo de Mato Grosso, o índice de desmatamento do Estado havia caído 90% em relação à gestão anterior”, declarou o ministro. Maggi, que figura entre os maiores produtores de soja do mundo, já foi considerado uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Forbes. “A minha maior preocupação é com a queda da renda do produtor rural. Não podemos deixar que o agronegócio, o setor mais dinâmico da economia, entre na espiral da crise brasileira, devido à quebra de safra”, acrescentou Maggi. Segundo dados da Conab, a produção brasileira de grãos na safra 2015/2016, de 202 milhões de toneladas, é 5 milhões de toneladas inferior à da safra 2014/2015. Gaúcho de Torres, Maggi completa 60 anos no próximo dia 26. É engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal do Paraná. Com informações do Globo Rural.

Ministro promete combater violência de movimentos

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Recém­ empossado como novo ministro da Justiça, o ex­-secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, defendeu nesta quinta-feira (12) que a atuação violenta de movimentos de esquerda deverá ser combatida. "A partir do momento que seja MTST, ABC, seja ZYH, que deixam o livre direito de se manifestar para queimar pneu, colocar em risco as pessoas, aí são atitudes criminosas que vão ser combatidas, assim como os crimes", disse após participar da cerimônia de posse do ministro Gilmar Mendes como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O ministro também chamou de "atos de guerrilha" protestos realizados em São Paulo no início desta semana contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Sobre as críticas, Moraes afirmou que não foi questionado pela população, mas apenas por "dois ou três jornalistas". Após o evento, Moraes também elogiou a Operação Lava Jato, a que chamou de "símbolo do combate à corrupção". "Temos não só que mantê­la como, porque é uma belíssima operação, melhorar. Melhorar a operação com mais celeridade e mais efetividade", disse. Integrantes do novo ministério de Temer e de partidos da base aliada também são alvos da operação que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Questionado se poderia substituir o atual diretor­ geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, Moraes disse apenas que vai se inteirar das questões do ministério antes de tomar qualquer decisão. Alexandre de Moraes destacou ainda que pretende focar seu trabalho no combate à criminalidade organizada, principalmente em relação ao contrabando de armas que entram no Brasil. "É uma fronteira absolutamente desguarnecida, vem trazendo um aumento da criminalidade violenta no país todo", disse. O novo ministro é tido como uma indicação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Também presente ao evento, o tucano elogiou a atuação de seu ex-­secretário. "É um verdadeiro exemplo à lei e à firmeza. O povo brasileiro está cansado de bagunça", disse. Para ele, hoje em dia é "politicamente incorreto cumprir a lei". "Não é possível o país continuar desta forma". Com informações da Folha.

Arroba: oferta de boi encurtou

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Em São Paulo, a oferta de boiadas vem diminuindo em relação às semanas anteriores. Com isso, as programações de abate estão menores e atendem entre três e quatro dias. O baixo escoamento da carne no atacado não tem deixado espaço para valorizações da arroba, mesmo com a menor oferta de animais terminados. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php No mercado atacadista de carne com osso, o traseiro teve desvalorização de 1,4% em relação à última semana. O boi casado castrado ficou cotado em R$9,12/kg (12/5), desvalorização semanal de 0,9%. A margem de comercialização para as indústrias que fazem a desossa teve queda e está em 14,4%. Este é um fator que pode limitar a força do mercado, mesmo com a expectativa de oferta menor devido à entressafra. Com informações da Scot Consultoria.

sábado, 7 de maio de 2016

Rússia e Venezuela derrubaram as vendas do Brasil

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As exportações de carne bovina in natura e processada apresentaram uma forte queda em abril, caindo das 136.441 toneladas registradas em março para 109.031 toneladas no fechamento do mês passado. No acumulado do ano, porém, as exportações estão 13% maiores do que nos mesmo período do ano passado. Comparativamente, os preços obtidos estão mais baixos neste início de ano. Apesar do crescimento total dos quatro primeiros meses de 2016 em toneladas, em valores o crescimento foi nulo. Estas informações são da Secex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). Em números, segundo a ABRAFRIGO, as exportações acumuladas de janeiro a abril de 2016 alcançaram a 465.008 toneladas obtendo­se uma receita de US$ 1,763 bilhão. Em 2015, no mesmo período, as exportações foram de 413.338 toneladas, mas a receita alcançou igualmente o US$ 1,763 bilhão. Entre os 20 principais destinos do produto brasileiros, a China continua aumentando suas importações tanto por Hong Kong como pelas vias diretas: no total foram 160.734 toneladas em 2016 contra 106.750 toneladas em 2015 nos quatro primeiros meses do ano. As maiores quedas nas compras foram as da Rússia – de 61.198 toneladas em 2015 para 43.742 toneladas em 2016 (­28,5%), e da Venezuela, de 26.644 toneladas para 6.797 toneladas (­74,5%). Outros países que apresentaram crescimento nas importações foram o Irã (8,6%), o Chile (43%) e Israel (28%). Para a ABRAFRIGO, um registro importante neste início é crescimento observado nas importações europeias: a Alemanha elevou suas aquisições em 44%; os Países Baixos em 26%; o Reino Unido em 5,2% e a Itália em 2,2%. Também vale o registro das primeiras exportações efetuadas pelo setor para o Japão embora ainda pequenas, país cujo merca estava inacessível para o produto brasileiro. Para os próximos meses, a ABRAFRIGO mantém a expectativa de evolução nas exportações em quantidade em relação a 2015, com os tradicionais e novos mercados ampliando gradativamente suas aquisições, até porque a carne bovina brasileira está bastante competitiva no mercado internacional, graças aos níveis de desvalorização do Real que estão se mantendo. Com informações da ABRAFRIGO.

Arroba: pressão de baixa perde força

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Em São Paulo, parte das indústrias está buscando animais em outros estados. As escalas de abate atendem em torno de cinco dias. A pressão baixista observada nas semanas anteriores ainda persiste, mas sem a mesma intensidade de antes. Os preços da arroba do boi gordo ficaram estáveis em São Paulo na última quinta­feira (5/5). Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Existem indústrias ofertando valores abaixo da referência, mas sem muitos negócios realizados. As poucas alterações de preços evidenciam um mercado mais travado que nos dias anteriores. Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria para o boi gordo houve queda em três. No mercado atacadista, o escoamento da carne com osso está lento. A expectativa de melhora no mercado não se materializou, e, para o curto prazo, o cenário de pressão de baixa deve se manter. Com informações da Scot Consultoria.

Vacinação vai afetar a reposição?

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De maneira geral, a maior procura dentre as categorias de animais de reposição tem ocorrido para os animais mais próximos da terminação, como o garrote (9,5@) e o boi magro (12@). Isto permite que os preços apresentem maior firmeza quando comparado às categorias mais jovens. Em São Paulo, o boi magro e garrote estão cotados, em média, em R$2.040,00 e R$1.790,00 por cabeça, valores 3,0% e 2,9% maiores quando comparado ao mesmo período do ano passado. Gradativamente a disponibilidade de animais vem melhorando nas últimas semanas, e isso colabora para um reequilíbrio entre oferta e demanda. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php No balanço semanal, na média de todos os machos anelorados e praças pesquisadas, houve queda de 0,3%. Nos últimos dias teve início o período de vacinação contra febre aftosa, o que deve trazer certa lentidão para o mercado. Além disso, existe resistência de compra, e os negócios são realizados aos poucos, conforme a necessidade do pecuarista. Com informações da Scot Consultoria.

Como fica a situação de quem não aderiu ao CAR?

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Os médios e grandes produtores rurais não sofrerão restrições ao crédito rural este ano por não aderirem ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Entretanto, ficarão sujeitos a penalidades previstas na legislação – entre elas, acesso ao financiamento agrícola, conforme o Código Florestal Brasileiro –, depois de maio de 2017. De acordo com a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a adesão ao CAR, especialmente dos médios e grandes produtores, chegou a 60%. Ela citou como exemplo os estados de São Paulo e de Mato Grosso. “Se nós fôssemos analisar em termos de terra, este percentual chegaria a 80% da área.” Katia Abreu ressaltou a importância da inscrição ao Cadastro. “Esse instrumento vem ao nosso favor. Ele mostra ao mundo o que, de fato, nós falamos e estamos fazendo. É a prova de que o Brasil produz a maior agricultura tropical do planeta de forma sustentável.” O CAR não encerrou as adesões nem deixou de ser obrigatório para os médios e grandes proprietários. Os produtores que não se cadastrarem no prazo previsto no Código Florestal, que completa quatro anos nesta quinta­feira (5), perdem benefícios do Programa de Regularização Ambiental (PRA), aplicável nos casos da existência de passivos ambientais. Eles também ficam sujeitos a restrições do crédito agrícola após 2017. Pequenos e agricultores familiares O prazo para os pequenos produtores rurais e agricultores familiares para aderirem ao CAR foi prorrogado para o dia 5 de maio de 2017. A ampliação do período atende à reivindicação dos movimentos sociais, assegurando a mais de 1 milhão de proprietários e posseiros os benefícios previstos no Código Florestal. O Ministério do Meio Ambiente identificou que os pequenos produtores são os que têm mais dificuldades em fazer o cadastramento. “Ele não é complicado, não é difícil, mas requer um gasto e uma dificuldade de interlocução, que afeta esses pequenos produtores por causa das distâncias onde eles se encontram. Então, nada mais justo que aumentar esse prazo”. Atualmente, 86% dos produtores brasileiros são pequenos produtores, com até quatro módulos fiscais, ou seja, propriedade de até 110 hectares. Sistema em manutenção O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que administra o Sistema de Cadastramento Ambiental Rural, alerta que o programa de adesão (www.car.gov.br) na internet continuará a receber os cadastrados. No entanto, o SFB esclarece que, a partir da meia­noite desta sexta (6/5), o Sistema de Cadastramento Ambiental Rural estará em manutenção, com cadastramento temporariamente suspenso. Com informações do MAPA.

França lidera rebelião contra acordo com Mercosul

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Quase metade dos países da União Europeia manifestaram aberta revolta contra os planos da Comissão Europeia de revitalizar, na semana que vem, o acordo comercial de preferências com o Mercosul, há muito paralisado. Bruxelas enfrenta dificuldades para selar um acordo comercial com o bloco sul­americano desde 1999 e quer promover um novo começo com uma troca de ofertas referentes às condições de acesso ao mercado até meados deste mês. A França, no entanto, encabeça uma rebelião movida por 13 países, que reclamam que Bruxelas se apressa em fazer ofertas na área de cotas e outras concessões tarifárias, sem calcular os efeitos que os produtos exportados pelas potências agrícolas da América do Sul terão sobre os agricultores da UE. A Irlanda e Polônia são dois dos aliados mais eloquentes da França na defesa de um adiamento. O Mercosul, que reúne Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, está entre os dez principais parceiros comerciais da UE, à frente de países como Coreia do Sul e Índia. O intercâmbio entre os dois blocos movimentou € 93 bilhões em produtos e serviços no ano passado, com o grosso do fluxo comercial realizado entre Europa e Brasil. O Mercosul é um dos principais produtores mundiais de carne bovina e etanol. "Taticamente, não é do interesse da UE, nesta fase, fazer propostas correspondentes aos principais interesses ofensivos dos nossos parceiros", escreveram vários países da União Europeia, entre os quais a França, em nota estratégica sobre a oferta iminente de concessões. O governo francês se tornou um crítico cada vez mais aberto da agenda comercial da UE ­ referindo­se, especialmente, à ameaça que ela representa para os agricultores e para os produtos de exportação emblemáticos, como o champanhe. O presidente da França, François Hollande, emitiu nesta semana uma severa advertência sobre as negociações comerciais históricas da UE com os Estados Unidos, na qual insiste que, "neste momento, a França diz 'não'". A Espanha, que possui laços estreitos com a América Latina, é uma das principais defensoras do acordo, e tem acompanhado com preocupação a crescente oposição ao tratado. "A Espanha considera que será um grande erro para a França tentar impedir a troca de concessões", disse o secretário de Comércio espanhol, Jaime García­Legaz. Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García­Margallo, disse: "A posição espanhola não coincide com a francesa. Consideramos que abrir negociações com o Mercosul é extraordinariamente urgente e que, ao se iniciarem as conversações iniciadas, será possível solucionar os problemas levantados pela França". A representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, também é uma das principais defensoras do aprofundamento dos laços comerciais com o Mercosul, causa que destacou com a visita oficial que fez à Argentina em março. A comissão disse ter levado em consideração as objeções dos ministros de Agricultura dos países­membros, mas espera, mesmo assim, que a troca de concessões avance na semana que vem. Integrantes da comissão destacam que a agricultura é apenas um dos aspectos das relações com o Mercosul e que a UE é uma grande exportadora de máquinas e equipamentos e produtos farmacêuticos. As empresas europeias pagam atualmente cerca de € 4 bilhões ao ano em tarifas sobre os produtos exportados para o Mercosul. A UE registra um superávit no comércio de manufaturados com o bloco sulamericano, ao exportar € 47 bilhões em produtos e importar € 23 bilhões. Mas o fosso na frente agrícola é grande. O Mercosul exporta € 21 bilhões em produtos agrícolas para a UE, e importa apenas € 2 bilhões. Países contrários à troca de concessões argumentam que a UE não realizou uma avaliação de impacto completa para apurar os efeitos cumulativos dos iminentes acordos 07/05/2016 Impressão de matérias ­ PECUÁRIA.COM.BR http://www.pecuaria.com.br/printable.php?ver=19057 2/2 comerciais com outras grandes potências agrícolas, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Argumentam também que existe o perigo de agravamento dos danos ambientais, com o risco de que fazendas em países da UE sejam substituídas por grandes propriedades rurais latino­americanas capazes de aumentar a produtividade com a derrubada de florestas. Em comunicado divulgado no mês passado, Cecilia Malmström, comissária de Comércio da UE, sugeriu que o intercâmbio de concessões seria atualmente uma formalidade. "Estou otimista de podermos agora avançar nessas negociações de longa data", disse ela. "Ambos os lados estão fortemente comprometidos, portanto confio que a próxima troca de ofertas nos permitirá retomar com sucesso essas conversações, com vistas a um acordo ambicioso e abrangente." Com informações do Valor.

CEPEA: preço do boi segue em queda

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Os preços do boi gordo estão em queda no mercado interno neste início de maio. Entre 27 de abril e 4 de maio, o Indicador do boi ESALQ/BM&FBovespa caiu 1,7%, fechando a R$ 153,15 nessa quarta­feira, 4. No mercado atacadista de carne, os valores também estão em queda. Em sete dias, a carcaça casada do boi negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo se desvalorizou 1,88%, indo para R$ 9,77/kg. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Esse movimento de queda nos valores da carne e também o fraco desempenho das exportações em abril desanimam agentes de frigoríficos. Depois de atingir quase 111 mil toneladas em março, as exportações brasileiras de carne bovina in natura caíram 22% em abril, somando 86,6 mil toneladas, segundo dados da Secex. Com informações do CEPEA.

domingo, 1 de maio de 2016

Arroba: queda nas chuvas já afeta preço do boi

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A diminuição no volume de chuvas resultou em menor capacidade de suporte das pastagens, o que levou à melhora gradativa da oferta e possibilitou o alongamento das escalas de abate. Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve desvalorização em dez para o boi gordo na última terça­feira dia 26/4. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Já em São Paulo, o mercado está andando de lado. As programações de abate atendem em torno de quatro a cinco dias no estado. Com informações da Scot Consultoria.

Como estão as exportações de carne em abril?

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Completados três quartos dos 20 dias úteis de abril, as carnes se colocam – pela receita média diária do período – como o terceiro principal produto exportado pelo Brasil, atrás apenas da soja e dos materiais de transporte. À frente, portanto, de petróleo e minérios, em geral os líderes da pauta. Na quarta semana do mês (17 a 23, quatro dias úteis) voltaram a registrar resultado superior ao das duas semanas anteriores. Com isso, a média registrada em 15 dias úteis apresentou ligeira melhora, os US$59,363 milhões/dia alcançados correspondendo a aumentos de 7,7% sobre o mês anterior e de 6,4% sobre abril de 2015. Projetados, para a totalidade do mês, os resultados individuais acumulados nas quatro primeiras semanas de abril, observa­se que as melhores perspectivas em relação ao mês anterior recaem sobre a carne de frango, que sinaliza aumento de 3% sobre março, enquanto as carnes bovina e suína tendem a um resultado negativo no volume embarcado. Já em comparação a abril de 2015 a maior expansão tende a recair sobre a carne suína com, mais ou menos, 50% de acréscimo em relação às 35,9 mil/t então exportadas. Para a carne de frango as tendências são de um aumento em torno de 26% (301 mil/t há um ano) e para a carne bovina a expansão sinalizada é de pouco mais de 6% (83,4 mil/t em abril/15). A carne suína e a de frango tendem a um aumento na receita cambial, tanto em relação ao mês anterior como em relação a abril de 2015. Já a carne bovina pode perder receita em relação ao mês anterior, mantendo o mesmo nível em comparação a idêntico mês do ano passado. Com informações do Avisite.

Confinar bezerro é a solução?

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Nos Estados Unidos, a criação de gado funciona assim: após a desmama do bezerro, ele vai direto para o confinamento, onde permanece até o abate. Seguir essa receita, que elimina a recria do gado no pasto, sempre pareceu inadequado em um país farto de pastagens e com grandes áreas de pecuária como o Brasil, que destina à boiada 170 milhões de hectares. Porém, confinadores brasileiros estão quebrando esse paradigma: o bezerro, por aqui, também começa a ir para o cocho. Uma das experiências em andamento é a da fazenda Captar West Bahia Farm, em Luís Eduardo Magalhães (BA), que pertence ao pecuarista Almir Francisco Moraes Filho. 

Na propriedade, 20 mil animais, entre machos e fêmeas, com idade de seis a oito meses, devem ir para o confinamento até o final do ano. O volume de bezerros representa 40% do total previsto para a engorda intensiva em 2016, de 50 mil animais. “Fiz um teste em 2014, no ano passado foi feita a primeira experiência em grande escala e neste ano estamos ampliando nossa aposta no modelo”, afirma Moraes Filho. 

A Captar adotou o sistema de recria no confinamento motivada pela oferta irregular de animais no Oeste Baiano, região forte na agricultura, mas, ainda, com pouca criação de gado. “Quem tem uma estrutura de confinamento, em que a escala ganha importância, não pode parar quando não encontra animais de boa qualidade, porque o custo fixo da atividade é muito alto”, diz o pecuarista. “Para ter lucro, é preciso comprar o animal que fecha a conta”. Isso não é uma tarefa fácil, mas é possível. O resultado obtido no ano passado, com a engorda de bezerro no confinamento, mostra que a aposta da Captar foi lucrativa. 

Os animais cruzados de nelore com angus, que foram para o cocho pesando até 198 quilos, ganharam dez arrobas de peso, ao custo de R$ 108 por cada uma. E foram vendidas a R$ 143, com um lucro de R$ 270 por animal. Na comparação com os animais que entraram como boi magro, com até 235 quilos, o custo de produção foi menor, de R$ 98 por arroba. Porém, como Moraes Filho pagou mais pelo boi magro do que pelo bezerro, o lucro líquido foi menor, de R$ 254. “O bom resultado foi possível porque os animais eram de alta genética”, afirma o criador. “Além disso, tem sido fundamental usarmos tecnologia de ponta em todas as etapas.” 

O que tem levado fazendas como a Captar a buscar uma alternativa de engorda é o aumento do preço do boi magro, que representa até 60% do custo de produção nos confinamentos tradicionais. Nos últimos 12 meses, o aumento de preço dessa categoria animal foi de 7,65%, para R$ 151,38 por arroba, segundo dados da consultoria Agroconsult. No mesmo período, a arroba do boi gordo, pronto para o abate, subiu 4,5%, e a do bezerro 7%. Além disso, o preço da saca do milho, que é o principal insumo na engorda intensiva, aumentou 45% entre janeiro de 2015 e janeiro deste ano, criando um cenário desfavorável para os confinadores tradicionais. 

De acordo com o gerente executivo da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Bruno Andrade, a engorda de animais mais novos sempre vai exigir um cuidado maior nas contas da fazenda. “É preciso estar atento, porque um período mais longo no confinamento implica em um maior gasto com nutrição”, afirma Andrade. “Mas, o confinamento de bezerro vai crescer entre os produtores, porque o sistema atende nichos de mercado que demandam por carne de qualidade superior.” Para quem faz o ciclo completo na pecuária, do nascimento ao abate, confinar bezerro permite abrir espaço no pasto para ampliar a criação com mais fêmeas na base do plantel. 

Chegando mais cedo ao cocho, os animais também saem mais cedo para o abate, permitindo a produção de um novilho precoce que terá uma remuneração mais alta na negociação com o frigorífico. Confinado e precoce, o gado destinado aos programas de carne de qualidade estão recebendo bônus de até 8% da arroba. Foi essa possibilidade de ganho adicional na venda dos bovinos, aliado ao aumento da lotação na propriedade, que levou o criador Ricardo Pinto Coelho, da fazenda São José, em Talismã (TO), a confinar bezerros. Ele começou a testar o modelo há oito anos. Hoje, confina 500 bezerros, com um lucro de até R$ 500 por animal, entregues a frigoríficos como o JBS, da holding J&F, e indústrias regionais que atuam no mercado de carne premium. A JBS, por exemplo, precisa de gado jovem para suprir dois programas de carne premium: o Swift Black, para animais angus, e o Gran Reserva, para as demais raças de sangue europeu. 

O veterinário Marcelo Dominici, responsável técnico pelo confinamento na São José, diz que a adoção do sistema de engorda intensiva de bezerros permitiu que a propriedade aumentasse a rentabilidade em 20% ao ano. “Desmamamos um bezerro mais pesado, em um sistema mais eficiente de cria”, afirma  “Com isso, aumentamos o número de animais na propriedade e, automaticamente, a receita e o lucro líquido por hectare.” Do confinamento saem machos das raças braford, angus e pardo suíço, entre 12 e 14 meses, com 18 arrobas. As fêmeas saem com 15 arrobas. Os animais são levados ao abate entre 20 e 24 meses, se tudo correr bem. 

A americana Tania Covery, diretora de pesquisa do OT Feedyard and Research Center, em Hereford, no Texas, uma das mais regiões que mais confinam gado nos Estados Unidos, disse que engordar bezerros requer atenção especial à sanidade animal. “Há um potencial de queda na produção, caso os bezerros não sejam saudáveis”, afirmou. “Afinal, quando vão para o confinamento estão sob o estresse do afastamento da mãe e da troca do leite por outro tipo de alimentação.” Nos dias seguintes ao evento, onde a pesquisadora falou com os pecuaristas sobre sanidade, ela visitou confinamento no País e também fazendas que estão se preparando para investir nesse modelo de engorda intensiva. “Creio que os confinadores brasileiros podem ter êxito no sistema.” Com informações da Dinheiro Rural.

Arroba: pressão de baixa continua

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O menor volume de chuvas e a consequente diminuição da capacidade de suporte das pastagens vêm resultando em um aumento gradativo da oferta de animais terminados, colaborando com a pressão de baixa. Na região de Barretos­SP, o preço do boi gordo recuou e ficou em R$153,50/@ (28/4), à vista. Em relação ao início do mês houve desvalorização de 1,3%. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados teve desvalorização e está cotado em R$9,20/kg, queda de 7,4% na comparação com início do mês. A margem de comercialização da carne com osso, mais subprodutos e derivados (Equivalente Scot Carcaça), está em 8,1%, patamar historicamente baixo. Com informações da Scot Consultoria.

Carnes terminam quadrimestre em queda

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O primeiro quadrimestre de 2016 vai sendo encerrado com quedas de preços do boi, do suíno e do frango – o que, diga­se de passagem, não representa fato inusitado, pois é típico da sazonalidade das carnes. Ainda que há tempos a carne bovina venha apresentando comportamento distinto de sua curva sazonal de preços. De toda forma, o boi já não apresenta a mesma vitalidade de momentos anteriores, pois fecha os quatro primeiros meses do ano com valorização anual média de pouco mais de 6%, índice aquém da inflação (IPCA) que, nos últimos 12 meses, acumula variação superior a 9%. Mesmo assim, o boi continua muito à frente do IPCA acumulado nos últimos 24 ou 36 meses. Não é o que ocorre com o suíno, que completa o quadrimestre valendo 6% menos que há um ano; ou 8% menos que há dois anos, o que dá a exata dimensão da crise que afeta o setor. E mesmo em relação a 2013 continua sem apresentar ganho real, pois sua valorização nominal foi de apenas 2,44%, contra uma inflação que supera os 25%. O frango vivo, por fim, encerra o primeiro terço do ano com boa valorização sobre idêntico período de 2015. Mas isso só vale como referência frente à inflação, pois, considerados os custos, a defasagem de preços é enorme. Mas não só isso. Porque, como mostra a tabela abaixo, o valor médio deste quadrimestre se encontra menos de 3% acima do que foi registrado nos mesmos quatro meses de 2013. Isto, para uma inflação que supera os 25% e um custo do insumo básico (milho) mais de 50% superior. Quanto à paridade de preços com o boi (valor da arroba convertido em quilos), o desempenho do frango neste ano vem sendo ligeiramente superior ao de 2015, mas visivelmente aquém do registrado em 2014 e, principalmente, em 2013. Já em relação ao suíno, retorna­se à mesma paridade de três anos atrás. Com informações do Avisite.

Pressão também chega à reposição

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Pressão baixista no mercado de reposição. A disponibilidade de animais vem melhorando gradativamente. Este fato, associado à pressão baixista no mercado do boi gordo, tende a ajustar as referências no mercado de reposição. Mesmo assim, compradores ainda estão retraídos. Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php Segundo levantamento da Scot Consultoria, no balanço semanal, na média de todos os machos anelorados e praças pesquisadas, houve queda de 0,4%. Destaque para o bezerro desmamado (6@) que caiu 0,5% no período. Apesar da possibilidade de desvalorização em curto prazo e do aparecimento de oportunidades de negócios melhores, em especial para os recriadores, não é esperada uma retração muito significativa das referências. A oferta de animais, apesar de melhor, continua restrita. Com informações da Scot Consultoria.

Prazo para fazer o CAR termina na próxima quinta

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Termina na próxima quinta-­feira (5) o prazo para que os produtores de todo o Brasil façam o Cadastro Ambiental Rural (CAR). A exigência é que os proprietários de terras prestem informações ambientais referentes a situação das áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, Uso Restrito, florestas e vegetação nativa. Todas as áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país precisam ser declaradas. O CAR foi regulamentado em maio de 2014 junto ao Código Florestal. O sistema servirá como base de dados para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento no Brasil e para o planejamento ambiental e econômico dos imóveis. O primeiro cronograma previa como maio de 2015 o limite para a regularização. Mas o prazo para cadastro das terras foi prorrogado por um ano na ocasião. Agora, o agronegócio chegou a solicitar ao governo que houvesse mudança na data final, mas o pedido até o momento não foi atendido pois precisa tramitar na Câmara dos Deputados. Atualmente há uma medida provisória estacionada na casa. O último boletim divulgado pelo Serviço Florestal Brasileiro, com dados até 31 de março, revela que 279 milhões hectares já foram registrados no Sistema Nacional do CAR (Sicar), que representa 70,29% da área passível de cadastro. Um novo boletim ­ com os dados de abril ­ deve ser divulgado em maio. O percentual de área cadastrada na região Norte é de 85,8%; no Nordeste, 43%; no Centro­Oeste, 67,9%; no Sudeste, 71,4%; e no Sul, 41,4% da área passível de cadastro já estão no Sicar. Com base nos número do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Paraná, dos 15,3 milhões de hectares cadastráveis, 8,8 milhões estão no sistema, de acordo com o Sicar. O percentual do estado está em 57,47%, acima da média para a Região Sul do país. No último mês, 821,9 mil hectares foram regularizados em solo paranaense. Especialista recomensa não deixar para últimos dias A engenheira agrônoma Carla Beck, da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), recomenda que os proprietários rurais que ainda não fizeram o cadastro devem procurar não deixar para os últimos dias. “O sistema já está bem congestionado e a tendência é que com o passar dos dias fique ainda mais”, diz. Carla explica que a partir do ano que vem o CAR será obrigatório para obter financiamentos nos bancos. Além disso, o cadastro será necessário para efetuar qualquer tipo movimentação em cartório das propriedades. Ou seja, sem a regularização os produtores ficam impedidos, por exemplo, de desmembrar e vender áreas rurais. “É importante lembrar que o CAR é obrigatório para todos imóveis rurais e todos os produtores precisam fazer”, enfatiza. Com informações da Gazeta do Povo.